90 resultados para Mordida aberta anterior
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a história de rastreamento citológico anterior em mulheres que apresentaram alterações citológicas e confirmação histológica para câncer cervical. MÉTODOS: Estudo transversal com 5.485 mulheres (15-65 anos) que se submeteram a rastreamento para o câncer cervical entre fevereiro de 2002 a março de 2003, em São Paulo e Campinas, SP. Aplicou-se questionário comportamental e foi feita a coleta da citologia oncológica convencional ou em base líquida. Para as participantes com alterações citológicas indicou-se colposcopia e, nos casos anormais, procedeu-se à biópsia cervical. Para investigar a associação entre as variáveis qualitativas e o resultado da citologia, utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Dentre os resultados citológicos, 354 (6,4%) foram anormais, detectando-se 41 lesões intra-epitelial escamosa de alto grau e três carcinomas; em 92,6% revelaram-se normais. De 289 colposcopias realizadas, 145 (50,2%) apresentaram alterações. Dentre as biópsias cervicais foram encontrados 14 casos de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 e quatro carcinomas. Referiram ter realizado exame citológico prévio: 100% das mulheres com citologia compatível com carcinoma, 97,6% das que apresentaram lesões intra-epiteliais de alto grau, 100% daquelas com confirmação histológica de carcinoma cervical, e 92,9% das mulheres com neoplasia intra-epitelial cervical grau 3. A realização de citologia anterior em período inferior a três anos foi referida, respectivamente, por 86,5% e 92,8% dessas participantes com alterações citológicas e histológicas. CONCLUSÕES: Entre as mulheres que apresentaram confirmação histológica de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 ou carcinoma e aquelas que não apresentaram alterações histológicas não houve diferença estatisticamente significante do número de exames citológicos realizados, bem como o tempo do último exame citológico anterior.
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OBJETIVO: Analisar os fatores determinantes do acesso de adolescentes gestantes a serviços de atenção primária à saúde, anterior à ocorrência da gestação. MÉTODOS: Estudo transversal baseado em referencial teórico. O acesso a serviços foi analisado em cinco dimensões: geográfico, econômico, administrativo, psicossocial e de informação. Participaram 200 adolescentes primigestas (10 a 19 anos) atendidas em uma unidade básica de saúde do município de Indaiatuba (SP), em 2003. Um questionário com perguntas abertas e fechadas referentes ao acesso ao último serviço de saúde utilizado, anterior à gestação, foi aplicado às participantes no momento de sua primeira consulta de pré-natal. Os dados foram analisados por meio do teste de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e por regressão logística múltipla, considerando as cinco dimensões de acesso. RESULTADOS: Mais da metade (63,7%) das adolescentes utilizou algum serviço de saúde para consulta ginecológica. Entre as que nunca consultaram um ginecologista, as justificativas dadas foram falta de informação (43,8%) ou sentimento de medo ou vergonha (37,0%). A principal dificuldade de acesso ao serviço esteve relacionada a barreiras psicossociais, identificadas por 77,0% das adolescentes. CONCLUSÕES: Entre as barreiras de acesso ao serviço de saúde, foram significativas apenas as psicossociais. São necessárias novas estratégias para facilitar o acesso ao serviço de saúde às adolescentes, incluindo ações que diminuam as barreiras de gênero e que se considerem suas características sociodemográficas e o vínculo com seus parceiros.
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The purpose of this study was to assess the flexor-extensor group of muscles of the knee in young athletes diagnosed with a total rupture of the anterior cruciate ligament (ACL). Eighteen knees of 18 athletes (14 men and 4 women) with an average age of 21.6 years (range 16-32 years) were assessed with a Cybex 6000 model isokinetic apparatus. The average interval between occurrence of the injury and assessment was 10.2 months (range 2 - 48 months). There was an associated meniscal injury in eight of the knees. Athletes with any other kind of associated injury, limitation, or blockage of the movement of the joint, significant pain during the exam, or interval between injury and exam of less than two months were excluded from the study. The parameters studied were the peak torque-velocity and flexor-extensor relationships at the constant angular velocities of 60°/sec and 240°/sec. Previous warming-up was done by means of an ergometric bicycle and adaptation with 3 submaximal repetitions. The contra-lateral side, which presented no injury, was used as control. Peak torque (PT) at the constant velocity of 60°/sec was greater than that at 240°/sec for knees with and without injuries. However, there was no significant difference between the injured and uninjured sides at 60°/sec or at 240°/sec. The average value for the flexor-extensor relationship at 60°/sec on the injured was 60% (( 6), compared to 57% (( 10) on the contra-lateral side. At 240°/sec, the average value was 75% ((10) on the injured side, and 65% ((12) on the contra-lateral side. In conclusion, despite the complete rupture of the ACL of one knee, the average values for the flexor-extensor relationship were similar on the injured and uninjured sides at the velocity of 60°/sec. As the velocity increased, an increase in the values for the flexor-extensor relationship of the knee also occurred, indicating a tendency of the performance of the flexor muscle group to approach that of the extensor muscle group, and this tendency was more pronounced on the side of the injury.
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O objetivo deste estudo foi testar e selecionar modelos que expressam o volume com e sem casca e determinar o fator de forma e a porcentagem de casca para uma área de floresta ombrófila aberta na região noroeste de Mato Grosso. Foi realizada a cubagem rigorosa de 91 árvores para a obtenção do diâmetro, espessura de casca, altura total do fuste e volume sólido. Dez modelos volumétricos foram testados, sendo que para a seleção do melhor modelo foram usadas as estatísticas do coeficiente de determinação ajustado, erro padrão da estimativa, seguida da análise de resíduos e distribuição gráfica dos resíduos. Os modelos selecionados foram validados pela aplicação do teste L&O. O fator de forma médio obtido foi de 0,7424 e 0,7297 com e sem casca, respectivamente. O volume médio de casca foi de 0,4292 m³ (7,45% do volume total). O modelo de Schumacher-Hall foi o que melhor se ajustou aos dados de volumes com e sem casca.
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Esta pesquisa teve por objetivo estudar o incremento em diâmetro, área basal e volume, o ingresso e a mortalidade de uma floresta ombrófila aberta/estacional no município de Marcelândia. Os dados são provenientes de 69 parcelas permanentes instaladas e medidas em 2001 e remedidas em 2003 e 2007. Foram avaliados o número de indivíduos e os incrementos em diâmetro, área basal e volume para o período de 2001 a 2007. O ingresso foi determinado como sendo as árvores que atingiram ou ultrapassaram o diâmetro de 17 cm. A mortalidade foi calculada pela soma de todas as árvores com diâmetro igual ou superior a 17 cm encontradas mortas em cada medição. No período considerado de seis anos, teve como resultado para o incremento em diâmetro, área basal e volume respectivamente, 0,34 cm; 0,22 m².ha-1 e 2,11 m³.ha-1. Os valores médios para as taxas de mortalidade e ingresso foram, respectivamente, 0,78% e 0,30%.
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OBJETIVO: Avaliar o papel da doença arterial coronária (DAC) com comprometimento da artéria descendente anterior (ADA) na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) e sua repercussão na evolução, visto ser controverso o significado da necrose e fibrose do septo interventricular (SIV) nesta cardiomiopatia. MÉTODOS: Entre 158 pacientes com CMH, selecionamos 6 (3,79%) com CMH e DAC com lesão obrigatória de ADA, sendo 4 homens, entre 52 e 70 (x= 65,16) nos, 4 com a forma obstrutiva da CMH. O tempo de diagnóstico da CMH foi de 78 a 182 (x=141) meses e da DAC de 1 dia a 106 (x= 42) meses. Os pacientes foram acompanhados com avaliações clínicas e exames complementares periódicos. RESULTADOS: A forma de apresentação da DAC foi em 5 com angina instável e um com infarto do miocárdio. A ADA estava comprometida entre 60 a 100%, sendo em um lesão única e nos 5 restantes com lesão em 2 ou mais vasos. Na evolução, 3 foram submetidos a revascularização miocárdica (RM), um associada a miomectomia septal, um a angioplastia e 2 somente a tratamento clínico. No período de observação de 76 a 124 meses após o diagnóstico da DAC, ocorreu um óbito. No fim do estudo observamos redução nos valores médios do SIV de 1,53 para 1,40cm, gradiente de pressão entre o corpo e a via de saída do ventrículo esquerdo (VE) de 56 para 15,75mmHg, com discreto aumento no diâmetro diastólico do VE de 4,55 para 4,85cm e do diâmetro sistólico de 2,83 para 3,13cm, sem alterar a dimensão do átrio esquerdo (4,13cm). CONCLUSÃO: A DAC da ADA é bem tolerada na CMH septal assimétrica, participando do processo fibrótico septal e melhorando o desempenho cardíaco, não representando problema adverso na evolução da CMH.
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OBJETIVO: Avaliar o valor do ecocardiograma Doppler(ECO) transtorácico na identificação de perviabilidade da anastomose entre artéria torácica interna esquerda (ATIE) e interventricular anterior, realizada pela técnica de revascularização miocárdica pela minitoracotomia sem circulação extracorpórea. MÉTODOS: Estudaram-se os primeiros 12 pacientes, consecutivos, no período de pós-operatório intra-hospitalar pelo ECO, utilizando-se transdutores de 5MHz, pela via paraesternal esquerda, preferencialmente. Foram analisadas velocidades máximas e integrais de velocidade dos componentes sistólico e diastólico das curvas espectrais de fluxo Doppler. Todos pacientes foram submetidos à cinecoronariografia, enquanto hospitalizados. RESULTADOS: O ECO foi exeqüível em 93% dos pacientes. Nos com anastomose pérvia (6/7), observou-se ao estudo Doppler amplo componente diastólico (padrão A). Naqueles com anastomose obstruída (4/4) o padrão observado foi de predomínio sistólico (padrão B) (p=0,003*). CONCLUSÃO: O ECO da ATIE anastomosada com a artéria interventricular anterior, após cirurgia de revascularização miocárdica pela técnica de minitoracotomia, permitiu caracterizar precocemente, com precisão, a perviabilidade da anastomose.
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Double outlet right ventricle (DORV) is a heterogeneous group of abnormal ventriculoarterial connections where, by definition, both great arteries (pulmonary artery and aorta) arise primarily from the morphologically right ventricle. This condition affects 1-1.5% of the patients with congenital heart diseases, with a frequency of 1 in each 10,000 live births. We report the case of an 18-day-old infant with DORV and extremely rare anatomical features, such as anterior and left-sided aorta and subpulmonary ventricular septal defect (VSD). In addition to the anatomic features, the role of the echocardiogram for guiding the diagnosis and the surgical therapy of this congenital heart disease are discussed.
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OBJECTIVE: To assess coronary stent placement in patients with multivessel coronary disease and involvement of the proximal portion of the anterior descending coronary artery. METHODS: We retrospectively analyzed the in-hospital and late evolution of 189 patients with multivessel coronary disease, who underwent percutaneous coronary stent placement. These patients were divided into 2 groups as follows: group I (GI) - 59 patients with involvement of the proximal segment of the anterior descending coronary artery; and group II (GII) - 130 patients without involvement of the proximal segment of the anterior descending coronary artery. RESULTS: No significant difference was observed in the success rate of the procedure (91.5% versus 97.6%, p=0.86), nor in the occurrence of major adverse cardiac events (5.1% versus 1.5%, p=0.38), nor in the occurrence of major vascular complications (1.7% versus 0%, p=0.69) in the in-hospital phase. In the late follow-up, the incidence of major adverse cardiac events (15.4% versus 13.7%, p=0.73) and the need for new revascularization (13.5% versus 10.3%, p=0.71) were similar for both groups. CONCLUSION: The in-hospital and late evolution of patients with multivessel coronary disease with and without involvement of the proximal segment of the anterior descending coronary artery treated with coronary stent placement did not differ. This suggests that this revascularization method is an effective procedure and a valuable option for treating these types of patients.
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OBJECTIVE: To analyze the relationship between myocardial bridges and the anterior interventricular branch (anterior descending) of the left coronary artery. METHODS: The study was carried out with postmortem material, and methods of dissection and observation were used. We assessed the perimeter of the anterior interventricular branch of the left coronary artery using a pachymeter, calculated its proximal and distal diameters in relation to the myocardial bridge, and also its diameter under the myocardial bridge in 30 hearts. We also observed the position of the myocardial bridge in relation to the origin of the anterior interventricular branch. RESULTS: The diameters of the anterior interventricular branch were as follows: the mean proximal diameter was 2.76±0.76 mm; the mean diameter under the myocardial bridge was 2.08±0.54 mm; and the mean distal diameter was 1.98±0.59 mm. In 33.33% (10/30) of the cases, the diameter of the anterior interventricular branch under the myocardial bridge was lower than the diameter of the anterior interventricular branch distal to the myocardial bridge. In 3.33% (1/30) of the cases, an atherosclerotic plaque was found in the segment under the myocardial bridge. The myocardial bridge was located in the middle third of the anterior interventricular branch in 86.66% (26/30) of the cases. CONCLUSION: Myocardial bridges are more frequently found in the middle third of the anterior interventricular branch of the left coronary artery. The diameter of the anterior interventricular branch of the left coronary artery under the myocardial bridge may be smaller than after the bridge. Myocardial bridges may not provide protection against the formation of atherosclerotic plaque inside the anterior interventricular branch of the left coronary artery.
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The patient is a male with risk factors for coronary artery disease, who was referred for cardiac catheterization after acute myocardial infarction in the inferior wall. The patient underwent transluminal coronary angioplasty in the right coronary artery with successful stent implantation.
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OBJETIVO: Avaliar o prognóstico clínico dos doentes coronários submetidos a revascularização percutânea com implantação de stents revestidos com fármacos na descendente anterior proximal. MÉTODOS: Cento e setenta doentes consecutivos, com idade média de 65 anos, 49 (29%) mulheres, receberam implante de pelo menos um stent revestido com fármaco, no nosso centro. O número total de stents revestidos com fármaco implantados foi 189, dos quais 115 (61%) de sirolimus (CYPHER®) e 74 (39%) de paclitaxel (TAXUS®). Em 100 (60%) dos casos, estava presente doença coronário multivaso. Em 61 (36%) dos doentes tratou-se outro segmento coronário para além da descendente anterior proximal. Efetuou-se um seguimento clínico durante um tempo médio de 11 ± 5 meses e controle angiográfico entre os seis e os nove meses. Obteve-se um endpoint final composto por morte, infarto agudo do miocárdio e pela necessidade de reintervenção sobre a descendente anterior. Analisou-se secundariamente a ocorrência de reestenose, a necessidade de reintervenção sobre o segmento proximal da descendente anterior e a trombose de stent. RESULTADOS: O procedimento teve êxito angiográfico imediato em todos os doentes. Registraram-se duas mortes, dois infartos agudos do miocárdio, e duas reintervenções coronárias percutâneas por trombose de stent no período intra-hospitalar. Aos seis meses de seguimento, observou-se mais uma morte cardíaca e identificaram-se três infartos do miocárdio; houve necessidade de três novos procedimentos de revascularização. Até ao final do seguimento, verificaram-se mais três mortes, três infartos do miocárdio e oito revascularizações da descendente anterior, duas delas por cirurgia. A sobrevivência livre de eventos cardíacos adversos maior foi de 91%. A mortalidade cardíaca foi de 3%. A reestenose binária no segmento proximal da descendente anterior foi de 4,1%. A sobrevivência livre de revascularização do vaso alvo foi de 94%. Não se observaram casos de trombose tardia de stent. CONCLUSÃO: A revascularização percutânea da descendente anterior proximal com a implantação de stents revestidos com fármacos constitui uma estratégia terapêutica segura e muito eficaz em curto e longo prazos.
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Das cardiopatias congênitas, a origem anômala da artéria interventricular anterior apresenta incidência de 1:300.000, com alta mortalidade até o primeiro ano de vida, mas que na presença de boa circulação colateral para a artéria relacionada à anomalia, pode manter o paciente assintomático até a vida adulta. Relatamos o caso, raro, de um paciente de 43 anos, oligossintomático e com função ventricular normal que apresentava essa doença e foi submetido a tratamento cirúrgico sem circulação extracorpórea.
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FUNDAMENTO: Os eventos arrítmicos ventriculares têm forte impacto na mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca. O benefício do tratamento farmacológico otimizado da insuficiência cardíaca na redução da arritmia ventricular não foi ainda muito bem documentado. OBJETIVO: Análise dos efeitos do tratamento farmacológico otimizado da insuficiência cardíaca sobre a arritmia ventricular. MÉTODOS: Estudo clínico com desenho não aleatorizado, envolvendo 85 pacientes consecutivos (coorte aberta), não selecionados, idade média de 63,8±12,2 anos, 42 homens, 43 mulheres, com diagnóstico de insuficiência cardíaca, classes funcionais II a IV (NYHA - New York Heart Association), FE (fração de ejeção) < 0,40, que após otimização do tratamento foram acompanhados de janeiro de 2002 a maio de 2004, quanto ao comportamento da arritmia ventricular, à admissão e ao término do estudo. RESULTADOS: No início do estudo 60% dos pacientes apresentaram mais de 1000 extra-sístoles ventriculares/24h, 100% pares e 100% taquicardia ventricular não sustentada (TVNS). Num seguimento que variou de 8 a 27 meses (20,0 + 4,8 meses) observou-se redução significativa do número total de extra-sístoles ventriculares/24h, do número de pares e do número de episódios de taquicardia ventricular não sustentada (p<0,05). Observou-se também melhora da classe funcional e do desempenho ao teste de caminhada de seis minutos. Em relação à fase anterior à inclusão no estudo observou-se diminuição das internações hospitalares (4,8 hospitalizações/paciente/ano e ao término do estudo 2,7 hospitalizações/paciente/ano) (p<0,005). CONCLUSÃO: O tratamento otimizado da insuficiência cardíaca diminuiu a ocorrência de arritmias ventriculares. A melhora da classe funcional, do desempenho físico e do número de hospitalizações podem ser atribuídas ao tratamento otimizado.