150 resultados para Sexual rights
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência sexual por parceiro íntimo entre homens e mulheres da população urbana brasileira e fatores a ela associados. MÉTODOS: Os dados analisados fazem parte de pesquisa realizada em 1998 e 2005 no Brasil, em população urbana. Os dados foram obtidos por meio de questionários aplicados a amostra representativa de 5.040 indivíduos, homens e mulheres de 16 a 65 anos. Análise descritiva foi realizada com dados ponderados, usando-se os testes F design-based, com significância de 5%. RESULTADOS: A prevalência global de violência sexual por parceiro íntimo foi de 8,6%, com predominância entre as mulheres (11,8% versus 5,1%). As mulheres apresentaram taxas sempre maiores de violência do que os homens, exceto no caso de parcerias homo/ bissexuais. Foi significativa a diferença da maior taxa verificada para homens homo/bissexuais em relação aos heterossexuais, mas não para mulheres. A população negra, independente do sexo, referiu mais violência que a branca. Quanto menor a renda e a escolaridade, maior a violência, mas homens de regiões mais pobres referiram mais violência, o que não ocorreu com mulheres. Situações diversas do trabalho, uso de condom, menor idade na primeira relação sexual e número de parceiros nos últimos cinco anos diferiram significativamente para mulheres, mas não para homens. Para homens e mulheres a violência sexual associou-se a ser separado(a) ou divorciado(a), ter tido doença sexualmente transmissível, auto-avaliar-se com risco para HIV, mas não à sua testagem. CONCLUSÕES: Confirma-se a alta magnitude da violência sexual e a sobretaxa feminina. Reitera-se a violência como resultado de conflitos de gênero, os quais perpassam a estratificação social e a etnia. Quanto à epidemia de Aids, a violência sexual é um fator importante a ser considerado na feminilização da população atingida.
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OBJETIVO: Analisar determinantes sociais da iniciação sexual precoce de jovens pertencentes a uma coorte de nascimentos. MÉTODOS: Foram entrevistados em 2004-5 os indivíduos da coorte de nascimentos de Pelotas (RS), em 1982 (N=4.297). A iniciação sexual precoce (<13 anos) foi o desfecho. Análises descritivas e estratificadas foram realizadas segundo o sexo. As variáveis analisadas foram renda familiar em 1982, cor da pele, escolaridade do jovem e mudança de renda (1982-2004-5). Usaram-se dados etnográficos para complementar a análise dos resultados. RESULTADOS: A prevalência de iniciação sexual precoce foi maior para homens com cor da pele preta/parda, baixa escolaridade, renda familiar baixa em 1982 e em 2004-5. As exigências para que os papéis sexuais masculinos mais tradicionais (virilidade, iniciativa sexual) mostraram ter maior repercussão e adesão desde cedo no grupo dos homens. Jovens mulheres de família com maior renda e de maior escolaridade tenderam a postergar a iniciação sexual. Os reflexos da imposição de valores culturais tradicionais mostraram-se importantes para a iniciação sexual precoce em homens e mulheres, ambos com menor escolaridade e renda. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados recolocam o fator econômico como determinante dos comportamentos ou dos usos da sexualidade para ambos os sexos. Concentrar esforços políticos que incentivem a população menos privilegiada economicamente a ter chances e perspectivas futuras igualitárias é uma estratégia importante para desfechos em saúde.
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OBJETIVO: Estimar la prevalencia y los factores asociados al abuso sexual en niñez y adolescencia. MÉTODOS: Estudio realizado en una muestra de estudiantes del estado de Morelos, México, en 2004-2005. Los participantes (n=1730) pertenecen a una cohorte de 13.293 estudiantes de 12 a 24 años. Los datos fueron colectados mediante la aplicación de un cuestionario conteniendo secciones de escalas validadas. Las variables analizadas fueron: factores sociodemográficos (sexo, zona de habitación, nivel socioeconómico); familiares (educación de los padres, adicciones de los padres, violencia entre padres); psicológicos individuales (autoestima - Inventario de Autoestima de Coopersmith, depresión, consumo de alcohol); violencia intrafamiliar (Escala de Strauss); y abuso sexual. Mediante regresión logística múltiple se evaluaron los factores asociados. Se obtuvieron Razones de Momios (RM) con intervalos de confianza al 95%. RESULTADOS: El 4.7% (n=80) de los (as) estudiantes presentaron intento de abuso y el 2.9% (n=50) fueron víctimas de abuso sexual consumado. Las mujeres tuvieron mayor prevalencia de intento (6.1%). El 3.6% de las mujeres y el 1.9% de los hombres fueron abusados sexualmente. Principal agresor en mujeres fue el novio y en hombres una persona desconocida. Edad promedio de 12.02 años en mujeres y 11.71 en hombres. Factores asociados al abuso: mayor consumo de alcohol padres (RM = 3.37; IC 95% 1.40;8.07); violencia hacia madre (RM=4.49; IC 95%1.54;13.10); ser mujer (RM = 2.47; IC 95%1.17;5.24); ser víctima de violencia intrafamiliar alta (RM=3.58; IC 95%1.32;9.67). Autoestima alta fue un factor protector (RM=0.27; IC 95% 0.09;0.75). CONCLUSIONES: En promedio el abuso sexual se presenta a los 12 años de edad en ambos sexos, siendo más frecuente en el sexo femenino. La mayoría de víctimas no lo denuncia.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de histórico de violência sexual entre mulheres gestantes e sua associação com a percepção de saúde. MÉTODOS: Estudo transversal, com 179 mulheres maiores de 14 anos e grávidas de 14 a 28 semanas, entrevistadas em serviços públicos de saúde em São Paulo, SP, entre os anos de 2006 e 2007. Os instrumentos utilizados foram: inventário de violência sexual, inventário de dados sociodemográficos e questionário de qualidade de vida relacionada à saúde: "Medical Outcomes 12-Item Short-Form Health Survey" (SF-12®). Mulheres com e sem história de violência sexual foram comparadas quanto à idade, escolaridade, ocupação, estado civil, cor da pele e autopercepção de saúde física e mental. A violência sexual foi caracterizada em penetrativa ou não penetrativa. RESULTADOS: Houve prevalência de 39,1% de violência sexual entre as entrevistadas, sendo 20% do tipo penetrativo, cometida sobretudo por agressores conhecidos. Em 57% das mulheres a primeira agressão ocorreu antes dos 14 anos. Não houve diferenças sociodemográficas entre mulheres que sofreram e as que não sofreram violência sexual. Escores médios de percepção de saúde física entre as entrevistadas com antecedente de violência sexual foram menores (42,2; DP=8,3) do que das mulheres sem este antecedente (51,0; DP=7,5) (p<0,001). A percepção de saúde mental teve escore médio de 37,4 (DP=11,2) e 48,1 (DP=10,2) (p<0,001), respectivamente para os dois grupos. CONCLUSÕES: Houve alta prevalência de violência sexual entre as grávidas dos serviços de saúde avaliados. Mulheres com antecedente de violência sexual apresentaram pior percepção de saúde do que as sem esse antecedente.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos do modelo de grupoterapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de abuso sexual. MÉTODOS: Foi utilizado delineamento não-randomizado intragrupos de séries temporais. Crianças e adolescentes do sexo feminino com idade entre nove e 16 anos (N=40) da região metropolitana de Porto Alegre (RS), foram clinicamente avaliadas em três encontros individuais, de 2006 a 2008. A grupoterapia consistiu de 16 sessões semi-estruturadas. Instrumentos psicológicos investigaram sintomas de ansiedade, depressão, transtorno do estresse pós-traumático, stress infantil e crenças e percepções da criança em relação à experiência abusiva antes, durante e após a intervenção. Os resultados foram analisados por meio de testes estatísticos para medidas repetidas. Foi realizada uma análise comparativa dos resultados do pré-teste entre os grupos que receberam atendimento psicológico em grupo imediato após a denúncia do abuso e aquelas que aguardaram por atendimento. RESULTADOS: A análise do impacto da intervenção revelou que a grupoterapia cognitivo-comportamental reduziu significativamente sintomas de depressão, ansiedade, stress infantil e transtorno do estresse pós-traumático. Além disso, a intervenção contribuiu para a reestruturação de crenças de culpa, baixa confiança e credibilidade, sendo efetivo para a redução de sintomas psicológicos e alteração de crenças e percepções distorcidas sobre o abuso. CONCLUSÕES: A grupoterapia cognitivo-comportamental mostrou ser efetiva para a redução de sintomas psicológicos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.
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OBJETIVO: Compreender as vivências de enfermeiros no atendimento a mulheres que sofreram violência sexual. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo clínico-qualitativo em que foram entrevistados seis enfermeiros de um serviço de assistência a mulheres vítimas de violência sexual em Campinas, SP, no período de abril a maio de 2007. Utilizou-se a técnica da entrevista semidirigida de questões abertas. Os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo com base no referencial psicodinâmico. Foram produzidas categorias analíticas: o que pensam, o que sentem, como agem e como reagem ao trabalho com vítimas de violência sexual. ANÁLISE DOS RESULTADOS: Os entrevistados indicaram o acolhimento como fundamental na assistência humanizada e no estabelecimento de vínculo com a cliente. Foram relatados sentimentos como medo, insegurança, impotência, ambivalência, angústia e ansiedade, que acarretam alterações de comportamento e interferem na vida pessoal, como também sentimentos de satisfação e realização profissionais. A capacitação técnica e atividades que visam o apoio psicológico foram citadas como estratégias que podem ajudar nesse tipo de atendimento. CONCLUSÕES: Mesmo diante de sentimentos como impotência, medo e revolta, a percepção de alívio pelo dever cumprido e a satisfação pessoal dos enfermeiros em ter ajudado essas mulheres parecem se sobrepor aos demais sentimentos, como forma de gratificação. O desejo de "fugir" do atendimento e a vontade de dar o melhor de si ocorrem simultaneamente e são utilizados mecanismos internos no sentido de minimizar a dor e o sofrimento.
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OBJECTIVE: To analyze users' reasons for choosing in vitro fertilization treatment in public or private services and to identify their suggestions for improving fertility treatment. METHODS: A qualitative study using an interpretative approach was conducted. Fifteen semi-structured interviews were conducted with patients undergoing in vitro fertilization treatment (nine women, one man and five couples) at home or at their workplace in the districts of Viana do Castelo, Braga, Porto and Lisbon, Portugal, between July 2005 and February 2006. RESULTS: Users evaluated access to in vitro fertilization treatment in public and private services based mainly on their individual experiences and called for more access to less costly, faster and friendlier care with suitable facilities, appropriate time management and caring medical providers. These perceptions were also associated with views on the need for fighting stigmatization of infertility, protecting children's rights and guaranteeing sustainability of health care system. Interviewees sought to balance reduced waiting time and more attentive care with costs involved. The choice of services depended on the users' purchase power and place of residence and availability of attentive care. CONCLUSIONS: Current national policies on in vitro fertilization treatment meet user's demands of promoting access to, and quality, availability and affordability of in vitro fertilization treatment. However, their focus on legal regulation and technical-scientific aspects contrasts with the users' emphasis on reimbursement, insurance coverage and focus on emotional aspects of the treatment. The study showed these policies should ensure insurance coverage, participation of user representatives in the National Council for Assisted Reproductive Technology, promotion of infertility research and certification of fertility laboratories.
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OBJETIVO : Analisar a relação entre comportamento sexual e fatores de risco à saúde física ou mental entre adolescentes. MÉTODOS : Estudo realizado com 3.195 escolares de 15 a 19 anos de idade, do segundo ano do ensino médio de escolas públicas e particulares das capitais de 10 estados do Brasil, em 2007-2008. Foi utilizada amostragem por conglomerados com multiestágio de seleção (escolas e alunos) em cada cidade e rede de ensino pública e particular. Foi aplicado questionário a todos os alunos selecionados, com os seguintes itens: dados socioeconômicos e demográficos; comportamento sexual; “transar” com pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto ou de ambos os sexos; uso de bebida alcoólica e maconha; usar camisinha ao “transar”; presença de experiências sexuais traumáticas na infância ou adolescência; e ideação suicida. A análise incluiu descrição de frequências, teste de Qui-quadrado, análise de correspondência múltipla e de cluster. Foram analisadas qualitativamente, por análise dos conteúdos manifestos, as respostas a uma questão livre em que o adolescente expressou comentários gerais sobre si e sua vida. RESULTADOS : Cerca de 3,0% dos adolescentes referiu comportamento homossexual ou bissexual, sem diferenciação de sexo, idade, cor da pele, estrato social, estrutura familiar e rede de ensino. Adolescentes com comportamento homo/bissexual comparados aos heterossexuais relataram (p < 0,05): ficar de “porre” (18,7% e 10,5%, respectivamente), uso frequente de maconha (6,1% e 2,1%, respectivamente), ideação suicida (42,5% e 18,7%, respectivamente) e ter sido vítima de violência sexual (11,7% e 1,5%; respectivamente). Adolescentes com comportamento homo/bissexual relataram utilizar menos preservativo de forma frequente (74,2%) do que aqueles com comportamento heterossexual (48,6%, p < 0,001). Três grupos foram encontrados na análise de correspondência: composto por adolescentes com comportamento homo/bissexual e que vivenciava os fatores de risco: sofrer violência sexual, nunca utilizar camisinha ao “transar”, ideação suicida, uso frequente de maconha; composto por usuários ocasionais de maconha e camisinha e com frequentes “porres”; adolescentes com comportamento heterossexual e ausência dos fatores de risco investigados. Entre adolescentes com comportamento homo e bissexual, houve mais fatores de risco quando comparados àqueles com comportamento heterossexual. Os adolescentes com comportamento homo e bissexual expuseram mais suas vivências pessoais positivas e relacionamentos negativos do que seus pares heterossexuais, mas se expressaram menos sobre religiosidade. CONCLUSÕES : O tema não somente deve ser mais estudado como também devem ser ampliadas as ações preventivas voltadas aos adolescentes com relações afetivo-sexuais homo/bissexuais.
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ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of sexual initiation and contraceptive use at the last sexual intercourse of Brazilian adolescents, according to sociodemographic features. METHODS The data were obtained from the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA), a national school-based cross-sectional study. We included 74,589 adolescents from 32 geographic strata (27 capitals and five sets of municipalities with more than 100,000 inhabitants of each of the five macro-regions of the Country). Information on sexual initiation and contraceptive use at the last sexual intercourse (male condom and oral contraceptive pill) has been used. We have estimated prevalence and confidence intervals (95%CI) considering sample weights according to sex, age, type of school, residence status, macro-region and capitals. RESULTS We observed that 28.1% (95%CI 27.0-29.2) of the adolescents had already initiated sexual life, with higher prevalence among those aged 17 years (56.4%, 95%CI 53.9-58.9), males (33.5%, 95%CI 31.8-35.2), studying at public schools (29.9%, 95%CI 28.5-31.4), and from the Northern region (33.9%, 95%CI 32.3-35.4), mainly from Macapa, Manaus, and Rio Branco. Among those who had started their sexual life, 82.3% (95%CI 81.1-83.4) reported the use of contraceptive methods at the last intercourse, and the prevalence of use was higher among adolescents aged 17 years (85.3%, 95%CI 82.7-87.6), females (85.2%, 95%CI 83.8-86.5) and those living in the Southern region (85.9%, 95%CI 82.9-88.5). Male condom was used by 68.8% (95%CI 66.9-70.7), with no difference by type of school or macro-regions; the contraceptive pill was used by 13.4% (CI95% 12.2-14.6), and more frequently used among women (24.7%, 95%CI 22.5-27,0) and 17-year-old adolescents (20.8%, 95%CI 18.2-23.6) from urban settings(13.7%, 95%CI 12.5-14.9) and from the Southern region (22.6%, 95%CI 19.0-26.8), and less often in the Northern region. CONCLUSIONS ERICA’s data analysis on sexuality and contraception shows heterogeneities in the prevalence of sexual initiation and use of contraceptive methods among Brazilian adolescents, depending on their age, where they live, and the type of school they study at. Younger adolescents and those living in the Northern region seem to be more vulnerable to the consequences of unprotected sexual intercourses.
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In order to contribute to a better understanding of the forms of acquisition of hepatitis C virus (HCV) in Brazil, with special emphasis on sexual transmission, we determined the presence of HCV infection in regular partners and in non-sexual home communicants of blood donors seen at Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo from January 1992 to July 1996. Of 154 blood donors with HCV infection (index cases), 111 had had regular partners for at least 6 months. Sixty-eight of 111 partners were evaluated for HCV infection. Of these, 8 (11.76%) were considered to have current or previous HCV infection; a history of sexually transmissible diseases and index cases with a positive HCV-RNA test were more prevalent among partners with HCV infection. Of the 68 index cases whose partners were studied, 56 had non-sexual home communicants. Of the total of 81 home communicants, 66 accepted to be evaluated for HCV infection. None of them was HCV-positive, suggesting that the high prevalence of HCV infection among partners may be attributed at least partially to sexual transmission.
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It is generally agreed that the hepatitis C virus (HCV) can be efficiently transmitted parenterally, although data on viral transmission by sexual or non-sexual intrafamilial contact are conflicting. Since data collection began in 1989, the first study dealt with the risk of sexual transmission among multiple sex partners. Other investigations followed, emphasizing that risk increases in specific groups such as patients co-infected with HIV and HBV, sex workers, homosexuals, illicit drug users and patients attended at sexually transmittable disease clinics. The question arises as to what might be the risk for monogamous heterosexuals in the general population, in which one of the partners has HCV? The literature provides overall rates that vary from zero to 27%; however, most studies affirm that the chances of sexual transmission are low or almost null, with rates for this mode fluctuating from zero to 3%. Intrafamilial transmission is strongly considered but inconclusive, since when mentioning transmission between sex partners within the same household, specific situations also should be considered, such as the sharing of personal hygiene items, like razorblades, toothbrushes, nail clippers and manicure pliers, which are important risk factors in HCV transmission. In this review, we discuss the hypotheses of sexual and/or intrafamilial transmission.
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In South Brazil the circulation of two HIV-1 subtypes with different characteristics represents an important scenario for the study of the impact of HIV-1 diversity on the evolution of the HIV-1 epidemic and AIDS disease. HIV-1 B, the predominant variant in industrialized countries and HIV-1 C, the most prevalent subtype in areas with rapid epidemic growth, are implicated in most infections. We evaluated blood samples from 128 antiretroviral (ARV) naïve patients recruited at entry to the largest HIV outpatient service in Porto Alegre. Based on partial pol region sequencing, HIV-1 C was observed in 29%, HIV-1 B in 22.6% and, the recently identified CRF31_BC, in 23.4% of 128 volunteers. Other variants were HIV-1 F in 10% and other mosaics in 5.5%. In order to evaluate the association of socio-behavioral characteristics and HIV-1 subtypes, interviews and laboratory evaluation were performed at entry. Our data suggest an established epidemic of the three major variants, without any evidence of partitioning in either of the subgroups analyzed. However, anal sex practices were associated with subtype B, which could indicate a greater transmissibility of non-B variants by vaginal intercourse. This study provides baseline information for epidemiologic surveillance of the changes of the molecular characteristics of HIV-1 epidemics in this region.
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The role of sexual or intrafamilial transmission of hepatitis C is controversial. A phylogenetic analysis was performed on the non-structural region 5B of the hepatitis C virus (NS5B-HCV). High percentages of homology (mean of 98.3%) were shown between the couples. Twenty (83.3%) of the 24 men but only two of the women (8.3%) reported having had sexually transmitted diseases during their lives. The risk factors for HCV acquisition were blood transfusion (10 couples), use of illegal injected drugs (17), use of inhalants (15), acupuncture (5) and tattoos (5). The shared use of personal hygiene items included toothbrushes between six couples (25%), razor blades between 16 (66.7%), nail clippers between 21 (87.5%) and manicure pliers between 14 (58.3%). The high degree of similarity of the hepatitis C virus genome supports the hypothesis of hepatitis C virus transmission between these couples. The shared use of personal hygiene items suggests the possibility of intrafamilial transmission of infection.
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Human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is endemic in many parts of the world and is primarily transmitted through sexual intercourse or from mother to child. Sexual transmission occurs more efficiently from men to women than women to men and might be enhanced by sexually transmitted diseases that cause ulcers and result in mucosal ruptures, such as syphilis, herpes simplex type 2 (HSV-2), and chancroid. Other sexually transmitted diseases might result in the recruitment of inflammatory cells and could increase the risk of HTLV-1 acquisition and transmission. Additionally, factors that are associated with higher transmission risks include the presence of antibodies against the viral oncoprotein Tax (anti-Tax), a higher proviral load in peripheral blood lymphocytes, and increased cervicovaginal or seminal secretions. Seminal fluid has been reported to increase HTLV replication and transmission, whereas male circumcision and neutralizing antibodies might have a protective effect. Recently, free virions were discovered in plasma, which reveals a possible new mode of HTLV replication. It is unclear how this discovery might affect the routes of HTLV transmission, particularly sexual transmission, because HTLV transmission rates are significantly higher from men to women than women to men.