Análise comparativa da competividade do Brasil e EUA no mercado internacional da carne bovina

O Brasil e os EUA est��o entre os principais produtores mundiais de carne bovina. Entretanto, distor����es no mercado alimentar decorrentes da presen��a de barreiras comerciais podem comprometer a competitividade desses pa��ses. O objetivo deste trabalho foi verificar a competitividade da carne bovina brasileira e norte-americana, no mercado internacional, entre 1990 e 2008. Para isso, foi utilizado o ��ndice de Competitividade Revelada (CR) para inferir sobre os efeitos que subs��dios, acordos comercias e barreiras sanit��rias exercem sobre a competitividade da carne bovina dos respectivos pa��ses. Os resultados indicaram que o Brasil obteve vantagens competitivas no per��odo de 1991 a 2008, enquanto que os EUA apresentaram vantagens entre 1993 e 2003. Os acordos comerciais elevaram a competitividade dos pa��ses envolvidos, contudo ocorreram diminui����es dos ��ndices quando problemas sanit��rios foram identificados. Em suma, os EUA, mesmo com os altos subs��dios fornecidos aos produtores rurais, apresentou desempenho inferior em compara����o ao Brasil no mercado mundial da carne bovina.

A estrutura de provis��o dos servi��os de saneamento b��sico no Brasil: uma análise comparativa do desempenho dos provedores p��blicos e privados

O presente artigo realiza uma análise que compara o desempenho dos provedores p��blicos e privados de servi��os de saneamento b��sico no Brasil. As diferen��as de desempenho entre os provedores que, de acordo com a literatura, est��o submetidos a diferentes incentivos foram avaliadas com base nos dados do Sistema Nacional de Informa����es sobre Saneamento (Snis) de 2010 a partir de uma estimativa em cross-section para uma amostra de 4.930 munic��pios brasileiros. Os resultados n��o fornecem evid��ncias fortes de que um grupo seja superior a outro na maior parte dos indicadores. Dado que os grupos revelaram superioridade em indicadores espec��ficos, a contribui����o deste estudo �� propor o desenho de uma política que considere diversas modalidades de gest��o e provis��o como poss��vel solu����o para o desafio de universalizar os servi��os no pa��s.

Morcegos da regi��o sul do Brasil: análise comparativa da riqueza de esp��cies, novos registros e atualiza����es nomenclaturais (Mammalia, Chiroptera)

Uma análise comparativa da riqueza de esp��cies de morcegos da Regi��o Sul do Brasil �� apresentada, assim como análises de similaridades entre estados. O estado do Paran�� apresentou a maior riqueza de esp��cies de morcegos, com 64 esp��cies, seguido por Santa Catarina com 46 e pelo Rio Grande do Sul com 40. A fam��lia Phyllostomidae influencia fortemente este padr��o de riqueza. As distribui����es geogr��ficas de Trachops cirrhosus (Spix, 1823), Artibeus cinereus (Gervais, 1851) e Thyroptera tricolor Spix, 1823 s��o ampliadas at�� o Paran��, estabelecendo um novo limite sul de distribui����o dessas esp��cies e da fam��lia Thyropteridae. Al��m disso, Myotis dinellii Thomas, 1902 foi registrado pela primeira vez no Brasil, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, estabelecendo um novo limite leste para sua distribui����o. Ainda, �� ampliada a distribui����o de Eptesicus taddeii Miranda, Bernardi & Passos, 2006 a partir de seu primeiro registro no estado do Rio Grande do Sul. Uma lista atualizada dos morcegos dos estados sul-brasileiros �� apresentada bem como algumas adequa����es nomenclaturais. �� enfatizada a import��ncia do emprego de maiores esfor��os de campo para levantamentos da quiropterofauna, que assim podem contribuir para medidas de conserva����o embasadas em inventariamentos e cole����es cient��ficas representativas.

O Plano Trienal no contexto das rela����es entre Brasil e Estados Unidos (1962-1963)

The Three-Year Plan in the context of the US-Brazilian relations (1962-1963). The paper analyses the US-Brazilian relations during the formulation and implementation of the Three-Year Plan by the government of Jo��o Goulart. The evidence suggests the limited economic assistance offered by the United States to Brazil, driven by political causes, played a major role in the Three-Year Plan's demise. It is argued that Goulart's links with the radical left, particularly with groups seen as communists by Washington, was the main reason behind US decision of blocking resources. The conclusions are relevant because scholars have emphasized domestic reasons only to explain the failure of the Three-Year Plan.

Proje����o de poder e interven����o militar pelos Estados Unidos da Am��rica

O artigo analisa a proje����o de poder pelos Estados Unidos por meio de interven����es militares a partir de um enquadramento conceitual, seguida de uma revis��o hist��rica da forma����o do sistema de For��as de Deslocamento R��pido at�� a Estrat��gia de Seguran��a Nacional dos Estados Unidos na d��cada de 1990. O artigo realiza ainda um estudo mais detalhado dos aspectos t��ticos e log��sticos dessas for��as que comp��em a capacidade de interven����o militar dos Estados Unidos. Por fim, ele aponta a utilidade desse estudo para a formula����o da política de defesa do Brasil.

Passado e presente nas rela����es Col��mbia-Estados Unidos: a estrat��gia de internacionaliza����o do conflito armado colombiano e as diretrizes da política externa norte-americana

Este artigo tem como objetivo analisar a din��mica das rela����es entre Col��mbia e EUA, com ��nfase no governo de ��lvaro Uribe (2002-...). Para tanto, s��o examinadas a estrat��gia de internacionaliza����o do conflito armado colombiano e os aspectos da interven����o dos EUA mediante o Plano Col��mbia. Como conclus��o, o trabalho sugere que as recentes mudan��as políticas nos EUA t��m causado impacto nas diretrizes das rela����es das rela����es entre EUA e Col��mbia.

O modelo cooperativo de extens��o dos Estados Unidos: contribui����es poss��veis para o Brasil

Este artigo se prop��e a relatar as linhas gerais do sistema de extens��o dos Estados Unidos. O objetivo �� extrair experi��ncias que possam contribuir para o aprimoramento do servi��o brasileiro de Assist��ncia T��cnica e Extens��o Rural (Ater), em especial no momento em que o tema volta a ter espa��o na pauta federal. A maior parte das atividades de extens��o naquele pa��s �� voltada para o p��blico rural, mas �� preciso destacar que algumas abrangem tamb��m o p��blico urbano, uma vez que englobam tem��ticas como nutri����o/sa��de, administra����o de gastos/consumo e desenvolvimento de crian��as/jovens. Ainda que sejam significativas as diferen��as da realidade entre os dois pa��ses, o Sistema Cooperativo de Extens��o dos Estados Unidos, criado oficialmente h�� quase 100 anos, mas em forma����o h�� cerca de 200, pode oferecer contribui����es ao modelo da Ater descentralizado do Brasil. A principal talvez seja a ��nfase dada �� promo����o da autonomia dos produtores rurais e de outros p��blicos por meio do acesso a conhecimentos que lhes permitam resolver seus pr��prios problemas e melhorar suas condi����es de vida. Chamam tamb��m aten����o a elevada qualifica����o dos profissionais do sistema de extens��o daquele pa��s, incluindo milhares de pesquisadores designados para atender a demandas locais, e a forma como se desenvolve e atualiza continuamente o planejamento de trabalho baseado em necessidades manifestadas pelo p��blico final.

Análise comparativa da estrutura populacional do ermit��o end��mico do Atl��ntico Ocidental Loxopagurus loxochelis (Decapoda, Anomura) em duas regi��es do estado de S��o Paulo, Brasil

A estrutura populacional do ermit��o Loxopagurus loxochelis (Moreira, 1901) foi analisada por meio da distribui����o de freq����ncia dos animais em classes de tamanho e da raz��o sexual. Esp��cimes foram coletados mensalmente no per��odo de um ano (julho de 2002 a junho de 2003), em sete transectos (5 aos 35 m de profundidade), usando barco equipado com duas redes do tipo double-rig, nas enseadas de Caraguatatuba e de Ubatuba (Estado de S��o Paulo, Brasil). Em Caraguatatuba foram coletados 366 animais, sendo 222 machos (60,65%), 114 f��meas n��o-ov��geras (31,15%) e 30 f��meas ov��geras (8,20%) e, em Ubatuba, 126 ermit��es, dos quais 81 machos (64,28%), 38 f��meas n��o-ov��geras (30,16%) e sete f��meas ov��geras (5,56%). Em Caraguatatuba, a alta incid��ncia de f��meas ov��geras ocorreu durante o inverno (julho de 2002), enquanto em Ubatuba, o n��mero foi incipiente. O comprimento do escudo cefalotor��cico variou de 2,0 a 7,9mm (5,29 ± 0,96mm) em Caraguatatuba, e em Ubatuba, de 2,7 a 7,5 mm (5,32 ± 0,95mm). A m��dia de tamanho dos machos foi significativamente maior do que das f��meas em ambas as ��reas. A raz��o sexual total foi favor��vel aos machos (1,54:1 em Caraguatatuba e 1,9:1 em Ubatuba). Houve maior freq����ncia de machos nas ��ltimas classes de tamanho, acompanhando os padr��es observados em dec��podes e evidenciando a exist��ncia de dimorfismo sexual em L. loxochelis. A distribui����o de freq����ncia total foi unimodal para ambos os sexos, nas duas ��reas. A presen��a de um n��mero maior de machos em rela����o a f��meas pode ser ind��cio de que existam diferentes taxas de crescimento e de mortalidade entre os sexos, al��m de distribui����o espacial diferencial entre estes. Apesar das diferentes caracter��sticas geomorfol��gicas entre as regi��es de Caraguatatuba e Ubatuba, foi observada uma din��mica de desenvolvimento similar para ambas as popula����es.

Análise comparativa da abund��ncia do coral invasor Tubastraea spp: (Cnidaria, Anthozoa) em substratos naturais e artificiais na Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil

Os corais ex��ticos coral-sol (Tubastraea coccinea Lesson, 1829 e T. tagusensis Wells, 1982) invadiram as comunidades biol��gicas s��sseis dos cost��es rochosos da Ba��a da Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil. Estruturas artificiais (piers, decks ou cais) foram selecionadas em quatro locais na Ilha Grande, e comparadas com substratos naturais adjacentes atrav��s de quantifica����o da densidade de cada esp��cie de Tubastraea, al��m da porcentagem de cobertura da biota b��ntica. A densidade m��dia geral de Tubastraea tagusensis foi de 80,3 indiv��duos.m-2, aproximadamente o dobro encontrado para T. coccinea. Tendo em vista que sua presen��a alterou as abund��ncias relativas e a riqueza de esp��cies, ambas as esp��cies invasoras modificaram a estrutura das comunidades invadidas. Tubastraea coccinea foi mais abundante em substratos artificiais do que naturais, por��m, n��o foi detectada diferen��a na abund��ncia de Tubastraea tagusensis entre substratos. A abund��ncia de ambas as esp��cies variou com a profundidade e o local, e houve uma rela����o positiva entre a idade do substrato artificial e a abund��ncia dos corais. Aparentemente T. tagusensis �� competitivamente superior �� T. coccinea, com uma inser����o maior nas comunidades nativas em substratos naturais. Ambas as esp��cies tem grande potencial competitivo e podem utilizar substratos artificiais para iniciar seu estabelecimento em novos locais.

Revis��o dos Par��tipos de cinco esp��cies de opalin��deos do Brasil, depositados na "Smithsonian institution ", nos Estados Unidos (Sarcomastigophora, Opalinata)

In the present paper five paratype specimens of the Metcalf Collection of Opalinids at the Smithsonian Institution, U. S. National Museum. U.S.A, are studied and figured in detail: Zelleriella uruguayensis quadrata Metcalf, 1940, Z. dubia Metcalf, 1940. Z. ovonucleata Metcalf, 1940, Cepedea ciliata Metcalf, 1940, and, C. plata Metcalf, 1940. Some specimens are not well enough preserved and the restudy of fresh material would probably be worth while.

Proposta de um modelo de gest��o de programas de p��s-gradua����o na ��rea de Administra����o a partir dos sistemas de avalia����o do Brasil (CAPES) e dos Estados Unidos (AACSB)

O sistema brasileiro de avalia����o de programas de p��s-gradua����o vem evoluindo desde 1976, sendo considerado eficiente e moderno. No presente trabalho, o objetivo �� propor um modelo de gest��o de programas de p��s-gradua����o stricto sensu em Administra����o do Brasil, com base nos sistemas de avalia����o do Brasil e dos Estados Unidos. Para tanto, procedeu-se a uma pesquisa em oito programas: quatro no Brasil, recomendados pela Coordena����o de Aperfei��oamento de Pessoal de N��vel Superior (CAPES) e quatro nos Estados Unidos, credenciados pela Association to Advance Collegiate School of Business (AACSB). O m��todo de pesquisa foi o estudo de casos m��ltiplos de car��ter explorat��rio com dois componentes b��sicos: pesquisa documental, por meio de um estudo em profundidade dos sistemas de avalia����o; pesquisa de campo com os coordenadores de programas para identificar como os sistemas de avalia����o s��o utilizados para desenvolver os programas. A partir desses estudos, foi proposto um modelo de gest��o em que, al��m de atender aos requisitos do sistema de avalia����o da CAPES, seja levada em considera����o a realidade do programa e os elementos importantes para seu cont��nuo aprimoramento, dentre eles: miss��o e vis��o; plano estrat��gico; corpo docente; estrutura do programa; corpo discente; resultados que abrangem produ����o cient��fico-tecnol��gica, egresso e inser����o social.

Análise comparativa da variabilidade patog��nica de Uromyces appendiculatus em algumas regi��es brasileiras

A ferrugem do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris), incitada pelo fungo Uromyces appendiculatus, �� uma das mais importantes doen��as que afetam essa cultura. Trabalhos anteriores demonstraram a ampla variabilidade patog��nica de U. appendiculatus no Brasil. No entanto, o uso de distintos grupos de cultivares diferenciadoras em tais trabalhos dificulta a análise comparativa e a identifica����o de fontes de resist��ncia de amplo espectro. Assim, os objetivos deste trabalho foram: 1) caracterizar sete isolados de U. appendiculatus, coletados em diferentes regi��es do estado de Minas Gerais, frente ��s 19 cultivares diferenciadoras para ferrugem, adotadas no "The Bean Rust Workshop", realizado em 1983, em Porto Rico, e 2) comparar os padr��es de resist��ncia/suscetibilidade obtidos, com aqueles apresentados frente a pat��tipos isolados nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goi��s, visando identificar fontes de resist��ncia de amplo espectro. Os sete isolados coletados em Minas Gerais foram classificados com sete pat��tipos distintos. As cultivares diferenciadoras com os maiores espectros de resist��ncia foram 'Redlands Pioneer', 'California Small White 643', 'Brown Beauty', 'AxS 37' e 'Compuesto Negro Chimaltenango'. Portanto, apesar da exclus��o das cultivares California Small White 643, AxS 37 e Brown Beauty da nova s��rie diferenciadora internacional proposta em 2002, na ��frica do Sul, recomenda-se adicionar estas cultivares nas futuras caracteriza����es de pat��tipos a serem realizadas no Brasil, como um modo de monitorar a variabilidade patog��nica de popula����es de U. appendiculatus nas regi��es produtoras.

Contradi����es da política ambiental por meio de incentivos financeiros: os casos do ICMS ecol��gico e da CFEM nos munic��pios do Quadril��tero Ferr��fero (Minas Gerais, Brasil)

A partir do levantamento dos valores recebidos pelos munic��pios situados na regi��o do Quadril��tero Ferr��fero, em Minas Gerais, em decorr��ncia do ICMS Ecol��gico, repassado pelo Estado e da Compensa����o Financeira pela Explora����o de Recursos Minerais (CFEM) recebida da Uni��o, este artigo relativiza o potencial do ICMS Ecol��gico para incentivar os munic��pios mineradores a criarem ou apoiarem unidades de conserva����o (UCs) em seus territ��rios. Nesta discuss��o, trazem-se �� tona avalia����es t��cnicas e acad��micas sobre a qualidade da prote����o ambiental realizada nas UCs ali situadas e destacam-se os conflitos de interesses entre a minera����o e a prote����o ambiental na regi��o. Por fim, conclui ser necess��rio aprimorar o ICMS Ecol��gico em Minas Gerais e prop��em-se medidas para tornar a conserva����o ambiental mais interessante economicamente para os munic��pios.