58 resultados para Rosa, Guimarães, 1908-1967 Crítica e interpretação Teses
Resumo:
O objetivo do artigo o de extrair dos escritos de Taylor uma crítica da concepo de Kuhn a respeito de uma possvel unidade entre as cincias naturais e as cincias humanas, e dos de Kuhn uma crítica caracterizao proposta por Taylor para as cincias naturais. Deste empreendimento resulta uma reconceptualizao da unidade das cincias.
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O objetivo deste ensaio propor uma interpretação daquilo que para muitos intrpretes constitui o enigma e a dificuldade maior da terceira Crítica de Kant: o fato de o filsofo remeter para a mesma faculdade do esprito (a faculdade de julgar - Urteilskraft) e para o mesmo princpio transcendental de apreciao (a teleoformidade ou conformidade a fins - Zweckmssigkeit) o fenmeno da arte humana e os fenmenos da natureza organizada - a esttica e a teleologia. Na leitura que propomos, tentamos perceber a fecundidade dessa estranha associao ("associao barroca", no dizer de Schopenhauer) precisamente para permitir pensar alguns dos problemas que coloca atualmente a racionalidade ecolgica, no aquela que visa excluir o homem da natureza como seu inimigo, mas uma conscincia ecolgica que defenda uma natureza viva com homens sensveis, com seres humanos tais que no pensam j a sua relao com a natureza como sendo uma relao de meros "senhores e possuidores" frente a um objeto inerte e destitudo de valor e de significao por si mesmo, mas que so capazes de contemplar e apreciar a natureza como valiosa por si mesma, de reconhec-la como um sistema de sistemas finalizados e de colaborar na sua preservao, que tm at perante ela genunos sentimentos de admirao pela sua beleza, de respeito pela sua sublimidade e de gratido pela sua exuberncia e favores. Em suma, propomo-nos mostrar a nova atitude perante a natureza que se deixa pensar a partir da Crítica do Juzo, considerada esta obra na sua complexidade sistemtica.
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O presente artigo visa explicar o conceito kantiano de mxima. Seu propsito aduzir uma interpretação capaz de identificar as diferentes funes deste conceito na filosofia de Kant. Alm disso, o autor explora as consequncias da sua anlise na esfera da soluo da antinomia da faculdade de julgar teleolgica na terceira Crítica. No cerne desta antinomia est a alegao de Kant, segundo a qual toda a "aparncia" (Anschein) de conflito entre as mximas mecnica e teleolgica provm da confuso de um princpio da faculdade de julgar reflexiva com um princpio da faculdade de julgar determinante.
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A partir da denncia da contraditria presena de pressupostos morais dogmticos na formulao dos princpios norteadores da atividade cientfica, Nietzsche concebe uma outra noo de cientificidade, compatvel com a opo hegemnica pelo saber, que ele reconhece como presente na cultura ocidental. O presente artigo visa a discutir sob quais parmetros Nietzsche, no perodo intermedirio de sua produo filosfica, empreende sua interpretação da cientificidade ocidental e como, apresentando-se como seu fomentador, ele formula uma crítica desmistificadora desta.
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Apesar das mudanas do projeto kantiano, possvel identificar o problema da loucura como sendo abordado em duas perspectivas: uma fisiolgica, outra semntica. A abordagem fisiolgica corresponde ao modelo das cincias dos objetos dos sentidos externos. J a abordagem semntica da loucura se desenvolve dentro da tarefa crítica da filosofia, isto , como parte de uma investigao acerca do alcance e dos limites da razo humana. Nesse sentido, a loucura se insere em duas sries diferentes. No primeiro caso aparece vinculada s leses cerebrais, problemas de percepo ou at mesmo em relao ao consumo de substncias que alteram o funcionamento fsico. No segundo caso se relaciona com o entusiasmo do desvario proftico, o fanatismo religioso, o misticismo e at mesmo a iluso metafsica. Para desenvolver o nosso trabalho apresentaremos elementos da abordagem fisiolgica e da abordagem semntica encontradas em alguns dos diferentes textos e, por ltimo, realizaremos algumas consideraes sobre a possibilidade do desenvolvimento de um saber sobre a loucura em Kant.
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O objetivo do artigo discutir a crítica de Philonenko (1981) aos conceitos sartrianos de "m-f" e "liberdade". Um dos pilares dessa crítica a defesa da noo de "coerncia do estilo", elemento indispensvel para resguardar a autenticidade to prezada por Sartre, segundo Philonenko. Contudo, continua este ltimo, ao afirmar "eu no sou jamais nenhuma de minhas condutas, nenhuma de minhas atitudes", Sartre limita a liberdade por ele defendida ao horizonte de uma maliciosa dissimulao, quer dizer, da m-f. Ns constatamos trs imprecises nessa crítica. Em primeiro lugar, a citada afirmao de Sartre foi mal interpretada. Mas, em segundo, se essa interpretação est correta, supondo que o estilo seja indispensvel autenticidade, ainda assim a liberdade sartriana no pode ser "para o mal", pois ela se caracteriza, em termos ontolgicos, como o prprio ser da realidade humana "em situao", e no em termos morais, como uma propriedade dessa realidade, cristalizada por um olhar atento sobre si ou sobre o outro, e julgada como boa ou m. Por fim, queremos concluir que, numa possvel conduta autntica, a derrocada da m-f no apenas prescinde do amparo a uma coerncia do estilo como tambm pressupe o reconhecimento angustiante de sua gratuidade.
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A partir do ensaio (1922) de Walter Benjamin sobre as Afinidades Eletivas de Goethe, o artigo tenta mostrar como Benjamin, desde esse ensaio de juventude at seu ltimo texto, as teses "Sobre o conceito de histria" (1940), defende uma noo de filologia crítica, capaz de evidenciar no detalhe material a distncia histrica que separa a obra, em sua concretude histrica, do momento histrico do intrprete ou historiador. Somente o reconhecimento desse distanciamento permite no cair nas armadilhas da Einfhlung (identificao afetiva, empatia) hermenutica e possibilita elaborar um posicionamento histrico e crtico.
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Aps uma parte introdutria sobre o estatuto da filosofia da histria como conhecimento, o texto procura analisar o corte efetuado por Habermas em sua trajetria terica visando livrar sua teoria social daquela filosofia e, consequentemente, superar as teses acerca da construo de um sujeito da histria e da exequibilidade da histria. Com essa anlise procura-se diagnosticar as transformaes fundamentais que esse corte ou rejeio, por parte de Habermas, do pensamento prprio da filosofia da histria trouxe para a sua teoria crítica da sociedade, e tambm apontar os rudimentos e traos daquela filosofia nessa teoria.
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Um dos fatores mais determinantes da dificuldade no manejo do zumbido a subjetividade da mensurao e, por conseqncia, da monitorizao do tratamento. REVISO: Nosso objetivo, neste artigo, fazer uma reviso bibliogrfica e anlise crítica dos principais mtodos existentes para a mensurao do zumbido. CONCLUSO: No existe consenso quanto aos mtodos de mensurao do zumbido, o que leva a críticas na metodologia de vrios artigos. Na realidade brasileira, os mtodos mais simples so os mais indicados.
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A reabilitao vestibular (RV) uma tima opo teraputica para tratamento dos pacientes vestibulopatas. Contudo, mesmo quando bem conduzida, algumas vezes no surte os efeitos propostos. OBJETIVO: Avaliar a resposta de pacientes submetidos RV em relao s etiologias apresentadas. Forma de Estudo: Retrospectivo descritivo. PACIENTES E MTODO: Analisamos pacientes que concluram a RV e tinham diagnstico entre janeiro de 2002 e dezembro de 2004. Dividimos os pacientes em trs grupos, de acordo com a resposta RV e os comparamos em relao s etiologias. RESULTADOS: Observamos 13 casos sem melhora com a RV, 24 com melhora parcial e 22 com remisso dos sintomas. As etiologias encontradas foram cervical, trauma, metablica, central, transtornos da ansiedade e do humor, doena auto-imune, intolerncia ortosttica. A etiologia metablica apresentou evoluo significativamente melhor do que as demais. CONCLUSO: Quando associada adequada correo etiolgica, a RV uma tima opo no tratamento das vestibulopatias.
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A prova calrica o teste da avaliao otoneurolgica que verifica a integridade do reflexo vestbulo-ocular e possibilita avaliar cada labirinto separadamente. Os principais aspectos relacionados realizao, interpretação e utilidade da prova calrica foram revistos. MTODOS: Realizou-se reviso sistemtica sobre as publicaes ocorridas nos ltimos cem anos sobre o assunto. Incluram-se artigos originais transversais e longitudinais, de reviso e meta-anlise. Excluram-se revises de papeleta, relatos de caso e editoriais. Os descritores utilizados foram: prova calrica, nistagmo, sistema vestibular, preponderncia direcional, predomnio labirntico, teste calrico monotermal, teste calrico com gua gelada, fenmeno de Bell. Pesquisou-se as bases de dados COCHRAINE, MEDLINE, LILACS, CAPES. RESULTADOS: De 818 resumos de artigos, selecionou-se inicialmente 93 que preenchiam os critrios de incluso. A leitura dos artigos resultou na seleo final de 55. Na anlise dos artigos, enfatizou-se na discusso fundamentos da prova calrica, tipos de estimulao utilizados, prova calrica monotermal e com gua gelada, questes relacionadas interpretação dos resultados, variveis e artefatos. COMENTRIOS FINAIS: os valores de referncia utilizados na prova calrica podem variar de servio para servio, com ponto de corte definido a partir de estudos locais. Semiotcnica cuidadosa fundamental para elevar a sensibilidade do exame.
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A possibilidade de ser necessrio um acesso combinado, com uma inciso cervical e outra torcica, torna o tratamento do bcio mergulhante um desafio tanto no pr quanto no intra-operatrio. Discutimos uma padronizao da tcnica cirrgica para minimizar a necessidade da abordagem torcica, tornando o bcio mergulhante uma patologia tratvel cirurgicamente, por uma nica inciso cervical, e com baixos ndices de complicaes. OBJETIVO: Avaliar a abordagem cirrgica do bcio mergulhante por cervicotomia e analisar as complicaes cirrgicas. MATERIAL E MTODOS: Foi realizada uma coorte histrica com corte transversal por anlise retrospectiva dos pronturios de pacientes submetidos tireoidectomia no perodo de maio de 2002 a julho de 2007. Um total de 316 pacientes foi submetido tireoidectomia sendo 33 (10,4%) por bcio mergulhante. RESULTADOS: Todos os 33 pacientes foram tratados cirurgicamente por via cervical sem necessidade de esternotomia. No foram observadas leses definitivas de nervo larngeo inferior ou hipoparatireoidismo definitivo. Apenas 2 pacientes apresentaram paresia de nervo recorrente e 2 pacientes foram reabordados por hematoma cervical. CONCLUSO: Pacientes com bcio mergulhante podem ser tratados cirurgicamente por uma nica inciso cervical com segurana e baixos ndices de complicao.
Resumo:
O artigo trata de questes relacionadas evoluo do pensamento dos militares brasileiros, no perodo 1961-1989, em matria de relaes internacionais e Poltica Externa. Levanta algumas das limitaes da interpretação crítica tradicional e analisa a concepo de poltica internacional prevalecente na doutrina das Foras Armadas. Procura destacar, por fim, traos distintivos que marcaram o pensamento dos militares sobre o assunto, incluindo sua vinculao com as grandes tendncias histricas da diplomacia brasileira.