428 resultados para Tornozelos - Ferimentos e lesões
Resumo:
OBJETIVO: avaliar os fatores preditivos de lesões abdominais graves (LAG) identificáveis na avaliação inicial das vítimas de trauma fechado. MÉTODOS: análise retrospectiva dos dados das vítimas de trauma fechado com idade superior a 13 anos submetidas à tomografia computadorizada do abdome e/ou laparotomia exploradora. Consideramos como graves as lesões com Abbreviated Injury Scale (AIS) maior ou igual a três. As variáveis foram comparadas entre os grupos A (LAG) e B (Sem LAG). Realizou-se inicialmente uma análise estatística univariada para identificar as variáveis associadas à presença de LAG. Destas, foram selecionadas para a análise multivariada (regressão logística) as que tivessem p<0,20 e pudessem ser avaliadas na admissão do doente. RESULTADOS: a amostra foi composta por 331 casos, sendo que 140 (42,3%) pacientes apresentaram lesões abdominais. Destes, 101 (30,5%) tinham lesão abdominais com AIS > 3 (Grupo A). Na análise univariada, associaram-se significativamente às LAG (p<0,05): pressão arterial sistólica (PAS) no pré-hospitalar (p=0,019), PAS à admissão (p<0,001), frequência cardíaca à admissão (p=0,047), exame físico do abdome alterado (p<0,001) e presença de fraturas de pelve (p=0,006). As seguintes variáveis se relacionaram significativamente e independentemente com a presença de lesões abdominais graves: PAS à admissão (p=0,034), exame físico abdominal alterado (p<0,001), fratura exposta de membro inferior (p<0,044), "motociclista" como mecanismo de trauma (p=0,017) e FAST positivo (p<0,001). CONCLUSÃO: das variáveis presentes na avaliação inicial, se associaram significativamente com a presença de LAG: PAS, exame físico abdominal alterado, presença de fratura exposta de membro inferior, "motociclista" como mecanismo de trauma e FAST positivo.
Resumo:
OBJETIVO: analisar a experiência do tratamento não operatório (TNO) das lesões renais ocasionadas por projétil de arma de fogo (PAF), na região tóraco-abdominal direita, em pacientes com estabilidade hemodinâmica e sem sinais de irritação peritoneal), com destaque para a avaliação da segurança desse tipo de abordagem. MÉTODOS: estudo prospectivo, em pacientes vítimas de agressão por PAF na região tóraco-abdominal direita, com lesão renal, atendidos no Hospital João XXIII (FHEMIG), em Belo Horizonte, no período de janeiro de 2005 a dezembro 2012. Os critérios de inclusão neste estudo foram: estabilidade hemodinâmica, estudo morfofuncional renal pela tomografia e ausência de sinais de irritação peritoneal. RESULTADOS: No período, 128 pacientes preencheram os critérios de inclusão do protocolo e foram submetidos à TNO de ferimento tóraco-abdominal direito por PAF. Destes, 37 (28,9%) apresentavam lesão renal. Índices de trauma: RTS 7,8; ISS 16; e TRISS 99%. As lesões grau II e grau III foram as mais frequentes. A lesão intra-abdominal associada mais comum foi a lesão hepática, presente em 81,1% dos casos. Dois pacientes (5,4%) apresentaram falha no tratamento não operatório. CONCLUSÃO: o tratamento não operatório dessas lesões renais, quando bem indicado, tem alto índice de sucesso, baixa taxa de complicações e aumenta a chance de preservação renal. Ele é seguro para pacientes bem selecionados, em centros de trauma com infraestrutura adequada, profissionais experientes e protocolo específico para realizá-lo.
Resumo:
A reunião de revista "Telemedicina Baseada em Evidência - Cirurgia do Trauma e Emergência" (TBE-CiTE) realizou uma revisão crítica da literatura e selecionou três artigos atuais sobre o tratamento do trauma renaldefinido como graus III a V pela classificação da Associação Americana de Cirurgia do Trauma (AAST). O primeiro trabalho propõe subestratificação da lesão renal AAST grau IV em 4a (baixo risco) e 4b (alto risco). O segundo trabalho revisa o atual sistema de classificação de lesão renal AASTpara incluir lesões vasculares segmentares e estabelecer uma definição mais detalhada dos graus IV e V. O último artigo analisa a angiografia diagnóstica e angioembolização na fase aguda do trauma renal utilizando dados americanos. A reunião de revista TBE-CiTE elaborou as conclusões e recomendações para o tratamento do trauma renal de alto grau.
Resumo:
Foram estudados, durante 1980, o risco de morte e os acidentes de trabalho na indústria elétrica do Rio de Janeiro, observando-se elevado coeficiente de mortalidade padronizado por idade nos eletricitários assim como elevada mortalidade proporcional por neoplasias. A análise dos acidentes de trabalho do ramo mostrou elevada taxa de freqüência e um sub-registro importante dos acidentes sem afastamento do trabalho, uma possível relação dos acidentes com a continuidade da jornada de trabalho e uma maior freqüência dos acidentes sob responsabilidade virtual da empresa.
Resumo:
Trata-se de estudo prospectivo que teve por objetivo caracterizar a gravidade do trauma de pacientes hospitalizados, através do "Injury Severity Score" (ISS). Foram analisados 100 pacientes de trauma internados em uma instituição referência para trauma localizada em São Paulo, Brasil. Do total de pacientes, 68 sofreram trauma fechado e 32 trauma penetrante. Dentre os pacientes de trauma fechado, 53,0% sofreram trauma leve (ISS 1-15), 29,4% trauma moderado (ISS 16-24) e 17,6% trauma grave (ISS > 25) enquanto que 34,4% dos pacientes de trauma penetrante sofreram trauma leve, 18,7% trauma moderado e 46,9% trauma grave. A média e desvio-padrão dos ISSs dos pacientes de trauma fechado e penetrante foi, respectivamente, de 14,9 ± 8,1 e 20,8 ± 11,0, correspondendo a um percentual de mortos de 11,8% e 12,5%.
Resumo:
Os acidentes de trânsito de veículos a motor representam problema de saúde pública, em nível mundial. No México, a pesquisa, nesse campo, é limitada e a metodologia para seu estudo é pouco desenvolvida. Na literatura científica internacional são escassos os artigos que discutem os aspectos metodológicos de pesquisa nesse campo. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de apresentar alguns aspectos metodológicos úteis para os interessados em pesquisar lesões por acidentes de trânsito. Foram discutidos aspectos sobre como medir, no local de ocorrência, as variáveis básicas para o estudo dessas lesões, tais como: se o motorista sofreu ou não lesões, uso de cinto de segurança, velocidade e consumo de álcool.
Resumo:
Procurou-se obter uma primeira estimativa do impacto econômico das lesões e envenenamentos no Brasil, medido através dos gastos hospitalares com internação - dias de permanência geral e em Unidades de Terapia Intensiva. São analisadas internações em hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde, através das AIH- Autorização de Internação Hospitalar, sendo verificado que essas internações geram um gasto anual, correspondendo a, aproximadamente, 0,07 do Produto Interno Bruto do País. Com relação à mortalidade, o impacto econômico foi analisado por meio do indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos. Os acidentes e violências representaram cerca de 2,6 milhões de anos de vida perdidos, em 1981, e 3,4 milhões, em 1991. O aumento verificado foi cerca de 30%, enquanto que para o conjunto de dados os óbitos apresentaram-se em queda. Apesar de algumas limitações, é possível estimar a dimensão geral do impacto econômico das causas externas. Espera-se que essas limitações sirvam de estímulo a novas investigações e aprofundamentos.
Resumo:
OBJETIVOS: Estudar a freqüência de alcoolemia positiva em vítimas de causas externas e caracterizar a freqüência do uso dessa substância nos diferentes tipos de causas externas. MÉTODOS: Estudo de prevalência de alcoolemia em pacientes admitidos em um centro de atenção ao trauma, no município de São Paulo, SP, Brasil. Os pacientes foram selecionados aleatoriamente no decorrer de um ano (agosto de 1998 a agosto de 1999). Os procedimentos consistiram em coleta de sangue para dosagem alcoólica e aplicação de questionário desenvolvido pelo "Medical Research Institute of San Francisco -- Alcohol Research Group", adaptado para a coleta de informações acerca dos pacientes. RESULTADOS: Foram analisados 464 pacientes com idade mediana de 29 anos, sendo 73,7% do sexo masculino. Encontrou-se prevalência de alcoolemia positiva em 28,9% dos casos (IC95%; 24,8-33,2). Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas prevalências de alcoolemia, quando avaliadas as variáveis: tipo de causa externa; faixa etária; sexo; estado civil; e desfecho do caso. As maiores prevalências encontradas foram em vítimas de agressão (46,2%), no sexo masculino (33,9%), na faixa etária de 25 a 44 anos (37,6%), em solteiros (33,0%) e em pacientes internados (41,4%), respectivamente. CONCLUSÕES: Os resultados reforçam o fato de haver envolvimento de álcool nas causas externas. Medidas em diferentes níveis de prevenção, dirigidas principalmente à população de maior risco, deveriam ser consideradas em programas com o objetivo de diminuir a ocorrência, bem como a reincidência desses eventos.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar as variáveis clínicas e pré-hospitalares associadas à sobrevivência de vítimas de acidente de trânsito. MÉTODOS: Estudo realizado no município de São Paulo, SP, de 1999 a 2003. Foram analisados dados de 175 pacientes, entre 12 e 65 anos, vitimados por acidente de trânsito. A Análise de Sobrevivência de Kaplan-Meier foi utilizada na abordagem dos resultados na cena do acidente com as vítimas de escore <11 segundo o Revised Trauma Score. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, mecanismos do acidente, procedimentos de suporte básico e avançado realizados, parâmetros e flutuações do Revised Trauma Score, tempo consumido na fase pré-hospitalar e gravidade do trauma segundo o Injury Severity Score e a Maximum Abbreviated Injury Scale. RESULTADOS: A análise identificou que as vítimas que tiveram menor probabilidade de sobrevivência durante todo período de internação hospitalar apresentaram: lesões graves no abdome, tórax ou membros inferiores, com flutuação negativa da freqüência respiratória e do Revised Trauma Score na fase pré-hospitalar e necessitaram de intervenções avançadas ou compressões torácicas. As lesões encefálicas foram associadas ao óbito tardio. CONCLUSÕES: O reconhecimento das variáveis envolvidas na sobrevivência de vítimas de acidentes de trânsito pode auxiliar na determinação de protocolos e na tomada de decisão para a realização de intervenções pré e intra-hospitalares e conseqüentemente maximizar a sobrevivência.
Resumo:
OBJETIVO: O trauma ocupa o terceiro lugar dentre as causas de morte no Brasil. Contudo, seu impacto na qualidade de vida dos sobreviventes tem sido pouco estudado no País. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade de vida de vítimas de trauma atendidas em unidade hospitalar de emergências, seis meses após a alta hospitalar. MÉTODOS: Foram incluídos 35 pacientes de unidade de emergência de hospital universitário de Ribeirão Preto (SP), entre 2005 e 2006. Os pacientes foram entrevistados em seus domicílios, seis meses após terem tido alta hospitalar. Foi aplicado o instrumento World Health Organization Quality of Life, versão breve, para avaliação dos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. As associações entre os escores dos domínios e as variáveis permanência hospitalar, idade, sexo e Injury Severity Score foram exploradas por modelos de regressão linear. RESULTADOS: Observou-se diminuição significativa na qualidade de vida do grupo estudado, quando comparado a amostras de pessoas normais em estudos nacionais e internacionais, em particular nos domínios físico, psicológico e de meio ambiente. O domínio relações sociais apresentou a maior média de escores, com 69,7 pontos, enquanto o domínio meio ambiente recebeu a menor pontuação (52,4), ambos na escala percentual. As variáveis associadas a domínio físico foram permanência hospitalar (p=0,02), idade (p<0,01) e sexo (p=0,03). Para os demais domínios, a análise não mostrou associação com as variáveis estudadas. CONCLUSÕES: As vítimas de trauma apresentaram diminuição nos escores de qualidade de vida. Embora o aspecto físico tenha sido o mais atingido, há evidências de que os domínios psicológico e de meio ambiente permaneceram distantes das condições ideais esperadas para a população em geral.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever métodos e estimativas de mortalidade proporcional por mortes evitáveis e tipos de não conformidades do atendimento relacionadas a esses eventos. MÉTODOS: Revisão sistemática de publicações sobre mortes evitáveis em vítimas com traumatismos entre 2000 e 2009. Foi realizada pesquisa nas bases de dados Lilacs, SciELO e Medline utilizando-se a estratégia de busca com as palavras-chave "trauma", "avoidable", "preventable", "interventions" e "complications", e os descritores em ciências da saúde "death", "cause of death" e "hospitals". RESULTADOS: Identificaram-se 29 artigos publicados no período, com predomínio de estudos retrospectivos (96,5%). Os métodos mais comumente utilizados para definir a evitabilidade do óbito foram painel de especialistas ou pontuação de índices de gravidade, tendo sido empregadas as seguintes categorias: evitável, potencialmente evitável e não evitável. A média da mortalidade proporcional por mortes evitáveis dos estudos foi de 10,7% (dp 11,5%). As não conformidades mais comumente relatadas nas publicações foram sistema inadequado de atendimento ao traumatizado e erro na avaliação e tratamento. CONCLUSÕES: Observaram-se falhas na uniformização dos termos empregados para categorizar as mortes e as não conformidadades encontradas. Portanto, sugere-se a padronização da taxonomia da classificação das mortes e dos tipos de não conformidades observadas.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi descrever, mediante revisão de literatura, os agentes tópicos e tipos de cobertura que têm sido recomendados no tratamento de queimaduras e discutir as implicações do uso desses produtos. O estudo foi desenvolvido mediante levantamento bibliográfico dos últimos 12 anos, nas bases de dados Lilacs, Medline e Dedalus. As publicações encontradas foram organizadas como de pesquisa e de revisão e, posteriormente, categorizadas de acordo com a temática: agentes tópicos e substitutos temporários de pele. Foram discutidos os possíveis efeitos colaterais, indicações e recomendações quanto à manipulação.
Resumo:
Analisaram-se os conceitos sobre dor e analgesia no trauma de enfermeiros e médicos de um serviço de emergência. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 100% da equipe de enfermeiros (22) e 85% da equipe médica (22) do Pronto-Socorro Cirúrgico do HCFMUSP. A análise dos dados apontou alguns conceitos concordantes e outros discordantes com a literatura. Os profissionais estavam de acordo na maior parte dos conceitos, mas diferiram em alguns. Na opinião dos profissionais, baixa prioridade é dada ao controle da dor no trauma.
Resumo:
Trata-se de um estudo inédito realizado no país, que identificou relações entre o padrão analgésico e a gravidade do trauma. Para tal, analisou-se uma população de 200 acidentados de transporte admitidos para tratamento na unidade de emergência de um hospital referência para o atendimento ao trauma no Município de São Paulo. A gravidade das lesões e do trauma foi caracterizada por índices de gravidade anatômicos. A partir da análise da terapia analgésica encontrada, construíram-se padrões de analgesia, tendo como base a escala analgésica da Organização Mundial de Saúde. Os resultados permitiram identificar associação estatística entre a gravidade do trauma e padrões distintos de analgesia. Espera-se que a divulgação desses achados possa servir de base para a criação de protocolos de analgesia em trauma e melhoria da qualidade da assistência, além de servir de estímulo para o desenvolvimento de estudos em uma área com tantas lacunas de conhecimento em nosso meio.
Resumo:
O objetivo foi caracterizar os idosos que sofreram trauma e foram internados nos três hospitais terciários, da cidade de Londrina - Paraná. Pesquisa quantitativa através de um estudo observacional, transversal, com 121 idosos de 60 a 74 anos e seus cuidadores, realizada durante um período de seis meses, por meio de entrevistas e visita domiciliar. Os resultados evidenciaram que a maioria dos idosos era do sexo masculino, com média de idade de 67,7 anos. Os traumas sofridos foram: 62,0% quedas, 25,6% acidentes de transporte e 10,4% outras causas. Como conseqüência ao trauma houveram de uma a três lesões, e 11 idosos (9,1%), foram a óbito. A queda foi a principal causa de trauma, a qual pode ser evitada observando os fatores intrínsecos e os extrínsecos que a predispõem, com o intuito de estabelecer estratégias de prevenção desse tipo de trauma.