45 resultados para Portugal História Revolução, 1974 Narrativas pessoais
Resumo:
Este trabalho procura sistematizar e aprofundar a problematizao acerca do lugar ocupado pelos manuais de Pedagogia, Didtica, Metodologia e Prtica de Ensino utilizados em cursos de formao de professores, na produo e circulao intra e internacional do discurso pedaggico e profissional docente. A reflexo d continuidade a estudos anteriores j realizados pelos autores numa perspectiva socioistrica comparada, no mbito de um projeto maior sob o ttulo: Estudos comparados sobre a escola: Brasil e Portugal (sculos XIX e XX), financiado na parte brasileira pelo Acordo Capes-ICCTI. Tal colaborao insere-se tambm no mbito do Prestige, programa financiado pela Unio Europia. O artigo tece consideraes sobre levantamento razoavelmente extenso da literatura produzida sobre manuais escolares e para professores, analisando a predominncia de certos tpicos e de diretrizes especficas de pesquisas na rea. Esses elementos ajudam a entender como as produes sobre o objeto de estudo foram geradas e postas em circulao, colaborando para a construo da história da história dos manuais pedaggicos e do discurso educacional.
Resumo:
Tomando como corpus de anlise manuais sobre direitos humanos citados na bibliografia dos programas de disciplinas dos cursos de Direito do Estado do Rio Grande do Sul, apresentamos trs marcas frequentes no modo de narrar a história dos direitos humanos ali presentes: o estatuto da fonte histrica, a noo de evoluo histrica e a pretenso de neutralidade. Estamos apoiados na afi rmativa de que o modo de contar a história dos direitos humanos traz implicaes diretas na definio do que sejam esses direitos. A narrativa histrica estabelece conexes possveis entre direitos humanos e determinados temas (por exemplo, direito de famlia), ao mesmo tempo em que dificulta ou impossibilita conexes dos direitos humanos com outros temas (por exemplo, direito empresarial).
Resumo:
Neste texto, acompanhamos de perto o percurso de Eduardo, um aluno moambicano cooperante. Esta narrativa complementada por uma anlise das condies de formao em Portugal dos alunos de polcia de Moambique, mas tambm de Angola, Cabo Verde e So Tom e Prncipe. Os cadetes preparam-se, em cinco ou mais anos de treino (equivalentes a mestrado), para virem a ser oficiais de polcia em seus pases de origem. Defendemos o argumento de que esses alunos integram comunidades de saber, onde se incluem aprendizagens pela pedagogia da imagem e do exemplo. Tais comunidades so situadas histrica e contextualmente. No mesmo sentido, descrevemos como os alunos cooperantes em formao em Portugal mobilizam ideias de sacrifcio e de esperana associadas tanto experincia situada quanto expectativa de regresso aos pases de origem.
Resumo:
O objetivo do artigo discutir o papel da narrativa em Medicina. Aps realizao de pesquisa bibliogrfica explanatria e cuidadosa leitura analtica de contedo dos materiais publicados, concluiu-se que as narrativas em Medicina so um tpico de grande interesse para os profissionais de sade e acadmicos preocupados com a educao mdica no futuro imediato. Para englobar toda a gama de artigos e livros sobre o assunto, o presente artigo foi divido em trs partes com a finalidade de apresentar as formas de discusso mais comumente encontradas sobre o tema. A primeira articula-se a uma classificao das narrativas mdicas. A segunda sublinha as inter-relaes entre Medicina e Literatura, que vem sendo considerada como uma ferramenta fundamental para garantir a competncia narrativa to necessria ao soerguimento das hipteses diagnsticas a partir da história da doena contada pelo paciente. Finalmente, so discutidas as posies atuais dos especialistas no que tange ao papel da narrativa na tica mdica. Tambm apontado como uma epistemologia narrativa sempre esteve contida no ensino e na prtica da Medicina.
Resumo:
A epistaxe continua sendo uma das emergncias otorrinolaringolgicas mais comuns e preocupantes. Apesar do grande interesse no assunto, ainda no h consenso com relao sua melhor abordagem inicial. OBJETIVO: Avaliar o stio de sangramento em pacientes com epistaxe ativa ou recorrente. FORMA DE ESTUDO: Clnico prospectivo. MATERIAL E MTODO: Trinta pacientes adultos com epistaxe ativa ou recorrente foram avaliados com rinoscopia anterior clssica e endoscopia para identificao do stio de sangramento na cavidade nasal. RESULTADO: O uso do endoscpio permitiu o diagnstico do stio de sangramento em todos os pacientes. CONCLUSO: O exame endoscpico cuidadoso da poro posterior da cavidade nasal permite a identificao do stio de sangramento na maioria dos casos de epistaxe e deve ser considerado um exame de rotina.
Resumo:
Existem achados na literatura de limiares elevados em altas freqncias em crianas com história de otite mdia secretora. OBJETIVO: Caracterizar os limiares de audibilidade nas altas freqncias em crianas normo-ouvintes com história de mltiplos episdios de otite mdia secretora bilateral. MATERIAL E MTODO: Constituiu-se uma amostra de 31 crianas de ambos os sexos, sendo 14 com at 3 episdios de otite mdia secretora bilateral (Grupo 1) e 17 com quatro ou mais episdios (Grupo 2). Foi realizada a audiometria tonal por via area para as freqncias de 9.000 a 18.000Hz. FORMA DE ESTUDO: Transversal prospectivo. RESULTADOS: No houve diferena entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas dos indivduos de ambos os grupos para todas as freqncias, porm, houve entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas do Grupo 2 em relao ao Grupo 1 para todas as freqncias avaliadas. CONCLUSES: 1- Houve uma elevao dos limiares de audibilidade com o aumento das freqncias apresentadas. 2- A audiometria de altas freqncias mostrou-se capaz de separar, em grupos, indivduos com história de otite mdia secretora denotando que quatro episdios de otite mdia j so suficientes para determinar diferenas estatisticamente significantes nos limiares de audibilidade das altas freqncias.
Resumo:
OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi estudar a associao entre o padro de respirao e o tamanho da tonsila farngea em 122 crianas (60 infectadas pelo HIV e 62 sem infeco). MATERIAL E MTODO: As crianas foram analisadas quanto ao padro de respirao, fluxo nasal e ocupao da tonsila farngea em radiografias cefalomtricas de perfil, atravs de uma anlise computadorizada. RESULTADOS: O padro de respirao de maior ocorrncia nos dois grupos foi o tipo misto. A maioria das crianas apresentou tipo de respirao bucal ou mista, no havendo associao entre o tipo de respirao e presena do HIV (p=0,091). O fluxo nasal mostrou predomnio do fluxo mdio nos dois grupos. As crianas sem história de infeco pelo HIV apresentaram fluxo nasal de mdio a grande e a maioria das crianas infectadas pelo HIV apresentou de pouco a mdio fluxo nasal de ar, havendo uma associao positiva entre o fluxo nasal e a infeco pelo HIV (p<0,0001). A porcentagem mdia de ocupao da tonsila farngea foi alta nos dois grupos, no havendo diferena estatisticamente significante entre eles. As crianas dos dois grupos apresentaram aumento moderado ou acentuado do tamanho da tonsila farngea, no havendo associao entre o tamanho da tonsila farngea e presena do HIV (p=0,201).
Resumo:
O nariz, a garganta e o ouvido intrigam a humanidade desde os perodos mais remotos. Tratamentos laringolgicos, rinolgicos e otolgicos, alm de cirurgias, j eram praticados por mdicos gregos, hindus e bizantinos. No sculo XX inovaes clnicas e cirrgicas foram incorporadas graas s novas tcnicas anestsicas, aos antibiticos, radiologia e s novas tecnologias. OBJETIVO E MTODO: Mostrar a evoluo desta cincia ao longo dos tempos, reconhecendo figuras importantes da otologia, rinologia e laringologia por reviso em literatura. RESULTADO E CONCLUSO: O conhecimento das evolues em anatomia, fisiologia, tratamentos clnicos e cirrgicos, alm das personalidades que conduziram a estes avanos de grande importncia para que a cincia mdica evolua cada vez mais. A Otorrinolaringologia tem história muito rica, com importantes colaboradores e figuras de renome para a história da medicina. A especialidade foi uma das primeiras a utilizar anestesia local para realizao de procedimentos, pioneira em tratamentos com prteses que recuperavam a audio e teve a primazia na utilizao de microscpios em cirurgias. Poucas especialidades mdicas sofreram tantas mudanas e desenvolvimentos cientficos nestas ltimas dcadas quanto a Otorrinolaringologia que teve a vantagem de incorporar tecnologias na endoscopia, radiologia, microcirurgia e uso da informtica.
Resumo:
O reconhecimento dos distrbios respiratrios do sono tem aumentado a cada ano. Manifestaes, como o ronco, consideradas meros incmodos vm adquirindo importncia no que diz respeito qualidade de vida e seu impacto social. OBJETIVO: Comparar a história clnica com os resultados da polissonografia (PSG), na Sndrome da Apnia/Hipopnia Obstrutiva do Sono (SAHOS), o principal objetivo deste trabalho. MATERIAL E MTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo, com 125 pacientes, atravs da anlise de questionrios especficos, IMC e Escala de Epworth. RESULTADOS: Dentre os pacientes, 75 eram do sexo masculino e 50 do feminino. O principal sintoma foi a roncopatia. 46% apresentaram PSG normais, 30% SAHOS leve, 15% moderada e 9% severa, no se evidenciando correlao estatstica entre a clnica e a PSG. Dentre as queixas, somente a insnia foi relevante, em anlise univariada e em pacientes normais e com SAHOS leve (p<0,05), comparada aos pacientes com SAHOS moderada e severa, perdendo sua importncia quando analisada na presena de outros fatores. CONCLUSO: A história clnica, por si s, no suficiente para a definio do diagnstico ou do grau de severidade dos casos de SAHOS.
Resumo:
Os primeiros dois anos de vida so crticos para a aquisio e desenvolvimento de habilidades auditivas e linguagem. OBJETIVO: Verificar o desempenho de lactentes com fissura labiopalatina (FLP) com e sem indicadores de risco audio (IRA) no teste de reconhecimento verbal (TRV). Estudo prospectivo. MATERIAL E MTODOS: Pais de 100 lactentes (9 a 18 meses) com FLP foram entrevistados para verificar a presena de IRA e constituio dos grupos em estudo. Todos os lactentes foram submetidos ao TRV. Resultados: Doenas otolgicas, no-amamentao natural, tabagismo dos pais, insuficincia das vias areas superiores, permanncia na incubadora e antecedentes com surdez foram os IRA mais freqentes. 85 lactentes apresentaram IRA e 40% deles TRV alterado. 15 no apresentaram IRA e 73% apresentaram desempenho no TRV esperado para a sua idade. No foi encontrada significncia (p=0,326) entre os grupos. 54 lactentes apresentaram história de otite mdia (OM) e 31% deles tiveram alterao no TRV. 46 no apresentaram OM e apresentaram desempenho no TRV esperado para a sua idade. Encontrada diferena significativa (p=0,000). CONCLUSO: Identificou-se a presena de outros IRA alm FLP. O desempenho dos lactentes com e sem histrico de IRA no diferiu no TRV. A presena de doenas otolgicas interferiu significativamente no TRV.
Resumo:
Perdas auditivas e zumbidos so dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, que sofrem suas conseqncias no apenas no ambiente de trabalho, mas tambm em contextos extralaborais. OBJETIVO: Verificar existncia de relao dose-resposta entre perdas auditivas e zumbidos, ou seja, se o aumento destas perdas auditivas est associado ao aumento do incmodo provocado pelos zumbidos. MATERIAL E MTODO: Neste estudo de srie de casos, transversal, foram avaliados 284 trabalhadores com exposio ao rudo ocupacional atravs da audiometria tonal limiar cujos resultados foram categorizados segundo Merluzzi. Aqueles que apresentaram queixas de zumbidos responderam ao Tinnitus Handicap Inventory, adaptado e validado para o portugus brasileiro. Ajustou-se um modelo linear generalizado para dados binomiais, verificando interao entre os fatores. RESULTADOS: Mais de 60% dos ouvidos apresentaram perda auditiva e mais de 46% apresentaram zumbidos. Verificou-se que as prevalncias de zumbido aumentam com a piora dos limiares, bem como o risco de o apresentar. A interao entre ambos, considerando todos os graus de perda auditiva, foi estatisticamente significativa. CONCLUSO: Os resultados sugerem haver interao estatstica entre perda auditiva e zumbidos, com a tendncia de que, quanto maior for o dficit auditivo, maior ser o incmodo provocado pelo zumbido.
Resumo:
O artigo demonstra que as relaes regionais na frica Austral sofreram uma mudana dramtica que transformou esta regio de conflito, a partir de 1989, em uma zona de relativa paz e segurana entre os Estados. O abandono da poltica sul-africana de desestabilizao foi instrumental neste processo. Dentro do novo clima de paz e consenso poltico, surgiram outras frices, principalmente de carcter econmico, que deixam a regio pendular entre um grande compromisso para integrao e "guerras comerciais". De novo, a poltica regional da frica do Sul o fator decisivo para o surgimento desta constelao. Ela oscila entre forte retrica moral e puro racionalismo econmico.