21 resultados para NEUTROPENIA


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Foram revisados casos de intoxicação por samambaia (Pteridium aquilinum) em bovinos de 10 pequenas propriedades rurais de sete municípios da Região Central do Rio Grande do Sul. O estudo abrangeu 6.256 necrospias de bovinos realizadas num período de 43 anos e incluiu 15 necropsias de bovinos que morreram em conseqüência da intoxicação aguda por samambaia. As taxas de morbidade e mortalidade foram 17,9% e a letalidade era virtualmente de 100%. Em 40% das propriedades a doença ocorreu em pequenos surtos afetando vários bovinos; em 60% das propriedades apenas um bovino era afetado. Os principais sinais clínicos incluíam febre (40-42ºC), apatia, salivação e hemorragias, principalmente pelas gengivas, pela cavidade nasal e pelo trato gastrintestinal. Múltiplas petéquias eram observadas nas mucosas e na pele. Ocasionalmente observou-se hematúria e sangue no leite. A doença era invariavelmente fatal após um curso clínico de dois dias. Alterações hematológicas consistiam de leucopenia por neutropenia, anemia normocítica normocrômica e trombocitopenia arregenerativa. Os achados de necropsia incluíam hemorragias de intensidade variável em vários órgãos e infartos no fígado. Tanto as hemorragias quanto os infartos foram confirmados histologicamente; agregados de bacilos e vasos trombosados foram observados em associação com os infartos. Aplasia da medula óssea era um achado consistente nos quatro casos em que esse órgão foi examinado.

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Este experimento foi delineado para investigar os seguintes pontos em relação à intoxicação aguda por samambaia (Pteridium aquilinum) em bovinos: 1) a intensidade da trombocitopenia em diferentes momentos da intoxicação e sua relação com possíveis déficits na hemostasia secundária, 2) a relação da neutropenia com as manifestações morfológicas de septicemia ocasionalmente observadas na necropsia, e 3) o mecanismo da anemia e sua relação com a perda de sangue, a vida média eritróide e a evolução da doença. As hastes superiores mais verdes de P. aquilinum foram administradas a quatro bovinos sem raça definida, com idade média de 1,5 ano e pesos entre 190-215 kg. Um bovino de idade e peso semelhantes foi usado como controle e, exceto por não ter recebido P. aquilinum, foi mantido nas mesmas condições que os outros quatro. Os quatro bovinos que receberam a planta morreram com quadro característico da intoxicação aguda por samambaia após receberem durante 53-58 dias, doses diárias de 8,0, 8,6, 10,2 e 10,6g/kg de peso corporal, que totalizaram, ao final do experimento, respectivamente, 112,7, 107,6, 85,7, 90,15 kg da planta, o que corresponde, respectivamente, a 59,3%, 63,3%, 47,4%, 47,5% da planta em relação ao peso dos bovinos. A doença caracterizou-se por febre de até 42,5°C e diversos graus de hemorragias observadas clinicamente, na necropsia e na histopatologia. A morte ocorria 6-7 dias após o início do quadro febril. As alterações hematológicas revelaram trombocitopenia e neutropenia acentuadas. Em dois dos quatro bovinos havia anemia leve. Não houve variações significativas nos tempos de coagulação dos bovinos intoxicados, quando avaliados os fatores de coagulação (secundária), excluindo-se assim a possibilidade da participação de distúrbios da hemostasia secundária na patogênese das hemorragias nessa intoxicação. A determinação dos produtos da degradação da fibrina no soro revelou dados conflitantes, não permitindo concluir se a coagulação intravascular disseminada tem participação na patogênese das hemorragias nessa intoxicação. A citopatologia e histopatologia da medula óssea dos quatro bovinos intoxicados revelaram acentuada diminuição no número de células hematopoéticas das três linhagens medulares, caracterizando insuficiência medular por aplasia; conclui-se que apenas eventos da hemostasia primária devidos a trombocitopenia são responsáveis pelas hemorragias. Na hemocultura de três dos bovinos intoxicados houve crescimento de Klebsiella oxytoca, Staphylococcus hyicus e Staphylococcus aureus, indicando que a septicemia, facilitada pela neutropenia, pode ter participação na causa da morte de bovinos na intoxicação aguda pela ingestão de P. aquilinum. Aspectos adicionais de interesse na reprodução da intoxicação aguda por samambaia em bovinos deste relato incluem o desenvolvimento de hematúria na doença aguda e a apresentação da chamada forma laríngea da doença.

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A infecção dos felinos pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) resulta no desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência dos felinos. Gengivite, perda de peso, linfadenomegalia generalizada, anemia, insuficiência renal crônica, complicações neurológicas, diarréia crônica e infecções bacterianas são encontradas frequentemente. A fase aguda da infecção pode ser assintomática, retardando o estabelecimento do diagnóstico e a implantação de medidas profiláticas para restringir o contágio e a transmissão do agente aos felinos suscetíveis. Com a finalidade de estudar as características clínicas da fase aguda da infecção, dez felinos jovens, sem definição racial, com oito meses de idade foram inoculados por via endovenosa com 1mL de sangue venoso de um gato portador do FIV subtipo B. A confirmação da infecção foi obtida através de teste sorológico em quatro e oito semanas pós-inoculação (p.i.) e por nested-PCR. Foram realizados hemogramas semanais, exame ultrassonográfico do abdômen quinzenais e exame oftalmológico mensal, durante doze semanas p.i. Discreta tendência a linfopenia na segunda semana p.i. e a neutropenia entre a quinta e sétima semana p.i., febre intermitente em alguns gatos, linfadenomegalia e hepato-esplenomegalia entre a quarta e a 12ª semana p.i. foram as alterações clínicas observadas. Apenas um gato apresentou uveíte unilateral direita. A fase aguda da infecção transcorreu com alterações clínicas inespecíficas. A linfadenomegalia e a hepato-esplenomegalia observadas no decorrer da infecção, refletindo hiperplasia linfóide, sugerem a necessidade de se realizar o teste sorológico para o FIV, em todos os gatos que se apresentarem com essas alterações, o que permitirá o diagnóstico precoce da infecção e a adoção de medidas profiláticas no sentido de minimizar a propagação da infecção.

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Transplantation of mobilized peripheral blood stem cells (PBSC) for rescue of bone marrow function after high-dose chemo-/radiotherapy is widely used in hematologic malignancies and solid tumors. Mobilization of stem cells to the peripheral blood can be achieved by cytokine treatment of the patients. The main advantage of autologous PBSC transplantation over bone marrow transplantation is the faster recovery of neutrophil and platelet counts. The threshold number of PBSC required for adequate rescue of bone marrow is thought to be about 2 x 106 CD34+ cells/kg, if the stem cells are collected by leukapheresis and subsequently cryopreserved. We show that this critical number could be further reduced to as few as 0.2 x 106 cells/kg. In 30 patients with multiple myeloma and 25 patients with bad risk lymphoma 1 liter of granulocyte colony-stimulating factor (G-CSF)-mobilized unprocessed whole blood (stored at 4oC for 1-3 days) was used for transplantation. Compared to a historical control group, a significant reduction in the duration of neutropenia, thrombocytopenia and the length of hospital stay was documented. Furthermore, the effect of stem cell support was reflected by a lower need for platelet and red cell transfusions and a reduced antibiotic use. Considering the data as a whole, a cost saving of about 50% was achieved. To date, this easy to perform method of transplantation is only feasible following high-dose therapies that are completed within 72 h, since longer storage of unprocessed blood is accompanied by a substantial loss of progenitor cell function. Ongoing investigations include attempts to prolong storage times for whole blood

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The epidemiology of bacteremia developing during neutropenia has changed in the past decade, with the re-emergence of Gram-negative (GN) bacteria and the development of multidrug resistance (MDR) among GN bacteria. We conducted a case-control study in order to identify factors associated with bacteremia due to multidrug-resistant Gram-negative (MDRGN) isolates in hematopoietic stem cell transplant recipients. Ten patients with MDRGN bacteremia were compared with 44 patients with GN bacteremia without MDR. Bacteremia due to Burkholderia or Stenotrophomonas sp was excluded from analysis (3 cases), because the possibility of intrinsical resistance. Infection due to MDRGN bacteria occurred in 2.9% of 342 hematopoietic stem cell transplant recipients. Klebsiella pneumoniae was the most frequent MDRGN (4 isolates), followed by Pseudomonas aeruginosa (3 isolates). Among non-MDRGN, P. aeruginosa was the most frequent agent (34%), followed by Escherichia coli (30%). The development of GN bacteremia during the empirical treatment of febrile neutropenia (breakthrough bacteremia) was associated with MDR (P < 0.001, odds ratio = 32, 95% confidence interval = 5_190) by multivariate analysis. Bacteremia due to MDRGN bacteria was associated with a higher death rate by univariate analysis (40 vs 9%; P = 0.03). We were unable to identify risk factors on admission or at the time of the first fever, but the occurrence of breakthrough bacteremia was strongly associated with MDRGN bacteria. An immediate change in the antibiotic regimen in such circumstances may improve the prognosis of these patients.

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Levamisole has been increasingly used as an adulterant of cocaine in recent years, emerging as a public health challenge worldwide. Levamisole-associated toxicity manifests clinically as a systemic vasculitis, consisting of cutaneous, hematological, and renal lesions, among others. Purpura retiform, cutaneous necrosis, intravascular thrombosis, neutropenia, and less commonly crescentic nephritis have been described in association with anti-neutrophil cytoplasmic antibodies (ANCAs) and other autoantibodies. Here we report the case of a 49-year-old male who was a chronic cocaine user, and who presented spontaneous weight loss, arthralgia, and 3 weeks before admission purpuric skin lesions in the earlobes and in the anterior thighs. His laboratory tests on admission showed serum creatinine of 4.56 mg/dL, white blood count 3,800/μL, hemoglobin 7.3 g/dL, urinalysis with 51 white blood cells/μL and 960 red blood cells/μL, and urine protein-to-creatinine ratio 1.20. Serum ANCA testing was positive (>1:320), as well as serum anti-myeloperoxidase and anti-proteinase 3 antibodies. Urine toxicology screen was positive for cocaine and levamisole, with 62.8% of cocaine, 32.2% of levamisole, and 5% of an unidentified substance. Skin and renal biopsies were diagnostic for leukocytoclastic vasculitis and pauci-immune crescentic glomerulonephritis, respectively. The patient showed a good clinical response to cocaine abstinence, and use of corticosteroids and intravenous cyclophosphamide. Last serum creatinine was 1.97 mg/dL, white blood cell count 7,420/μL, and hemoglobin level 10.8 g/dL. In levamisole-induced systemic vasculitis, the early institution of cocaine abstinence, concomitant with the use of immunosuppressive drugs in severe cases, may prevent permanent end organ damage and associate with better clinical outcomes.