162 resultados para Rio Urucu (Bacia do Solimões)
Resumo:
Neste artigo aborda-se o processo da descentralização do poder da esfera federal para o nível local, a responsabilidade dos consórcios e os fatores que dificultam e facilitam a cooperação intermunicipal. Os consórcios têm se mostrado uma alternativa para o gerenciamento das atribuições municipais. Este modelo gerencial propõe a participação de todos os atores sociais no gerenciamento das questões de interesse comum. O trabalho fornece uma visão geral sobre a cooperação intermunicipal, em especial na bacia do rio Paraopeba - Minas Gerais, Brasil -, a partir da análise de questionários direcionados aos gestores dos municípios. Evidencia-se uma abertura por parte dos municípios à participação em consórcios, considerando que 83% dos municípios da bacia fazem parte de um ou mais tipos de arranjos intermunicipais e, também, a necessidade de desenvolvimento de ações para melhorar e/ou apoiar a cooperação entre os municípios.
Resumo:
Este artigo tem por objetivo discutir o desenvolvimento territorial sustentável a partir da atuação de diferentes atores sob a ótica da gestão social e o processo de cidadania deliberativa. Analisa-se a construção do "Programa de Manejo Agroambiental da Bacia do Rio Almada" na região pertencente ao território de cidadania Litoral Sul da Bahia. Organizaram-se os dados, as informações e as entrevistas por meio de estudo de caso. Para construção do caso, foi utilizada a triangulação de técnicas da história oral e do sensemaking. O caso em tela contribui para a reflexão sobre os desafios e oportunidades referentes à gestão social, indicando que o processo de cidadania deliberativa pode se constituir em estratégia necessária para o desenvolvimento territorial sustentável. Assim, fica claro que o diálogo, a participação dos atores na elaboração e implantação de políticas públicas é algo complexo, porém imprescindível, quando se almejam transformações das realidades sociais.
Resumo:
Foram feitas coletas de mosquito (Diptera: Culicidae) na área do projeto de Colonização Pedro Peixoto, no Estado do Acre, Brasil. Obteve-se um total de 4.588 exemplares pertencentes a 53 espécies ou grupos. Salienta-se a ocorrência de Anopheles (Nyssorhynchus) oswaldoi.
Resumo:
Foi feita uma avaliação do programa de controle da esquistossomose (PCE/PCDEN) na região da Bacia do Rio São Francisco em Minas Gerais. A área em estudo compreende seis municípios, com 130.000 habitantes e 916 localidades em uma área de 10.722km². As atividades tiveram início em quatro municípios entre 1983 e 1985 e em dois outros em 1987. As principais medidas de controle adotadas foram tratamentos sucessivos com oxamniquine e aplicações de niclosamida em coleções hídricas. A prevalência da infecção pelo Schistosoma mansoni nos primeiros quatro municípios, que inicialmente estava entre 18 e 32%, diminuiu abruplamente após a primeira intervenção (1984/85) e permaneceu em níveis inferiores aos iniciais até a última avaliação realizada (1990/94); tendência semelhante foi observada para a proporção de caramujos infectados. Nestes municípios, a proporção de localidades sem a infecção ou com prevalências inferiores a 5% aumentou em detrimento daquelas com níveis mais altos de prevalência. Nos dois outros municípios, com prevalências iniciais inferiores a 5 %, nãoforam observadas mudanças substanciais nos indicadores endêmicos; a relação custo benefício do programa nos últimos municípios deve ser avaliada e as prioridades redirecionadas para erradicar as áreas focais e prevenir a expansão para áreas indenes. Os autores chamam a atenção para as dificuldades a longo prazo de um programa de controle fundamentado em tratamentos sucessivos. Informações sobre os fatores determinantes da infecção pelo S. mansoni em cada localidade, ou em conjunto de localidades semelhantes, permitiriam a elaboração de medidas complementares ao tratamento mais duradouras e menos dependentes da contínua utilização deste.
Resumo:
As condições hidroquímicas da bacia do Rio Parauari-Maués-Açu, estão estudadas a partir da determinações do ph, cálcio, magnésio, sódio, potássio, ferro, cloretos, cobre, zinco e mangnês, nas diferentes épocas do ano. Para isso, foram realizadas quatro excursões e estabelecidos onze pontos de coletas de amostras de água, ao longo do rio principal e igarapés afluentes.As análises mostraram claramente flutuações sazonais no rio que constitui o eixo principal da bacia, o Parauari-Maués-Açu e em alguns de seus principais tributários, como os rios Nambi , Amanã e Urupadi. Essas flutuações estão estritamente relacionadas com os períodos de cheia, seca e intermediários, mostrando a importância dessa massa de água na movimentação de sais, ao longo da bacia.
Resumo:
Foram analisadas e comparadas neste trabalho, quanto às qualidades físico-químicas, amostras de água de 29 (vinte e nove) afluentes do rio Negro, A maioria das águas e muito pobre em sais dissolvidos, e por outro lado bastante ácida, sendo observado que. as substâncias coloridas exercem influencia sobre algum parâmetros químicos isto bem demonstrado pelos resultados de coeficiente, de correlação a 5%. Os rios da margem esquerda provenientes das, montanhas localizadas ao norte são mais férteis em substâncias nutritivas minerais. Já os da margem direita, que em sua maioria nascem em terras alagadiças e em campinas, são considerados extremamente pobres. De um modo geral, são as condições físico-químicas e biológicas que influenciam os resultados de nitrogênio. Discute-se também a hipótese da fertilização de pequenas áreas inundáveis que atualmente estão de formando no baixo rio Negro, bem como o aparecimento de macrófitas aquáticas.
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Durante um período de treze meses, de março de 1979 a março de 1980, excursões semanais foram realizadas ao Janauacá, um complexo de, l.agos de várzea da Amazônia Central. Miltrezentos e trinta e cinco peixesde cinco ordens, dezenove famílias e. oitenta espécies foram examinados, visando a determinar os índices naturais de infestação por crustáceos da subclasse Branchiura. Dos peixes examinados 11% estavam parasitados e apresentaram uma média de cinco crustáceos por peixe. Os maiores índices de infestação ocorreram nos Siluroides, 29% de prevalência e 18,5 de intensidade de infestação, seguidos pelos Characoides com 8,4% e 2,5. Os Perciformes apresentaram o terceiro maior índi.ce, 7,4% de. prevalência e 2,0 de intensidade de infestação. Os menores índices ocorreram nos Osteoglossiformes, 3,0% e 5,0 e nos Clupeiformes com 4,0% e 1,0. Durante o período de coletas, dezoito espécies de peixes não ocorreram parasitadas por branquiuras. Catorze espécies de branquiuros foram coletados no lago Janauacá. Alguns aspectos taxionómicos , biogeográficos e econômicos dos peixes são abordados
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Foram coletadas amostras de água em 13 rios pertencentes a bacia do Rio Branco e analizados, quanto aos seguintes parêmetros físico-químicos: pH, condutibilidade elétrica, Ca, Mg, Na, K, Fe solúvel, Fe complexado e total, Mn, P tota, N-Kjedahl, NH4, N-orgânigo, SO4, Côr, Material Húmico, Cl, Si e Al total. Foram analizados os resultados estatísticos do coeficiente de correlação a 5%. Essa bacia possui rios com relativas concentrações de sais minerais no que é muito bem demonstrado pelo PROJETO RADAM BRASILvol. 8 1975, e rios bastantes pobres em eletrólitos. Três desses rios, o Uraricoera, Mucajaí e o Branco, possuem várzeas agricultáveis, principalmente a região do baixo Rio Branco, que deveria ser melhor aproveitada para cultura de subsistência do Território de Roraima.
Resumo:
Neste trabalho apresentamos os resultados dos estudos físicos-químicos do rio Solimões-Amazonas, em onze (11) locais e em trinta e um (31) afluentes e subafluentes, desde a fronteira do Brasil-Peru-Colômbia, em Tabatinga, até a amostragem, de frente a cidade de Santarém, no Estado do Pará, com uma distância de 2457 km. Os afluentes e subafluentes do rio Solimões-Amazonas ficam reduzidos a pequenos córregos nos seus altos cursos; apenas os rios Juruá, Purus, Negro e Madeira em alguns locais ficam com uma lâmina d'água de dois (2) metros, na região navegável, isto dependendo da estiagem. Todos os rios de água barrenta formam várzeas, que são ricas em nutrientes minerais, várzeas essas que possuem em toda a sua extensão lagos, paranás, igapós, forma-se grande abundância de capim flutuante que, em parte entre em decomposição, produzindo gases tóxicos, como H2S, CH4, CO2, etc. Os lagos e a várzea funcionam como se fossem uma esponja do rio, absolvendo sedimentos suspensos, nutrientes minerais e orgânicos, e liberando uma parte, no período de esvaziamento (seca). Os rios de água preta não formam várzeas e sim praias, e igapós no período da cheia, por possuírem pouco sedimentos; a cor escura é devida a substancias coloridas, como material húmico, que limitam a produção de fitoplancton. Os rios de água clara, também não formam várzeas e sim praias com poucos igapós; eles apresentam uma coloração verde azulada dada a grande formações de algas do tipo Cyanophyta. Os rios de água barrenta que apresentam maiores concentrações de sedimentos nos meses de novembro e abril tem como abastecedora a mobilização, com resuspensão, dos sedimentos, devidos ao aumento da vazão e, em parte, ao fenômeno das terras caldas. É possível que o rio Solimões-Amazonas receba suprimentos minerais e orgânicos dos rios de água barrenta, de pequenos rios que são represados na sua foz, de rios com pequenos afloramentos de calcáreo e de rios com elevados teores de substancias coloridas. As menores temperaturas no rio Solimões-Amazonas ocorrem no período de enchimento do Canal principal e as maiores no verão; quanto ao oxigênio as menores concentrações aparecem nos meses de abril a julho, são de vidas as águas oxidadas provenientes das várzeas e lagos.
Resumo:
Foi realizado um levantamento da Família Gerridae na Bacia Hidrográfica do rio Trombetas, Pará, Brasil, desde as cabeceiras até o Baixo Trombetas. Entre os Hemiptera aquático, Gerridae foi a Família mais representativa, sendo Gerrinae a subfamília mais coletada em 12 dos 35 pontos de coleta. Mapas com os primeiros registros da distribuição geográfica de Gerrinae para a Bacia do rio Trombetas e uma chave para a identificação dos cinco gêneros e seis espécies são apresentadas.
Resumo:
Foi efetuada a pesquisa do Vibrio cholerae em 41 amostras do água, coletadas de algumas localidades da região do alto Solimões através da técnica de Moore mod.: Tabatinga (Brasil) = 13 amostras; Benjamin Constant (Brasil) = 7 amostras: Ilha de Islândia (Peru) = 2 amostras: Ilha de Santa Rosa (Peru) = 19 amostras. Não houve isolamento do Vibrio cholerae da água, dos Municípios de Tabatinga e Benjamin Constant - Brasil e Ilha de Islândia - Peru. Houve o isolamento do Vibrio cholerae biotipo El Tor sorogrupo Inaba de 4 (21 %) amostras de água coletada de 19 diferentes pontos localizados à margem direita do Rio Solimões, na Ilha de Santa Rosa - Peru. O Vibrio cholerae detectado apresentou-se sorologicamente igual ao responsável pela cólera na região do alto Solimões. O isolamento do Vibrio cholerae da água do Rio Solimões leva-nos a responsabilizá-la como sendo um dos veículos de disseminação do bacilo, como também da doença.
Resumo:
O presente estudo trata do inventário, descrição e ilustração das espécies de anostomídeos da bacia do rio Uatumã. Ele foi desenvolvido com base na coleção de peixes do INPA, montada a partir de um intenso programa de coletas, na bacia do Uatumã, nas áreas de influência das usinas hidrelétricas de Balbina e Pitinga, ambas no estado do Amazonas. Para a maioria das espécies são feitos comentários sobre os caracteres diagnósticos, área de distribuição, biótopos preferenciais e principais variações do padrão de colorido entre adultos e jovens. As vinte e duas espécies identificadas pertencem a 8 gêneros, sendo Leporinusdominante, com 12 espécies, seguido de Laemolyta, Anostomuse Pseudanos,com duas e de Schizodon, Anostomoides, Synaptolaemuse Gnathodolus,com uma espécie cada. Dentre os peixes inventariados, duas espécies são consideradas novas e descritas (Leporinus uatumaensissp.n e Leporinus pitingaisp.n.) A partir deste estudo, as espécies tiveram sua área de ocorrência ampliada, já que algumas delas só haviam sido assinaladas para a localidade-tipo.
Resumo:
A caracterização do regime pluviométrico é fundamental para a tomada de decisão junto às práticas agrícolas para a safra e entresafra, no município de Formoso do Araguaia - TO. Foram obtidos dados diários de precipitação pluviométrica no período de 1981 a 1997, excluídos os anos de 1991, 1992 e 1993, totalizando 14 anos de observações. Os dados foram analisados via sistemas ANFLPLUVIE.EXE e Chuva (Assad et al, 1994). Analisou-se as precipitações médias anuais e mensais; as frequências mensais, quinzenais e decendiais em 20%, 50% e 80% de probabilidade de ocorrência e a quantificação e frequência dos veranicos. A precipitação média anual foi de 1.675,7 mm; e a precipitação média mensal do período chuvoso foi maior em dezembro (330,9 mm) e menor em abril (109,3 mm), 95,16% das chuvas na região ocorreram entre os meses de outubro a abril; em 85,71% dos anos observados, o índice pluviométrico foi superior a 1.000 mm anuais.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo analisar padrões de crescimento individual de diversas árvores que ocorrem em duas toposseqüências (direções Norte-Sul e Leste-Oeste), de uma amostra representativa da floresta de terra-firme na Amazônia Central. Foram selecionados de forma aleatória, aproximadamente, 300 indivíduos, sendo 150 em cada toposseqüência, distribuídos em mesmas proporções nas três classes topográficas (platô, encosta e baixio) e nas três classes de diâmetro (10 ≤ DAP < 30 cm; 30 ≤ DAP< 50 cm e DAP≥ 50 cm). Em cada uma dessas árvores foi instalada uma fita metálica, com extremidades parcialmente sobrepostas e ligadas por uma mola; o avanço de uma das pontas, dentro de uma abertura, representa o crescimento em circunferência, que foi medido com um paquímetro digital. As medições foram realizadas mensalmente ao longo de 19 meses, de junho/1999 a dezembro/2000; neste estudo foram considerados apenas os 12 meses do ano 2000. O padrão individual de crescimento em diâmetro varia muito com o passar dos meses (p = 0,00) e apenas razoavelmente quando os meses são interagidos com as classes de diâmetro (p 0,08); por outro lado, há fraca uma evidência (p = 0,25) quando as classes topográficas são acrescentadas na interação anterior e praticamente nenhuma evidência (p = 0,89) quando é analisada a interação meses e classes topográficas. Dentre todas as árvores selecionadas (300 indivíduos), foram mantidas na análise 272 indivíduos. A média do incremento anual em diâmetro, considerando as 272 árvores monitoradas, foi de 1,64 ± 0,21 mm (p = 0,05), ficando dentro do intervalo dos incrementos obtidos no BIONTE e FLONA Tapajós, que é de 1,5 a 2 mm por ano.
Resumo:
O descarte de parte da captura é pratica comum em pescarias de todo o mundo. A avaliação do impacto da pesca requer conhecer as características deste descarte e é útil para a identificação de itens utilizáveis comercialmente. Foram realizadas nove excursões de acompanhamento na região do baixo rio Solimões, em barcos de pesca comercial com redinha, durante o primeiro semestre de 1997, totalizando 18 barcos acompanhados, obtendo-se dados de 84 lances. A bordo foi preenchido um questionário com: data, hora do lance, clima, nome da embarcação e do encarregado, local de pesca, tipo de utensílio usado na captura, tamanho e malha da rede, captura por espécie em kg. Há variação no percentual descartado ao longo dos meses, havendo menor rejeição nos meses de março e abril. Descartes superiores a 20% ocorrem até fevereiro, voltando a repetir o padrão em maio. Itens não descartados, ocasionalmente descartados e sempre descartados foram determinados. Os tamanhos médios (comprimento furcal) das capturas descartadas foram inferiores aos da capturas conservadas para o apapá, aracu, mapará, pacu e peixe-cachorro. Porém, não apresentaram diferenças significativas para o aracu, a branquinha, o cubiu e a sardinha. Os pescadores utilizam uma rede para seleção do pescado grande, a "escolhedeira", permitindo aos peixes pequenos escaparem ainda com vida. Curimatã, matrinchã, pescada, cará e tucunaré grandes ou pequenos não são descartados devido à ampla aceitação destes produtos nos mercados locais. Algumas espécies rejeitadas, como apapá, cubiu, branquinha foram comuns nas capturas, apresentando potencial para uso alternativo.