252 resultados para glândulas cutâneas


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Com o objetivo de comparar a eficácia, a tolerabilidade e a toxicidade do antimoniato de meglumina, do sulfato de aminosidine e do isotianato depentamidine no tratamento de lesões cutâneas primárias causadas por Leishmania (Viannia) braziliensis foi realizado um estudo de campo, aberto, randomizado, na área endêmica de Cone de Pedra-Bahia. De outubro de 1992 a janeiro de 1993, foram tratados 46 pacientes, distribuídos em três grupos dois de 15 e um de 16 pacientes. Todos os pacientes realizaram exames clínico, parasitológico, histopatológico e imunológico, como critério diagnóstico. Todos os pacientes foram tratados pela via intramuscular. O Grupo 1 recebeu pentamidina na dose de 4mg/k.g/dia, em dias alternados, no total de 8 aplicações; o Grupo 2 aminosidine na dose de 20mg/k.g/dia, por 20 dias; o Grupo 3, meglumina na dose de 10mg/kg/dia, por 20 dias. Definiu-se como falha terapêutica a permanência de lesões ulceradas, após quatro meses de tratamento. Ocorreram cinco casos de falha terapêutica assim distribuídos: dois casos no Grupo 1, um caso no Grupo 2 e dois no Grupo 3, ao final do primeiro ano de seguimento. Na avaliação após 3 anos foram revistos 15 pacientes, 5 em cada Grupo; exceto um do Grupo 3, todos continuaram curados. Não houve diferença estatística entre os resultados dos três esquemas utilizados.

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Paciente com doença de Chagas, em fase crônica, após ter sido submetida a transplante de rim sofreu reativação da infecção devido ao Trypanosoma cruzi, como conseqüência de imunodepressão medicamentosa. O acontecimento manifestou-se exclusivamente através de lesões cutâneas ulceradas, merecendo portanto divulgação tal aspecto clínico inusitado.

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A análise histopatológica e imunohistoquímica de 25 biópsias cutâneas e da mucosa oral de portadores da associação AIDS e histoplasmose mostrou o seguinte: 1) em 18 casos as lesões cutâneas eram múltiplas e se apresentavam sob a forma de pápulas (eritematosas, violáceas ou acastanhadas), úlceras, vesículo-pústulas e eram distribuídas por todo tegumento cutâneo; Em sete casos as lesões se localizavam na mucosa da língua, palato, úvula e eram do tipo ulcerado ou moruliforme; 2) histologicamente as lesões apresentavam quatro aspectos distintos: macrofágico difuso; granulomatoso; vasculítico com leucocitoclasia; e com escassa reação inflamatória; 3) a tipagem dos linfócitos T e B e dos macrófagos através dos anticorpos monoclonais mostrou que a resposta imunológica ao Histoplasma capsulatum é predominantemente do tipo celular nos quatro tipos histológicos; 4) o teste imunohistoquímico para o fungo nas lesões confirmou o diagnóstico morfológico de H. capsulatum.

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O estudo foi realizado com o objetivo de isolar e identificar bactérias do gênero Vibrio em feridas cutâneas apresentando processo infeccioso, em pescadores do município de Raposa-MA. O material clínico foi obtido com o emprego de "swab" e mantido em meio de transporte de Cary-Blair. Para o processamento laboratorial foram utilizadas técnicas clássicas de enriquecimento em água peptonada alcalina, isolamento em meio seletivo-indicador (TCBS) e identificação bioquímica das espécies. Participaram do estudo 50 pescadores, com idade variando de 12 a 65 anos, tendo sido reconhecidos 21 indivíduos portadores de Vibrio. Houve predomínio da espécie V. alginolyticus (66,6%), seguido de V. parahaemolyticus (42,8%) e de V. cholerae não O1 (9,5%). As lesões predominaram nos membros inferiores, apresentando hiperemia, edema, secreção, dor. Associados aos vibrios foram isoladas espécies de bacilos gram negativos dos gêneros Serratia, Proteus, Escherichia, Citrobacter, Enterobacter, assim como outras bactérias não-fermentadoras (30,9%) e bactérias gram positivas do gênero Staphylococcus.

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Em um estudo prospectivo para avaliar a influência da infecção bacteriana secundária na evolução da leishmaniose cutânea, em Corte de Pedra (Bahia), obteve-se o isolamento de Corynebacterium diphtheriae em 7(8,3%) de 84 pacientes portadores de úlceras, avaliados. Devido ao pequeno número de pacientes com a presença da bactéria na úlcera, não foi possível concluir se Corynebacterium diphtheriae comporta-se apenas como colonizante, nem sobre a sua influência no processo de cicatrização da úlcera leishmaniótica.

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A hanseníase ainda é doença endêmica no Brasil, com cerca de 40.000 novos casos por ano. Devido à dificuldade na realização de exames laboratoriais em campo, classifica-se a forma clínica contando-se lesões, o que pode causar subdiagnóstico de casos multibacilares e falha terapêutica. Para avaliar uma nova ferramenta para diagnóstico de hanseníase multibacilar, o teste ML Flow, foi realizado em 21/77 (27,3%) pacientes com hanseníase dimorfa (6 DV e 15 DT) não tratados, com até cinco lesões de pele, avaliados de acordo com a classificação de Ridley & Jopling (R&J). O teste ML Flow foi positivo em 14/21 (66,6%) pacientes (4 DV e 10 DT); em 7/21 (33,3%) pacientes (5 DT e 2 DV) o resultado foi negativo. A classificação da hanseníase baseada somente na contagem de lesões pode falhar em diagnosticar casos MB. O ML Flow é ferramenta útil no diagnóstico de hanseníase dimorfa com até cinco lesões cutâneas.

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The acini of pelvian glands of Chaetophractus villosus (Desmarest, 1804) consisted of an inner layer of secretory cells and an outer layer of myoepithelial cells. Secretory cells have numerous secretory vacuoles. The secretion is released by exocytosis. Myoepithelial cells have numerous myofilaments that occupy much of the cytoplasm. There is a third cell type with an extremely electron-lucent cytoplasm.

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The sternal glands of the abdomen of Oxaea flavescens (Klug, 1807) consist of class III glandular cells around a reservoir constituted by branched folds of the intersegmental membrane of segments III, IV and V. The gland cells are rich in rough endoplasmic reticulum and produce a secretion with mucous aspect. The treatment with oxidated osmium and ruthenium red showed numerous Golgi regions in the cell and carbohydrates absorption from the haemolymph, respectively. The high degree of development of the glands suggests an important function to the species, although still unknown.

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According to E. Chagas (1938), South-American Kala Azar is a widespread disease from the jungle, several cases being reported from North Brazil (Estado do Pará: Marajó Island, Tocantins and Gurupi river valleys; Estados do Piauí and Ceará: coast and hinterland). Other cases were found in Northeast Brazil (Estados de Pernambuco, Alagôas and Sergipe: coast and hinterland; Estado da Bahia: hinterland). A few cases were described from Estado de Mato-Grosso (Brazil), Provincia de Salta and Território do Chaco (Argentine), and Zona contestada do Chaco (Paraguai-Bolívia). A well defined secondary anemia associated with enlargement of the liver and spleen are the chief symptoms. Death usually occurs in cachexia and with symptoms of heart failure. Half the patients were children aged less than ten years (CHAGAS, CASTRO & FERREIRA, 1937). Quite exhaustive epidemiological researches performed by CHAGAS, FERREIRA, DEANE, DEANE & GUIMARÃES (1938) in Municipio de Abaeté (Estado do Pará, Brazil) gave the incidence of 1.48% for the natural infection in human, 4.49% in dogs, and 2.63% in cats. The infection was arcribed (CUNHA & CHAGAS, 1937) to a new species of Leishmania (L. chagasi). Latter CUNHA (1938) state, that it is identical to L. infantum. ADLER (1940) found that so far it has been impossible to distinguish L. chagasi from L. infantum by any laboratory test but a final judgment must be reserved until further experiments with different species of sandflies have been carried out. Skin changes in canine Kala Azar were signaled by many workers, and their importance as regards the transmission of the disease is recognized by some of them (ADLER & THEODOR, 1931, 2. CUNHA, 1933). Cutaneous ulcers in naturally infected dogs are referred by CRITIEN (1911) in Malta, by CHODUKIN & SCHEVTSCHENKO (1928) in Taschkent, by DONATIEN & LESTOCQUARD (1929) and by LESTOCQUARD & PARROT (1929) in Algeria, and by BLANC & CAMINOPETROS (1931) in Greece. Depilation is signaled by YAKIMOFF & KOHL-YAKIMOFF (1911) in Tunis, by YAKIMOFF (1915) in Turkestan. Eczematous areas or a condition described as "eczema furfurace" is sometimes noted in the areas of depilation (DONATIEN & LESTOCQUARD). The skin changes noticed by ADLER & THEODOR (1932) in dogs naturally infected with Mediterranean Kala Azar can be briefly summarized as a selective infiltration of macrophages around hair follicles including the sebaceous glands and the presence of infected macrophages in normal dermis. The latter phenomenon in the complete absence of secondary infiltration of round cells and plasma cells is the most striking characteristic of canine Kala Azar and differentiates it from L. tropica. In the more advanced stages the dermis is more cellular than that of normal dogs and may even contain a few small dense areas of infiltration with macrophages and some round cells and polymorphs. The external changes, i. e., seborrhea and depilation are roughly proportional to the number of affected hair follicles. In dogs experimentally infected with South-American Kala Azar the parasites were regularly found in blocks of skin removed from the living animal every fortnight (CUNHA, 1938). The changes noticed by CUNHA, besides the presence of Leishmania, were perivascular and diffuse infiltration of the cutis with mononuclears sometimes more marked near hair follicles, as well as depilation, seborrhea and ulceration. The parasites were first discovered and very numerous in the paws. Our material was obtained from dogs experimentally infected by Dr. A. MARQUES DA CUNHA< and they were the subject of a previous paper by CUNHA (1938). In this study, however, several animals were discarded as it was found that they did develop a superimposed infection by Demodex canis. This paper deals with the changes found in 88 blocks of skin removed from five dogs, two infected with two different canine strains, and three with two distinct human strains of South-American Kala Azar. CUNHA'S valuable material affords serial observations of the cutaneous changes in Kala Azar as most of the blocks of skin were taken every fortnight. The following conclusions were drawn after a careful microscopic study. (1) Skin changes directly induced in the dog by the parasites of South-American Kala Azar may b described as an infiltration of the corium (pars papillaris and upper portion of the reticular layer) by histocytes. Parasites are scanty, at first, latter becoming very numerous in the cytoplasm of such cells. Sometimes the histocytes either embedding or not leishman bodies appear as distinct nodes of infiltration or cell aggregations (histocytic granuloma, Figs. 8 and 22) having a perivascular distribution. The capillary loops in the papillae, the vessels of the sweat glands, the subpapillary plexus, the vertical twigs connecting the superficial and deep plexuses are the ordinary seats of the histocytic Kala Azar granulomata. (2) Some of the cutaneous changes are transient, and show spontaneous tendency to heal. A gradual transformation of the histocytes either containing or not leishman bodies into fixed connective tissue cells or fibroblasts occut and accounts for the natural regression just mentioned. Figs. 3, 5, 18, 19 and 20 are good illustrations of such fibroblastic transformation of the histocytic Kala Azar granulomata. (3) Skin changes induced by the causative organism of South-American Kala Azar are neither uniform nor simultaneous. The same stage may be found in the same dog in different periods of the disease, and not the same changes take place when pieces from several regions are examined in the same moment. The fibroblastic transformation of the histocytic granulomata marking the beginning of the process of repair, e. g., was recognised in dog C, in the 196th as well as in the 213rd (Fig. 18) and 231st (Fig. 19) days after the inoculation. (4) The connective tissue of the skin in dogs experimentally infected with South-American Kala Azar is overflowed by blood cells (monocytes and lymphocytes) besides the proliferation in situ of undifferentiated mesenchymal cells. A marked increase in the number of cells specially the "ruhende Wanderzellen" (Figs. 4 and 15) is noticed even during the first weeks after inoculation (prodomal stage) when no leishman bodies are yet found in the skin. Latter a massive infiltration by amoeboid wandering cells similar to typical blood monocytes (Fig. 21) associated to a small number of lymphocytes and plasma cells (Figs. 9, 17, 21, and 24) indicates that the emigration of blood cells...

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As glândulas de cêra das lagartas adultas da Lasiocampidae Tolype serralta do Brasil são descritas morfolôgica — e histolôgicamente. As células glandulares juntam-se em placas mostrando um grau de evolução mais alto em comparação com as lagartas de certas Hesperiinae (DETHIER 1943): Deslocamento das células glandulares para baixo, formação de um canal plasmático que interrompe a posição das células legítimas da hipoderme, canais na cutícula, cerdas especializadas para segurar a secreção na superfície do corpo e saída da secreção pela membrana de inserção da cerda (— a membrana do anel basal).

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Foram descritas anatômica e histològicamente as glândulas labiais modificadas que são um par de complexos glandulares, cada um composto de três glândulas. Cada glândula tem uma parede formada por uma camada unicelular limitando uma cavidade relativamente grande, o reservatório. As duas primeiras glândulas (D 1 e D 2) encontram-se justapostas uma à outra. Entre elas é formado um hilo que tem um canal auxiliar que o liga à terceira glãndula ( D 3), situada mais para trás. Pelo hilo as três secreções das glândulas são automàticamente misturadas, sempre na mesma proporção, de modo que a composição da saliva só varia dentro de pequenos limites. Tôdas as glândulas são recobertas por uma musculatura e possuem válvulas que se abrem por meio dos músculos. O nervo (nervus glandulae salivaris, alias labialis) sai da parte posterior do gânglio subesofagiano (segmento labial do cérebro) encosta-se no canal salivar principal (entre hilo e bombasalivar) e emite ramos para as três glândulas. A parte ectodermal do aparelho salivar termina no centro das válulas das três glândulas. Os canais do hilo são revestidos por uma cutícula. As células de tôdas as três glândulas são binucleadas. Cada glândula apresenta um tipo de secreção característico. Animais famintos possuem quase exclusivamente glândulas no estado de regeneração, ou melhor em repouso. A expulsão da secreção das células para o interior da cavidade glandular realiza-se durante ou imediatamente depois da picada. Com isto, a quantidade de saliva gasta pela picada, vai ser substituída. Ficou provada uma correlação entre núcleo e protoplasma durante e, depois da secreção. Foi confirmada a opinião de HEIDENHAIN de que a formação das secreções representa uma função autônoma do protoplasma enquanto que a regeneração do mesmo realiza-se por intermédio de substâncias líquidas expulsas do núcleo para dentro do protoplasma no momento da saída das secreções. Estas substâncias são formadas novamente dentro do núcleo na fase...

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A glândula peçonhenta de Latrodectus mactans compõe-se: 1. De um saco formado por uma membrana de tecido conjuntivo peritonial, que se projeta proximalmente no ducto de peçonha. 2. De um manto externo, formado por 40-45 feixes musculares, circundando 3/4 da glândula, helicoidalmente. Os feixes inserem-se nas extremidades apical e basal da membrana sarcoperitonial; sua contração impele a peçonha, através do ducto, para as garras. 3. Do epitélio glandular, composto: a) de células da glândula principal, b) de células da glândula auxiliar, c) de célula da glândula situada à entrada do ducto. As células das glândulas principal e auxiliar, juntas, formam uma unidade glandular de natureza ragiócrina. A secreção das células da glândula auxiliar passa, através das membranas celulares, para o interior das células glandulares principais, deslocando-se, juntamente com a secreção destas, para o pólo apical, a que ambas confluem, formando uma substância viscosa, fortemente condensada em virtude da eliminação de certos líquidos. Após a formação de 8 a 10 destas porções de secreções, os dois tipos de células esgotam-se; não se dá a regeneração ou substituição por outras células. A quantidade de peçonha, uma vez produzida, é armazenada na cavidade da glândula, sendo suficiente para tôda a vida do animal. As células da glândula situada á entrada do ducto, ou glândula lipócrina, produzem uma substãncia lipóide. Esta substância dissolve uma porção de corpúsculos das secreções segregadas pelas células principais e auxiliares. O líquido resultante é inoculado no tecido da prêsa ou do inimigo, por contração do manto muscular. Ao mesmo tempo, novas porções da peçonha armazenada são transportadas no sentido proximal e dissolvidas no líquido lipóide, preparando-se, assim, nova peçonha para outra picada. As formas das células e os pormenores histológicos estão explicados nas figuras que acompanham êste texto. Os músculos da glândula, ao contrário do que afirmam outros autores, verificamos serem de natureza "tetãnica", apresentando uma estriação transversal, típica. Certas zonas, porém, ricas em sarcoplasma, possuem propriedades "tônicas", mantendo-se sempre em certo grau de contratura que provoca a tensão adequada na membrana sarcoperitonial, o que permite um efeito imediato da contração da parte tetânica, no momento da picada.

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No presente trabalho, descreve-se a estrutura microanatômica e citológica, bem como a função das glândulas laterais de um Diplópode, Rhinocricus padbergii. Chegamos aos seguintes resultados principais: 1 — Do ponto de vista anatômico o, o aparelho glandular representa uma invaginação complicada do integumento. O epitélio glandular é uma formação homóloga a hipoderme, fato provado pela presença de um revestimento cuticular e de pigmentos nas células de todo o aparelho. O sistema compõe-se de uma vesícula glandular, de um canal condutor e de um dispositivo de fechamento. 2 — Os detalhes da construção do aparelho glandular inteiro apresentamos na figura 1. Todo o complexo possui apenas um forte músculo para o movimento do aparelho de fechamento; seu antagonista é uma região elástica do próprio aparelho de fechamento que funciona à maneira de mola em virtude de numerosas dobras grudadas. 3 — A hipoderme glandular possui uma membrana basal muito fina, sendo porem reforçada, secundàriamente, por uma membrana celular mais forte. 4 — A expulsão de secreção através da abertura externa ("poro glandular") dá-se por meio de aumento da pressão no interior da cavidade geral do corpo (contrações generalizadas da musculatura inteira do corpo) e pela pressão da borda posterior do segmento anterior, exercida sobre a vesícula glandular devido a contração dos troncos da musculatura longitudinal. 5 — A respeito da função das células glandulares diferenciamos quatro estágios: a) Fase I: Na zona media da célula formam-se concentrações de secreção difusas. Os mitocôndrios localizam-se, quase exclusivamente, sobre a face basal da célula. b) Fase II: As concentrações de secreção difusas tornam-se mais densas; as esferas de secreção aumentam, gradativamente, de diâmetro e localizam-se em vacúolos, em forma de fendas, no protoplasma. Os mitocôndrios aumentam de número, distribuindo-se sobre todo o interior da célula. c) Fase III: Os vacúolos pequenos confluem em alguns grandes, , preenchendo-se com esferas de secreção, maiores e menores. Os mitocôndrios deslocam-se em direção à zona apical da célula, encontram-se porém, ainda, também em número elevado no protoplasma. d) Fase IV: Os vacúolos juntam-se, formando um só vacúolo grande que ocupa mais do que a metade do volume da célula e que é preenchida por esferas de secreção. Os mitocôndrios encontram-se agora quase exclusivamente na face apical da célula. 6 - Durante a formação das esferas de secreção ocorre no seu interior um acondensação secondária, que se inicia no centro de cada esfera, e que pode ser comparada com o mesmo fato observado nas esferas de secreção das células lipócrinas das glândulas salivares de Aedes scapularis. 7 - A secreção não é de natureza lipóide. 8 - A expulsão da secreção da célula é processo micro-apócrino. 9 - As esferas de secreção no interior da célula e a secreção contida na vesícula glandular têm uma composição química diferente. Baseando-se na migração dos mitocôndrios (veja os itens 5 a-d dêste resumo) conclui-se que, antes ou durante sua passagem através da face apical da célula, a secreção sofre uma modificação química por ação enzimática.

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De 87 gambás, Didelphis albiventris, capturados na região de Bambuí (MG), 32 (36,7%) estavam infectados pelo Trypanosoma cruzi. Os índices de infecção foram 34,9%, 81,8% e 7,7%, respectivamente, para animais capturados em ambiente silvestre, peridomiciliar rural e periodomiciliar urbano. Em 20 gambás infectados as glândulas anais foram examinadas repetidamente e apenas um (5%) animal (GA09) apresentou exame positivo. Foram positivos 7 dos 17 exames a fresco da secreção glandular desta animal ao longo de 18 meses. Material destas glândulas produziu parasitemia patente em gambás e infecção subpatente em camundongos. A análise isoenzimática realizada com amostras de T. cruzi do GA09, obtidas via hemocultura, xenodiagnóstico e glândulas anais demonstraram pertencerem rigorosamente ao mesmo Zimodema semelhante ao Zimodema Z1. As observações mostram que a infecção das glândulas anias pelo T. cruzi em gambás naturalmente infectados da região de Bambuí é baixa.