85 resultados para Theweleit, Klaus
Resumo:
A eficiência da vacinação antipoliomielítica foi determinada em um grupo de crianças que receberam a vacina Sabin segundo o esquema de imunização atualmente em vigor na Capital de São Paulo, Brasil. A vacina oral trivalente foi administrada às crianças em condições bem controladas no Centro de Saúde Experimental da Escola Paulista de Medicina, iniciando-se a série básica aos 2 meses de idade. Os resultados mostraram que duas doses de vacina foram insuficientes para se imunizar adequadamente contra os três tipos de vírus da poliomielite. Somente o grupo de crianças que rebeceu a série básica completa de 3 doses de vacina exibiu um nível de imunidade satisfatório, atingindo o taxa de 75% de triplo-imunes. A imunidade contra cada um dos diferentes tipos de poliovírus mostrou-se mais elevada, alcançando após a aplicação de 3 doses de vacina, respectivamente para os tipos 1, 2 e 3, as taxas de 83%, 96% e 88%. Como, porém, as condições de vacinação atualmente existentes nas unidades sanitárias da Capital de São Paulo, Brasil, estão longe de corresponder às do presente estudo, quer seja do ponto de vista operacional, quer quanto ao nível sócio-econômico da maioria da população atendida, é de se esperar que 3 doses básicas de vacina não sejam suficientes para se atingir o nível de imunidade coletivo necessário para manter a paralisia infantil sob efetivo controle. Aconselha-se aumentar o número de doses de vacina da série básica de três para cinco, a fim de que os efeitos desfavoráveis possam ser superados na prática da vacinação oral, com o objetivo de assegurar à população infantil um elevado nível de imunidade contra a doença.
Resumo:
São apresentados diversos aspectos epidemiológicos da poliomielite na Capital de São Paulo (Brasil). De sua análise resultaram algumas conclusões de importância para a manutenção do controle dessa doença em nosso meio. Verificou-se a absoluta necessidade de se manter continuamente a cobertura vacinal da população infantil, pois a diminuição de intensidade na aplicação da vacina Sabin poderá trazer o imediato recrudescimento da doença entre nós. Após um período de 4 anos de controle efetivo sobre a poliomielite, no qual ocorreram, em média, 58 casos de doença paralítica por ano, foram registrados no ano de 1971 195 casos. A situação somente voltou a ser efetivamente controlada no segundo semestre de 1975, quando os programas de imunização foram novamente incrementados. O estudo mostrou que a poliomielite continua apresentando entre nós as clássicas feições da paralisia infantil, ocorrendo cerca de 75% dos casos nos dois primeiros anos de vida das crianças. Este fato, juntamente com a evidência de que o poliovírus do tipo 1 continua prevalecendo em nosso meio, tendo causado a grande maioria dos casos de doença paralitica nos últimos anos, indica que a epidemiologia da virose ainda não foi essencialmente alterada pelos programas de vacinação. Verificou-se, que a vacinação Sabin tem sido menos eficiente em nosso meio do que nos países altamente desenvolvidos e de clima temperado, devido à interferência de uma série de fatores epidemiológicos e operacionais. No período de 1970 a 1977 8,9% dos pacientes investigados tinha recebido, no passado, 3 e 4 e mais doses de vacina oral trivalente e 43,3% tinha tomado pelo menos uma dose de vacina oral. Recomenda-se às autoridades sanitárias que o número de doses de vacina da série básica de imunização contra a poliomielite seja aumentado de três para cinco, com a finalidade de se compensar as falhas que ocorrem na prática da vacinação oral e de se poder superar o efeito antagônico dos fatores epidemiológicos desfavoráveis no controle de poliomielite em nosso meio.
Resumo:
A eficácia da vacina Sabin foi determinada em 106 crianças normais e subnutridas da Amazônia, após a administração de uma e duas doses de vacina oral (trivalente). Após a aplicação de uma dose de vacina, verificou-se que apenas 9% das crianças com subnutrição pregressa (crônica) e 43% das crianças normais formaram anticorpos neutralizantes (protetores) contra dois ou três tipos de poliovírus (p = 0,04). Após duas doses de vacina, os níveis de imunidade dos dois grupos de crianças estudadas acusaram, respectivamente, 32% e 75% (p = 0,001). Estes resultados mostram que a resposta imunitária à vacina Sabin foi sensivelmente inferior no grupo das crianças subnutridas, do que no das crianças normais. Em decorrência disto, será necessário administrar um número maior de doses de vacina oral àquelas crianças, a fim de que níveis satisfatórios de imunidade contra a poliomielite sejam atingidos em toda a população infantil.
Resumo:
Foram detectados astrovírus humanos durante estudo longitudinal de 13 meses sobre a incidência de vírus diarréicos em 146 crianças menores de 2 anos de idade, hospitalizadas em clínica pediátrica de um hospital universitário, na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Das 67 crianças internadas com diarréia aguda, 3% foram positivas para astrovírus, por ocasião de sua admissão, pelo Ensaio Imunoenzimático Monoclonal Amplificado (ASTROVIRUS BIOTIN-AVIDIN ELISA, CDC, USA). As 79 crianças sem diarréia, admitidas durante o mesmo período por outra causa (controles), foram negativas para astrovírus, por ocasião de seu internamento. Entretanto, 4,8% do total de crianças hospitalizadas sofreram infecções por astrovírus durante sua permanência no hospital. Este é o primeiro estudo sobre a ocorrência de astrovírus humanos no Brasil, que assim participam significativamente na etiologia da gastroenterite infantil em nosso meio.
Resumo:
A total of 479 diarrhoeic children and 337 children without diarrhoea (controls) less than 5 years old were investigated in a two-year study in the city of S. Luís (MA), with the purpose to determine the incidence, the age distribution and the seasonality of rotaviruses, as well as to establish the severity of the disease in this region between the North and the Northeast of Brazil. rotavirus incidence was highest in children of the 1st. year of life, showing an average of 25% per year among the diarrhoeic patients attending the two main hospitals and three health units at the periphery of the city. It was shown that rotaviruses are significant enteropathogens in children less than 18 months old. Frequency of rotaviruses droped in diarrhoeic patients 18 to 23 months old to only 4%, the same percentage observed in children of the control group. A typical seasonal distribution of rotaviruses was not seen during the two years of study. There was a peak in the incidence of rotaviruses in 1986, during the rainy season, and two peaks in 1987, one in the rainy season and one in the dry season. It was also shown that severity of diarrhoea in rotavirus positive cases was higher than in the negative cases. Rotavirus diarrhoeic patients had more loose stools per day, and higher frequencies of vomiting and fever, resulting more often (> 2 times) in moderate or severe dehydration. Finally, it is concluded that the introduction of immunoprophylaxis may reduce significantly the high mortality rates in early childhood observed in S. Luís.
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The respiratory viruses are recognized as the most frequent lower respiratory tract pathogens for infants and young children in developed countries but less is known for developing populations. The authors conducted a prospective study to evaluate the occurrence, clinical patterns, and seasonal trends of viral infections among hospitalized children with lower respiratory tract disease (Group A). The presence of respiratory viruses in children's nasopharyngeal was assessed at admission in a pediatric ward. Cell cultures and immunofluorescence assays were used for viral identification. Complementary tests included blood and pleural cultures conducted for bacterial investigation. Clinical data and radiological exams were recorded at admission and throughout the hospitalization period. To better evaluate the results, a non- respiratory group of patients (Group B) was also constituted for comparison. Starting in February 1995, during a period of 18 months, 414 children were included- 239 in Group A and 175 in Group B. In Group A, 111 children (46.4%) had 114 viruses detected while only 5 children (2.9%) presented viruses in Group B. Respiratory Syncytial Virus was detected in 100 children from Group A (41.8%), Adenovirus in 11 (4.6%), Influenza A virus in 2 (0.8%), and Parainfluenza virus in one child (0.4%). In Group A, aerobic bacteria were found in 14 cases (5.8%). Respiratory Syncytial Virus was associated to other viruses and/or bacteria in six cases. There were two seasonal trends for Respiratory Syncytial Virus cases, which peaked in May and June. All children affected by the virus were younger than 3 years of age, mostly less than one year old. Episodic diffuse bronchial commitment and/or focal alveolar condensation were the clinical patterns more often associated to Respiratory Syncytial Virus cases. All children from Group A survived. In conclusion, it was observed that Respiratory Syncytial Virus was the most frequent pathogen found in hospitalized children admitted for severe respiratory diseases. Affected children were predominantly infants and boys presenting bronchiolitis and focal pneumonias. Similarly to what occurs in other subtropical regions, the virus outbreaks peak in the fall and their occurrence extends to the winter, which parallels an increase in hospital admissions due to respiratory diseases.
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Of 156 cases of histoplasmosis observed in the State of Rio Grande do Sul (Brazil), during a 21-year period (1978-1999) 137 were included in this study. Sixty-seven per cent of the patients had hematogeneous disseminated histoplasmosis, 24% had a self-limited syndrome (acute pulmonary histoplasmosis, histoplasmoma or primary pulmonary lymph node complex), and 9 per cent had chronic pulmonary histoplasmosis. Clinical, mycological, and epidemiological data were reviewed and commented.
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Cranial CT scans of eleven immunocompetent children with central nervous system (CNS) infection due to Cryptococcus neoformans var. gattii were retrospectively reviewed. These children had an average age of 8.8 years and positive culture for C. n. var. gattii in cerebrospinal fluid. The most common signs and symptoms were headache, fever, nuchal rigidity, nausea and vomiting. No normal cranial CT was detected in any patient. Hypodense nodules were observed in all patients . The remaining scan abnormalities were as follows: nine had diffuse atrophy, six had hydrocephalus, and five had hydrocephalus coexistent with diffuse atrophy.
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Four cases of respiratory tract intracavitary colonization (fungus ball) due to Scedosporium apiospermum (teleomorph, Pseudallescheria boydii) are reported. The need for a careful search for anneloconidia, in order to establish the etiologic diagnosis in the clinical specimen by microscopy, is emphasized.
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Diabetic neuropathy is an important complication of the disease, responsible for ulceration and amputation of the foot. Prevention of these problems is difficult mainly because there is no method to correctly access sensibility on the skin of the foot. The introduction of the Pressure-Specified Sensory Device (PSSD TM) in the last decade made possible the measurement of pressure thresholds sensed by the patient, such as touch, both static and in movement, on a continuous scale. This paper is the first in Brazil to report the use of this device to measure cutaneous sensibility in 3 areas of the foot: the hallux pulp, the calcaneus, and the dorsum, which are territories of the tibial and fibular nerves. METHOD: Non-diabetic patients were measured as controls, and 2 groups of diabetic patients - with and without ulcers - were compared. The PSSD TM was used to test the 3 areas described above. The following were evaluated: 1 PS (1-point static), 1 PD (1-point dynamic), 2 PS (2-points static), 2 PD (2-points dynamic). RESULTS: The diabetic group had poorer sensibility compared to controls and diabetics with ulcers had poorer sensibility when compared to diabetics without ulcers. The differences were statistically significant (P <.001). CONCLUSION: Due to the small number of patients compared, the results should be taken as a preliminary report.
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O regime hidrológico de nível de água baixo e alto torna as várzeas suscetíveis a alterações ecológicas, tanto nos solos quanto nos lagos. No período de nível de água alto, as várzeas são “fertilizadas” pelo sedimento cm suspensão que é depositado, tomando essas áreas as mais férteis da Região Amazônica. O presente trabalho avalia as características de solos e de sedimentos de dois lagos de várzea (Passarinho e Gravetão, situados próximo a Manaus) no que tange às propriedades físicas como a textura c curvas de retenção de água. Os resultados revelam que os solos e os sedimentos têm alta capacidade de reter a água, c consequentemente de água disponível, com valores máximos da ordem de 45 mm/10cm, considerando a água disponível entre os potenciais -10 e -1500 kPa. A fração silte da composição granulométrica foi, na maioria dos resultados, a mais expressiva, variou de 17 a 71%.
Resumo:
Circulating antigens were detected in sera of mice experimentally infected with a high close of Trypanosoma cruzi by reaction with sera from chronically infected mice. The immunodiffusion reaction between homologous acute and chronic sera produced four precipitation lines. By reaction with chronic mouse serum, circulating antingens were detected in sera from heavily infected hamsters, dogs, rabbits and in sera from chagasic patients. A reaction was also found in urine from acutely infected mice and dogs. Trypanosoma cruzi exoantigen was detected in trypanosome culture medium and in the supernatant of infected cell cultures. Attempts to isolate the antigens are described.