207 resultados para Preferência alimentar
Resumo:
OBJETIVO: Investigar a composição específica e aspectos da preferência alimentar de flebotomíneos em relação aos animais domésticos existentes em área endêmica de leishmaniose tegumentar americana. MÉTODOS: Os flebotomíneos foram coletados nos meses de janeiro a abril de 2004, das 20 às 24h, numa área situada a 40 m de uma das residências de um sítio localizado no município de Mandaguari, PR, sul do Brasil. Foram usadas quatro armadilhas luminosas de Falcão, instaladas a 5 m de distância uma da outra, ao lado de uma gaiola, cada uma delas contendo isca animal (suíno, cão, coelho e galinha). RESULTADOS: Foram coletados 1.697 exemplares de flebotomíneos, das espécies: Nyssomyia whitmani, Pintomyia fischeri, Migonemyia migonei, Nyssomyia neivai, Pintomyia pessoai e Psathromyia shannoni, predominando N. whitmani. Não houve preferência alimentar dos flebotomíneos em relação aos animais investigados. CONCLUSÕES: Verificou-se que N. whitmani e P. fischeri são oportunistas e, provavelmente, as fêmeas ajustam os seus hábitos alimentares à disponibilidade de hospedeiros, sugerindo o ecletismo alimentar desstes insetos nos ambientes antrópicos.
Resumo:
Baseados no encontro de 77,2% de reação de precipitina positiva para soro antiave de R. neglectus capturados em palmeiras da periferia de Belo Horizonte, estudamos o ciclo evolutivo de uma colonia recém-estabelecida no laboratório alimentada com sangue de pombo ou camundongo, na expectativa de demonstrarmos maior adaptação deste triatomíneo ao sangue da ave. Para comparação, estudamos o ciclo evolutivo destes insetos numa colônia há muito mantida em insetário. Nossos resultados mostram um desenvolvimento mais rápido da colônia recém- estabelecida, assim como do lote de triatomíneos alimentado em camundongo. Esses achados sugerem menor potencial biológico para triatomíneos criados por longo tempo em insetário em comparação a novas colônias. Sendo as aves os principais habitantes das palmeiras, a aparente preferência alimentar por sangue de aves demonstrada pela reação de precipitina parece ser circunstancial e não seletiva na busca do sangue com o qual o triatomíneo obteria melhor desenvolvimento.
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O comportamento e hábitos alimentares de algumas espécies da flebotomíneos têm sido útil na compreensão da epidemiologia das leishmanioses. No município de Porteirinha (MG), foram realizadas capturas mensais sistematizadas utilizando-se 28 armadilhas luminosas tipo CDC, durante o período de janeiro a dezembro de 2002. Foram capturadas 14 espécies de flebotomíneos, totalizando 1.408 exemplares. De acordo com o ambiente, os resultados obtidos mostraram que o peridomicílio apresentou a maior (53,3%) porcentagem dos espécimens encontrados na região, embora parte (46,7%) da fauna também tenha sido encontrada no intradomicílio. O repasto sanguíneo de 38 fêmeas de Lutzomyia longipalpis, provenientes do campo, foi identificado através da reação de precipitina. Os resultados indicam que Lutzomyia longipalpis foi a espécie predominante (65,1%), mostrando-se oportunista, podendo sugar uma ampla variedade de vertebrados.
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A fauna de Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae) foi amostrada através de armadilhas de queda iscadas com excremento humano e peixe apodrecido em fragmentos florestais de Silveira Martins, Rio Grande do Sul, Brasil, de novembro de 2010 a janeiro de 2011. Foi coletado um total de 1.611 indivíduos, pertencentes a seis tribos, 11 gêneros e 28 espécies. As espécies mais abundantes foram Canthon latipes Blanchard, 1845 (49,9%), C. chalybaeus Blanchard, 1845 (13,9%), Deltochilum sculpturatum Felsche, 1907 (4,9%) e Eurysternus caribaeus (Herbst, 1789) (4,3%), que juntas representaram 73% do total de indivíduos capturados. As armadilhas iscadas com excremento humano capturaram maior número de espécies do que as iscadas com peixe apodrecido. Não houve diferença estatística significativa entre os tipos de iscas utilizados em relação à abundância de Scarabaeinae. A maior parte da comunidade de Scarabaeinae capturada foi representada por espécies de hábito alimentar generalista e comportamento escavador. A comunidade amostrada segue os padrões gerais de estrutura trófica e comportamental de Scarabaeinae encontrados por toda a região Neotropical.
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A pesquisa foi conduzida em Sobral, Ceará, no período de janeiro de 1992 a julho de 1994 e objetivou determinar o desempenho produtivo de ovinos, produção de forragem e características fitossociológicas do estrato herbáceo da caatinga raleada submetida à adubação orgânica e pastoreio de curta duração, com duas taxas de lotação. Foram testadas as cargas de 3,3 (leve) e 10 cab/ha (pesada), com (5 t/ha de esterco de caprinos) e sem adubação orgânica. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado distribuído em um fatorial 2x 2 x 3 (carga animal x adubação x ano), com duas repetições. O pastejo de ovinos resultou no desaparecimento total das gramíneas e no aumento das dicotiledôneas herbáceas no período estudado. A adubação orgânica não mostrou efeitos significantes (P>0,05) quanto à performance animal e das pastagens. O melhor desempenho animal (P<0,01) foi obtido nas parcelas com carga leve (3,3 cab/ha), com 108,0 g/cab/dia e o da pastagem foi observado nas áreas com carga pesada (10 cab/ha) com 71,2 kg/ha/ano. Apesar da elevada produção animal, o pastejo de curta duração, somente com ovinos, não deve ser recomendado para a caatinga raleada, por desestabilizar a composição do estrato herbáceo, principal componente da dieta desses ruminantes. Provavelmente, a alternância com outro herbívoro de hábito de pastejo e preferência alimentar diferente resultará em uma melhor sustentabilidade da exploração.
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O objetivo deste trabalho foi verificar o período preferencial de consumo alimentar do pirarucu, Arapaima gigas, e a influência de diferentes turnos de alimentação no consumo e ganho de peso dessa espécie. Foram testados três tratamentos: alimentação diurna (peixes alimentados às 9h e 15h), alimentação noturna (peixes alimentados às 21h e 3h) e alimentação contínua (peixes alimentados às 9h, 15h, 21h e 3h). Cada tratamento foi avaliado em triplicata, com cada unidade experimental formada por oito peixes, com peso médio de 313 g, estocados em tanques-redes de 1 m³ (1x1x1 m). Os nove tanques-redes foram alocados em um viveiro escavado de 120 m². O experimento durou 60 dias. A alimentação contínua promoveu maiores ganhos de peso e biomassa, taxa de crescimento específico e consumo total. Os tratamentos alimentação diurna e alimentação noturna apresentaram ganho de peso semelhante, porém, a alimentação diurna apresentou a melhor conversão alimentar. O período preferencial de alimentação do pirarucu foi o noturno, principalmente no começo da noite. Os dados deste estudo indicam que o horário de preferência alimentar não é o melhor horário de alimentação do pirarucu, em uma criação comercial. O período de alimentação mais indicado para a espécie, baseado na capacidade de conversão alimentar, é o diurno.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a preferência alimentar, o limiar de ingestão e efeito tóxico inseticidas associados atrativos, em adultos Neoleucinodes elegantalis. Foram testados os atrativos: melado e mel a 10%, extrato hexânico de frutos verdes de tomate a 0,4%, sacarose a 5%, suco de laranja e suco de uva a 30%, vinagre de vinho tinto a 10% e proteína hidrolisada a 5%. Com base no teste de preferência alimentar, foram selecionados os atrativos sacarose, melado, mel e suco de laranja, para determinar o limiar de concentração capaz de estimular a alimentação de adultos de N. elegantalis. Foi testado o efeito tóxico de inseticidas associados ao mel a 10%. A sacarose e o mel apresentaram o melhor resultado em relação ao número de pousos e ao tempo de pouso e de alimentação de adultos de N. elegantalis. Os inseticidas não afetaram negativamente a atração pelo alimento dos adultos de N. elegantalis. Carbaril, cartape, deltametrina, fenpropatrina, indoxacarbe, lambda-cialotrina e lufenurom provocaram 100% de mortalidade em adultos (machos + fêmeas), após 24 horas de exposição, e mostraram-se promissores para o uso em iscas tóxicas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de genótipos de feijão-de-corda (Vigna unguiculata) ao pulgão-preto (Aphis craccivora). Foram realizados experimentos com e sem chance de escolha em casa de vegetação, na Universidade Federal do Ceará. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com vinte tratamentos, representados pelos genótipos 421-07-44, Chumbinho, Zebu, EPACE 10, Frade Preto, Inhumã, João Paulo II, Manteiguinha, Maranhão, Pitiúba, Quarenta Dias, Seridó, Sete Semanas, TVu 1037, TVu 1888, TVu 310, TVu 36, TVu 408P2, TVu 410 e VITA 7. Verificou-se que TVu 408P2, TVu 1037 e TVu 410 foram preteridos por adultos e ninfas do pulgão-preto, em ambos experimentos. Os genótipos TVu 408P2, TVu 410, TVu 36 e TVu 1037 apresentam resistência provavelmente do tipo antibiose ou antixenose. O genótipo 421-07-44 mostrou-se suscetível ao pulgão-preto.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros biológicos da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), alimentada com híbridos de milho Bt, que expressam a toxina Cry 1A(b), e com seus respectivos isogênicos não Bt. Os experimentos foram realizados no laboratório da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG. Os parâmetros avaliados foram: sobrevivência de larvas após 48 horas, sobrevivência da fase larval e pré-imaginal, biomassa de larvas aos 14 dias de idade, biomassa de pupas, período de desenvolvimento larval, e não preferência alimentar de larvas do primeiro ínstar. Larvas de S. frugiperda apresentam menor sobrevivência nas primeiras 48 horas de alimentação e durante toda a fase larval, na maioria dos híbridos de milho Bt, em comparação ao milho não Bt. A biomassa de larvas e pupas foi sempre menor no milho Bt, e o período larval e o pré-imaginal, maior. Houve interação entre a toxina Cry 1A(b) e a base genética dos híbridos transgênicos, quanto à sobrevivência e à biomassa larval. Larvas recém-eclodidas de S. frugiperda apresentam preferência pela alimentação em milho não Bt.
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Resumo: O sucesso na manutenção de uma espécie depende de vários fatores entre eles a eficiência digestiva, sendo assim parâmetros morfométricos do tubo digestório são necessários para o conhecimento dos processos digestivos dos alimentos no organismo animal além de indicar a preferência alimentar de uma espécie. Este trabalho visou descrever morfologicamente os intestinos delgado e grosso, órgãos do sistema digestório de representantes da ordem Xenarthra a fim de fornecer subsídios para a avaliação da dieta e realização de procedimentos clínicos nestes animais, sejam eles de vida livre ou de cativeiro. Foram utilizados 7 espécimes entre preguiças-de-coleira (Bradypus torquatus), tatu-verdadeiro (Dasypus novemcinctus) e tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Todos as amostras foram processadas seguindo procedimentos de rotina efetuados nos laboratórios de Anatomia Animal e Histologia da FZEA/USP. Os intestinos de B. torquatus se apresentaram curtos e simples, enquanto que nos exemplares de D. novemcintus e M. tridactyla o intestino era longo e com algumas peculiaridades. No duodeno de todos os espécimes notamos a presença das glândulas de Brünner e estruturas para aumentar a superfície de absorção. Apenas em preguiças, o mesentério mantém o jejuno preso à parede dorsal da cavidade abdominal. O íleo representou a menor porção nas preguiças e tatus, exceto em tamanduáque apresentava o íleo como a maior parte depois do jejuno. O ceco em tatus e tamanduás apresentavam tamanho considerável e a presença de glândulas na mucosa, nestas espécies destacamos a funcionalidade do ceco, uma vez que este se apresentou repleto de restos alimentares. Na mucosa do cólon de todos os espécimes, haviam criptas de Lieberkühn, sendo mais numerosas em D. novemcinctus e M. tridactyla. Apenas em B. torquatus, o reto apresentou maior diâmetro e rigidez em relação ao cólon. No reto de todas as espécies estudadas, a superfície glandular era numerosa e com grande quantidade de células caliciformes, que produzem muco, para facilitar a defecação. Nossos resultados demonstram que a conformação e estruturas do sistema digestório reflete mais o tipo de alimentação e necessidades digestórias do animal do que à família que ele pertence.
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Characidium rachovii (Regan, 1913) é uma espécie frequente em riachos da planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Entretanto, seu nicho trófico é ainda desconhecido. O presente trabalho teve como objetivos: (i) descrever a dieta de C. rachovii de três riachos costeiros do RS; (ii) avaliar a influência de um ecótono (mar-riacho) na dieta, comparando dois locais, um próximo do mar e outro distante, e (iii) avaliar o efeito do número de indivíduos analisados na riqueza da dieta. A análise do conteúdo estomacal de 139 indivíduos revelou que a espécie é especializada no consumo de Diptera (estágio aquático) e Amphipoda. Ao mesmo tempo, pode-se considerar que C. rachovii apresentou hábito alimentar oportunista, já que, apesar de tal preferência, consumiu grande riqueza de recursos (24 itens), vários deles em baixa frequência e alta abundância. Não houve diferenças na composição da dieta entre os riachos e locais. A riqueza esperada (rarefação) mostrou que o número de indivíduos analisados altera a estimativa de riqueza da dieta em espécies que consomem itens raros.
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Estudos do comportamento alimentar mediante a técnica de "Electrical Penetration Graphs" (EPG) das cochonilhas-farinhentas (Pseudococcidae) provenientes de um hospedeiro de criação alternativo têm mostrado que esses insetos não atingem ou demoram cerca de 9 horas para alcançar a fase floemática. Por outro lado, aqueles provenientes do hospedeiro-fonte atingem a fase floemática mais rapidamente e apresentam maior frequência de alimentação nos vasos crivados. Esses resultados indicam a presença do fenômeno de condicionamento alimentar, ainda não demonstrado em cochonilhas. Assim, o presente trabalho teve como objetivo determinar a existência desse fenômeno em Planococcus citri (Risso) (Hemiptera: Pseudococcidae). Foram realizados testes de livre escolha, monitoramento eletrônico (EPG) e estudos de alguns parâmetros biológicos. Em todos os experimentos, o cafeeiro (Coffea arabica L.), os citros (Citrus sinensis L.) e abóbora (Cucurbita maxima L.) foram utilizados como substratos de criação (fonte) da cochonilha, sendo os tratamentos constituídos pela combinação entre os hospedeiros-fonte e os hospedeiros receptores (café e citros). O teste de escolha entre cafeeiro e citros nas primeiras 72 horas mostrou que as cochonilhas criadas em cafeeiro apresentaram preferência pelo cafeeiro; aquelas originadas dos citros mostraram uma tendência, embora não significativa, em selecionar os citros em relação ao cafeeiro e aquelas criadas em abóbora não mostraram preferência por nenhum dos hospedeiros. Os estudos do comportamento alimentar mediante o monitoramento eletrônico (EPG) mostraram que a fase floemática, considerada como a fase de aceitação do hospedeiro, foi mais frequente em cafeeiro, seja com cochonilhas oriundas deste substrato, seja de citros. Aqueles insetos mantidos em abóbora e transferidos para o cafeeiro ou citros apresentaram excepcionalmente ou não apresentaram nenhuma fase floemática, respectivamente. A transferência de cochonilhas de qualquer hospedeiro-fonte para cafeeiro ou citros não afetou o tempo de desenvolvimento, fecundidade e mortalidade, porém aquelas criadas e mantidas em abóbora mostraram maior fecundidade quando comparadas com qualquer outro substrato receptor. Conclui-se que a transferência do substrato, seja cafeeiro, seja citros, não influencia significativamente o comportamento alimentar e o desenvolvimento de P. citri, embora possa existir preferência inicial pelo hospedeiro-fonte.
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A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. O presente estudo teve como objetivo testar a eficiência e durabilidade da aversão alimentar condicionada em caprinos para evitar o consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Foram utilizados 14 caprinos jovens da raça Moxotó, que foram adaptados ao consumo da planta. Inicialmente foi administrada I. carnea subsp. fistulosa dessecada e triturada misturada à ração concentrada por 30 dias e, posteriormente, foi fornecida a planta verde por mais 10 dias. Para constatação da adaptação ao consumo da planta os caprinos foram colocados a pastar em um piquete de 510 m² onde tinha sido plantada I. carnea subsp. fistulosa em uma área de 30m² (10 plantas/m²). No 42º dia de experimento, após a constatação do consumo espontâneo os animais receberam a planta verde individualmente na baia por alguns minutos, e todos os animais que consumiam qualquer quantidade da planta foram tratados com uma solução de LiCl na dose 175mg por kg de peso vivo. Este procedimento repetiu-se por mais dois dias. Posteriormente, os caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 com seis animais, quatro deles avertidos e dois não avertidos (facilitadores); e o Grupo 2, com oito caprinos, todos avertidos. Para constatar a eficiência e duração da aversão e a influência de animais facilitadores na durabilidade da aversão, os caprinos foram colocados a pastar, em dias alternados, três dias por semana, durante duas horas, no piquete plantado com I. carnea subsp. fistulosa. Por 12 meses os animais foram monitorados durante o pastejo, identificando-se o consumo e a preferência dos animais pelas plantas presentes no piquete. No Grupo 1 tanto os caprinos avertidos quanto os não avertidos iniciaram a ingerir a planta em 1-6 semanas e gradualmente foram aumentando a planta consumida, mas nunca a ingeriram exclusivamente. Nenhum caprino do Grupo 2 iniciou a ingestão da planta durante os 12 meses de experimento. Após esse período a área do piquete destinada ao plantio de I. carnea subsp. fistulosa foi ampliada para 80m² e os animais foram novamente introduzidos, com tempo de pastejo na área aumentado para quatro horas durante cinco dias na semana. Nesta fase todos os caprinos do Grupo 1 ingeriram a planta em grande quantidade. Os caprinos do Grupo 2 iniciaram gradualmente a ingerir a planta e a aversão se extinguiu, em todos os animais, após dois meses. A concentração de swainsonina em I. carnea subsp. fistulosa foi de 0,052±0,05% (média±SD). Conclui-se que a aversão alimentar condicionada é eficiente para evitar a ingestão de I. carnea subsp. fistulosa. No entanto, a duração da mesma depende, entre outras coisas, da quantidade de planta presente na área de pastoreio e do tempo de exposição e se extingue rapidamente por facilitação social.
Resumo:
O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma importante fonte de alimento. Na região centrooeste do Brasil, poucos são os estudos desenvolvidos com essa cultura. Assim, foram desenvolvidos experimentos, em condições de campo, em Aquidauana, MS, visando encontrar genótipos menos preferidos pelo pulgão preto (Aphis craccivora) para infestação e colonização. Em abril e outubro de 2009, foram semeados 20 genótipos de porte prostrado e após a germinação verificouse o número de fêmeas e colônias de pulgão presentes e aos 30 dias avaliouse a porcentagem de plantas infestadas. No experimento conduzido em abril e maio, verificouse que todos os genótipos de feijãocaupi foram colonizados por A. craccivora. Porém nos genótipos MNC99537F142 e BRS Paraguassu foram observadas as menores percentagens de colônias. Em maio encontrouse as menores percentagens nos genótipos MNC99537F142, MNC01631F205 e BRS Paraguassu, com 6,3, 5,7 e 6,3% de plantas infestadas, respectivamente. Dentre os genótipos estudados, concluise que MNC99537F142, MNC01631F205 e BRS Paraguassu, podem ser melhores estudados, visando à seleção de materiais resistentes ao pulgão preto.