538 resultados para Parasitoides de ovos
Resumo:
OBJETIVO: Observar detalhes morfológicos de ovos de Haemagogus leucocelaenus visualizados pela primeira vez por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e realizar morfometria das principais estruturas. MÉTODOS: Foram utilizados ovos de Hg. leucocelaenus provenientes de fêmeas capturadas na Reserva Biológica do Tinguá, RJ, sendo parte destinada à eclosão e outra ao processamento de MEV, dos quais três foram submetidos à análise morfométrica. O material foi fixado em glutaraldeído 2,5% e pós-fixado em tetróxido de ósmio 1%, ambos em tampão cacodilato de sódio 0.1M, pH 7.2, processado e observado ao MEV Jeol 5310. Medições foram realizadas com o auxílio do software de análise Semafore. RESULTADOS: Os ovos apresentaram contorno elíptico com aproximadamente 574 µm de comprimento e 169 µm de largura, sendo o índice do ovo (l/wratio) 3,39 µm. O exocório é extremamente regular, possuindo ornamentação hexagonal e algumas vezes pentagonal. Nas células coriônicas, observaram-se tubérculos simetricamente dispostos com relação ao eixo longitudinal, e, no interior delas, tubérculos menores, individualizados, dispostos na periferia, e poucos agrupados no centro. A superfície do retículo coriônico não apresentou rugosidades. O aparelho micropilar apresenta colar proeminente, contínuo, com disco micropilar bem evidente. CONCLUSÕES: A ornamentação do exocório apresenta diferenças em relação aos tubérculos das células coriônicas e ao retículo coriônico externo entre os ovos de Hg. leucocelaenus comparados aos ovos de Hg. janthinomys e Hg. equinus, bem como com relação aos de Aedes aegypti, Ae. albopictus e Ae bahamensis.
Resumo:
Larva migrans visceral e cutânea são zoonoses parasitárias causadas pela infecção da larva de Toxocara sp. e Ancylostoma sp., respectivamente. O objetivo do estudo foi verificar a contaminação por ovos de Toxocara sp. e ovos e larvas de Ancylostoma sp. em amostras de solos coletadas de praças públicas e de áreas de recreação infantil de Lavras, Estado de Minas Gerais, por meio da técnica de centrífugo-flutuação e do método de Baermann. A ocorrência de ovos de Toxocara sp. e, ovos e larvas de Ancylostoma sp. foi observada em 69,6% (16/23) das amostras de solo coletadas de praças públicas. A contaminação somente por ovos de Ancylostoma sp. em amostras de solo coletadas em escolas/creches foi de 22,2% (4/18). A percentagem de amostras de areia coletadas de escolas/creches contaminadas somente com larvas de Ancylostoma sp. foi de 11,1% (2/18). Praças públicas são as áreas com maior risco potencial de infecção por Toxocara sp. e Ancylostoma sp. Exame coproparasitológico realizado em 174 amostras de fezes de cães observou 58% e 23%, respectivamente, com ovos de Ancylostoma sp. e Toxocara sp.
Resumo:
Foram selecionadas, numa comunidade fechada, 20 crianças com himenolepíase, apresentando carga parasitária acima de 1 000 ovos/g de fezes, visando a averiguar a eficácia terapêutica do praziquantel e as alterações morfológicas induzidas nos ovos de H. nana por sua administração oral, em dois esquemas posológicos. Os pacientes foram alocados em dois grupos com igual número de casos. O grupo "A" foi tratado com uma única dose de 25 mg/kg de peso corporal e o grupo "B" com a mesma dose, porém repetida 10 dias depois. A partir do terceiro dia até o 19.°, verificou-se, em ambos os grupos, o surgimento, com um pico em torno do sétimo dia, de ovos distorcidos do parasita. Os ovos normais decresceram gradativamente, desaparecendo em 100% dos casos do grupo "B", do 19° dia em diante, mas mantendo-se presentes em 20% dos casos no grupo "A". A tolerância ao medicamento mostrou-se igualmente excelente com as duas posologias empregadas. Conclui-se pela elevada eficácia terapêutica do praziquantel na himenolepíase, sugerindo-se administrá-lo em duas doses de 25 mg/kg, com um intervalo de dez dias, nos pacientes intensamente parasitados e que convivam em comunidades fechadas.
Resumo:
Um estudo seccional da esquistossomose foi desenvolvido em Comercinho, cidade de 1474 habitantes situada em Minas Gerais. Foram feitos exame de fezes pelo método de KATO-KATZ e exame clínico em, respectivamente, 90 e 80% da população da cidade. Foram estudados os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes com diferentes contagens de ovos de S. mansoni, verificando-se que as alterações do tamanho e da consistência do fígado estavam relacionadas à maior eliminação de ovos (> 1000/gr fezes) nos pacientes com 2-14 anos de idade, mas não nos pacientes mais velhos. Os seguintes sinais clínicos foram mais freqüentes nos pacientes que eliminavam ovos de S. mansoni nas fezes, quando comparados ao grupo controle (sem ovos do parasita nas fezes, sem história de tratamento e com reação intradérmica negativa): a) nos pacientes com 2-14 anos, sangue nas fezes, fígado palpável, aumento da consistência e aumento do tamanho dos lobos direito e esquerdo do fígado; b) nos maiores de 15 anos, presença de fígado palpável; c) em ambos os grupos etários, as esplenomegalias estiveram exclusivamente relacionadas à infecção pelo S. mansoni.
Resumo:
Com o objetivo de testar a viabilidade do ciclo biológico, 15 pacientes (masculinos, de quatro a 14 anos) com Ascaris lumbricoides, foram selecionados ao acaso. Após tratamento clássico com sais básicos de levamisole (7 pacientes) e de pamoato de pirantel (8), os ovos retirados das fêmeas expelidas ficaram incubados por 18 dias em de H2SO4 N/10. A seguir foram administrados per os a grupos de 5 camundongos por pacientes. Decorridos 8 dias da infecção, os animais foram sacrificados para pesquisas microscópica de larvas nos fragmentos pulmonares. Dos 75 animais, somente 1, pertencente ao grupo de tratados com levamisole, não apresentou larvas nos fragmentos pulmonares. Concluiu-se que as drogas, nas doses utilizadas, não possuem ação deletéria sobre os ovos de A. lumbricoides, mas promovem a eliminação de material infectivo, com possibilidade de incrementar a poluição onde vivem comunidades sem adequadas condições de saneamento básico.
Resumo:
Ovos uterinos de fêmeas L. minor, obtidos por eliminação espontânea de abscessos cervicais da paciente W. M. R. (Pequizeiro-GO) - foram postos em contato com solução de Ivermectin nas concentrações de 50, 100, 150, 200 e 250 microgramas. Os resultados demonstraram que a droga em todas as concentrações utilizadas não impediu o desenvolvimento larvário. Entretanto, decorrida a embriogênese houve um processo de desvitalização da larva no interior do ovo caracterizado pela liberação de uma massa amorfa a partir do ovo embrionado. Em ovos do grupo controle houve eclosão de uma larva íntegra com todas as características estruturais de larva de Lagochilascaris.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de ovos de Toxocara spp nos solos de praças públicas da cidade de Uberlândia, região do Triângulo Mineiro, no período de outubro de 1991 a janeiro de 1992. A cidade possui 89 praças distribuídas em 39 bairros. Para que se tivesse um perfil da ocorrência do parasita, foram colhidas amostras de terra e areia (quando existente) de uma praça, determinada por sorteio, por bairro. As amostras de solo homogeneizadas de 5 pontos distintos das 39 praças foram colhidas em frascos plásticos e analisadas empregando-se os métodos de flutuação em solução saturada de cloreto de sódio e de solução saturada de sulfato de magnésio contendo 5% de iodeto de potássio. Para cada amostra foram realizados os dois métodos em duplicata. Os resultados mostraram estarem contaminados os solos de 9 praças (23,07%), das quais 6 localizavam-se próximas ao centro da cidade. A realização de mais de um método laboratorial permitiu a identificação do agente em maior porcentagem de locais.
Resumo:
Os autores, na primeira parte do trabalho, descrevem os principais tipos de ovos de S. mansoni observados em fezes de pacientes originários de zonas endêmicas da esquistossomose e nunca anteriormente submetidos a tratamento. Descrevem a presença de ovos viáveis maduros e imaturos, além de diversos tipos de ovos mortos, inclusive calcificados. Chamam a atenção para a raridade deste último achado, que entretanto, não deve ser desprezado no controle coproscópico após terapêutica antiparasitária. Apresentam fotografias e as dimensões médias dos ovos observados. Em uma segunda parte, fazem a contagem dos ovos de S. mansoni por cm3 de fezes. Encontram maior número de ovos, tanto viáveis como mortos, nos pacientes portadores da forma hepatoesplênica da doença, do que nos portadores da forma hepatointestinal. Verificaram, entretanto, que as percentagens dos diversos tipos de ovos não se afastam muito. Supõem que, ao lado de outros fatures, um maior número de vermes no hospedeiro deva exercer papel importante no desenvolvimento das formas graves da esquistossomose mansoni. Encontram também maior número de ovos, tanto viáveis como mortos, nos indivíduos menores de 20 anos do que nos maiores de 20 anos de idade. No entanto. a percentagem dos diversos tipos de ovos eliminados não sofre grandes modificações nos dois grupos de doentes. Acreditam que além de fatores imunitários, c envelhecimento dos vermes com o decorrer da parasitose possa ser responsável pela diminuição na oviposição. Os dados relativos à contagem global de ovos de S. mansoni em fezes de pacientes afastados de zonas endêmicas confirmam, de uma maneira geral, os resultados encontrados por outros autores em áreas endêmicas da esquistossomose mansoni, quando se referem ao maior ou menor número de ovos eliminados, em relação à forma clínica da parasitose e ao grupo etário dos pacientes.
Resumo:
Examinando o esperma de Indivíduo portador da forma intestinal da esquistossomose mansônica, os autores encontraram ovos viáveis de Schistosoma mansoni. Após revisão da literatura discutem os aspectos parasitológicos, clínicos e terapêuticos dêsse achado.
Resumo:
Os autores estudaram a freqüência de contaminação do solo de praças da cidade do Rio de Janeiro, por ovos de Toxocara. De 24 praças examinadas encontraram 10 (41,6%) positivas. Chamam a atenção para a sua possibilidade na disseminação da "Larva Migrans Visceralis" em nosso meio.
Resumo:
Por meio de experiências em laboratório e em condições naturais, foi constatada a ação letal do malathion ULV concentrado sobre os ovos das seguintes espécies de triatomíneos: P. megistus, T. infestans, T. brasiliensis, T. sórdida, T. phyllosoma, R. prolixus e R. neglectus. A ação letal do malathion é mais intensa sobre os ovos mais jovens. Apesar de o barro ter grande ação inativante do efeito ovicida as observações de campo parecem demonstrar ser o malathion promissor para o controle dos vetores das doença de Chagas, principalmente através da exterminação dos ovos desses hemípteros.
Resumo:
Os aa. determinaram o diâmetro médio dos granulomas esquistossomóticos em suas várias fases evolutivas (necrótico-exsudativa, produtiva e em cura pór fibrose) em 332 casos de esquistossomose hepática humana: 167 na forma aguda, toxêmica e 165 nas formas crônicas (hepatesplênica, miliar). Foram medidos 286 granulomas em punções biópsias da primeira e 165 em punções biópsias e biópsias cirúrgicas da segunda.
O valor dos ovos mortos como critério de avaliação da cura parasitológica na esquistossomose mansoni
Resumo:
Dezoito crianças com esquistossomose mansoni foram tratadas com a oxamniquine (20mg/kg de peso, dose únicaj e acompanhadas até o 22? mês pós-tratamento com 22 exames de fezes e uma biópsia retal no último mês. Dos 16 pacientes curados, cinco (31,3%), não apresentaram qualquer tipo de ovo na biópsia retal, 11 (68,7%), apresentaram ovos calcificados, oito (50%), ovos "recém-mortos" e três (18,8%), granulomas. Para observar a dinâmica de desaparecimento de ovos dos tecidos, 31 camundongos, foram infectados com 100 cercárias de S. mansoni e após 45 dias, tratados com drogas sabidamente esquistossomicidas. Os camundongos foram sacrificados 30, 90, 180, 260 e 400 dias após o tratamento. Observou-se diminuição progressiva dos ovos mortos nos fragmentos de intestino dos animais sacrificados, mas cerca de um ano após o tratamento os ovos hemitransparentes, calcificados, cascas e granulomas ainda foram encontrados. 0 encontro apenas destes elementos, fala a favor da cura parasitológica.
Resumo:
A estabilidade da contagem de ovos de Schistosoma mansoni pelo método de Kato-Katz foi avaliada em 144 pessoas residentes em uma área endêmica de Minas Gerais. Os resultados do primeiro exame foram comparados à média obtida em três exames de fezes realizados num período de 11 semanas. Os pacientes foram agrupados de acordo com a contagem de ovos obtida no primeiro exame de fezes: < 100, 100-499, 500-999 e ≥ 1000 ovos (classificação A); < 100, 100-499 e ≥ 500 ovos (classificação B); < 500, 500-999 e ≥ 1000 ovos (classificação C). A percentagem de pacientes que permaneceram no mesmo grupo no qual haviam sido enquadrados no primeiro exame foi estatisticamente semelhante nas classificações A, Be C (73-81%). O coeficiente de correlação de Pearson foi alto (r= 0,9038) e a média geométrica do número de ovos no primeiro exame (5 75,7 + 5,4) foi semelhante à obtida em três exames de fezes (556,6 + 4,4 ovos/g fezes).