90 resultados para Restos mortais
Resumo:
Foram estudados a dieta, a composição corporal e o valor de energia bruta do conteúdo estomacal, filé e fígado, bem como alguns frutos e sementes que fazem parte da dieta do matrinxã, relacionando-se estes parâmetros com as flutuações do nível da água durante um ciclo anual. Observou-se que a espécie se alimenta de sementes, frutos, flores, restos de vegetais e insetos, apresentando hábito alimentar onívoro. Estômagos vazios foram frequentes (68,5%) nos diferentes períodos hidrológicos. As análises proximais e valor da energia bruta do filé e fígado dos peixes analisados não apresentaram diferenças significativas entre os sexos (P>0,05). No entanto, observou-se diferenças entre os períodos de águas baixas e altas. As médias das composições centesimais e os valores de energia bruta do conteúdo estomacal, expressos com base na matéria seca revelaram, na enchente, um baixo teor de proteína (8,9%) e cinza (1,3%), alto valor de lipídios (70,2%) e energia (775 Kcal EB/100g). Na seca, o teor de proteína (24,9%) e cinza (6,3%) foram maiores, porém os teores de lipídios (13,2%) e de energia (416,9 Kcal EB 100g) foram mais baixos que na cheia. Foi verificado abundante depósito de gordura cavitária o ano todo, diminuindo em janeiro, mês em que o matrinxã realiza a desova.
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Solos desenvolvidos de rochas máficas no nordeste de Roraima são cultivados continuamente por populações indígenas em função da boa fertilidade natural. Este trabalho objetivou avaliar as alterações na matéria orgânica do solo por meio do fracionamento das substâncias húmicas, aplicação de análises de CHNS, estudos termogravimétricos e de Ressonância Paramagnética de Elétrons (EPR). Os maiores teores de C foram observados no Chernossolo sob cultivo contínuo. A fração humina foi predominante em todos os solos, tendo seus teores reduzidos em profundidade. No Nitossolo, houve menor relação ácido húmico/fúlvico. No Chernossolo cultivado, a posição no relevo e a incorporação dos restos culturais parece ter contribuído para manter a estabilidade do solo. Nos demais Chernossolos, a natureza química contribuiu para a ciclagem mais eficiente da matéria orgânica. No Chernossolo e nos Cambissolos não cultivados, a matéria orgânica se apresentou menos estável. No Chernossolo sob cultivo, houve aumento da polimerização do ácido húmico. Os solos com horizonte A chernozêmico, não cultivados, comportaram-se mais uniformes quanto à qualidade dos ácidos húmicos.
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Foi feito um ensaio em vasos com três solos arenosos do município de Piracicaba a fim de se avaliar o período de decomposição mais ativa de restos de cultura de milho e início de estabilização desse processo e testar a determinação do teor de C do solo e da relação C/N como parâmetros de avaliação da decomposição. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com e sem adição do material orgânico e com adição de doses crescentes de nitrogênio. Concluiu-se o seguinte: a) Tanto o teor de C do solo como a relação C/N foram eficientes para alcançar o objetivo visado, devendo-se, entretanto, para fins práticos, utilizar o primeiro processo por ser de execução mais fácil e mais rápida, b) A decomposição tendeu a se estabilizar aos 45 dias, aproximadamente, após o início da incubação.
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Na bacia do rio Tibagi, trechos dos rios Fortaleza, Iapó e Tibagi foram amostrados mensalmente, de maio de 2001 a abril de 2002, com tarrafas e redes de espera de diferentes malhagens. Foram capturados indivíduos de quatro espécies de Astyanax. Para conhecer como essas espécies utilizam o hábitat desses rios, foi calculada a constância, e as freqüências em número de exemplares foram comparadas pela análise de similaridade Bray-Curtis. A composição percentual dos alimentos consumidos foi ordenada usando-se a Análise de Componentes Principais (ACP). As proporções dos recursos alimentares foram avaliadas e classificadas quanto à natureza (animal ou material vegetal) e origem (alóctone e autóctone). A constância e a baixa similaridade na abundância revelaram que as espécies têm preferências quanto ao porte do rio ou por determinado hábitat. Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 e A. fasciatus (Cuvier, 1819) ocorreram nos de maior porte, mas foram constantes somente no rio Tibagi. Astyanax eigenmanniorum (Cope, 1894) ocorreu em todos os rios, mas prefere hábitats próximos às desembocaduras de afluentes de grandes rios. Astyanax scabripinnis (Jenyns, 1842) esteve restrita ao Fortaleza, o rio de menor porte, subafluente do rio Tibagi. O número de itens alimentares consumidos variou de 11 a 23. Entre os alimentos principais, três itens foram comuns para as quatro espécies: restos de plantas (folhas e sementes de plantas terrestres), restos de insetos (de diferentes origens e não identificados) e plantas aquáticas. Os vegetais e os insetos foram os principais alimentos para todas as espécies. A maior distinção na composição da dieta foi constatada para A. eigenmaniorum, devido à sua habilidade em explorar as plantas aquáticas, presentes em abundância, consumidas junto com carvão/sedimento, que estavam nas margens rochosas do rio Iapó. A similaridade quanto à origem e ao tipo de alimento consumido pelas quatro espécies e as diferenças em termos de hábitat ocupado podem explicar por que apenas uma delas se mantém em abundância e constância em cada trecho estudado.
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Duas espécies de piranhas ocorrem no rio Ibicuí, um dos principais afluentes do rio Uruguai. Com o objetivo de analisar a distribuição e a alimentação destas espécies, foram realizadas coletas de dezembro de 1999 a janeiro de 2002, utilizando-se diferentes artes de pesca em três pontos do rio, sendo que cada ponto foi amostrado em dois ambientes (lêntico e lótico). Foram capturados 203 indivíduos de Serrasalmus maculatus Kner, 1858 e 86 de Pygocentrus nattereri Kner, 1858, sendo que a maior captura de ambas as espécies ocorreu no ambiente lêntico e próximo ao rio Uruguai, onde P. nattereri parece estar mais concentrada. O número de exemplares capturados por horário não apresentou variações significativas em P. nattereri enquanto que S. maculatus apresentou a maior captura na revisão da meia-noite. Juvenis de S. maculatus (2-4 cm de comprimento padrão) consumiram preferencialmente nadadeiras e insetos. Nas demais classes de tamanho de ambas as espécies, restos de peixes foi o alimento predominante, havendo sobreposição alimentar intra e interespecífica nas maiores classes (8-16 cm e >16 cm de comprimento padrão). Não foram constatadas diferenças no índice de repleção entre os horários e os ambientes para as duas espécies.
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Estudamos 25 casos escolhidos de Ancylostomose, procurando determinar quaes os factores que provocam a regeneração hematica, procurando o mechanismo desta regeneração e o desenvolver do processo anemiante. Preferimos seleccionar um numero pequeno de casos e acompanhal-o durante um largo tempo, observando alguns delles durante 1 a 1 anno e meio. A parte hematologica constou, além de 568 exames rotineiros (numeração das hematias, dosagem de Hb., determinação do hematocrito, e na maioria das vezes, determinação da taxa de reticulocytose verificação do aspecto morphologico do sangue em esfregaços), de pesquisas sobre a resistencia globular, sobre a taxa de proteinas no sôro, e em alguns casos, contagem de plaquetas, determinação da viscosidade, etc. Empregamos para estas pesquizas os methodos usuaes, a não ser na determinação da resistencia globular, para a qual descrevemos detalhadamente um processo pouco usado. Durante todo o transcorrer das observações, a actividade biologica dos helminthos parasitos foi controlada por numerosos exames de fezes, que constavam da pesquiza de ovos eliminados, de reacções chimicas que demonstrassem a presença de sangue. Exames de urina foram feitos periodicamente e outros exames foram praticados quando sobrevinha uma complicação ou qualquer facto inesperado. Observamos nos casos graves da doença, uma anemia de caracteristicas fixas. E' uma anemia hypochromica, microcytica, fracamente regenerativa. Verificamos que a degeneração dos indices hematicos, isto é, que o grau de hypochromia e micocytose, não se apresentam nestes casos extremos de modo variavel, mas sim, de maneira particularmente constante; e verificamos mais que estes indices assim degenerados (Ind. Vol. 53 uc., Ind. Hb. 13 yy, Ind. Sat. 23%) tambem são encontrados segundo observações de outros autores, em varias anemias hypochromicas humanas ou de outros mammiferos. No exame de esfregaços, são extremamente raros ou mesmo ausentes, os normoblastos, as hematias com restos nucleares e as hematias polychromaticas. A reticulose oscilla em torno de 3%. Este aspecto é constante nos casos graves, sendo entretanto variavel na unidade de volume o numero destas hematias acima caracterisadas. A média dessa ultima cifra em numerosos casos é de 2,50 M., o que determina uma taxa de Hb. egual a 23%. Ao analysarmos certas observações, que descrevem aspectos hematologicos differentes daquelles aqui descriptos, concluimos pela existencia nesses casos anomalos, de superposições de outras doenças, cuja etio-pathogenia nada tem a ver com os factores que determinam o apparecimento da anemia ancylostomotica. A regeneração hematica processa-se na Ancylostomose unicamente após a administração de ferro em dóses variaveis, conforme o sal empregado. Mostraram-se inactivas nos casos aqui observados, as administrações de figado crú, triptophano, hystidina, lecithina, Vit. B, saes de arsenico, manganez, cobalto, cobre e a alimentação com dietas ricas em ferro. Em virtude dos resultados que obtivemos com a administração isolada de ferro, concluimos pela inefficiencia da administração de substancias pyrrholicas, da fracção hepatica sensivel nas anemias hypochromicas, e da associação ao ferro de acido chlorhydrico. Todas essas substancias, e tambem a elimanação simples dos helminthos parasitos, não só mostraram-se isoladamente sem acção sobre o sangue, como não auxiliaram a regeneração provocada pelo ferro...
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1) Os Cyathodiniidae são ciliados caracterisados morfologicamente pela existência de uma escavação de abertura antero-ventral, o pseudo-peristoma. A ciliatura é constituída por cilios uniformes dispostos em linhas transversas ou obliquas que revestem a parte externa do corpo situado ao nível do pseudo-peristoma onde penetram para revestir a superfície interna deste. Os Cyathodiniidae apresentam duplicidade nuclear nítida, que se manifesta morfologica e funcionalmente. 2) Os Cyathodiniidade não possuem boca e sua nutrição se faz por ormose através a membrana celular. 3) Os Cyathodiniidae não possuem boca e sua nutrição se faz por ormose através a membrana celular. 3) Os Cyathodiniidae se multiplicam por divisão binária que é acompanhada da perda dos cílios e fromação endógena de duas novas ciliaturas. O plano de divisão é longitudinal ou obliquo, isto é, se faz de acordo com as idéias de Chatton e Lwoff perpendicularmente á direção das cinelias. 4) A reorganização se faz exclusivamente por endomixia que é acompanhada da perda dos cílios e formação endógena da nova ciliatura. 5) A endomixia se passa em indivíduos que, quer pela sua morfologia, quer pelas dimensões, não diferem das fórmas neutras. 6) No processo de endomixia o micronúcleo por meio de duas mitoses sucessivas forma 4 nucleos, 3 dos quais degeneram, enquanto o restante vae formar por divisão o novo micronúcleo e a placenta que se transforma posteriormente no novo macro-nucleo. 7) O processo é identico, nos dois gêneros em que se sub-divide a família, diferindo apenas no modo por que se dá a degeneração do macronúcleo e dos restos da divisão do micronúcleo. 8) Enquanto no genero Cyathodinium a degeneração se faz por picnose, no gênero Cyathodinioides, o macronucleo degenera por desagregação em granulos e os restos de divisão do micronucleo, pelo processo de degeneração macronucleiforme descrito por Ivanic, terminando tambem por desagregação em granulos. 9) A degeneração macronucleiforme deve ser interpretada como uma evolução abortada e não como prova de ser o macronúcleo uma organela em degeneração, como pensa Ivanic. 10) Os Cyathodiniidae se transmitem por meio de quistos. 11) Os cyathodiniidae devem ser considerados como ciliados dos quais apresentam os princípios caracteres. São ciliados modificados pela vida parasitaria e seu estudo é improprio para esclarecer a filogenia desse grupo. 12) Os Cyathodiniidae devem ser incluídos na ordem Holotrica, sub-ordem Astomatea.
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1) - Em Guarativana, Estado de Yaracuy, Venezuela, foi determinada a infecção natural de morcegos da espécie Hemiderma perspicillatum (L) por um hemoflagelado do gênero Schizotrypanum CHAGAS. 2) - As formas sanguícolas do parasito são morfologicamente muito semelhantes às do Trypanosoma phyllostomae CARTAYA, 1910, descrito em morcegos da mesma espécie, em Cuba. Sem por ora identificarmos a este parasito o que encontramos na Venezuela, continuaremos a referir-nos a este último como amostra phyllostomae (cf. DIAS, VTDJ). 3) - Os tripanosomas da amostra phyllostomae teem em média 20µ de comprimento total, possuem volumoso blefaroplasto subterminal, núcleo elíptico quese mediano, porem mais próvimo à extremidade anterior do corpo. As seguintes médias foram obtidas da medida de 100 tripanosomas: Extremidade posterior ao meio do núcleo 7,1µ; Meio do núcleo à extremidade anteior 5,0µ; Flagelo livre 7,8µ; Comprimento total 20,0µ; Posição do núcleo (índice PN/NA) 1,4. A amostra phyllostomae mostrou-se biometricamente diferençavel de todas as demais de Schizotupanum estudadas (DIAS & FREITAS). 4) - Formas de multiplicação com a morfologia de leishmania foram encontradas em coração e estômago de morcegos infectados. Tripanosomas em via de divisão nunca foram observados no sangue. 5) - Cobaia, cão e camondongo branco são sensiveis à amostra, sofrendo algumas vezes infecções intensas e mortais. Leishmanias intracelulares e lesões foram encontradas em diversos orgãos, principalmente no coração. 6) - O morcego Phyllostomae hastatus não é sensivel à amostra, apresentando apenas um parasitismo sanguíneo escasso e transitório quando inoculado e reinoculado repetidas vezes. O Molossus obscurus tambem é aparentemente insensivel, enquanto que os Molossus rufus parece receptivel ao parasito. 7) - Após numerosas passagens por animais de laboratório, a amostra Phyllostomae foi infesctante para dois exemplares de Hemiderma perspicillatum do Brasil. Os morcegos H. perpicillatum e H. perspicillatum aztecum são aparentemente resistentes á inoculação do Schizotrypanum cruzi (tipo humano). 8) - A amostra phyllostomae evoluiu facilmente em todos os artrópodes sugadores experimentados: Rhodnius prolixus, Eutriatoma nigromaculata, E. maculata, E. sordida, Panstrongylus megistus, P. geniculatus, Triatoma infestans,Psammolestes arthuri, Cimex hemipterus e Ornithodoros moubata. A evolução processa-se analogamente à do S. chuzi, terminando com a formação de tripanosomas metacíclicos no intestino posterior. 9) - Cultivos artificiais são facilmente conseguidos em meios apropriados. 10) - A amostra phyllostomae distingue-se biológica e morfologicamente de outros hemoflagelados de morcegos (amostras hastatus e vespertilionis). Biologicamente aproxima-se muito do Schizotrydanum cruzi humano, do qual é, entretanto, diferençavel por processos biométricos (DIAS, 1940, DIAS & FREITAS).
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Foram observadas infecções no macaco americano "Sagui" (Callitrix jacchus, Linneu 1758), quando inoculados com Plasmodium knowlesi. Inoculações massiças intra-venosas, são mortais em cerca de 10 dias. Com inoculações intra-musculares de menores quantidades de parasitos, foram verificados alguns casos de curas espontaneas. As características morfológicas e o seu conhecido ciclo de 24 horas taes como observados na infecção do macaco Rhesus, permanecem as mesmas no macaco estudado. O vigor do "sagui" em cativeiro é nitidamente inferior ao do "Rhesus" mas como seu preço de custo é trinta vezes menor, deve ser êle considerado como mais um animal útil para as pesquisas em malaria experimental.
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1. E' descrito o órgão odorífero de um macho do genus Eriopyga das noctuídas (Lepidoptera, Hadeninae) morfológica , microanatômica e histològicamente. A classificação sistemática do exemplar foi feita pelo Prof. Dr. A. DE COSTA LIMA. Se se trata de uma espécie nova não foi possível esclarecer, pois o material para o exame histológico foi aproveitado em parte nos preparados. 2. A parte glandular do órgão esta situada num sulco longitudinal e lateral de ambos os lados do tergito do segmento II, III e IV. O pincel-distribuidor insere-se num aumento do ângulo anterior do tergito do segmento II e que pode ser enrolado. 3. O órgão representa o tipo dos órgãos odoríferos compostos. 4. As células glandulares formam uma placa glandular em conjunto, que possui apenas algumas poucas e reduzidas cerdas expedidoras como restos da existência anterior geral de cerdas. 5. As células glandulares não possuem aparelhos expedidores e a secreção deve difundir-se pela cutícula. 6. A placa glandular e coberta por uma rêde de fascículos musculares ou fascículos elásticos que derivam dos músculos dorsoventrais, inserindo-se entre as células glandulares. Eventualmente elas aumentam a pressão da secreção nas células. 7. A secreção e transmitida ao ar por meio de um pincel-distribuidor, que pode ser aberto por músculos. 8. A estrutura do pincel-distribuidor tem uma zona solida no meio. Esta zona serve como limite que evita a perda da secreção retirada pela ponte para a parte basal da cerda. 9. E´ descrita uma glândula auxiliar, cuja secreção eventualmente possa aumentar a ação da descrita zona de limite. 10. Das observações deve-se concluir que o órgão odorífero desta espécie do gênero Eriopyga possui um grau de evolução relativamente alto.
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No trabalho apresentado, descrevemos a evolução do espérmio maduro de triatoma infestans, iniciando-se a observação das transformações a partir dos espermídeos. Destacamos, em seguida, os principais resultados: 1. A histogênese dos espérmios é subdividida em 6 fases que se superpõem, parcialmente, a respeito do cronismo dos acontecimentos celulares: a) fase de translações (translações dos centríolos, mitocôndrios e do aparelho de GoLGI do pólo apical o pòlo basal da célula). b) Alongamento dos centríolos (formação do filamento axial). c) Alongamento da massa mitocondrial (formação dos fios periféricos). d) Formação do acrosoma (divisão do aparelho de GOLGI em acrosoma e corpo restante, que é eliminado da célula; além disto, translação do acrosoma para o pólo apical). e) Primeira fase de alongamento do núcleo (alongamento do núcleo e condensação da cromatina). f) Segunda fase de alongamento do núcleo (alongamento definitivo do núcleo para formar a cabeça do espérmio). 2. Os centríolos, em Triatoma infestans, podem ser observados, contînuamente, dos estádios da profase (estádio dos cromosomas difusos) até o fim da formação do espérmio. Para esta observação precisamos de cortes finos com, aproximadamente, um micron de espessura. 3. Os centríolos, depois da última divisão de maturação, ficam escondidos no interior do corpo dos restos dos fusos. 4. Não se pode distinguir o centríolo distal do proximal. os dois justapõem-se, um ao lado do outro, sôbre a parede do núcleo. 5. O fio axial tem origem dos dois centríolos, sendo êste um fio duplo. 6. Observamos a transformação dos mitocôndrios em microfibrilas da cauda bem como a de uma parte do aparelho de GOLGI em acrosoma. 7. Depois da condensação da cromatina sôbre a parede do núcleo, formam-se duas saliências longitudinais cromáticas, que são orientadas em espiral com torsão em sentido inverso do relógio. Por isso, o corte transversal do núcleo, fortemente alongado, tem o aspecto de ferradura. 8. O espérmio maduro é composto pelos seguintes elementos, cuja existência é provada, no microscópio eletrônico, por intermédio de cortes e dilacerações: a) Acrosoma (em forma de um cone, ligeiramente curvado). b) Núcleo, formado a "cabeça" do espérmio, sem qualquer estrutura vísivel no seu interior. c) Cone basal do núcleo, formado pelos centríolos. d) Fio axial, composto de duas microfibrilas dos centríolos. e) Oito fios longitudinais mitocondriais, unidos em dois grupos (corpos em forma de vírgula), e incluídos em uma massa homogênea. Cada um dos corpos em forma de vírgula...
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Observações hidrobiológicas do Lago de Brasília, em 1965, mostraram algas planctônicas Desmidiaceae predominantes, com espécies dos gêneros Staurastrum, Micrasterias, Euastrum, Cosmarium Xanthidium, Bambusina, Closterium, Spondilosium, Penium, principalmente, de águas puras e naturais; conforme o texto, são sêres comuns nas águas indígenas do Brasil Central. Mas a nova capital brasileira cresceu ràpidamente, alcançando oerto de meio milhão de habitantes: a influência do homem se apresentou e, em 1968, já causava outro regime hidrobiológico dentro das faixas de saprobidade, com planctos cosmopolitas indicadores de poluição. Encontramos águas já mesossapróbias com cianofíceas indesejáveis em quantidades maciças, como as Aphanizomenon flos-aquae, a Anacystis cyanea (= Microcystis aeruginosa), Anabaenopsis, Gomphosphaeria e outras. O lago que era "Lago de Desmidiáceas" passou a ser um "Lago de Cianofíceas". Os índices de eutrofização dependem de eutrofizantes no numerador, divididos por desmidiáceas no denominador. Quanto maior o número de algas eutrofizantes, tanto maior a eutrofização; exatamente o que acontece no lago de Brasília. os autores chamam a atenção para os estudos de saprobidade das águas do lago, baseado na teoria que os moluscos Planorbidae se instalem dependentes do regime de poluição mesossapróbio; supõe-se por isso a razão por que êsses moluscos acompanham o homem nas suas migrações. Poder-se-à determinar a faixa de saprobidade em que se instalam os moluscos, suspeitando-se entre os regimes A- e B- mesossapróbio. Propõem medidas preventivas de caráter hidrobiológico para evitar a instalação de planorbídeos. Embora os esgotos sejam todos muito bem tratados sanitàriamente e não há nenhum perigo ou queixa quanto a essa parte; mas é o resultado do tratamento de esgotos e restos de águas usadas pelo homem que fornecem nutritivos às àguas: N, P, Ca, Cl, K, etc. ... e que eutrofizam. A eutrofização normal é ótima; o lago fica produtivo de bom plancto e ótimos peixes. Para eutrofia em excesso, os autores criaram o nôvo têrmo HIPEREUTROFIA, descrevem êsses fenômenos, de ordem geral, com explosivo crescimento da população planctônica e fitoplanto mesossapróbio causador de calamitosos problemas. Pode a "hipereutrofia" ser considerada uma nova e grave "praga das águas" que surgiu depois da 2ª guerra mundial, devido á rápida industralização e explosão populacional do homem. Medidas preventivas contra a hipereutrofia poderão ser conseguidas com planejamentos integrados das bacias dos rios, lagos e baías evitando despejos de excessos de nutrientes, em zonas que fiquem como reservas, preservando a biota aquática natural e normal. É possível tal planejamento no Brasil, porque é um dos poucos países, com bacias de rios e lagos artificiais ainda não poluídos.
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Lutzomyia townsendi (Ortiz, 1959) es un flebótomo antropofílico con concordancia gonadotrófica, en las zonas endémicas de Leishmania brasiliensis y L. garnhami en el occidente de Venezuela. Mediante el estudio de hembras colonizadas en el laboratorio, nuliparas o paridas, de hembras silvestres alimentadas sobre voluntarios y de hembras silvestres mantenidas con sacarosa, se establecen criterios de nuliparidad con un 56,6% de confianza. En cambio, signos de paridad aparecen en un 82% de las hembras consideradas como tales. La digestión de un ingesta sanguínea inicia un ciclo gonadotrófico con oogénesis abortiva y acumulación de fosfolípidos en las células epiteliales del estómago y en las glândulas accesorias. La ovoposición completa produce un calix ovárico grueso e irregular con restos de oocitos abortivos y acumulación de pigmentos. Estos caracteres son suficientes para precisar un criterio de paridad. La presencia de fosfolípidos en el estómago y en las glândulas accesorias de hembras nulíparas es una indicación de ingesta incompleta de sangre.
Resumo:
O presente estudo levou-nos a identificar as conchas de planorbídeos provenientes do Sítio Arqueológico do Corondó, RJ, como Biomphalaria aff. tenagophila. O Sítio foi datado entre 3.000 e 4.000 anos (C-14). A localização dos restos conquiliológicos sugere transporte por parte dos caçadores-coletores que ocuparam a área. Medidas comparativas feitas entre as B. aff. tenagophila antigas e B. tenagophila atuais de regiões próximas, demonstraram que as primeiras são mais largas do que as últimas.
Resumo:
O Agreste é uma região de transição entre floresta tropical úmida e caatinga no nordeste brasileiro. Nessa região, grande parte da vegetação nativa foi desmatada para a implantação de pastagens. Não é sabido se áreas degradadas mantém uma apifauna e flora melitófila diversificada, ou quais são associações entre abelhas e plantas que ocorrem nessas áreas. A cobertura vegetal atual é composta por pastos, vegetação ruderal e restos da vegetação nativa. Abelhas e plantas por elas visitadas foram coletadas mensalmente entre agosto de 2001 e julho de 2002, durante dois dias consecutivos entre 5h30 e 17h30. Foram coletados 1.004 indivíduos de abelhas pertencentes a 79 espécies. Apidae foi a família mais abundante e com maior riqueza de espécies (732 indivíduos e 43 espécies), seguida por Halictidae (194 indivíduos e 20 spp.), Megachilidae (47 indivíduos e 13 spp.), Colletidae (16 indivíduos e 2 spp.) e Andrenidae (15 indivíduos e 1 sp.). Foram registradas apenas três espécies de abelhas eussocais e cinco de Euglossini, dois grupos altamente diversificados nas florestas neotropicais. A ausência de abelhas sem ferrão nativas dos gêneros Plebeia, Frieseomelitta, Partamona, Scaptotrigona e Trigonisca, assim como de outras espécies de Euglossini, deve estar relacionada à falta de sítios de nidificação e à escassez de fontes de pólen e néctar nessa área degradada. Foram registradas 87 espécies de plantas melitófilas, a maioria ervas e arbustos. Árvores nativas isoladas, assim como plantas ornamentais e frutíferas cultivadas contribuem para manter parte da diversidade da comunidade de abelhas nativas.