602 resultados para Indústrias - Fatores Climáticos
Resumo:
A fitorremediação - uso de plantas e comunidades microbianas associadas à rizosfera para degradar, isolar ou imobilizar contaminantes do solo e água - é uma técnica de custo relativamente baixo, vantagens estéticas e que não gera impactos adicionais. A maioria dos estudos com plantas na recuperação de áreas contaminadas tem sido desenvolvida em países de clima temperado, onde o potencial da fitorremediação é limitado por fatores climáticos. No Brasil, o conhecimento acerca do potencial fitorremediador das várias espécies de plantas e comunidades microbianas em solos tropicais é ainda muito escasso, o que, associado à falta de instrumentos de aferição e de apoio à decisão, dificulta a recomendação por parte das agências ambientais e empresas. A presente revisão descreve brevemente os mecanismos de fitorremediação e discute aspectos sociais, econômicos e reguladores que representam entraves ao amplo desenvolvimento da técnica, em comparação com técnicas convencionais, mais conhecidas e aceitas pelas agências e empresas. Finalmente, o mercado brasileiro presente e futuro é discutido, sendo sugerida a criação de protocolos experimentais e instrumentos de apoio à decisão que estimulem a aplicação da fitorremediação nos casos em que ela se apresente como a opção mais adequada.
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Cinco ciclos de seleção entre e dentro de progênies de meios-irmãos foram realizados na cultivar de milho BR 5011-Sertanejo, nos municípios de Neópolis (1991 e 1992), Neópolis e Umbaúba (1993), Lagarto (1994) e Neópolis, Lagarto e Cruz das Almas (1995), localizados nos tabuleiros costeiros do Nordeste brasileiro, visando à obtenção de uma cultivar mais produtiva e mais bem adaptada às condições edafoclimáticas da região. As progênies foram avaliadas em látice 14x14, com duas repetições. As recombinações foram realizadas dentro do mesmo ano agrícola do teste, de modo a se obter um ciclo por ano. A variabilidade genética da cultivar BR 5011-Sertanejo permaneceu praticamente a mesma nos ciclos VI, VII e IX, quando a seleção foi efetuada em um só local. Nos ciclos VIII e X, realizados em mais de um local, detectou-se redução dessa variabilidade pelo fato de as estimativas obtidas estarem menos influenciadas pela interação progênies x locais, o que evidencia a importância de se realizar a seleção em mais de um local, para melhorar a eficiência do processo seletivo e obter estimativas mais consistentes dos componentes da variância genotípica. O ganho médio estimado por ciclo de seleção foi de 12,68%. A possibilidade de ganho com a seleção, a alta variabilidade genética apresentada pela cultivar e as elevadas médias de produtividade das progênies indicam o grande potencial dessa população na continuidade do programa de melhoramento.
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O objetivo deste trabalho foi verificar a diversidade de pulgões, seus predadores e parasitóides, e a influência de fatores climáticos nas suas populações. Foram realizadas coletas semanais no período de abril/1995 a março/1996, no campo de alfafa da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Lavras, MG. As espécies de pulgões coletadas foram Therioaphis trifolii (Monel) f. maculata, Acyrthosiphon pisum (Harris), A. kondoi Shinji e Aphis craccivora Kock, presentes na cultura durante todo o período de estudo, com picos populacionais em novembro/1995, julho/1995, dezembro/1995 e abril/1996, respectivamente. Foram amostrados insetos predadores das famílias Coccinellidae, Syrphidae, Anthocoridae, Geocoridae e Chrysopidae, tendo as duas últimas ocorrência esporádica. Espécies da família Coccinellidae ocorreram durante todo o período amostral, apresentando o pico populacional no final de dezembro/1995, com precipitação de 20 mm e temperatura de 22,6ºC. A família Syrphidae alcançou maiores números em abril, à precipitação de 53 mm e temperatura de 21ºC. A família Anthocoridae não se manteve por todo o período amostral, porém um pico populacional ocorreu no final de dezembro nas mesmas condições que aquele apresentado pela família Coccinellidae. Os parasitóides da família Aphididae alcançaram pico em junho/1995, à temperatura de 16ºC.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar parâmetros do látex e da borracha natural de quatro clones de seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Muell.-Arg.] cultivados em larga escala na Fazenda Cambuhy no Município de Matão, Estado de São Paulo. Foram utilizados látex de 20 árvores do estande de cada um dos clones, GT 1, PB 235, IAN 873 e RRIM 600, com 12 anos de idade, no quarto ano de sangria sob o sistema 1/2S d/3 6d/7. 11m/y. ET 5,0%. Pa 12/y. Foram analisados o conteúdo de borracha seca, porcentagem de cinzas, porcentagem de nitrogênio, plasticidade Wallace (P O), índice de retenção de plasticidade e viscosidade Mooney (V R). O conteúdo de borracha seca apresentou tendência de queda com o decréscimo da temperatura ao longo do ano (r = 0,75). Contrário ao conteúdo de borracha seca, as propriedades porcentagem de nitrogênio e porcentagem de cinzas apresentaram tendência de aumento com a redução da temperatura ao longo do período das coletas. A correlação entre P O e V R foi linear e elevada (r = 0,93). Os altos valores de P O e V R indicam que as borrachas dos clones estudados são consideradas como borrachas duras. Os valores do índice de retenção de plasticidade foram baixos, indicando baixa resistência à degradação térmica. Os resultados mostram influência marcante dos fatores climáticos em algumas propriedades dos látices e da borracha natural dos clones estudados, sugerindo condição importante para se entender o comportamento dos mesmos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos danos causados por Azochis gripusalis Walker, 1859 (Lepidoptera: Pyralidae) na produção da figueira (Ficus carica L.) e o efeito de fatores climáticos sobre a flutuação populacional dos adultos no Estado de Minas Gerais. Quarenta plantas foram utilizadas para determinar o nível de dano, coletando-se os adultos semanalmente com armadilha luminosa. O aumento na porcentagem de ramos broqueados afetou o peso e o número de frutos produzidos. A redução na produção e a necessidade de controle fitossanitário ocorrem aos 10% e aos 40% de dano, respectivamente. A maior ocorrência da praga foi entre 19 de dezembro e 15 de maio. A temperatura foi o fator de maior influência no aumento populacional.
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Os critérios para recomendação de adubação nitrogenada e potássica em pomares cítricos carecem de experimentação regional. O objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos de doses combinadas de N e de K2O para a laranjeira-Valência cultivada em solo representativo do município de Adolfo, Norte do Estado de São Paulo, de citricultura desenvolvida. Em delineamento tipo fatorial 3 x 3, com 3 repetições, foram combinadas as doses de 94; 188 e 376 kg ha-1 de N, como nitrato de amônio e 38; 75 e 150 kg ha-1 de K2O, como cloreto de potássio, durante três safras (1997 a 1999). Anualmente, foram feitas avaliações de diagnose foliar para nitrogênio e potássio, de produção e de análise de suco para acidez titulável e teor total de sólidos solúveis. Os dados obtidos mostraram que os pomares mantiveram a produtividade com as doses mínimas de N e de K2O durante os três anos, não havendo resposta em produção às doses crescentes desses nutrientes. Os teores foliares de N e de K mantiveram-se dentro das faixas consideradas adequadas, nos tratamentos com doses mínimas de N e de K2O, nas três safras. Apenas no segundo ano, em que a produção foi diminuída por fatores climáticos, foram observados efeitos significativos de combinações de doses de N e de K2O sobre a acidez e o teor de sólidos solúveis do suco.
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A região dos municípios Mossoró-Açu apresenta grande importância na produção de melão amarelo no estado do Rio Grande do Norte, com cultivos realizados de junho a novembro. Nesse período existem variações nos fatores climáticos, sugerindo a possibilidade de influência da época de semeadura sobre o comportamento do meloeiro. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de épocas de semeadura (19/8, 9/9 e 29/9 de 1999) e de cultivares (Rochedo, AF 646, Gold Pride, Gold Mine e Goldex) sobre a produtividade da cultura do meloeiro. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso com três repetições e parcelas subdivididas. As épocas foram aplicadas às parcelas e as cultivares, às subparcelas. Não houve efeito da interação épocas de semeadura x cultivares nas características avaliadas. Quanto ao número total de frutos/ha (NTF), peso (kg/ha) total de frutos e número de frutos comercializáveis, as melhores cultivares foram Rochedo e AF 646; Rochedo, AF 646 e Gold Pride e AF 646, respectivamente. As cultivares não diferiram quanto ao peso (kg/ha) de frutos comercializáveis. A época de semeadura somente influenciou o NTF. A semeadura em 29/9 propiciou melhores resultados.
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O monitoramento do desenvolvimento dos órgãos vegetais, como o fruto, pode ser de grande interesse científico. O acompanhamento da fase de crescimento dos frutos pode indicar os pontos críticos de exigências nutricionais e de água, e sua relação com fatores climáticos, como a temperatura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de crescimento do fruto de mamão híbrido UENF/CALIMAN 01 em diferentes épocas do ano, em função do número de graus-dia (GD) acumulados. O ponto máximo de crescimento dos frutos variou de acordo com as diferentes épocas de desenvolvimento dos mesmos. Frutos desenvolvidos em períodos com temperaturas mais elevadas atingiram, num menor tempo, seu ponto de colheita, ocorrendo o inverso em frutos desenvolvidos em períodos de temperaturas mais amenas. Os resultados mostraram, no entanto, que o crescimento dos frutos, invariavelmente, estabilizou-se após os mesmos atingirem o nível de aproximadamente 800 GD. Cessada a fase de crescimento do fruto, o processo de maturação dos mesmos foi tão rápido quanto maior a temperatura mensal do período.
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A bananeira, para alcançar alta produtividade, deve ser cultivada em locais com fatores climáticos favoráveis e que apresentam solos com boa estrutura físico-química. O presente trabalho tem o objetivo de avaliar os atributos químicos e físicos de solos cultivados com bananeira 'Prata-anã' em três níveis de produtividade. Foram selecionados 96 bananais explorados comercialmente com bananeiras da cultivar Prata-anã (AAB), no norte de Minas Gerais. Os bananais foram divididos em três níveis de produtividade: baixa produtividade (< 25 t ha-1 ano-1), produtividade média (25 a 32 t ha-1) e alta produtividade (>32 t ha-1 ano-1). Em cada bananal selecionado, foram coletadas amostras de solo e realizadas análises químicas e físicas. Amostras de folhas de cada bananal foram coletadas em 20 plantas. Nas amostras foliares, foram determinados os teores de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn. Verificou-se que os teores de Ca, K, P, matéria orgânico, os valores de condutividade elétrica, CTC, a porcentagem de saturação por bases (V%) e as quantidades de argila e silte apresentaram-se significativamente maiores nos solos dos bananais com alta produtividade. Nos solos dos bananais com alta produtividade, as quantidades de Ca, K e Mg corresponderam a 82%, 5% e 13% da saturação por bases, respectivamente. Não houve diferenças entre os teores foliares de nutrientes dos bananais nos três níveis de produtividade.
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A produção de uvas de mesa é uma importante atividade econômica no Estado de São Paulo. A região de Porto Feliz, em clima Cwa, apresenta grande número de agricultores familiares dedicados a esta atividade. Condições climáticas e manejo da cultura durante a fase de amadurecimento determinam a qualidade dos bagos, sendo o uso de fitorreguladores uma ferramenta útil para o ajustamento de atributos da qualidade. Avaliaram-se sete concentrações de ethephon, aplicadas por imersão dos cachos no início da mudança de coloração dos bagos, sobre a qualidade de uva 'Rubi', durante os ciclos de 2007 e de 2008, em propriedade comercial localizada em Porto Feliz-SP. Os atributos de qualidade avaliados foram a coloração de bagos, teor de sólidos solúveis totais e desbagoamento pós-colheita, sendo determinado também o índice de velocidade de desbagoamento. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e de regressão. Em 2007, observaram-se maiores coloração e teor de sólidos solúveis totais, associados às maiores temperaturas registradas no período entre o início de maturação e a colheita. O uso de ethephon, independentemente da concentração utilizada, promoveu coloração mais avermelhada dos bagos de 'Rubi' nas duas safras. Não houve efeito do uso do ethephon sobre o teor de sólidos solúveis totais. Não foi possível inferir sobre o efeito do etephon no desbagoamento em função do elevado coeficiente de variação. Estudos básicos para avaliar o efeito de fatores climáticos, nutricionais e de manejo do vinhedo são necessários no desenvolvimento de coloração dos bagos da cultivar 'Rubi' em clima tropical.
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A fenologia da videira, a produtividade das plantas e a qualidade da uva apresentam forte relação com os fatores ambientais. O objetivo deste trabalho foi comparar as regiões vitícolas de altitude elevada de Santa Catarina com a região de San Michele All’Adige localizada na Itália. Para os estudos, utilizou-se dos dados da Estação Experimental de São Joaquim - EPAGRI (28°16’30,08”S, 49°56’09,34”O, altitude 1.400 m), localizada em São Joaquim e do Istituto Agrario di San Michele All’Adige – Fondazione Edmund Mach46°11’41,46”N, 11°08’04,41”L, altitude 223 m), localizado na Província de Trento. A variedade avaliada foi a Rebo, para a qual foram determinados osprincipais estádios fenológicos e calculada a exigência térmica através dos graus-dia, temperaturas média, máxima, mínima, amplitude, precipitação, umidade relativa do ar, insolação e radiação solar global. No momento da colheita, foi avaliado o desempenho agronômico da variedade Rebo. Em São Joaquim, o ciclo da variedade Rebo é mais longo, o acúmulo térmico é menor, a precipitação pluviométrica e a radiação solar global acumulada são maiores do que em San Michele All’Adige. As temperaturas mais baixas e a menor insolação durante a floração-mudança de cor das bagas são os principais fatores climáticos relacionados com as menores produtividades das plantas. Em São Joaquim, as baixas temperaturas e as elevadas taxas de radiação solar global na maturação contribuem de maneira positiva na formação dos compostos fenólicos, mas dificultam a degradação dos ácidos da variedade Rebo.
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A mancha angular do algodoeiro (Gossypium hirsutum) causada por Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (Xam) é uma doença de importância econômica para o Brasil, e sua severidade depende de fatores climáticos e da cultivar. A doença não é controlada por produtos químicos sendo que seu controle depende da utilização de sementes sadias, e resistência varietal. DeltaOPAL, EPAMIG Liça, e Fibermax 986 são importantes fontes de resistência a Xam, pois além de resistência, apresentam boas características agronômicas. O objetivo do presente trabalho foi estudar o mecanismo de resistência à mancha angular envolvendo cruzamentos entre as três cultivares resistentes e a suscetível BRS Ita 90, em casa de vegetação. Populações parentais, F1 e F2 foram avaliadas após inoculação com um isolado agressivo de Xam. As três cultivares apresentaram mecanismos diferentes de resistência. Nas cultivares DeltaOPAL e EPAMIG Liça a resistência é conferida por um gene dominante, enquanto que em Fibermax 986, a resistência é dada por dois genes dominantes, independentes e complementares.
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O fungo Magnaporthe grisea (Anamorfo Pyricularia grisea) é o agente causal da brusone do trigo (Triticum aestivum), uma doença limitante à cultura do trigo no Brasil em regiões produtoras localizadas acima do paralelo 24 °S. O objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito da temperatura e da umidade relativa do ar na esporulação de M. grisea. O número médio de conídios foi determinado em ráquis de plantas de trigo previamente colonizados com o fungo e expostos em câmaras de crescimento sob temperaturas de 23 e 28 ºC, e com umidade relativa do ar de 80, 85, 90, 95 e 100%. A determinação do número de conídios produzidos foi feita após 24, 48, 72 e 96 horas de exposição em cada combinação de temperatura e umidade. Os efeitos da temperatura e da umidade foram significativos (P<0.001), mas não o da interação. A produção de conídios também foi determinada sob condições naturais de ambiente onde se verificou flutuação da temperatura e da umidade relativa do ar. Os resultados do presente trabalho permitiram observar que quando a umidade relativa é elevada (> 90%) e a temperatura se encontra ao redor de 28 ºC, a produção de conídios de M. grisea é favorecida.
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O desempenho do cultivar de tomate Santa Clara e do híbrido Débora Plus em relação ao desenvolvimento da pinta-preta (Alternaria solani) em plantios de verão e outono sob dois sistemas de condução foi verificado em dois experimentos conduzidos na área experimental da Universidade Federal de Viçosa. Temperaturas baixas, ou escassez de chuva e, ou, curtas durações dos períodos de molhamento foliares propiciaram baixa incidência da pinta-preta e conseqüentemente os sistemas de condução tradicional e tutorado vertical não influíram na severidade nos dois ensaios. O cultivar Santa Clara apresentou maiores valores de área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) em relação ao híbrido Débora Plus. A aplicação do clorotalonil no aparecimento dos primeiros sintomas associado aos fatores climáticos atrasou o desenvolvimento da doença em 30 dias nas estações de verão-outono e outono-inverno com reduções da severidade da pinta-preta de 22% e 18% dos valores de AACPD nos dois ensaios, respectivamente.
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Avaliou-se o progresso de doenças fúngicas do mamoeiro e os efeitos dos fatores climáticos em três áreas experimentais: 1- área de produção de mamão conduzida no sistema convencional, que recebeu irrigação por gotejamento; 2- área de produção de mamão conduzida no sistema convencional, que recebeu irrigação por aspersão; 3- área de produção de mamão cultivada no sistema orgânico, com irrigação por microaspersão. Na área 1 foram avaliados três sistemas diferentes de condução: 1) sem a aplicação de fungicidas e sem sanitização das plantas (testemunha sem sanitização); 2) sem a aplicação de fungicidas e com sanitização das plantas (testemunha com sanitização); e 3) com a aplicação de fungicidas para o controle de doenças foliares e sem sanitização (padrão do produtor). Em cada sistema de condução foram demarcadas quatro parcelas (repetições) com 20 plantas, sendo 10 plantas consideradas úteis. Foram avaliadas a incidência e a severidade da mancha-de-ascoquita, pinta-preta e do oídio como doenças foliares. Nos frutos, após a colheita foram avaliadas as incidências da antracnose, mancha-chocolate e podridão-peduncular. As epidemias da mancha-de-ascoquita ocorrem em temperaturas variando de 15 ºC a 20 ºC; para a pinta-preta as condições favoráveis ao desenvolvimento de epidemias foi temperatura variando de 25 ºC a 30 ºC e umidade relativa variando de 80 % a 100 %, sendo o pico da intensidade da doença ocorre entre os meses de novembro a março. Para o oídio, a faixa de temperatura que favoreceu a doença foi 15 ºC a 20 ºC e umidade relativa de 60 a 70 %. Em relação às podridões que incidiram nos frutos, observou-se que não houve relação entre a incidência da podridão-peduncular e a precipitação pluvial acumulada, 15 dias antes da avaliação ou no período de desenvolvimento do fruto (r <0,21). A incidência da antracnose e da mancha-chocolate não se correlacionaram com as condições climáticas. Na área Santa Terezinha 10, a mancha-de-ascochyta foi constatada em todas as épocas de avaliação, tendo severidade máxima na data juliana 155 aos 250 dias e mínima dos 20 aos 80 dias; a pinta-preta progrediu na data 326 aos 70 dias com severidade máxima na data 336 dias, e o oidio progrediu em duas épocas distintas sendo uma na data 330 aos 80 dias e a outra na data 240 aos 320 dias com o máximo na data 240 a 250 dias. A incidência da podridão dos frutos em pós-colheita foi detectada no armazenamento, quando os frutos foram colhidos nas datas de 140 aos 320 dias, sendo alta até a data 220; a partir daí decresceu até a data 320. O tratamento padrão praticado pelo produtor diferiu significativamente dos tratamentos envolvendo práticas culturais com e sem sanitização, excetuando a podridão peduncular onde o tratamento padrão igualou-se ao tratamento com sanitização. Os tratamentos culturais com e sem sanitização não diferiram entre si. Comparando-se os tratamentos com sanitização e sem sanitização para podridão peduncular houve ganhos de 24 % e 9 %, para as datas julianas 170 e 210, respectivamente; para a antracnose houve ganhos de 13 % e 55 %, para as datas julianas 160 e 230, respectivamente e para a mancha-chocolate 30 % e 9 %, para as datas julianas 170 e 210, respectivamente. O progresso das doenças nas áreas de plantio do curral e Bitchisner foram quase idênticos com relação à incidência de folhas doentes total; a severidade máxima da mancha-de-ascoquita atingiu 20 % na área do curral e 10 % na área Bitchisner, entre as datas 110 e 320. A pinta-preta foi muito severa na lavoura do curral e de baixa severidade na lavoura Bitchisner. O oidio foi detectado nas duas lavouras nas datas 230 aos 320, com maior severidade na lavoura do curral onde predomina a irrigação por aspersão. Obtêve-se severidade do Oidio máxima de 45 e 65 % nas lavouras do curral e Bitchisner, respectivamente. Em se tratando da podridão dos frutos do mamoeiro, a incidência foi maior nas plantas da localidade do curral do que Bitchisner devido ao método de irrigação por aspersão.