293 resultados para Transplante de Tecidos
Resumo:
Através da análise morfológica e morfométrica de cortes seriados foi estudada a ocorrência de ninhos de T. cruzi na veia central e no parênquima das supra-renais, no miocárdio ventricular esquerdo e na veia cava inferior de chagásicos crônicos. Em 36 casos estudados, 50% apresentavamfleboparasitismo supra-renálico (total 29 ninhos); 3,1% apresentavamparasitismo na veia cava (apenas 1 ninho) e em 16,8% dos casos encontramos miocardiócitos parasitados (total 23 ninhos). A densidade de parasitismo, expressa em número de ninhos por 100mm² de tecido examinado, foi de 0,585 para a veia supra-renálica, de 0,001 para a veia cava e 0,01 para o miocárdio. Em 269.103,1mm² deparênquima supra-renálico não encontramos nenhum ninho. Embora tenha sido a menor área examinada, a veia central apresentou a maior freqüência de ninhos de T. cruzi. Como a diferença básica entre estes tecidos está na riqueza de corticóides no sangue que nutre a veia central, podemos admitir que esta prevalência talvez seja devido ao ambiente hormonal, que por seu efeito imunossupressoreanti-inflamatório favoreceria a sobrevida dos parasitas.
Resumo:
Três cepas do Trypanosoma cruzi foram, isoladas de pacientes com doença de Chagas crônica, receptores de coração por meio de tra?isplante. Houve caracterização delas através de modelo experimental baseado no emprego de camundongos, com avaliação de parasitismo, mortalidade e intensidade da inflamação no coração, além de análise do grau de parasitismo nesse órgão. Como controle, teve lugar comparação com o comportamento da já bem conhecida cepa Y. Ficaram caracterizadas atuações diferentes das cepas, ao serem valorizados os parâmetros citados, sem correlação rigorosa com as evoluções pós-transplantes, que sofrem a influência de vários fatores, entre os quais podem estar particularidades vinculadas ao parasitismo.
Resumo:
Paciente com doença de Chagas, em fase crônica, após ter sido submetida a transplante de rim sofreu reativação da infecção devido ao Trypanosoma cruzi, como conseqüência de imunodepressão medicamentosa. O acontecimento manifestou-se exclusivamente através de lesões cutâneas ulceradas, merecendo portanto divulgação tal aspecto clínico inusitado.
Avaliação da qualidade de vida de pacientes com doença de Chagas submetidos a transplante de coração
Resumo:
Analisamos a qualidade de vida de 11 pacientes com doença de Chagas, 26 a 126 meses após terem sido submetidos a transplante de coração. Essa condição, influenciável por diversos fatores e que não corresponde só ao prolongamento da existência, revelou sensível aprimoramento, passando os entrevistados a contar com objetivos e a poder concretizar realizações, antes inacessíveis.
Resumo:
Relatam-se três casos de zigomicose após transplante hepático em uma série de 300 pacientes. O diagnóstico foi anatomopatológico (dois casos à necropsia e um à cirurgia). A doença manifestou-se de diferentes formas: rinomaxilar, gastrointestinal e, em um paciente, comprometeu a anastomose da artéria hepática. Neste caso, retirada cirúrgica da região comprometida e uso de anfotericina-B possibilitaram a cura.
Resumo:
A cardiopatia chagásica crônica é ainda uma das maiores causas de óbito por insuficiência cardíaca na América Latina e para a qual não há nenhum tratamento eficaz até o momento. Enquanto a população de indivíduos com doença de Chagas aguarda o desenvolvimento de novos quimioterápicos mais eficientes e de menor toxicidade para a eliminação do Trypanosoma cruzi, uma nova estratégia surgiu na tentativa de reparar ou diminuir os danos causados ao miocárdio de pacientes com forma crônica cardíaca. Trata-se do transplante de células de medula óssea obtidas do próprio indivíduo a ser tratado, que pode levar à melhora funcional e da qualidade de vida dos pacientes, como ocorreu em estudos utilizando esta abordagem para o tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia isquêmica. Os possíveis efeitos de terapias celulares e sua utilização em pacientes cardiopatas chagásicos crônicos são discutidos no presente artigo.
Resumo:
Calos e gemas foram produzidas a partir de embriões extirpados e plúmulas de Dipterix odorata cultivada no meio de cultura básico de Murashige & Skoog (1962) complementados com 2,4 - D (2 mg/1) e 6 - BAP (0,5 mg/1) meio de cultura A e com 6 - BAP (2 mg/1) meio de cultura B. No meio de cultura A os embriões produziram calos enquanto que no meio de cultura B, tanto os embriões como as plúmulas deram origem a gemas. Os embriões cultivados no meio de cultura B desenvolveram gemas a partir de radículas.Tanto calos como as gemas não se desenvolveram após a repicagem.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a evolução da hipertensão arterial (HA), e suas consequências, em pacientes submetidos a transplante cardíaco (TC) em uso de ciclosporina (CL). MÉTODOS: Em 65 pacientes submetidos a TC ortotópico, avaliamos a pressão arterial, creatinina sérica e níveis sangüíneos de CL nos períodos pré-operatório (15 dias antes do TC), pós-operatório precoce (15 e 30 dias) e tardio (6, 12, 24, 48 e 60 meses); em 20 pacientes analisamos índice cardíaco e resistência vascular no pré, 15 e 30 dias, 6 e 12 meses após TC; em 33 pacientes, estudamos estrutura e função ventricular ao ecocardiograma, 24±13 meses após TC. RESULTADOS: Após 30 dias, a HA estava presente em 58,5% dos pacientes (50% leve), enquanto na evolução tardia, a incidência da HA aumentou significativamente para 93% após um ano (85% moderada a grave). A creatinina sérica aumentou progressivamente do pré-TC (1,43±0,5mg/dl) até após um ano (1,83± 0,9 mg/dl), mantendo leve incremento até os 60 meses (2,4± 0,8mg/dl). Não houve correlação entre a HA, creatinina sérica e níveis de CL. O índice cardíaco aumentou na fase precoce, enquanto a resistência periférica diminuiu no início e aumentou significativamente aos 12 meses. Ao ecocardiograma, 54% dos pacientes apresentavam hipertrofia de ventrículo esquerdo com função normal. Dos 31 pacientes que faleceram durante a evolução, dois tiveram a causa mortis diretamente relacionada a HA. CONCLUSÃO: A HA em pacientes submetidos a TC em uso de CL ocorre precocemente, aumenta em prevalência e gravidade com o tempo e é mediada por aumento da resistência periférica, não se correlacionando com a nefrotoxicidade e com os níveis sangüíneos da CL, podendo agravar a insuficiência renal ou comprometer a longevidade do transplante, induzindo hipertrofia ventricular.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as respostas cardiorrespiratórias dos portadores de transplante cardíaco (TxC). MÉTODOS: Submeteram-se a testes ergoespirométricos 9 portadores de TxC (GI), pareados por sexo, idade, peso e altura, com 9 indivíduos sedentários, aparentemente sadios (GII). Os pacientes eram do sexo masculino, com idade de 48±12 anos, com TFI (NYHA) após 23±21 meses TxC. Faziam uso regular de ciclosporina, azatioprina, prednisona, dipiridamol e anti-hipertensivos. Os testes foram limitados por sintomas e interrompidos por exaustão. RESULTADOS: No pico do exercício, o GI apresentou desempenho significativamente inferior ao GII quanto ao VO2, VE, VEO2, FC, tempo de endurance e potência. No limiar anaeróbio, o GI apresentou VO2, tempo de endurance e potência significativamente inferior a do GII. Na potência de 40W o desempenho dos dois grupos foi similar. CONCLUSÃO: O GI apresentou desempenho cardiorrespiratório significativamente inferior no pico do exercício e similar na potência de 40W em relação ao GII, evidenciando os benefícios do TxC para cardiopatas em atividades habituais
Resumo:
OBJETIVO: Estudar o perfil dos parâmetros hemodinâmicos e a evolução clínica de crianças candidatas a transplante cardíaco, portadoras de cardiomiopatia grave. MÉTODOS: Foram 24 crianças, com idade entre 4 meses e 10 anos e 8 meses (média de 3,7±2,5 anos), no período de fevereiro/92 a maio/96, submetidas a estudo hemodinâmico e medidos os seguintes parâmetros: débito cardíaco, pressão média de artéria pulmonar (PMAP) e pressão capilar pulmonar. Foram calculados o índice de resistência vascular pulmonar (IRVP) e gradiente de pressão transpulmonar (GPT). RESULTADOS: Do ponto de vista evolutivo, 10 (41,6%) crianças foram transplantadas (grupo A), 5 (20,8%) aguardam o transplante (grupo B) e 9 (37,6%) faleceram (grupo C). Observou-se que a média das idades dos pacientes do grupo B foi significativamente menor que do grupo C. Dos dados hemodinâmicos, a PMAP, GTP e IRVP apresentaram médias significativamente menores no grupo A em relação ao grupo C. CONCLUSÃO: O perfil hemodinâmico de crianças candidatas ao transplante cardíaco mostrou-se compatível ao quadro clínico de insuficiência cardíaca grave. A idade foi o único fator que diferenciou o grupo B e C (p= 0,036). O IRVP, PMAP e o GTP foram fatores que diferenciaram de modo significativo o grupo A e o grupo C (p=0,010; p=0,044 e p=0,023, respectivamente). Quanto maior a idade no momento da indicação do transplante na criança, pior foi seu prognóstico.