137 resultados para Norma IEEE1451.0
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os avanços na Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes no período de 1988 a 2002, comparando seus diferentes textos entre si e com o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, cujos dados foram obtidos em documentos, relatórios, portarias e resoluções do Ministério da Saúde. As versões utilizadas na comparação foram a de 1992 e a de 2002. RESULTADOS: A análise comparativa permitiu identificar importantes avanços na legislação. Em 1992, foram incluídos os leites fluídos, em pó, as chupetas e frases de advertência na propaganda e na rotulagem dos produtos. Em 2002, a regulamentação dos produtos foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fortalecendo a ação de fiscalização e incluindo a regulamentação dos alimentos para crianças de primeira infância, fórmulas de nutrientes indicadas para recém-nascido de alto risco e protetores de mamilo. As frases utilizadas na promoção comercial e na rotulagem dos produtos, inclusive de chupetas e mamadeiras, passaram a ser de advertência do Ministério da Saúde. A rotulagem foi definida para cada tipo de produto, baseada em regras mais restritas. CONCLUSÕES: Foram identificadas importantes modificações no controle do marketing dos produtos dirigidos à mãe no período de lactação. No entanto, ainda há questões legislativas que possibilitariam o aprimoramento da norma brasileira, visando à proteção do aleitamento materno. É necessário também que o governo implante rotinas de monitoramento sistemático de fiscalização dessa legislação.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalência e descrever a distribuição do tracoma entre escolares em municípios brasileiros.MÉTODOS: Estudo de corte transversal, usando amostragem por conglomerados, da população escolar dos municípios brasileiros com Índice de Desenvolvimento Humano-Municipal menor que a média nacional. O inquérito de prevalência de tracoma foi realizado pelo Ministério da Saúde entre 2002 e 2007. Foram selecionados 119.531 alunos de 2.270 escolas localizadas em 1.156 municípios. Os alunos foram submetidos ao exame ocular externo, com lupa (2,5X), para detecção de sinais clínicos de tracoma segundo critérios da OMS. Estimou-se a prevalência de tracoma segundo estado e em nível nacional, e seus respectivos intervalos de 95% de confiança. Para a comparação de variáveis categóricas foram usados os testes do Qui-quadrado e do Qui-quadrado de tendência linear.RESULTADOS: Foram detectados 6.030 casos de tracoma, resultando em prevalência de 5,0% (IC95% 4,5;5,4). Não foi encontrada diferença significante entre os sexos. A prevalência de tracoma foi de 8,2% entre menores de cinco anos de idade, diminuindo nas faixas etárias mais altas (p < 0,01). Houve diferença significante entre as prevalências de tracoma na zona urbana e rural, 4,3% versus 6,2%, respectivamente (p < 0,01). Foram detectados casos em 901 municípios (77,7% da amostra), em todas as regiões do País. Em 36,8% dos municípios selecionados a prevalência foi superior a 5%.CONCLUSÕES: O estudo mostra que o tracoma é um importante problema de saúde pública no Brasil, contradizendo a crença de que a endemia estaria controlada no País. O inquérito realizado apresenta uma linha de base para avaliação das intervenções planejadas com vistas ao alcance da meta mundial de certificação da eliminação do tracoma como causa de cegueira no Brasil, até 2020.
Resumo:
OBJETIVO Validar a versão em português do World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). MÉTODOS A versão original de 36 itens do WHODAS 2.0, administrada por entrevista, foi traduzida para o português de acordo com orientações internacionais e testada em nove participantes da população em geral. A versão em português foi administrada em 204 pacientes com patologia musculoesquelética. Foram coletados os dados sociodemográficos e de saúde dos pacientes, assim como o número de locais onde apresentavam dor e sua intensidade. O WHODAS 2.0 foi novamente administrado por um segundo entrevistador, um a três dias após a primeira entrevista, para avaliar a confiabilidade interavaliadores. A validade de constructo foi avaliada quanto a: capacidade do WHODAS 2.0 para diferenciar participantes com diferentes locais com dor e associação entre o WHODAS 2.0 e a intensidade da dor. A consistência interna também foi avaliada. RESULTADOS A versão portuguesa do WHODAS 2.0 teve fácil compreensão, apresentou boa consistência interna (α = 0,84) e confiabilidade interavaliadores (CCI = 0,95). Mostrou ser capaz de detectar diferenças estatisticamente significativas entre indivíduos com diferente número de locais com dor (p < 0,01) e indicar que maior incapacidade está associada à maior intensidade da dor (r = 0,44, p < 0,01), indicando validade de constructo. CONCLUSÕES A versão portuguesa do WHODAS 2.0 mostrou-se confiável e válida quando utilizada em pacientes com dor associada à patologia musculoesquelética.
Resumo:
De junho/1987 a julho/1990 foram estudadas 557 amostras fecais de crianças hospitalizadas de 0-5 anos de idade, na cidade de Goiânia-GO., para detecção de rotavírus e adenovírus. Destas, 291 provinham de crianças diarréicas e 266 de não diarréicas. Das amostras não diarréicas, 64 eram provenientes de crianças de berçário. Das 557 amostras, 261 foram analisadas pela imunomicroscopia eletrônica (IME), eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA-SDS) e ensaio imunoenzimático para rotavírus e adenovírus (EIARA) e as demais apenas pela EGPA e EIARA. Rotavírus e adenovírus mostraram positividade de 17,2% e 2,1% respectivamente, e na condição de diarréia ou não, observou-se percentuais de 29,2% e 4,1% respectivamente para rotavírus (p<0,05) e 2,4% e 1,5% para adenovírus. Rotavírus foram mais prevalentes entre as crianças de 1-11 meses de idade e não foram vistos em nenhum recém-nato de berçário. Os adenovírus ocorreram na faixa de 1-3 anos. Rotavírus apresentaram maior circulação entre os meses de maio a agosto (p<0,05), não sendo encontrados de dezembro a fevereiro.
Resumo:
Children under five years of age, from two communities of different socio-economic strata (97 from Zaiman and 55 from Las Dolores) were examined epidemiologically during 2 years, by means of quarterly visits of the working team, who carried out the collection of faecal samples. During the study, one or more enteropathogens were identified in 73.9% of samples in children from Zaiman and in 58.3% of the samples from Las Dolores, being associated to diarrhoea in 70.5% and to asymptomatic infections in 65.7%. The number of diarrheic episodes was higher in Zaiman (15.45%) than in Las Dolores (12.35%), being more frequent in the spring-summer seasons. In Zaiman, the bacterial enteropathogen proportion was relevantly higher (p< 0.005) in children with diarrhoea, whereas the presence of parasites was more frequent in asymptomatic children (p< 0.01). Rotavirus had an even distribution within diarrheic and asymptomatic children. In Las Dolores, no relevant differences were found in the detection of enteroparasites between diarrheic and asymptomatic children. Mixed infections were detected; enterotoxigenic Escherichia coli (ETEC)-rotavirus and ETEC-parasites being the most frequent ones. ETEC was involved in 85% of these infections. These data, together with the high enteropathogen carriage, suggest an elevated level of environmental contamination. The latter plays an important role in diarrheic diseases, and added to the most extreme poverty, it affects children's lives.
Resumo:
The analysis of 58 patients with chronic hepatitis C without cirrhosis and treated with interferon-alpha demonstrated that hepatitis C viral (HCV) load does not correlate with the histological evolution of the disease (p = 0.6559 for architectural alterations and p = 0.6271 for the histological activity index). Therefore, the use of viral RNA quantification as an evolutive predictor or determinant of the severity of hepatitis C is incorrect and of relative value. A review of the literature provided fundamental and interdependent HCV (genotype, heterogeneity and mutants, specific proteins), host (sex, age, weight, etc) and treatment variables (dosage, time of treatment, type of interferon) within the broader context of viral kinetics, interferon-mediated immunological response (in addition to natural immunity against HCV) and the role of interferon as a modulator of fibrogenesis. Therefore, viral load implies much more than numbers and the correct interpretation of these data should consider a broader context depending on multiple factors that are more complex than the simple value obtained upon quantification.
Resumo:
During the year of 2001, a retrospective, descriptive study in order to determine the influence of the antiretroviral therapy received by 111 HIV-HCV coinfected patients who had undergone at least one liver biopsy was conduced, 74 of them were treated with a protease inhibitor regimen (WPI), and 37 with a non-protease inhibitor regimen (NPI). The main characteristics found were: a young patient population (mean age 41 years old in both groups), composed in most part of male individuals (74.3% WPI and 51.4% NPI) with previous risk factors for both infections (WPI 93.2% and NPI 89.2%). The most significant findings included AIDS-defining disease (WPI 18.9% and NPI 13.5% of the cases), elevated hepatic enzyme levels (WPI: SGOT 52.1 and NPI 53.2), absence of liver disease-related symptoms (16.2% for both groups), average CD4 count > 350 for both groups (WPI 362.2 and NPI 378.1), predominantly low-grade fibrosis in both populations (0-2 in 63.6% of WPI patients and in 80% of NPI patients), with necro-inflammatory activity ranging from 5-7 in 51.3% and 42.9% of WPI patients and NPI patients, respectively. It is suggested a sequential biopsy to better evaluate the evolution of the hepatic disease, according to the HAART regimen received.
Resumo:
Hepatitis C virus infection evolves progressively persisting in the majority of patients (85%). Most patients have high ALT (alanine aminotransferase) levels and approximately 25% normal ALT. The latter are usually female and there is no association between genotype and severity of hepatic lesion. Histologic analysis usually shows small lesion and absence or low amount of fibrosis, despite cirrhosis having been reported. Aiming at assessing prevalence, demographic, genotypical and anatomopathological characteristics in patients with normal ALT levels, we have carried out a study of 68 chronic hepatitis C patients between January 1997 and April 2000. There was a prevalence of 13.8% chronic hepatitis C patients with normal ALT levels, 45.6% of which were male and 54.4% female, the mean age being 38 +/- 13 years. We found a predominance of genotype 1 in 84.7% of the patients, genotype 2 in 6.8% and genotype 3 in 10.7%. In 52.9% of the cases liver biopsies revealed liver reaction, periportal activity score 0-1 was observed in 85.3% of the patients and score 2-4 was seen in 14.7%. Structural activity score 0-1 was seen in 73.5% of the patients and score 2-4 in 26.5% of them. Periportal activity > 2 and structural activity > 1 was seen in 29%, but steatosis was not seen in 73.5%. Our results suggest the need to revisit for liver biopsy practice in patients with Chronic Hepatitis C and normal transaminases.
Resumo:
We conducted an analytical cross-sectional survey to estimate the prevalence of and factors associated with active head lice infestation. In total 140 children, aged 6 to 16-years, from a public school in rural Yucatan, Mexico, were examined by wet-combing. A structured questionnaire was used to collect information on individuals and the conditions in the surrounding environment. Head lice infestation was found in 19 out of the 140 children tested (13.6%) and this was associated with both lower income (OR 9.9, 95% CI 2.15-45.79, p = 0.003) and a higher frequency of hair washing (OR 8, 95% CI 1.58-50, p = 0.012). Intersectoral control programs that take into account the socioeconomic differences of children should be implemented.
Resumo:
The aims of this study were to compare the detection of human herpesviruses (HHVs) in the saliva of HIV-infected and healthy control children, and to evaluate associations between viral infection and gingivitis and immunodeficiency. Saliva samples were collected from 48 HIV-infected and 48 healthy control children. Clinical and laboratory data were collected during dental visits and from medical records. A trained dentist determined gingival indices and extension of gingivitis. Saliva samples were tested for herpes simplex virus types 1 and 2 (HSV-1 and HSV-2), varicella zoster virus (VZV), Epstein-Barr virus (EBV), and cytomegalovirus (CMV) by nested polymerase chain reaction assays. Thirty-five HIV-infected and 16 control children had gingivitis. Seventeen (35.4%) HIV-infected children and 13 (27%) control children were positive for HHVs. CMV was the most commonly detected HHV in both groups (HIV-infected, 25%; control, 12.5%), followed by HSV-1 (6.2% in both groups) and HSV-2 (HIV-infected, 4.2%; control, 8.3%). The presence of HHVs in saliva was not associated with the presence of gingivitis in HIV-1-infected children (p = 0.104) or healthy control children (p = 0.251), or with immunosuppression in HIV-infected individuals (p = 0.447). Gingivitis was correlated with HIV infection (p = 0.0001). These results suggest that asymptomatic salivary detection of HHVs is common in HIV-infected and healthy children, and that it is not associated with gingivitis.
Resumo:
O efeito adverso da primaquina na dose de 0,50mg/kg/dia foi investigado em onze pacientes com malária vivax (três com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase). Alterações clínicas e laboratoriais indicaram hemólise aguda apenas nos enzimopênicos, o que fez com que o tratamento fosse interrompido. Nossos resultados sugerem a necessidade do emprego de um teste de triagem para a deficiência de G6PD em áreas endêmicas de malária vivax a fim de se evitar complicações causadas pelo uso da primaquina.
Resumo:
Para caracterizar a clínica da leishmaniose tegumentar em crianças de 0 a 5 anos de idade, foram avaliadas, retrospectivamente, 4.464 fichas clínicas do Centro de Saúde de Corte de Pedra, Presidente Tancredo Neves, Bahia, Brasil, área endêmica de leishmaniose tegumentar americana, entre maio de 1987 e dezembro de 1995. Foram registrados neste período 4.275 casos novos de leishmaniose, dos quais, 491 (11,5%) correspondiam a crianças de 0 a 5 anos. A razão entre gênero masculino e feminino nas crianças foi 1,1:1. A forma clínica predominante foi a cutânea (98%) e as lesões ulceradas foram as mais freqüentes (99%). A localização das lesões ocorreu, principalmente, acima da cintura (p<0,05), e 35,5% apresentaram lesões múltiplas. A magnitude da doença em crianças, a freqüência semelhante observada em ambos os gêneros e a localização das lesões sugere a possibilidade de transmissão vetorial no domicílio ou peridomicílio.