328 resultados para Obesidade Teses
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a prevalncia e os fatores associados ao sobrepeso e obesidade em adolescentes de zona urbana. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado no municpio de Pelotas, Rio Grande do Sul, de 2001 a 2002. Adolescentes entre 15 e 18 anos de idade foram medidos, pesados e responderam a questionrio auto-aplicvel. De 90 setores sorteados, foram visitados 86 domiclios em cada setor, totalizando 960 adolescentes. A prevalncia de sobrepeso e obesidade foi definida a partir do ndice de massa corporal, mediante a utilizao dos pontos de corte, ajustados idade e ao sexo. Realizou-se anlise multivariada com regresso de Poisson, considerando um modelo hierrquico das variveis associadas ao sobrepeso e obesidade. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso e de obesidade foi 20,9% e 5%, respectivamente. A relao entre a obesidade e idade e escolaridade do adolescente foi inversa. Verificou-se associao de sobrepeso e obesidade com o relato de obesidade dos pais (p=0,03) e maturao sexual do adolescente (p=0,01). Os hbitos de fazer dieta e omitir refeies foram associados obesidade, com riscos de 3,98 (IC 95%: 1,83-8,67) e 2,54 (IC 95%: 1,22-5,29), respectivamente. CONCLUSES: A prevalncia de sobrepeso e obesidade na regio so preocupantes a despeito do comportamento dos adolescentes para prevenir a obesidade. necessria a implantao de campanhas mais eficazes, direcionadas a orientar melhor os adolescentes.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre exposio ao aleitamento materno na infncia e a obesidade na idade escolar em crianas de famlias brasileiras de alto nvel socioeconmico. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal envolvendo 555 crianas com idades entre seis e 14 anos, estudantes de uma escola particular situada na cidade de So Paulo. A obesidade - varivel desfecho do estudo - foi definida como ndice de Massa Corporal > percentil 85, aliado a valores de pregas cutneas > percentil 90, em ambos os casos adotando-se como referncia o padro "National Center for Health Statistics" segundo idade e sexo. A exposio ao aleitamento materno considerou a freqncia e durao da amamentao. Potenciais variveis de confundimento - sexo, idade, peso ao nascer, padro alimentar e de atividade fsica das crianas e idade, ndice de massa corporal, escolaridade e padro de atividade fsica das mes - foram controladas por meio de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: A prevalncia de obesidade na populao estudada foi de 26%. Aps o controle das potenciais variveis de confundimento, o risco de obesidade em crianas que nunca receberam aleitamento materno foi duas vezes superior (OR=2,06; IC 95%: 1,02; 4,16) ao risco das demais crianas. No se encontrou efeito dose-resposta na associao entre durao do aleitamento e obesidade na idade escolar. CONCLUSES: Crianas e adolescentes que nunca receberam aleitamento materno tm maior ocorrncia de obesidade na idade escolar. A ausncia de efeito dose-resposta na relao entre durao da amamentao e obesidade na idade escolar e os achados ainda controversos sobre essa associao indicam a necessidade de mais estudos sobre o tema, em particular estudos longitudinais.
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OBJETIVO: Analisar a associao do sobrepeso e da obesidade com o aleitamento materno e a alimentao complementar em pr-escolares. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 566 crianas matriculadas em escolas particulares no municpio de So Paulo, SP, 2004-2005. A varivel dependente foi sobrepeso e obesidade. Para a classificao do estado nutricional das crianas foram utilizadas as curvas de percentis do ndice de Massa Corporal para idade, classificando como sobrepeso valores e"P85 e <P95, e como obesidade valores e"P95. As variveis explanatrias analisadas foram: caractersticas sociodemogrficas da criana e sua famlia peso ao nascer; estado nutricional dos pais; aleitamento materno; alimentao complementar e alimentao atual. A anlise de associao das variveis explanatrias com o desfecho foi feita por meio de regresso logstica simples e regresso logstica mltipla com modelo hierarquizado. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso e obesidade da populao estudada foi de 34,4%. Foram fatores de proteo contra sobrepeso e obesidade o aleitamento materno exclusivo por seis meses ou mais (IC 95% [0,38;0,86]; OR=0,57; p=0,02) e o aleitamento materno por mais de 24 meses (IC 95% [0,05;0,37]; OR=0,13; p=0,00). CONCLUSES: Os resultados sugerem que o aleitamento materno pode proteger as crianas contra o sobrepeso e a obesidade, agregando mais uma vantagem ao leite materno.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes a indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivduos, o ndice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m) e obesidade (IMC >30 kg/m). Prevalncia e razes de prevalncia foram apresentadas segundo variveis sociodemogrficas, escolaridade e condio de sade/comorbidades e auto-avaliao da sade, estratificadas por sexo. Utilizou-se regresso de Poisson para anlises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associao direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associao inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqente entre os homens que viviam com companheira e no esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalncias de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presena de diabetes, hipertenso arterial sistmica e dislipidemias, bem como considerar sua sade como regular ou ruim, tambm foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variveis socioeconmicas e demogrficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares queles encontrados em outros estudos brasileiros.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa de preveno de obesidade sobre prticas alimentares de adolescentes de escolas pblicas. MTODOS: Interveno com 331 estudantes de 11 a 17 anos de 5 e 6 anos de duas escolas pblicas estaduais de Niteri, RJ, em 2005. As escolas foram classificadas em escola de interveno (EI) e escola de controle (EC) para comparao. Prticas alimentares foram abordadas em questionrios auto-respondidos antes e aps o perodo de interveno: consumo de fast food, consumo de refrigerantes, substituio de refeies por lanches, consumo de frutas, verduras e legumes e tipo de alimentao consumida nos intervalos das aulas. Testes qui-quadrado e McNemar foram aplicados para comparar propores, considerando valor de p < 0,05. RESULTADOS: Na linha de base participaram 185 estudantes da EI (82,2% dos elegveis) e 146 estudantes da EC (70,5% dos elegveis). Na fase ps-interveno houve perda de 10,3% dos adolescentes da EI e 27,4% da EC. No se observaram mudanas significativas nas prticas alimentares na EC. Na EI aumentou a proporo de estudantes que relataram no consumir lanches vendidos por ambulantes (de 36,7% para 50,6%; p = 0,02) e dos jovens que relataram no substituir almoo (de 44,5% para 65,2%; p < 0,01) e jantar (de 38,4% para 54,3%; p < 0,01) por lanches. A principal mudana favorvel foi a reduo na freqncia de consumo de lanches fast food na EI comparada EC (72,7% vs 54,4%; p = 0,001). CONCLUSES: Mudanas favorveis nas prticas alimentares dos adolescentes foram encontradas e estimulam a implantao de programas dessa natureza; contudo, intervenes de maior durao precisam ser implementadas e avaliadas quanto a sua efetividade.
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Objetivo Analisar a associação entre sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns em profissionais nutricionistas da rede pública de hospitais do município do Rio de Janeiro. Métodos Estudo seccional, com 289 nutricionistas de hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, de outubro de 2011 a agosto de 2012. Foi utilizado o índice de massa corporal (kg/m2) pela aferição de peso e altura, e os transtornos mentais comuns (TMC) pelo General Health Questionnaire (GHQ-12). Variáveis sociodemográficas (SES), laborativas e de saúde também foram incluídas no estudo. Resultados As prevalências de sobrepeso, de obesidade e de TMC foram de 32,3%, 15,3% e 37,7%, respectivamente. A análise múltipla não apresentou associação significativa após o ajuste pelas variáveis SES, laborativas e de saúde (OR = 0,60; IC95% 0,32-1,10 para sobrepeso e OR = 1,09; IC95% 0,50-2,37 para obesidade). Conclusão Não encontramos associação entre sobrepeso, obesidade e TMC. Entretanto, as prevalências desses eventos na população estudada foram consideradas altas, o que aponta para a necessidade de estratégias de prevenção e promoção da saúde por se tratar de uma população de trabalhadoras envolvidas com o cuidado da população.
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OBJETIVO: Determinar a associao entre ndice de massa corporal (IMC), ndice cintura-quadril e cintura com a prevalncia de hipertenso arterial (HAS) em amostra representativa de 1088 adultos de Porto Alegre, Brasil. MTODOS: Foram considerados hipertensos indivduos com presso sistlica (PAS) > ou = 160mmHg ou diastlica (PAD) > ou = 95mmHg e definidos como obesos aqueles com IMC > ou = 27kg/m, ou com razo cintura/quadril > ou = 0,95 (homens) e > ou = 0,80 (mulheres) ou com cintura > ou = 96cm (homens) e > ou = 92cm (mulheres). RESULTADOS: A obesidade aferida pelo IMC associou-se com a prevalncia de HAS em ambos sexos (RR 1,9, IC 1,0 - 3,2 masculino; RR 2,2, IC 1,3 - 3,8 feminino). Os outros ndices associaram-se, significativamente, apenas nas mulheres. CONCLUSO: IMC > ou = 27,0kg/m associou-se mais, consistentemente, com o risco de HAS. A magnitude similar das associaes dos demais indicadores demonstram sua utilidade na avaliao do risco para hipertenso.
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OBJETIVO: Avaliar a eficcia anti-hipertensiva, efeitos metablicos e tolerabilidade da manidipina no tratamento de hipertensos essenciais estgio I e II com sobrepeso ou obesidade do tipo andride. MTODOS: Em estudo aberto, no comparativo, realizado em 11 centros brasileiros de pesquisa, 102 pacientes de ambos os sexos com sobrepeso ou obesidade central, foram tratados por 12 semanas com manidipina em dose nica diria de 10 a 20mg e avaliadas presso arterial, freqncia cardaca e a presena de eventos adversos. Ao final dos perodos placebo e de droga ativa foram obtidos os valores plasmticos da glicemia de jejum, colesterol total e fraes e triglicrides. Em 12 pacientes foi avaliada a sensibilidade insulina. RESULTADOS: A manidipina reduziu a presso arterial de 15915 / 1025mmHg para 14115 / 908mmHg sem acarretar aumento da freqncia cardaca. A taxa de eficcia foi de 71,9% com 51,1% de normalizao pressrica. No foram observadas alteraes significativas dos parmetros metablicos. A tolerabilidade da manidipina foi muito boa e no final do estudo 87,1% estavam livres de qualquer reao adversa. CONCLUSO: A manidipina constitui opo adequada, altamente eficaz, livre de efeitos metablicos e segura para tratamento de hipertensos estgios I e II com sobrepeso ou obesidade andride.
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OBJETIVO: Avaliar o perfil lipdico de indivduos com sobrepeso e obesidade submetidos avaliao cardiolgica e que no mostraram evidncias de cardiopatia. MTODOS: Amostra com 684 indivduos, 389 (56,9%) mulheres e 295 (43,1%) homens, com idade de 14 a 74 (mdia 40,6) anos, sem evidncias de cardiopatia aps avaliao clnica e anlise do eletrocardiograma, radiografia do trax, teste ergomtrico em esteira e ecocardiograma bidimensional com Doppler. Foi estudado o perfil srico de lpides e glicose quanto ao sexo e faixas do ndice de massa corprea (IMC) - eutrficos at 24,9 Kg/m, sobrepeso 25-29,9 Kg/m e obesos > 30 Kg/m. RESULTADOS: Apresentaram diferena estatisticamente significativa entre os sexos (mdias): glicose (mg/dL) de mulheres 90,2123,13 e homens 95,2828,64 (p<0.001); triglicrides (mg/dL) de mulheres 97,2755,24 e homens 141,4757,06 (p<0,001) e HDL-C (mg/dL) de mulheres 52,6313,92 e homens 4310,88 (p<0,001). O IMC mdio das mulheres foi 26,15 e dos homens 26,33 (p=ns). Na anlise por faixas de IMC houve diferena significativa entre os sexos (p=0,037). Na faixa de sobrepeso e obesidade, apenas as mdias de triglicrides das mulheres mostraram diferena estatisticamente significativa: mulheres com sobrepeso 102,2560,68 mg/dL e obesas 121,6463,57 mg/dL (p=0,034). CONCLUSO: Mulheres sem cardiopatia apresentaram nveis sricos de glicose, triglicrides e HDL-colesterol inferiores aos homens. Em ambos os sexos, as mdias so menores na comparao entre eutrficos e com excesso de peso, e apenas as mdias dos triglicrides das mulheres com sobrepeso e obesidade apresentou diferena significativamente estatstica.
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OBJETIVO: Comparar vrios indicadores antropomtricos de obesidade e identificar dentre eles qual melhor discrimina o risco coronariano elevado (RCE). MTODOS: Estudo de corte transversal, com amostra composta por 968 adultos de 30 a 74 anos de idade, sendo 391 (40,4%) do sexo masculino. Foram construdas diversas curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) e comparadas s reas sob as mesmas entre o ndice de conicidade (ndice C), ndice de massa corporal (IMC), razo circunferncia cintura-quadril (RCCQ), circunferncia de cintura (CC) e RCE. Verificou-se tambm a sensibilidade e especificidade para identificar e comparar o melhor ponto de corte entre os diversos indicadores de obesidade para discriminar o RCE. Foi utilizado intervalo de confiana a 95%. RESULTADOS: A maior rea sob a curva ROC foi encontrada entre o ndice C e RCE, em indivduos do sexo masculino, 0,80 (0,74-0,85), diferindo significativamente dos demais indicadores de obesidade. Em mulheres, a maior rea sob a curva ROC encontrada foi de 0,76 (0,71-0,81), sendo iguais entre ndice C, RCCQ e RCE. CONCLUSO: Esses resultados demonstram que o ndice C e RCCQ so os melhores indicadores de obesidade para discriminar RCE. A CC tem intermedirio poder discriminatrio e o IMC foi o indicador antropomtrico de obesidade menos adequado para discriminar RCE. Estes dados sugerem que os indicadores de obesidade abdominal so melhores para discriminar RCE que os indicadores de obesidade generalizada.
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OBJETIVO: Identificar e propor os melhores pontos de corte da circunferncia da cintura (CCp) para diagnosticar obesidade central numa populao brasileira; compar-los queles recomendados pelo ATPIII (CC-ATPIII) e estimar diferenas nas prevalncias da sndrome metablica (SM) usando os dois critrios. MTODOS: Estudo transversal, realizado em subgrupo populacional de 1.439 adultos, Salvador, Brasil. Foram construdas curvas ROC da circunferncia da cintura (CC) para identificar diabete melito (DM) e obesidade. Valores >60% da sensibilidade e da especificidade da curva ROC e mais prximos entre si foram usados para definir o CCp. A prevalncia da SM foi estimada pelos CCp e pelos CC-ATPIII. RESULTADOS: As 829 mulheres compuseram 57,7% da amostra. Os CCp selecionados foram 84 cm para mulheres e 88 cm para homens. Esses pontos detectaram DM com sensibilidade de 68,7% e 70%, respectivamente, e especificidade de 66,2% e 68,3%. Para obesidade, a sensibilidade e a especificidade foram 79,8% e 77,6% nas mulheres, e 64,3% e 71,6% nos homens. Pelos CC-ATPIII, 88 cm (mulheres) e 102 para (homens), as sensibilidades foram de 53,3% e 26,5%, para diagnosticar DM. Para obesidade, a sensibilidade foi 66,5% (mulheres) e 28,6% (homens). A prevalncia da SM, pelos CCp foi 23,7%, IC 95% (21,6 - 25,9) e pelos CC-ATPIII de 19,0%, IC 95% (17,1- 20,9), 1,2 vezes maior pelo CCP. CONCLUSO: As CC-ATPIII foram inapropriados e subestimam a prevalncia da SM nessa populao, particularmente entre os homens. Sugerimos que os pontos de corte da CC de >84 cm nas mulheres e > 88 cm nos homens sejam testados em outras populaes brasileiras.
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Os autores descrevem um caso de paciente de 68 anos de idade, portadora de lpus eritematoso sistmico de longa data, bem como de obesidade mrbida com ndice de massa corporal muito elevada, que veio a apresentar quadro de insuficincia coronariana aguda decorrente de sndrome de Takotsubo.
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OBJETIVO: Avaliar a relao da obesidade central, hiperinsulinemia e hipertenso arterial (HA) com a massa e a geometria do ventrculo esquerdo em mulheres. MTODOS: Foram avaliadas 70 mulheres (35 a 68 anos), divididas em quatro grupos de acordo com a presena de obesidade central e hipertenso arterial. Determinou-se a rea de gordura visceral. A glicose e insulina plasmticas foram determinadas antes e 2 h aps uma sobrecarga oral de 75 g de glicose. Realizada avaliao cardiolgica. RESULTADOS: Comparado ao grupo NT-OB, o grupo HT-OB apresentou insulinemia mais elevada no TOTG de 2 h (127,5 73,0 vs 86,8 42,7 U/ml; p = 0,05) e menor relao onda E/A (0,8 0,1 vs 1.2 0,3; p < 0,05). Comparado ao grupo NT-NO, o grupo HT-NO apresentou insulinemia elevada antes da sobrecarga de glicose (7,46 3,1 vs 4,32 2,1 U/ml; p < 0,05), maior ndice HOMA-r (1,59 0,72 vs 0,93 0,48 mmol.mU/l; p = 0,006), maior leptinemia (19,1 9,6 vs 7,4 3,5 ng/ml; p = 0,028), maior rea de GV (84,40 55,7 vs 37,50 23,0 cm; p = 0,036), maior EDSIV (9,6 1,2 vs 8,2 1,7 mm; p < 0,05) e maior MVE/alt (95,8 22,3 vs 78,4 15,5 g/m; p < 0.05). Uma anlise de regresso linear mltipla revelou impacto da idade, IMC e glicemia de jejum sobre MVE/altura (R = 0,59; p<0,05). CONCLUSO: Nossos resultados indicam uma associao entre HA, obesidade central e hipertrofia ventricular esquerda, resultante de ativao simptica e resistncia insulina.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto do tratamento da obesidade nas adipocitocinas, na protena C-reativa (PCR) e na sensibilidade insulina em pacientes hipertensas com obesidade central. MTODOS: O estudo foi realizado a partir do banco de dados e de amostras estocadas de soro de pacientes submetidas previamente a um estudo para tratamento de obesidade. Foram selecionadas 30 mulheres hipertensas, com idade entre 18 e 65 anos, ndice de massa corprea (IMC) > 27 kg/m², com distribuio central de gordura. As pacientes foram aleatoriamente submetidas a dieta hipocalrica e orlistat 120 mg trs vezes por dia ou apenas a dieta hipocalrica, durante 16 semanas. As pacientes que apresentaram perda de peso superior a 5% (n = 24) foram avaliadas em relao a nveis pressricos, valores antropomtricos, gordura visceral, ndices de resistncia (HOMA-R - homeostasis model assessment of insulin resistance) e de sensibilidade insulina (ISI - Insulin Sensitivity Index), perfil lipdico, e dosagens das adipocitocinas (adiponectina, leptina, IL-6 e TNF-a) e de PCR. RESULTADOS: Aps reduo do IMC de cerca de 8% em ambos os grupos, foi verificada diminuio de gordura visceral, glicemia de jejum, triglicrides e TNF-a. Apenas o grupo orlistat, que inicialmente era mais resistente insulina, apresentou reduo significativa da glicemia ps-sobrecarga oral de glicose e aumento da sensibilidade insulina. CONCLUSO: Os achados deste estudo indicam que a perda de peso superior a 5% se associa melhora do perfil inflamatrio e reduo da resistncia insulina, a qual ocorreu de maneira independente das variaes de adiponectina e de TNF-a. Os maiores benefcios na sensibilidade insulina obtidos no grupo orlistat no puderam ser atribudos ao uso do medicamento em virtude da maior concentrao de indivduos resistentes insulina nesse grupo.