23 resultados para Protéine de stress-72 (HSP-72)
Resumo:
OBJETIVOS: testar a hipótese de que o polimorfismo no códon 72 do gene TP53 é fator de risco para as lesões pré-malignas e malignas cervicais associadas ou não ao papilomavírus humano (HPV). MÉTODOS: foram incluídas amostras de cérvice uterina, para pesquisa de DNA de HPV e do polimorfismo no códon 72 da p53 com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR), de 155 pacientes que se submeteram à biópsia cervical. Foram formados três grupos de acordo com o diagnóstico histológico: lesão escamosa intra-epitelial de baixo grau (LSIL), lesão escamosa intra-epitelial de alto grau (HSIL) e carcinoma cervical. Aquelas pacientes sem alterações displásicas, citológicas e histológicas, foram consideradas controles. Para testar a associação entre o polimorfismo no códon 72 do gene TP53 e os grupos, foi utilizado o teste de chi2. Considerou-se como significativo o intervalo de confiança no nível de 95% (alfa=0,05). RESULTADOS: quarenta pacientes tiveram o diagnóstico histológico de carcinoma cervical, 18 tinham HSIL, 24 tinham LSIL e 73 foram consideradas controles. O genótipo Arg/Arg p53 foi encontrado em 60,0% das pacientes com câncer, 50,0% dos casos com HSIL, 45,8% dos casos com LSIL e em 45,2% dos controles. Não houve diferença significativa entre as proporções de cada genótipo da p53 nos diferentes grupos independente da presença do HPV (chi2: 3,7; p=0,716). CONCLUSÕES: nossos dados não suportam a hipótese de que o polimorfismo no códon 72 do gene TP53 é importante no desenvolvimento de lesões cervicais pré-malignas e malignas associadas ou não ao HPV.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a freqüência e fatores associados à endometriose de cicatriz cirúrgica. MÉTODOS: foi realizado estudo observacional, tipo coorte retrospectivo, a partir da revisão de prontuários de pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com diagnóstico anatomopatológico de endometriose de cicatriz cirúrgica, no período de maio de 1978 a dezembro de 2003. RESULTADOS: foram encontrados 72 pacientes com diagnóstico de endometriose de cicatriz. A incidência de endometriose de cicatriz após cesariana foi significativamente maior do que após parto normal (0,2 e 0,06%, respectivamente; p<0,00001), com um risco relativo de 3,3. A idade das mulheres, no momento do diagnóstico, variou de 16 a 48 anos, com média de 30,8 anos. A localização da lesão variou conforme a cirurgia prévia: 46 cesarianas, uma histerectomia e uma abdominoplastia (48 lesões na parede abdominal); 19 partos normais com episiotomias, uma recidiva e duas perineoplastias (22 lesões perineais); duas mulheres sem história de cirurgia ginecológica prévia (uma lesão na cicatriz umbilical e uma na parede vaginal posterior). A dor foi o sintoma mais freqüente (80%), seguido de nódulo (79%), e, em mais de 40%, a dor e o nódulo sofreram modificações com o período menstrual. Outras queixas menos freqüentes foram: dispareunia, infertilidade secundária, dor pélvica, dismenorréia, secreção na cicatriz, menorragia e dor à evacuação. O intervalo de tempo médio entre a cirurgia e o início dos sintomas foi de 3,7 anos. O tamanho médio da lesão foi de 3,07 cm. A hipótese diagnóstica, baseada na avaliação clínica, foi correta em 71% dos casos. O tratamento de escolha em todos os casos foi a exérese cirúrgica. Em apenas uma ocorrência houve recidiva e nova intervenção. CONCLUSÕES: a endometriose de cicatriz cirúrgica é situação rara, originada, na maioria das vezes, a partir de procedimento cirúrgico obstétrico, com maior risco após parto abdominal. Apresenta quadro clínico altamente sugestivo, sendo raramente necessário exame complementar.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a frequência do polimorfismo no códon 72 do gene TP53 em mulheres inférteis com endometriose, mulheres com infertilidade idiopática, Grupo Controle e sua associação com a doença. MÉTODOS: estudo caso-controle que incluiu 198 mulheres inférteis com endometriose, 70 mulheres com infertilidade idiopática e 169 mulheres férteis sem endometriose como controles. O polimorfismo no códon 72 do gene TP53 (rs1042522, Arg/C:Pro/G), que promove uma troca de C/G na sequência codante, foi identificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, por meio da utilização de sistema TaqMan de primers, flanqueando a região em questão e sondas marcadas com fluoróforos diferentes, uma para o alelo C, outra para o alelo G. Na observação de dois fluoróforos, o paciente foi considerado heterozigoto para o polimorfismo. Na presença de apenas um fluoróforo, o paciente foi considerado homozigoto CC ou GG. O teste do χ2 foi utilizado para comparar as frequências dos genótipos e alelos entre os grupos. Todos os valores de p foram bicaudais, e o nível de significância considerado foi 0,05 (α <0,05). RESULTADOS: não foi encontrada diferença significativa na frequência dos genótipos CC, CG e GG (p=0,7) e alelos C e G (p=0,4) do polimorfismo no códon 72 do gene TP53 entre pacientes inférteis com endometriose em relação aos controles, independentemente do estágio da doença. Em relação à infertilidade, não houve diferença significativa quanto às mulheres inférteis sem endometriose em relação aos controles na distribuição dos genótipos e alelos (p=1,0 e p=0,8, respectivamente). Considerando o modelo de herança dominante, não houve diferença estatística significante tanto no grupo de endometriose (p=0,5) como no grupo de infertilidade idiopática (p=0,9) em relação aos controles. Observando o modelo recessivo, também não houve diferença significante (p=0,6 e p=1,0, respectivamente) para os grupos de endometriose e infertilidade idiopática. CONCLUSÃO: o estudo mostrou que o polimorfismo no códon 72 do gene TP53 não confere risco genético associado ao desenvolvimento de infertilidade e/ou endometriose, nem mesmo na forma grave da doença, na população brasileira.
Resumo:
Foi realizado um estudo retrospectivo das causas de aborto ocorridas em equinos na área de influência do Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD), da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no período entre janeiro de 2000 e junho de 2011. Foram revisados os protocolos de necropsia e de 1.154 equinos ou materiais de equinos recebidos 72 (6,2%) eram casos de abortos. A infecção bacteriana foi a principal causa de aborto neste estudo com 36,1% dos casos. As causas não infecciosas corresponderam a 8,3% dos casos, os abortos virais a 4,2%, os parasitários a 1,4% e os inflamatórios a 2,8%. Em 47,2% dos casos não foi possível determinar a causa/etiologia do aborto. Lesões macroscópicas e histológicas características foram observadas em casos de aborto por Leptospira sp. e por herpesvirus equino-1 sendo que nos demais casos as lesões foram inespecíficas. Ficou demonstrado que o envio do feto inteiro junto com a placenta, sob refrigeração, aumenta consideravelmente a eficiência do diagnóstico e o elevado número de abortos de causa não determinada foi atribuído em parte ao envio de material não adequado.
Resumo:
TP53, a tumor suppressor gene, has a critical role in cell cycle, apoptosis and cell senescence and participates in many crucial physiological and pathological processes. Identification of TP53 polymorphism in older people and age-related diseases may provide an understanding of its physiology and pathophysiological role as well as risk factors for complex diseases. TP53 codon 72 (TP53:72) polymorphism was investigated in 383 individuals aged 66 to 97 years in a cohort from a Brazilian Elderly Longitudinal Study. We investigated allele frequency, genotype distribution and allele association with morbidities such as cardiovascular disease, type II diabetes, obesity, neoplasia, low cognitive level (dementia), and depression. We also determined the association of this polymorphism with serum lipid fractions and urea, creatinine, albumin, fasting glucose, and glycated hemoglobin levels. DNA was isolated from blood cells, amplified by PCR using sense 5'-TTGCCGTCCCAAGCAATGGATGA-3' and antisense 5'-TCTGGGAAGGGACAGAAGATGAC-3' primers and digested with the BstUI enzyme. This polymorphism is within exon 4 at nucleotide residue 347. Descriptive statistics, logistic regression analysis and Student t-test using the multiple comparison test were used. Allele frequencies, R (Arg) = 0.69 and P (Pro) = 0.31, were similar to other populations. Genotype distributions were within Hardy-Weinberg equilibrium. This polymorphism did not show significant association with any age-related disease or serum variables. However, R allele carriers showed lower HDL levels and a higher frequency of cardiovascular disease than P allele subjects. These findings may help to elucidate the physiopathological role of TP53:72 polymorphism in Brazilian elderly people.
Resumo:
Metabolic syndrome (MS) is a multifactorial disease involving inflammatory activity and endothelial dysfunction. The aim of the present study was to evaluate the relationship between the changes in lipoperoxidation, in immunological and biochemical parameters and nitric oxide metabolite (NOx) levels in MS patients. Fifty patients with MS (4 males/46 females) and 50 controls (3 males/47 females) were studied. Compared to control (Mann-Whitney test), MS patients presented higher serum levels (P < 0.05) of fibrinogen: 314 (185-489) vs 262 (188-314) mg/dL, C-reactive protein (CRP): 7.80 (1.10-46.50) vs 0.70 (0.16-5.20) mg/dL, interleukin-6: 3.96 (3.04-28.18) vs 3.33 (2.55-9.63) pg/mL, uric acid: 5.45 (3.15-9.65) vs 3.81 (2.70-5.90) mg/dL, and hydroperoxides: 20,689 (19,076-67,182) vs 18,636 (15,926-19,731) cpm. In contrast, they presented lower (P < 0.05) adiponectin: 7.11 (3.19-18.22) vs 12.31 (9.11-27.27) µg/mL, and NOx levels: 5.69 (2.36-8.18) vs 6.72 (5.14-12.43) µM. NOx was inversely associated (Spearman’s rank correlation) with body mass index (r = -0.2858, P = 0.0191), insulin resistance determined by the homeostasis model assessment (r = -0.2530, P = 0.0315), CRP (r = -0.2843, P = 0.0171) and fibrinogen (r = -0.2464, P = 0.0413), and positively correlated with hydroperoxides (r = 0.2506, P = 0.0408). In conclusion, NOx levels are associated with obesity, insulin resistance, oxidative stress, and inflammatory markers. The high uric acid levels together with reactive oxygen species generation may be responsible for the reduced NO levels, which in turn lead to endothelial dysfunction. The elevated plasma chemiluminescence reflecting both increased plasma oxidation and reduced antioxidant capacity may play a role in the MS mechanism.
Resumo:
Polymorphisms of the p53 gene, which participates in DNA repair, can affect the functioning of the p53 protein. The Arg and Pro variants in p53 codon 72 were shown to have different regulation properties of p53-dependent DNA repair target genes that can affect various levels of cytogenetic aberrations in chronic hepatitis B patients. The present study aimed to examine the frequency of chromosomal aberrations and the mitotic index in patients with chronic hepatitis B and their possible association with p53 gene exon 4 codon 72 Arg72Pro (Ex4+119 G>C; rs1042522) polymorphism. Fifty-eight patients with chronic hepatitis B and 30 healthy individuals were genotyped in terms of the p53 gene codon 72 Arg72Pro polymorphism by PCR-RFLP. A 72-h cell culture was performed on the same individuals and evaluated in terms of chromosomal aberrations and mitotic index. A high frequency of chromosomal aberrations and low mitotic index were detected in the patient group compared to the control group. A higher frequency of chromosomal aberrations was detected in both the patient and the control groups with a homozygous proline genotype (13 patients, 3 control subjects) compared to patients and controls with other genotypes [Arg/Pro (38 patients, 20 control subjects) and Arg/Arg (7 patients, 7 control subjects)]. We observed an increased frequency of cytogenetic aberrations in patients with chronic hepatitis B. In addition, a higher frequency of cytogenetic aberrations was observed in p53 variants having the homozygous proline genotype compared to variants having other genotypes both in patients and healthy individuals.