178 resultados para competência receptiva
Resumo:
Os enfermeiros na era da informação precisam desenvolver seus conhecimentos e habilidades para que se tornem competentes nessa área. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento dos alunos matriculados no primeiro e no oitavo semestres do curso de graduação em enfermagem dos anos de 2008 e 2007, respectivamente, no que se refere à utilização de recursos da informática. Trata-se de uma pesquisa não experimental do tipo estudo survey descritivo exploratório usado para a coleta dos dados em um questionário baseado em um conjunto de competências em informática. Os resultados mostraram o baixo índice de conhecimentos em informática dos alunos que estão ingressando no curso de graduação. Contudo, na comparação dos aplicativos que os alunos têm maior dificuldade, entre os dois períodos avaliados, a maior porcentagem foi de alunos do oitavo semestre, demonstrando a necessidade da introdução do uso do computador na formação desses novos profissionais para sua posterior adaptação ao mercado de trabalho.
Resumo:
Estudo descritivo, de corte transversal e correlacional, que objetivou avaliar as competências de idosos com diabetes para o autocuidado, por meio da utilização da Escala para Identificação da Competência do Diabético para o Autocuidado, e os fatores pessoais associados ao resultado. A população do estudo foi composta por idosos cadastrados nas unidades básicas de saúde de Fortaleza, CE, Brasil. Da amostra, apenas 6% dos idosos foram considerados competentes para o autocuidado em diabetes e os fatores que se destacaram como influenciadores de baixa pontuação foram a baixa escolaridade e a diminuição da acuidade visual. Conforme os resultados, devido ao reduzido número de idosos considerados competentes para a prática do autocuidado, verifica-se a importância do desenvolvimento de ações de promoção da saúde direcionados para essa parcela da população, devendo-se estimular a prática do autocuidado, bem como avaliar as competências para execução da mesma, de modo a facilitar o direcionamento de ações de saúde.
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O texto discute alguns aspectos do discurso pedagógico das Diretrizes Curriculares Nacionais, ressaltando como o jargão pedagógico e o recurso a expressões consagradas e slogans educacionais obnubilam a especificidade da tarefa educativa em instituições escolares e ignoram os desafios concretos da ação docente nessas instituições. As análises centram-se no ideal de "desenvolvimento da competência crítica", visto como objetivo do processo de escolarização e no ideal pedagógico da "interdisciplinaridade", tomando-os como exemplares típicos desse tipo de discurso.
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Este artigo resulta de pesquisa etnográfica desenvolvida em Portugal, Brasil e Canadá sobre a atividade profissional dos assistentes sociais e se centra nos aspectos relacionados ao saber que se mobiliza na interação junto às populações. A atividade profissional dos assistentes sociais responde a problemas vividos por indivíduos de forma singular, mas que decorrem do funcionamento das estruturas socioeconômicas e políticas e de seus sistemas que influenciam percursos, modos e condições de vida de pessoas, grupos e identidades individuais e coletivas. A resposta a esses problemas da ação exige um saber profissional proveniente de uma estrutura sociocognitiva específica que está na base da forma identitária que se constrói e reconstrói pela reflexão individual e coletiva e pela afirmação da autonomia profissional na ação. Os profissionais trabalham em tensão permanente, intrínseca à própria ação, para reinventar e adaptar procedimentos difíceis de codificar e formalizar no cruzamento de relações sociais complexas com lógicas individuais e coletivas diversas e mesmo antagônicas. Tensões, conflitos e limites nos contextos de interação com as populações são fatores de complexificação e de incerteza no saber. Mas, para agir nessas condições, o profissional precisa de algum padrão de regularidade e de generalidade que se constituem como procedimentos profissionais de seu saber de ação, como mostra este artigo.
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O objetivo deste trabalho é analisar a competência informacional (information literacy), que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e representa o esforço da classe bibliotecária americana para ampliar o seu papel dentro das instituições educacionais. O movimento ocorreu em circunstâncias peculiares ao contexto daquele país, acompanhando a evolução das ações educativas da classe bibliotecária. O discurso da competência informacional desenvolve-se ao redor de quatro aspectos: a sociedade da informação, as teorias educacionais construtivistas, a tecnologia da informação e o bibliotecário. Considerando-se que o termo começa a aparecer na literatura brasileira de biblioteconomia e ciência da informação, propõem-se o estudo mais aprofundado do conceito e o estabelecimento de uma agenda de pesquisa para o Brasil, buscando sua inserção nas teorias sobre letramento, que se vêm desenvolvendo na área de educação.
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Este artigo é o resultado de um esforço para conceituar inclusão digital, feito pelo Grupo de Estudos em Políticas de Informação e Inclusão Digital (Gepindi), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, do Instituto de Ciência da Informação, da Universidade Federal da Bahia (Posici/ICI/UFBA). O texto discute inclusão digital à luz de outros conceitos encontrados na ciência da informação e em áreas correlatas. No imbricado entrelaçamento desses conceitos complexos, o resultado final pretendido é um marco de compreensão para a vinculação entre ética e cidadania, de um lado, e educação para a informação na Internet ou information literacy education, de outro, com vistas à inclusão social.
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O objetivo deste artigo é desenvolver reflexões acerca das dimensões da competência informacional, com foco em aspectos educacionais e filosóficos, procurando mostrar alguns desdobramentos que agora se apresentam como uma questão essencial: sob quais dimensões reveste-se a competência informacional que a tornam um tema imprescindível aos fundamentos da ciência da informação?** Investigam-se as dimensões técnica, estética, ética e política a partir do marco teórico de Rios (2006) e com base em pesquisas já iniciadas e publicadas. A dimensão técnica está relacionada às habilidades e aos instrumentos para encontrar, avaliar e utilizar de modo apropriado a informação de que se necessita, enquanto a dimensão estética deriva da subjetividade implícita na recepção e transmissão dos conteúdos informacionais, já que toda ação comporta um conteúdo pessoal, uma maneira específica de expressão, a qual se configura como uma forma estética. Porque a produção, a disseminação e o uso da informação estão intimamente ligados ao envolvimento de indivíduos em uma comunidade, esses processos assumem invariavelmente um caráter ético e político. Sendo ética, a atividade política tem uma função pedagógica, a de transformação dos homens em cidadãos. Na medida em que a cidadania não se constrói apenas a partir do acesso material aos conteúdos informacionais, devendo compreender também a capacidade de interpretação da realidade e de construção de significados nos âmbitos individual e coletivo, a identificação e análise dessas quatro dimensões da competência informacional permite clarificar aspectos complexos da informação e da competência.
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Apesar dos avanços tecnológicos, a história médica, o exame físico e a relação médico-paciente continuam as mais importantes ferramentas diagnósticas e terapêuticas. No entanto, deficiências em habilidades clínicas entre alunos têm sido relatadas. Competência clínica deve ser considerada não apenas a demonstração de comportamentos isolados, mas, sim, a habilidade integrada de pensar, sentir e agir na prática real, um determinado contexto. Por isso, ferramentas de observação direta são bastante úteis para avaliar o que os estudantes fazem ou deixam de fazer durante as consultas. O instrumento de avaliação estruturada parece ser adequado tanto para os avaliadores quanto para os avaliados, uma vez que pode ser usado como um guia de observação e também como uma ferramenta de feedback, ampliando as oportunidades de aprendizagem no cenário clínico. Para que esse instrumento seja aplicado de forma eficaz, justa e confiável, os avaliadores precisam ser adequadamente preparados.
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Muito se tem feito para desenvolver métodos que avaliem de forma confiável a proficiência em habilidade clínica dos alunos de graduação médica. Há fortes evidências de que a avaliação global pode ser uma alternativa viável e confiável na avaliação de estudantes de graduação no ambiente clínico. Rotineiramente, a competência clínica tem sido avaliada pelos docentes por meio de um conceito subjetivo. Essa nota, dada por um especialista, não é objetiva e está sujeita a vieses. O uso de um instrumento bem delineado, com diversos itens pontuados numa escala, oferece a vantagem de especificar o que deve ser avaliado, auxiliando os avaliadores a distinguir os diferentes níveis do desempenho. Usando este método, os docentes podem expressar sua percepção global dos alunos, de forma mais objetiva, em relação a duas esferas distintas da competência: técnica (contendo itens como história clínica, exame físico, conhecimento médico, julgamento clínico, solução de problemas e hábitos no trabalho) e humanista (incluindo comunicação com pacientes e familiares, respeito, habilidades reflexivas, sensibilidade ao contexto e trabalho em equipe).
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A avaliação de competências clínicas constitui etapa essencial na formação do estudante de Medicina e deve ser feita pela observação direta do desempenho em situação real. Este trabalho objetiva determinar a confiabilidade e a consistência interna do Miniexercício Clínico Avaliativo (Miniex), instrumento de avaliação de competências clínicas que consiste na observação feita pelo professor em uma consulta focada, realizada pelo interno, no ambiente de trabalho. Ao final da consulta, o docente conversa com o estudante sobre suas falhas e acertos, configurando a avaliação formativa. Foram produzidos 12 vídeos que mostram o desempenho de estudantes em atendimento a pacientes na Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da UFMG. Vinte quatro professores do Departamento de Pediatria com média de 25 anos de docência assistiram individualmente aos filmes, pontuando os itens da competência pelo Miniex. O Coeficiente de Correlação Intraclasse foi de 0,71 com IC de 95%, e o Coeficiente Alfa de Cronbach, 0,84, indicando boa confiabilidade e consistência interna do Miniex. O escore de satisfação com o instrumento foi de 7,5 para os docentes e 8,3 para os internos numa escala de 9 pontos. Os achados recomendam prosseguir os estudos para avaliar os critérios de validade e exequibilidade do Miniex.
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OBJETIVO: Comparar quatro métodos de avaliação com base nas notas obtidas por alunos do quarto ano de Medicina em estágio clínico. MÉTODO: Ao final do estágio clínico em Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica e Pediatria, em unidades de atenção primária, 106 alunos do quarto ano foram avaliados com base em quatro métodos: Prova Teórica (Pt), Portfólio (Pf), Avaliação Estruturada do Atendimento Clínico (AE) e Conceito Global Itemizado (CGI), (escala 0-10). A análise estatística utilizou coeficiente alfa de Cronbach, teste de Wilcoxon para dados pareados, coeficiente de correlação de Pearson, análise de componentes principais e distância euclidiana. RESULTADOS: As medianas mais baixas foram de PT, e as mais altas, de AE. Houve diferença significativa nas distribuições das notas entre todos os pares de métodos (P < 0,001). A correlação mais forte e a maior concordância ocorreram entre as notas de AE e CGI. A análise de componentes principais contrastou as notas de Pt e Pf com as de AE e CGI. CONCLUSÃO: Cada método parece enfocar diferentes aspectos da competência clínica. AE e CGI parecem avaliar competências semelhantes, em oposição a Pf e Pt. Portanto, nenhum método deve ser utilizado isoladamente para avaliar os alunos em estágio clínico.
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As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para cursos de Medicina orientam mudanças nos currículos e processos de ensino-aprendizagem-avaliação para desenvolvimento de competências e habilidades profissionais. O presente trabalho, iniciativa da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), investiga os significados e a apropriação da noção de competência por estudiosos da avaliação educacional na medicina. Foram realizadas dez entrevistas mediante roteiro com questões abertas e respondentes selecionados a partir de sua produção acadêmica sobre o assunto. Suas narrativas foram submetidas a análise de conteúdo mediante análise temática. Os resultados enfocam o significado da competência, o papel dos sujeitos e do contexto na construção da competência e a relação entre avaliação de competência e construção da integralidade em saúde. Observa-se que, embora de modos heterogêneos, o conceito de competência tem sido apropriado de modo fértil pelos especialistas brasileiros. No entanto, o estudo sugere que a consolidação de uma "cultura de avaliação" nas escolas médicas demandará investimentos em núcleos de estudo e pesquisa para aprofundamento de conceitos, objetivos, seleção de conteúdos, pactuação de critérios, elaboração de instrumentos e treinamento de avaliadores nas instituições brasileiras.
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Competência, para fins de organização de currículos na área de saúde, deve ser concebida como a capacidade de mobilizar, articular e colocar em prática conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho efetivo das atividades requeridas no contexto do trabalho. Currículos orientados por competência devem alinhar metodologias de ensino-aprendizagem, práticas pedagógicas, diferentes contextos e cenários de aprendizagem, métodos de avaliação e atividades de pesquisa com esse princípio de organização curricular. Caracteristicamente, são centrados na busca ativa pelo conhecimento, interdisciplinaridade, integração teórico-prática e interação ensino-sociedade, trazendo o desenvolvimento da identidade profissional para o centro das atividades de aprendizado. Sua construção envolve, inicialmente, a identificação e definição das competências necessárias à boa prática profissional. Em seguida, a definição de seus componentes e os níveis de desempenho. Posteriormente, deve ser elaborado um programa de avaliação que esteja prioritariamente a serviço do aprendizado (avaliação formativa) e que seja voltado para a detecção de conhecimentos, habilidades e atitudes assimilados pelos estudantes e não para sua classificação dentro de um grupo normativo.
Resumo:
Os autores realizaram estudo de corte transversal para avaliar a competência de juízo moral, com a aplicação do Moral Judgment Test (MJT) proposto por Lind, entre estudantes do primeiro e do oitavo semestre de uma escola médica na Região Nordeste do Brasil. Compararam-se as turmas do primeiro e do oitavo semestre com relação ao escore C e avaliou-se a influência de fatores como idade e sexo sobre a competência moral. Uma diferença igual ou superior a 5,0 pontos (absolute effect-size) entre os valores do escore C foi considerada significante. Observou-se regressão da competência de juízo moral entre os alunos do oitavo semestre com relação aos do primeiro semestre (escore C 20,5 x 26,2 pontos, respectivamente). Na análise do desempenho dos alunos por dilemas do MJT, observou-se o fenômeno da "segmentação moral" em ambas as turmas, com melhor desempenho dos alunos no dilema do operário com relação ao dilema do médico. Entre alunos do mesmo semestre, aqueles com idade mais avançada apresentaram níveis mais baixos de escore C quando comparados aos alunos mais jovens. Não houve diferença significante entre homens e mulheres com relação à competência de juízo moral. A constatação de que ocorre estagnação ou regressão da competência de juízo moral no transcurso da graduação médica deve ser motivo de preocupação para os professores e para os responsáveis pelo planejamento curricular, no sentido de buscar estratégias para reverter o quadro.
Resumo:
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina de 2001 têm como eixo norteador 28 competências, sem uma definição do conceito de competência utilizado. Na literatura há uma série de definições, sendo esse tema vasto e polêmico. Desse modo, a forma como a competência é compreendida pelo docente terá um impacto direto na formação do aluno. Com a finalidade de clarificar o conceito de competência médica adotado por docentes do curso de Medicina de uma universidade, foi realizada uma pesquisa qualitativa a partir da apresentação e questionamentos frente a um caso clínico comum. Para a síntese, organização e análise desses discursos foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Entre os conceitos de competência pode-se notar a aplicabilidade prática dos conhecimentos, das habilidades e atitudes, aliada a uma prática reflexiva e ética. Esta última tem destaque e é um pilar das competências. Atitudes como comprometimento e respeito foram apontadas como essenciais para apresentar competência. As atitudes e a ética têm um papel central na competência do egresso, e estratégias para estimular seu desenvolvimento devem ser um dos focos da formação médica.