71 resultados para Língua japonesa Análise do discurso
Resumo:
A partir do livro Os mistrios da f, de autoria da principal liderana da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, procuro refletir sobre a noo de f e sobre as caractersticas do discurso do autor. Considero que, a partir do texto de Macedo, possvel falar sobre estratgias discursivas reproduzidas no interior da denominao, assim como caracterizar as investidas proselististas que se realizam a partir delas. Ao examinar a traduo que Macedo faz sobre a noo de f nessa publicao, destaco o emprego das idias de "f natural" e "f sobrenatural", sublinhando continuidades e descontinuidades entre mundo secularizado e universo religioso dentro da proposta do autor.
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O artigo tem o objetivo de evidenciar comportamentos de assdio moral na trajetria profissional de 12 mulheres gerentes de empresas privadas de Minas Gerais que se consideravam assediadas, relacionandoos s categorias de Hirigoyen (2002a e 2002b). A coleta dos dados foi realizada por meio de histrias de vida com investigao participativa e os dados foram interpretados por meio da análise de discurso. Essa estratgia metodolgica possibilitou observar que as relaes de poder que permeiam o ambiente organizacional trazem uma possibilidade de (re)leitura antiga do que se denomina hoje assdio moral. Grande parte das entrevistadas continua sofrendo assdios, sendo talvez at mais expostas ao fenmeno por estarem em um terreno de domnio masculino, o que pode remeter aos fatores culturais brasileiros.
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O objetivo deste artigo foi discutir quais tipos de racionalidade orientam a prtica artstica contempornea. Tal objetivo surgiu a partir de uma pesquisa realizada no Grupo Galpo, um grupo de teatro belo-horizontino que existe h 28 anos. Conforme se adentrou no lcus de pesquisa, por meio de análise documental, observaes de no participantes e entrevistas, a questo da racionalidade emergiu como um tema proeminente para se discutir a produo da arte na contemporaneidade. Por meio de elementos da análise do discurso, evidenciaram-se, nas prticas discursivas dos artistas, sentidos do fazer artstico algumas vezes ligados racionalidade instrumental e sobrevivncia no mercado de bens culturais, e outras vezes ligados racionalidade substantiva e prtica orientada por ideais ticos ou estticos. Ao final, entende-se que, apesar das presses econmicas advindas do contexto da indstria cultural, a arte autntica intrinsecamente uma prtica transcendente e resguarda momentos de liberdade e de afirmao de valores extracotidianos
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Este artigo analisa as possveis formas de discriminao no local de trabalho direcionadas a funcionrios homossexuais masculinos de bancos pblicos e privados. Inicialmente so discutidos os conceitos bsicos relativos aos estudos sobre discriminao de forma geral e as relaes desses conceitos com a discriminao de homossexuais. Com respeito aos aspectos metodolgicos, a pesquisa qualitativa, utilizando um roteiro de entrevista semiestruturado para coleta de dados. Foram entrevistados 10 bancrios, trabalhadores de dois bancos pblicos federais e de um banco privado com capital inteiramente nacional. Para a análise de dados utilizou-se a análise de discurso desenvolvida por Michel Foucault. Conclui-se que os entrevistados so alvo de discriminao direta e indireta em razo de sua sexualidade. A discriminao direta manifesta-se na deficincia dos normativos dos bancos pblicos estudados em garantir e esclarecer os reais direitos dos trabalhadores homossexuais que tm casamentos homoafetivos, bem como na completa falta de regras que estabeleam direitos aos homossexuais no banco privado analisado. Contudo, o que mais causa incmodo aos entrevistados so as expresses de discriminao indireta manifestadas no local de trabalho.
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Partindo da agenda de pesquisa em metfora organizacional defendida por Cornelissen e outros (2008), este trabalho visa explorar a relao entre a elaborao de metforas e a identidade dos espaos, fsico e simblico, a partir das propostas de análise da identidade do espao e da análise das embodied metaphors. Para tanto, fezse uma sntese do desenvolvimento do tema at chegar na atual agenda de pesquisa. A análise do discurso serviu para a análise do corpus de 22 entrevistas semiestruturadas realizadas numa feira de um evento religioso em Congonhas (MG). Foram obtidos trs grupos de metforas relacionadas a trs espaos distintos, cada um deles com seu trao distintivo e sua caracterstica identitria prpria. Pode-se observar que os elementos materiais, alm de serem indexadores por excelncia da produo de sentidos metafrica, cumprem um papel fundamental de fornecer significados num domnio ontolgico. Adicionalmente, conforme afirma Smith (1999), observou-se que as metforas elaboradas parecem seguir uma trajetria espao-temporal condizente com as mudanas institucionais.
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A proviso adequada de servios de ateno primria sade e o acesso aos servios especializados, tambm usualmente referidos como de mdia/alta complexidade, apresentam-se como uma dificuldade em vrios municpios brasileiros, tendo em vista as questes gerenciais envolvidas que incluem a fora de trabalho, os custos e a densidade tecnolgica exigida. Este estudo objetivou compreender a prtica discursiva de gestores em relao articulao entre os nveis de ateno primria e de mdia/alta complexidade dos servios pblicos de sade na Regio Metropolitana de Curitiba (RMC). Realizouse um estudo exploratrio de abordagem qualitativa com 17 gestores de sade da RMC. Os dados discursivos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, sendo processados pelo mtodo de análise de discurso. A interpretao do material permitiu a classificao dos dados discursivos, que foram agrupados em categorias: ateno primria municipal, acesso na mdia complexidade, atendimento hospitalar, sade bucal e articulao poltica. A análise demonstrou que os municpios se encontram em diferentes estgios de implantao e organizao da ateno primria. A dificuldade no acesso aos servios de mdia/alta complexidade promove interrupo na continuidade das linhas de cuidado, as quais visam integralidade da ateno em sade e implicam a adequada coordenao da ateno primria articulada ateno especializada de segundo e/ou terceiro nveis de densidade tecnolgica.
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OBJETIVO: Estudar a relao entre o processo de construo de um distrito de sade e a busca de uma assistncia integral sade da populao. MTODO: Foi estudado um distrito de sade de So Paulo, SP, no perodo de 1989 - 1992. Foi realizada a análise de discurso de gerentes dos trs nveis (regional, distrital e local) e mdicos de unidades bsicas de sade. Utilizou-se o conceito de assistncia integral, englobando cinco dimenses: 1) o ser humano como centro da ateno e no a doena; 2) o ser humano ou o grupo visto na sua totalidade; 3) a assistncia propiciada nos diversos nveis; 4) o tratamento diferente para quem est numa situao desigual; e, 5) a interferncia nas condies gerais de vida da coletividade. RESULTADOS: Foram apontados como fundamentais para facilitar a aproximao do processo de construo do distrito, em relao busca de uma assistncia integral, os seguintes aspectos: o planejamento local, com nfase na maior visualizao da realidade de vida da populao adstrita unidade; a implementao do trabalho interdisciplinar; uma melhor organizao dos servios e da rede de referncia e contra-referncia; e uma relao mais estruturada com as demais secretarias municipais, possibilitando uma ao integrada junto populao. CONCLUSES: A relao entre a construo do distrito e a busca de uma assistncia integral "desenha" um movimento de aproximao e distanciamento, dependendo das estratgias assumidas pelos grupos de gesto. Foi reforada a afirmao de que a descentralizao no a nica estratgia responsvel pela implementao do papel inovador que se espera dos distritos. necessrio que os gestores assumam o desafio de ser o "locus" das relaes de poder, de trabalho, de saber entre a populao e os trabalhadores e entre os diferentes grupos destes dois segmentos para que uma nova assistncia chegue a ser construda.
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OBJETIVO: Analisar o funcionamento dos Programas de Internao Domiciliar implantados em trs municpios, identificando elementos que sinalizam a insero desses programas na mudana da ateno sade. MTODOS: Estudo descritivo-exploratrio com abordagem qualitativa realizado em Marlia e Santos, SP, e em Londrina, PR. Os dados empricos foram obtidos por meio de entrevistas realizadas com cinco enfermeiras e um assistente social que atuam nos servios de Internao Domiciliar e da análise de documentos dos referidos programas. Para o tratamento dos dados das entrevistas foi utilizada a tcnica de análise de discurso. RESULTADOS: Os achados permitem afirmar a importncia do servio de Internao Domiciliar como estratgia para a desospitalizao e humanizao do cuidado. Identificaram-se elementos que caracterizam a prtica nos servios de Internao Domiciliar voltada para a construo de modelo assistencial com nfase nas tecnologias leves e na atuao multiprofissional e intersetorial. Pde-se constatar avanos na implantao de servios de Internao Domiciliar, bem como obstculos para que a mudana do modelo de ateno se processe. Dentre esses, destaca-se a ineficincia dos mecanismos de referncia e contra-referncia e dificuldades na relao dos profissionais da equipe de sade com usurios, familiares e cuidadores. CONCLUSES: O cuidado com os Programas de Internao Domiciliar representa uma estratgia na reverso da ateno centralizada nos hospitais para a construo de nova lgica com enfoque em promoo e preveno sade, diminuio de riscos e humanizao da ateno e, como tal, devem ser engendradas estratgias para permitir sua implantao na rede pblica.
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OBJETIVO: Avaliar a percepo de risco, prticas e atitudes no uso de agrotxicos por agricultores. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado em Culturama, Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2005. Sete grupos focais (N=40), com cinco a sete integrantes cada, discutiram questes relacionadas a agrotxicos, incluindo a apresentao da embalagem de um inseticida para subsidiar discusso sobre rtulos e bulas. As falas foram gravadas, transcritas e analisadas seguindo o mtodo de análise do discurso. ANLISE DOS RESULTADOS: Os agricultores se mostraram cientes dos riscos de exposio direta e indireta ao utilizar agrotxicos; muitos se mostraram preocupados com a contaminao potencial do meio ambiente. As informaes que os agricultores tinham sobre agrotxicos eram restritas principalmente dosagem do produto, cuja principal fonte eram os revendedores. Os agricultores reclamaram do tamanho das letras e da linguagem tcnica do rtulo e da bula, mas muitos souberam interpretar os pictogramas e o cdigo de cor de toxicidade presentes neles. CONCLUSES: Os agricultores nem sempre transformam sua percepo de risco e suas experincias pessoais em atitudes e prticas mais seguras no uso de agrotxicos, como o uso adequado de equipamentos de proteo individual. Eles sentem-se indefesos diante das situaes de risco, principalmente devido aos fatores ambientais no controlveis e vulnerabilidade econmica. So essenciais programas governamentais de extenso agrcola que enfatizem tcnicas alternativas de manejo de pragas e prticas seguras de uso de agrotxicos, direcionados a essa populao.
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OBJETIVO: Descrever a percepo dos pais acerca do castigo fsico, considerando-se o significado da educao e punio fsica, e formas de educar. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foram abordados 31 familiares, estando 12 sob tutela por denncia de maus-tratos e 19 no tutelados em unidade bsica de sade e na secretaria de Assistncia Social de Belo Horizonte (MG) em 2006. Procedeu-se análise de discurso dos relatos obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados em temas e categorias. ANLISE DO DISCURSO: Os resultados apontaram a restrio dos discursos dos entrevistados em funo das suas condies de produo. Houve diversidade de concepes sobre educao e formas de educar, tendo como pontos comuns o relato da prtica da punio fsica por todos os pais, mesmo entre aqueles que a condenam. Os discursos foram marcados pela heterogeneidade e polifonia, sobressaindo-se o discurso da tradio, o discurso religioso e o discurso cientfico popularizado. No foi observada expresso do conceito de interdio legal da prtica ou dos seus excessos pelos participantes. CONCLUSES: A cultura do castigo fsico encontra-se em transio, em que a tradio de permisso se enfraquece e a interdio se inicia lentamente. Reforo aes de represso legal prtica poderia contribuir para acelerar o processo de interdio do castigo fsico.
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OBJETIVO: Analisar a importncia da incluso da perspectiva das mulheres na avaliao do Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado em base a dados primrios coletados para a avaliao do Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento, do Ministrio da Sade, em 2003, em sete municpios das cinco regies do Brasil, selecionados a partir de dados extrados de sistemas de bancos de dados oficiais j existentes. Um dos atores considerado fundamental para a coleta de informaes foi a mulher atendida pelo Programa, abordada por meio de dezesseis grupos focais realizados em unidades de sade. Para o tratamento dos dados empricos foi utilizado o mtodo do Discurso do Sujeito Coletivo. A análise e discusso foram realizadas com o apoio dos conceitos em sade pblica de acessibilidade e Sade Paidia. ANLISE DOS RESULTADOS: O Programa estudado normatiza para todos os servios de sade do pas os procedimentos para a ateno ao pr-natal e o parto e os fluxos a serem observados. A análise do discurso das gestantes, nos grupos focais realizados, trouxe clareza quanto dissonncia existente entre muitas dessas recomendaes e os desejos e necessidades da mulher, o que faz com que ela procure traar para si um outro fluxo de atendimentos. Esta ocorrncia traz prejuzos ao vnculo que estabelece com o servio de sade, alm de dificuldades de controle pelo servio do seguimento real que est sendo oferecido. CONCLUSES: A reflexo realizada do Programa, tomando por base a perspectiva das mulheres atendidas, identificou aspectos cuja considerao no momento da avaliao poderia resultar em maior efetividade e humanizao do controle pr-natal oferecido.
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OBJETIVO: Compreender diferentes lgicas de autonomia presentes nos conflitos entre prescries cirrgicas e expectativas de pacientes com diagnstico de cncer. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, no qual foram realizadas 11 entrevistas semi-estruturadas com cirurgies oncolgicos especializados em tumores de cabea e pescoo da cidade do Rio de Janeiro, RJ, entre 2000 e 2005. Os participantes foram selecionados por chain sampling e a interrupo do trabalho de campo obedeceu ao critrio de saturao. Utilizando-se a tcnica de análise de discurso, buscou-se identificar as premissas estruturantes do conceito de autonomia, que comporiam uma dialtica discursiva no contexto dos pacientes que relutam em se submeter a cirurgias consideradas mutiladoras. ANLISE DOS RESULTADOS: Inicialmente, os cirurgies exibiram assertivas padronizadas, centradas em conceitos deontolgicos de autonomia. medida que narravam suas experincias, foram observados auto-questionamentos que expunham contradies quanto ao conceito cotidiano de "ressecabilidade informada". Neste ponto os discursos padronizados se deixam permear por auto-questionamentos sobre a necessidade de um retorno ao equilbrio existencial prejudicado pelo cncer. CONCLUSES: As narrativas expressaram demandas por uma "autonomia de equilbrios" na forma de um semi-projeto no idealizvel aprioristicamente, embora dependente de interaes com o outro. Os resultados indicam a necessidade de reflexo perante o conceito de autonomia como premissa linear, categrica e individual que, embora superficialmente elaborada, tm governado as aes cotidianas.
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OBJETIVO: Analisar o modelo de atuao de coordenadores de grupos de promoo da sade em unidades bsicas de sade vinculadas formao de profissionais. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado no municpio de Florianpolis, SC, em 2001. Foram analisados quatro grupos, totalizando 24 sesses em unidades bsicas de sade. Procedeu-se observao participante para iniciar o trabalho de campo. Os relatos foram analisados por meio da tcnica de análise do discurso do tipo enunciativo-pragmtico. ANLISE DOS RESULTADOS: As formas de atuao dos coordenadores congruentes ao modelo preventivista foram: opressiva, pedaggica bancria, biologicista e higienista, prescritiva de condutas e culpabilizadora, infantilizadora, redutora das problemticas coletivas, desfavorecedora do setting grupal, alm de utilizao de solilquio. As formas de atuao consonantes ao Modelo da Nova Promoo foram: facilitadora da livre expresso e autonomia, comunicadora emptica, construcionista, acolhedora, utilizou a escuta ativa, alm de promover a superao da violncia e alienao. CONCLUSES: Os coordenadores atuaram primordialmente por meio do modelo preventivista e sem utilizar recursos tcnicos e tericos alusivos metodologia grupal na rea da sade. As atuaes identificadas nos modelos preventivista e a nova promoo da sade desvelam caractersticas que se fundamentam, respectivamente, nas ticas da - opresso/subordinao e; - na cooperao/aceitao dos usurios como livres e responsveis por suas escolhas e conseqncias.
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OBJETIVO: Analisar os discursos sobre assdio moral veiculados na mdia jornalstica impressa. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo documental referente ao assdio moral no trabalho, no qual foram analisadas as matrias jornalsticas veiculadas em trs jornais de grande circulao do estado de So Paulo, no perodo de 1990 a 2008. A partir da metodologia de análise do discurso foram reconhecidas as prticas discursivas que configuram o fenmeno do assdio moral na sociedade atual, as explicaes para sua ocorrncia e a repercusso para a sade dos trabalhadores. ANLISE DOS RESULTADOS: O surgimento do tema nos veculos de comunicao deu-se por meio da divulgao de livros, de produes acadmicas e de legislaes. Ocorreu em editorias que tratam de assuntos gerais e, posteriormente, migrou para as editorias de emprego e/ou de carter econmico-financeiro. Os discursos de natureza indenizatria, de precauo empresarial e as estratgias de enfrentamento so amplamente difundidos. A promoo da sade se esvai pela lgica patrimonial. H um espao permissivo nas organizaes para prtica do assdio moral, potencializando os conflitos para atingir as metas e resultados. Indiferena, constrangimentos, desqualificaes e ridicularizaes foram comuns nas matrias. CONCLUSES: As explicaes sobre o assdio tendem a uma interpretao psicolgica do fenmeno, acentuando o carter individualista e minimizando uma abordagem coletiva. Os discursos banalizam o assdio ao criarem caricaturas para os atores envolvidos. O contedo psicolgico e a estigmatizao produzem sentido na sociedade, contribuindo para naturalizar o assdio moral no trabalho e banalizar a violncia no trabalho.
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O objetivo neste artigo foi analisar o processo de construo da identidade coletiva do Grupo Galpo, um grupo de atores de teatro fundado em 1982 e sediado em Belo Horizonte. O tema da identidade foi abordado em relao ao contexto da indstria cultural. Para o estudo da identidade, partiu-se do nvel individual para entender significados coletivamente partilhados, notadamente em relao aos objetivos e estrutura do grupo. Sendo a identidade individual construda a partir das prticas discursivas e sendo essas ltimas sempre relacionadas a estruturas sociolingusticas e aos gneros discursivos, a identidade individual revelada em determinado contexto e em relao a outras identidades, individuais e coletivas. Entende-se, na pesquisa aqui apresentada, que os espaos de interao delimitados pelas identidades coletivas fornecem limites para a expresso das identidades individuais. Entretanto, ocasionalmente, o indivduo lograria transformar-se e transformar ativamente os espaos que lhe impem relaes de dominao. Para penetrar na realidade cotidiana do Grupo Galpo, foram realizadas observaes e entrevistas em profundidade, as quais foram tratadas pela análise do discurso. Ao final da pesquisa, foram evidenciados aspectos identitrios do Grupo Galpo que comprovam a estabilidade do grupo, mas que revelam tenses entre a racionalidade do mercado de bens culturais e a racionalidade intrnseca produo artstica autntica.