Report of Lepocreadium Bimarium manter, 1940, Vitellibaculum Spinosa (Siddioi) & Cable, 1960) and Hirudinella Ventricosa (Pallas, 1774), parasites of marine fishes in Brazil

Lepocreadium bimarinum and Vitellibaculum spinosa are referred for the first time in Stephanolepis hispidus and in Brazil, and Hirudinella ventricosa is reported from Scomberomorus cavalla. Measurements, figures and comments are given.

Halipegus dubius Klein, 1905 (Trematoda, Hemiuridae): a redescription, with notes on the working of the ovarian complex

A redescription of Halipegus dubius Klein, 1905, of Brazilian frogs Leptodactylus pentadactylus and L. ocellatus, is presented. The parasite was found exclusively in the buccal cavity, in number varying from 1 (in most instances) to 3, and exceptionally 25 (one instance). Morphological data were based on 40 whole-mounted specimens and 4 serially sectioned ones. Larval development takes place in planorbid snails (Biomphalaria glabrata and B. tenagophila) and in an undetermined species of cyclops. Working of the ovarian complex was followed by microscopical observation of life specimens. Constrating with the similarity of the four American species of Halipegus currently recognized as valid, they can be easily separated by the characters of their cercariae.

Description of the adult form of Nybelinia (Syngenes) rougetcampanae Dollfus, 1960 and some new data on n. (n.) bisculata (Linton, 1889) (Trypanorhyncha: Tentaculariidae)

The adult form of Nybelinia (Syngenes) rougetcampanae Dollfus, 1960 is described, parasitizing one specimen of Sphyrna lewni (Griffith & Smith, 1834) out of the five ones necropsied and one out of six Nothorhynchus pectorosus (Garman, 1884) was found harbouring N. (N.) bisculata (Linton, 1889). The finding of these cestodes under Trypanorhyncha in sharks captured off the coast of Rio Grande do Sul State, Brazil, amplifies their known geographical distribution and adds new host records for these parasites.

Limnaea peregrina Clessin, 1882, Synonym of Lymnaea columella Say, 1817 (Gastropoda: Lymnaeidae)

A description is given of the shell, radula, renal region, reproductive system and egg capsules of topotypic specimens of limnaea peregrina Clessin, 1882. This investigation intends contributing to define the specific identity of that nominal species. A close anatomical comparison with Lymnaea columella Say, 1817 from Michigan, USA, shows that both forms are indistinguishable, giving support to previous inferences from some authors. Data on egg hatching are presented.

Description of males of Parabronema pecariae Ivaschkin, 1960 (Nematoda, Habronematoidea) parasitizing peccaries (Mammalia, Tayassuidae) in Brazil

Nematodes studied herein and identified as Parabronema pecariae were collected in 1936 in the States of Rio de Janeiro and Pará and in 1940 in the State of Mato Grosso do Sul, Brazil. This species was proposed, with basis on female specimens that had been described earlier as Parabronema sp. Although the presence of males of P. pecariae was previously reported in Brazil, their description was not provided. The present paper deals with the first complete morphometric data on male specimens of P. pecariae recovered from peccaries (Pecari tajacu and Tayassu pecari).

Mauritinus seferi Bondar, 1960: bionomy, description of immature stages and redescription of adult (Coleoptera, Curculionidae)

Mature larvae of Mauritinus seferi Bondar, 1960 were collected in the mesocarp of murity palm (Mauritia flexuosa Linnaeus), in the State of Pará, Brazil. Larvae were reared to pupa and adults in the laboratory. Mature larva and pupa are described and adult redescribed. Adult and immature are illustrated for the first time. Observations about bionomy are included and discussed.

Biologia, comportamento social e alocação sexual de Digelasinus diversipes (Kirby, 1882) (Hymenoptera, Argidae)

São apresentados os resultados de um estudo de dois anos sobre o Symphyta neotropical Digelasinus diversipes. Esta espécie é univoltina e comum na Estação Ecológica Jataí, uma reserva de Cerrado no Estado de São Paulo. As larvas alimentam-se gregariamente em Eugenia glazioviana (Myrtaceae) de novembro a abril. Associações entre grupos de alimentação foram freqüentes. Após o período de alimentação, as larvas congregam-se e comunalmente constróem uma massa de casulos (105 casulos ± 60DP; n = 25) aderida ao tronco da planta hospedeira, permanecendo em diapausa como prepupas até o início da estação chuvosa, em outubro. O pico populacional foi observado em dezembro, quando 62% (n = 2.967) dos adultos emergiram. Em condições experimentais, foram observadas emergências das 6:30 às 15:00 h, mas 73,5% (n = 223) dos adultos emergiram entre 9:00 e 12:00 h. Não foi observado, durante a emergência, sequenciamento sexual, mas em um agregado de casulos os machos podem emergir de 20 a 40 dias antes das fêmeas. Após a emergência os machos podem (1) dispersar-se (no início e final do período de emergência; outubro e novembro, janeiro e fevereiro, respectivamente) ou (2) permanecer sobre ou próximo ao agregado de casulos e copular com as fêmeas recém-emergidas (durante o pico de emergência, em dezembro). As cópulas duraram 4,28 minutos (± 3,4DP; n = 28). Ao longo do dia, os machos podem copular com diferentes fêmeas (1-8; n = 5); contudo, as fêmeas copularam apenas uma vez. Em média, as fêmeas emergem com 76 (± 21DP; n = 19) ovos maduros e todos eles são ovipositados de uma só vez sob uma única folha da planta hospedeira. A guarda dos ovos pelas fêmeas durou apenas 2 dias (n = 12) dos 30 necessários para sua incubação. O repertório de comportamentos da fêmea contra potenciais inimigos foi menor do que o observado em outras espécies de Symphyta. Aparentemente, a fêmea induz um necrosamento do tecido foliar que cobre os ovos. Isto formaria uma proteção rígida para os ovos durante sua incubação. Em D. diversipes, adultos de ambos os sexos não se alimentaram (condição controlada) e tiveram vida curta (5,2 dias ± 1,7DP; mínimo 1, máximo 11; n = 179). A razão sexual média foi 2,83 (± 0,014EP) em favor de fêmeas. Os principais fatores de mortalidade foram falhas no desenvolvimento, falta de alimento devido à intensa herbivoria e ataque de parasitóides. Parasitóides criados, Lymeon dieloceri (Costa Lima, 1937) (Ichneumonidae), Conura (Spilochalcis) sp. (Chalcididae) e Perilampus sp. (Perilampidae).