367 resultados para Vírus de Hepatite


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Para avaliar redução de custo da pesquisa de anticorpos contra hepatite C, por ELISA, em pool de cinco soros, realizou-se o teste em grupos de baixo e alto risco. Dois terços dos conjuntos de alto risco tiveram que ser repetidos. A redução do gasto de reagente foi de 80% na população de baixo risco e de 13% na amostra de alto risco. Estes dados sugerem que a pesquisa do anti-VHC em pool reduz o custo do procedimento em populações de baixo risco.

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A infecção pelo VHB e VHD são importantes problemas de saúde na Amazônia. Este estudo avalia a prevalência da infecção por esses agentes em sete grupos indígenas do Estado do Amazonas. A taxa de infecção passada pelo VHB encontrada foi de 54,5% e a de portadores do AgHBs de 9,7%. Observa-se variação importante destes marcadores entre as aldeias, inclusive da mesma etnia. Não evidenciamos marcador de infecção aguda, os quatro AgHBe reativos eram todos Apurinã, da mesma aldeia, e três da mesma família. O VHD foi encontrado em 13,4% dos AgHBs reativos. O padrão de infecção pelo VHB e VHD encontrado possui as seguintes características: endemicidade elevada, baixo potencial de infectividade, transmissão marcada em idade precoce, provável transmissão familiar, e pouca importância da transmissão vertical. Entretanto, também sugere que esses vírus não tenham sido ainda introduzidos efetivamente em algumas das etnias estudadas.

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Para investigar o perfil da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) em profissionais de hemodiálise (N=152) de Goiânia, Goiás, amostras sangüíneas foram testadas para detecção dos marcadores: AgHBs, anti-HBs e anti-HBc. Uma prevalência global de 24,3% (IC 95%: 17,8 - 32) foi encontrada. A análise multivariada dos fatores de risco mostrou que o tempo de profissão, relato de exposição ocupacional e o não uso de equipamentos de proteção estiveram significativamente associados à soropositividade ao VHB. Dos 40 profissionais que apresentaram susceptibilidade a esta infecção, 20 concordaram em participar do programa de vacinação e, após a administração das três doses da vacina (Euvax-B), 18 (90%) apresentaram soroconversão ao anti-HBs com títulos > ou = 10UI/L. Estes dados sugerem, o ambiente dialítico, como possível fonte de transmissão ocupacional do VHB e, enfatizam a necessidade de reavaliação das medidas de controle e prevenção nestas unidades.

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Testes suplementares para melhorar a especificidade do anti-VHC por ELISA nos bancos de sangue não são oficialmente recomendados no Brasil. No intuito de avaliar a taxa de falso-positivos, 70 doadores com transaminases normais e anti-VHC por ELISA foram submetidos a imunoblot de 3ª geração no Hemocentro de Mato Grosso, que não dispõe da técnica da reação de cadeia de polimerase. O teste confirmou o anti-VHC em 44 (62,9%), sendo negativo em 22 (31,4%) e indeterminado em 4 (5,7%). Confirmação pelo imunoblot ajuda a identificar os testes ELISA que são falso-positivos, tranqüilizando o grande contingente de doadores nessa situação e separando os que necessitam de acompanhamento médico. Com esse objetivo, sugere-se que o imunoblot poderia ser útil nos bancos de sangue brasileiros que não contam com técnicas de Biologia Molecular.

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O objetivo do estudo foi analisar o comportamento intrafamiliar da infecção pelo VHB, identificando os possíveis mecanismos de transmissão dos vírus B no Estado do Amazonas. Foram estudados 97 casos índices e 258 familiares. Na análise dos contatos observou-se uma elevada proporção de familiares com marcadores de infecção pregressa (51,6%) como também indicadores de infecção ativa (12%) para o VHB, e uma alta prevalência entre os irmãos (23,6%). Um indicador indireto da transmissão intrafamiliar foi observado em razão de elevada freqüência de infecção pelo VHB entre os contatos de casos índices acometidos pela forma fulminante de hepatite. A alta prevalência entre os irmãos caracteriza a transmissão de caráter horizontal e familiar. Em relação a transmissão vertical, em nosso estado, é possível que ocorra, mas, como um evento raro. Todas estas observações apontam para a necessidade de novas investigações visando o esclarecimento dos mecanismos pelos quais se dá a transmissão intrafamiliar desse agente viral.

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Este trabalho objetiva estimar a prevalência da infecção pelo vírus da hepatite B e analisar possíveis fatores de risco em 401 pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Os participantes responderam a um questionário que visava levantar variáveis gerais e fatores de risco para hepatite B. Os resultados dos exames sorológicos para os marcadores HBsAg, anti-HBcAg total, anti-HBsAg e anti-HCV foram obtidos dos prontuários dos pacientes. A prevalência global dos marcadores para o HBV foi 40,9%, com valores de 8,5% para o HBsAg, 39,7% para o anti-HBcAg total e de 5,5% para o anti-HBsAg. As variáveis que mostraram associação com a infecção pelo HBV foram: idade, nível superior de escolaridade, antecedente de icterícia, tempo passado como presidiário, existência de parceiro homossexual e positividade para o anti-HCV. A co-infecção HBV/HCV esteve presente em 20,4% dos participantes deste estudo.

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O artigo avalia informações científicas disponíveis sobre a prevalência e características clínicas da infecção pelo virus da hepatite C na Amazônia Brasileira, uma área sabidamente endêmica para infecção pelos vírus das hepatites A, B e D. Toda a informação foi obtida através de extensa revisão bibliográfica de artigos originais e de revisão e de resumos publicados em periódicos conceituados ou em eventos científicos. Na Região Amazônica, a taxa de prevalência de infecção por VHC na população geral varia de 1,1 a 2,4%. Entre doadores de sangue as taxas de prevalência variam de 0,8% a 5,9%. O Estado do Pará (Amazônia oriental) e do Acre (Amazônia ocidental) apresentam as maiores taxas, 2% e 5,9%, respectivamente. Com relação à prevalência da infecção pelo VHC em grupos de risco, observa-se alta prevalência entre hemodiálisados (48,1% - 51,9%), profissionais de saúde (3,2%), contactantes de portadores do VHC (10%) e pacientes com lichen plannus (7,5%). Existe uma predominância significativa do genótipo 1, com maior freqüência do subtipo 1b. A infecção pelo VHC é similar em homens e mulheres e a maioria dos infectados têm mais de 39 anos de idade. A principal via de infecção é a parenteral e os principais fatores de risco são transfusão sangüínea e procedimentos cirúrgicos. O VHC raramente é responsável por hepatite aguda grave nesta região. Por outro lado, de todas as hepatites crônicas, 22,6% são atribuídas ao VHC na Amazônia Ocidental e 25% na Amazônia Oriental. Na Amazônia Brasileira, a infecção pelo VHC parece ter o mesmo comportamento da infecção em outras partes do mundo.

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O objetivo desta pesquisa foi estudar a prevalência de infecção pelo virus da hepatite B em 406 portadores do virus da imunodeficiência humana, maiores de dezoito anos de idade, atendidos na rede pública de saúde da cidade de Belém, Pará, assim como analisar possíveis fatores de risco para a infecção. A prevalência global de infecção pelo virus da hepatite B foi de 51% (IC: 46,1 - 55,8), com 7,9% (IC: 5,3 - 10,5) para o HBsAg, 45,1% (IC: 40,3 - 49,9) para o anti-HBc e 32,3% (IC: 27,5 - 36,8) para o anti-HBs. Após ajuste por regressão logística, os marcadores sorológicos de infecção pelo vírus da hepatite B apresentaram associação com as seguintes variáveis: idade, situação conjugal e preferência sexual. A prevalência dos marcadores do vírus B nos heterossexuais foi 28,7% e 68,8% nos homossexuais/bissexuais (IC: 3,50 - 9,08; OR: 5,63; p=0,000). Quanto à situação conjugal, a categoria com companheiro fixo/casado apresentou freqüência de 31%, e foi de 58,7% a observada no grupo sem companheiro fixo (IC: 1,29 - 3,63; OR: 2,16; p=0,003). A análise multivariada não mostrou associação do vírus B com o uso de drogas ilícitas injetáveis.

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A infecção pelo virus da hepatite B apresenta amplo espectro de manifestações clínicas. Objetivando conhecer os genótipos do HBV mais prevalentes e determinar a ocorrência da mutação pré-core A-1896, em uma população da Amazônia oriental, correlacionando com o diagnóstico clínico, foram selecionados 51 pacientes portadores crônicos de HBsAg e HBV-DNA positivos e divididos em três grupos: grupo A (n=14, pacientes assintomáticos); grupo B (n=20, sintomáticos HBeAg positivos) e grupo C (n=17, sintomáticos HBeAg negativos), sendo usado o sequenciador automático ABI modelo 377 para identificação de genótipos e mutantes pré-core. Os resultados evidenciaram o genótipo A como o mais prevalente, 81,8%, 89,5% e 93,7%, nos grupos A, B e C, respectivamente. A mutação pré-core A-1896 foi encontrada em 11,5% (3/26), sendo todos assintomáticos. Concluiu-se que na população estudada o genótipo A foi o mais prevalente e houve baixa ocorrência do mutante pré-core A-1896, ambos não se constituindo fatores agravantes da doença hepática.

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A hepatite viral A representa importante problema de saúde pública em todo o mundo, estando relacionada às condições sócioeconômicas e de higiene da população. Na Amazônia brasileira, estudos soroepidemiológicos em populações indígenas tem demonstrado alta endemicidade relacionada à infecção. Objetivando avaliar a prevalência da infecção pelo vírus da hepatite A em aldeia xicrin, no município de Altamira-Pará-Brasil, cuja investigação foi desencadeada por óbito de criança indígena, que evoluiu clinicamente em nove dias, com quadro ictero-hemorrágico, sem realização de exame sorológico, foram analisadas 352 amostras de sangue através de testes sorológicos dos marcadores virais das hepatites A, B, C e D, por técnica imunoenzimática, que indicaram uma prevalência de 98% de anticorpos contra a hepatite A e destes, 30,5% com infecção recente, caracterizando em base laboratorial, o surto de infecção pelo vírus da hepatite A e levantando a possibilidade de estar associado com o óbito ocorrido na aldeia.

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A Amazônia é conhecida pela elevada ocorrência de hepatite B e suas seqüelas. Contribui também com mais de 98% dos casos de malária do país. Apesar de controvérsias, é proposto que quando associadas ocorram alterações na história natural das duas patologias. Este estudo estima a prevalência de prováveis coinfecções em população geral de área endêmica de ambas infecções na Amazônia Brasileira. A taxa de portadores do AgHBs encontrada foi de 3,3% (IC 95% 2,1% a 5,1%,), e a do anti-HBc total 49,9% (IC 95% 45,9% a 53,8%). A prevalência de anticorpos contra antígenos do Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum foi de 51,4% (311/605) (IC 95% 47,3% a 55,4%). Em relação à presença simultânea de anticorpos contra antígenos do Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum com marcadores do VHB, 1,8% (11/605), (IC95% 1,0% a 3,3%), apresentavam também o AgHBs, tendo estes em média 26 anos de idade (p<0,001). Este estudo aponta semelhanças na distribuição dessas enfermidades como, a ocorrência preferencialmente entre adulto jovens. Os eventos provavelmente ocorrem em momentos distintos. Mostra também diferenças como, o baixo risco de malária entre menores de quinze anos, onde o VHB circula com moderada intensidade. As taxas de coinfecções são provavelmente menores que as de portadores do AgHBs, apresentando padrão heterogêneo em relação ao espectro clínico da infecção pelo VHB.

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A Amazônia é conhecida pela elevada prevalência de infecção pelo vírus da hepatite B, contribui também com mais de 90% dos casos de malária do país. É proposto que a ocorrência de co-infecções seja importante e que na associação ocorram alterações na história natural dessas enfermidades. O estudo avalia 545 pacientes com malária, em Coari, AM: 333 (61,1%) pelo Plasmodium vivax, 193 (35,4%) pelo Plasmodium falciparum e 19 (3,5%) com infecção mista. A prevalência do AgHBs foi 4,2% e a do anti-HBc total 49,7%. Os pacientes sororreativos para o VHB, não apresentaram diferenças clínicas dos outros pacientes com malária, nem associação a sinais clássicos de comprometimento hepático. Apesar de não ter sido detectada associação estatisticamente significativa, os indivíduos AgHBs reativos apresentaram baixas parasitemias e índices de reatividade de anticorpos mais elevados, sugerindo a possibilidade da resposta imune em um indivíduo co-infectado ser diferenciada e favorecer variações em relação à parasitemia e produção de anticorpos.

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No Povoado de Cavunge, semi-árido da Bahia, foi realizado estudo sobre as hepatites com objetivo de avaliar a prevalência de portadores de IgG anti-VHA. Foram avaliados 891 moradores e 85,9% foram soropositivos. A prevalência foi semelhante entre os sexos. Na zona urbana houve aumento da prevalência com a idade.

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Foi realizado inquérito soroepidemiológico com o objetivo de conhecer a prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, de anticorpos contra o vírus da hepatite C (anti-HCV), fatores de risco associados à transmissão parenteral e o perfil epidemiológico de puérperas atendidas em três hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde em Cuiabá-MT, no período de dezembro de 2001 a maio de 2002. Mil seiscentas e sete mulheres foram estudadas e entrevistadas de modo a se obter informações sócio-demográficas e epidemiológicas que poderiam estar associadas à transmissão do vírus da imunodeficiência humana. Foram pesquisados anticopos anti-HIV e anti-HCV, através do teste ELISA. A prevalência de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana foi de 0,5% (IC95%= 0,2 a 1,0). A maioria das participantes tinha apenas nível de ensino fundamental (58,4%) e mantinha relacionamento estável com parceiro fixo (73%). Não foi evidenciada associação entre a presença de anti-HIV e o nível sócio-econômico, escolaridade, fatores de risco para doenças de transmissão sanguínea ou sexual, e com a presença de comportamento sexual de risco nas entrevistadas e em seus parceiros (relacionamentos com múltiplas parceiras ou bissexualidade). Presumiu-se que a via de transmissão heterossexual foi a principal causa de infecção nas mulheres em idade fértil na região. A prevalência do anti-HCV foi de 0,4% (IC95%= 0,1; 0,8), sendo mais freqüente entre as participantes mais velhas.

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O objetivo da pesquisa foi avaliar a pré-triagem sorológica para hepatite B (anti-HBc total) em candidatos à doação de sangue, verificando a associação entre as variáveis sexo, faixa etária, escolaridade e naturalidade. Estudo transversal com dados retrospectivos, tendo como população-alvo candidatos à doação de sangue naturais dos municípios do interior do Acre, que procuraram o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre, no período de janeiro a dezembro de 2002. Dos 673 candidatos incluídos foi constatado reatividade ao anti-HBc total em 54,8%. Sendo observado maior reatividade ao anti-HBc total entre os candidatos do sexo masculino, faixa etária mais avançada e menor grau de escolaridade (p<0,05). A pré-triagem sorológica para hepatite B em candidatos a doação de sangue é uma alternativa viável, visto que, reduz o custo e aumenta a segurança transfusional. A captação de doadores do sexo feminino, jovens e com grau de escolaridade acima do fundamental sinaliza potenciais doadores de sangue para o HEMOACRE.