59 resultados para Guyana Francesa
Resumo:
A economia informal no Brasil ligando esse país à Guiana, ao Suriname, à Venezuela e à Guiana Francesa permite pensar numa Amazônia brasileiro-caribenha. O Suriname e a Guiana, essa última sede do CARICOM, convivem com fluxos migratórios de garimpeiros brasileiros fugitivos do desemprego. A economia clandestina dá o seu tom à geopolítica cultural e é mais eficiente, que a diplomacia, em estimular a aproximação entre os países caribenhos.
Resumo:
Este artigo revisita a Escola Inglesa - da obra seminal de Hedley Bull em 1977, passando pelos esforços de Adam Watsom nos anos 80, e culminando com o repaginamento de Barry Buzan e Richard Little na década de 90 - resgatando sua ontologia histórica e esboçando um programa de pesquisa que a concilie com o da historiografia francesa. Conclui-se que pode ser detectado um sistema de causalidades múltiplas em nível sistêmico, com forças profundas materiais e psicosociais operando sob os auspícios do conceito de ordem, tão crucial a esta escola.
Resumo:
No início deste artigo, descrevemos os diversos tipos de identidade social formados a partir das relações de trabalho e os associamos a dois modelos de gestão de recursos humanos: o Modelo Instrumental e o Modelo Político. Pretendemos mostrar como as práticas de gestão próprias aos modelos citados estão relacionadas com o grau de autonomia e diferenciação de suas identidades atingido pelos atores sociais nas organizações. Após apresentar resumidamente o método da Análise Comparativa Contínua e os pressupostos metodológicos que embasaram este artigo, relatamos um estudo de caso realizado em uma empresa francesa do setor de informática. Concluímos que atores sociais autônomos, acostumados ao Modelo Político de Gestão de Recursos Humanos, têm dificuldades em aceitar mudanças que implementem práticas gerenciais mais restritivas, próprias ao Modelo Instrumental. Nesse tipo de situação, a resistência dos atores sociais pode ameaçar a consolidação do processo de mudança organizacional.
Resumo:
O artigo trata da eventual contribuição da nova sociologia econômica (NSE) para uma sociologia do desenvolvimento sustentável. Elaborada a partir do início dos anos 1980, a NSE busca dar conta da economia como totalidade social, o que já representa uma abertura ao desenvolvimento sustentável. Ademais, considerando a economia sob o prisma das instituições, das organizações, das redes e das formas de governança, ela reinscreve a economia no seio da sociedade. Isso seria trivial se essa concepção já fosse reconhecida por nossas sociedades e até mesmo por nossas disciplinas. Como nossa pesquisa documental é feita em duas etapas, tratamos na primeira parte do surgimento da NSE; na segunda parte, examinamos diversas abordagens que propõem uma reconstrução da economia como objeto sociológico. Em conclusão, nos perguntamos o que podemos apreender dessas abordagens, tendo em vista uma melhor compreensão do desenvolvimento sustentável.
Resumo:
Quatro diferentes grupos indígenas vivem na bacia do rio Uaçá e à margem do rio Oiapoque, Estado do Amapá, fronteira com a Guiana Francesa. Estes índios de origem étnica e cultural heterogêneas definem-se como "misturados". Por outro lado, compartilham muitos traços, referindo-se a essa herança comum como o "nosso sistema". Estes índios estão em contato contínuo com a sociedade envolvente, mas mantêm um sentimento forte de identidade própria. Este artigo, escrito em 1997, analisa os diferentes contextos em que dois desenhos geométricos, recorrentes, são aplicados em objetos cotidianos e rituais e como esses expressam, intelectual e emocionalmente, esses princípios opostos e complementares. Trato ainda, retrospectivamente, de avaliar o quanto devemos à obra de Lévi-Strauss na compreensão do que a arte significa para os povos indígenas e de como podemos melhor refletir sobre as relações entre arte e sociedade.
Resumo:
Os índios Palikur, um grupo Aruak, vivem às margens do Rio Urucauá, no Brasil e em diferentes localidades na Guiana Francesa. No século XVII envolveram-se em um longo conflito com os Galibi, um grupo Carib, situado mais ao norte. Os Galibi-Marworno, por sua vez, habitam uma ilha no Rio Uaçá, são os descendentes de várias etnias, essencialmente Carib e hoje falam o patois (crioulo). Também vivenciaram conflitos na região. Neste texto apresento e comparo três versões referentes a esses episódios, usados como matriz pelos indígenas para desvendar conceitos de identidade e alteridade, partes de uma construção do cosmo e de um processo histórico específicos daquela região das Guianas.
Resumo:
Na efervescente metade do século XIX, marcada pela febre da ordem e do progresso, da racionalidade e das luzes, os antropólogos-naturalistas franceses descobrem, ao lado de muitos outros cientistas, as possibilidades heurísticas que a fotografia ofereceria à "visão" que eles tinham da "antropologia", a saber essa tentativa de mapeamento da "espécie humana", das raças e, dentre elas, dos tipos humanos, numa perspectiva claramente evolucionista. O jornal La Lumière (1851-1867), primeira publicação francesa dedicada à "Fotografia, às Artes e às Ciências", foi parcialmente reimpresso em 1995. Mergulhando nas colunas desse semanário, o leitor, além de adquirir uma idéia das origens da antropologia francesa, descobre as profissões de fé que se erguem em torno do novo suporte técnico e da nova "retina do cientista". Descobre, também, como essa prótese instaura uma nova ordem do olhar e levanta, em termos de uma epistemologia do conhecimento, um interessante questionamento em torno de dois outros meios de representações figurativas nos círculos antropológicos da época: os desenhos e as moldagens.
Resumo:
Objetivou-se identificar as bases históricas e filosóficas da epidemiologia, a fim de enriquecer a reflexão sobre a inserção dessa ciência no conjunto das práticas de saúde. Utilizando-se informações historiográficas extraídas de textos consagrados na literatura especializada, e buscando-se subsídios teóricos e metodológicos na produção da epistemologia histórica francesa, procede-se a uma aproximação epistemológica apoiada ético-filosoficamente na crítica da razão moderna desenvolvida pela chamada Escola de Frankfurt. Destaca-se a noção abstrata de "meio" na tradução teórica do "espaço público da saúde" como a base contraditória da conformação instrumental do conhecimento epidemiológico. Com base nesta noção ampliou-se, de forma progressiva, a possibilidade de conhecimento e intervenção sobre os fenômenos sanitários, mas, ao mesmo tempo, limitou-se a objetivação do caráter propriamente público desses fenômenos.
Resumo:
INTRODUÇÃO: No Tocantins, a malária apresenta comportamento diferenciado entre as microrregiões, com predominância dos casos importados. Este estudo descreve a análise espacial da malária no estado, no período de 2003 a 2008, buscando identificar nas microrregiões a incidência de casos autóctones e importados, bem como a procedência destes últimos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, pautado em dados secundários, que teve como fonte de dados o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica - Malária (SIVEP-Malária), analisados através dos softwares estatísticos Epi Info versão 3.5.1. e Bioestat versão 5.0. RESULTADOS: Constatou-se que a malária não teve distribuição homogênea em todos os municípios. A área de maior prioridade agregou municípios localizados nas microrregiões oeste do estado, fronteira com o Pará, onde também se concentram o maior número de casos autóctones. A associação entre os casos autóctones e importados e as espécies de Plasmodium mostrou uma diferença estatisticamente significativa (G = 54,25; p < 0,0001). Das oito microrregiões, Miracema do Tocantins, Araguaína e Bico do Papagaio agruparam 75,8% dos casos, e nessas, onze municípios se sobressaíram. Quanto à procedência, o Estado do Pará apresentou ampla distribuição com 85,5% do total, seguido por Guiana Francesa com 7,4%. CONCLUSÕES: Os resultados demonstraram a predominância dos casos importados e a diferença entre os municípios e microrregiões, apontando pela influencia de estados vizinhos na determinação das áreas de maior risco. Esses dados são importantes, pois contribuem para orientação e direcionamento das políticas públicas para o agravo no Tocantins.
Resumo:
Resultados preliminares sobre a periodicidade e taxa de crescimento de Cardeiro (Scleronema micranthum Ducke, Bombacaceae) são apresentados. Observou-se ama periodicidade de crescimento. As taxas de incremento são correlacionadas aos resultados referidos da Guiana Francesa.
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RESUMOApresenta-se uma revisão taxonômica do gênero Mesosetum Steudel (Gramineae: Paniceae). O gênero distingue-se dos demais de sua tribo pela inflorescência em espiga terminal, solitária, espiguetas com primeira gluma voltada para a raque e cariopse com hilolinear. Os caracteres morfológicos de maior peso taxonômico no reconhecimento das espécies são presença ou ausência de raque alada na espiga, forma, tamanho relativo, número de nervuras e ornamentação (pêlos e/ou arista) das glumas e lema inferior. São reconhecidas 25 espécies, 20 das quais ocorrem no Brasil. Os demais países onde o gênero ocorre são México, países da América Central (exceto El Salvador), Cuba, Jamaica, Trinidad, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Paraguai e Argentina. Os estados brasileiros onde o gênero foi encontrado são Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo e Paraná. São apresentados descrições detalhadas, sinonímia, chave e ilustração para as espécies e dados de distribuição geográfica.
Resumo:
All species of Macrostomus Wiedemann allied with Macrostomus pictipennis (Bezzi), are treated in the pictipennis species-group. Three currently recognized species and four new species are included, namely M. cervicicauda Smith, M. cysticercus Smith, M. manauara, sp. nov. from Brazil (Amazonas and Pará states), M. pacaraima, sp. nov. from Brazil (Roraima, Amazonas and Pará states), M. pictipennis (Bezzi), M. smithi, sp. nov. from Guyana and Brazil (Roraima State) and M. utinga, sp. nov. from Brazil (Pará State). All primary types were examined and a key to species is presented.
Resumo:
Brachystethus Laporte, 1832 is revised. Brachystethus coxalis Breddin, 1904, B. cribrus (Fabricius, 1781), B. geniculatus (Fabricius, 1787), B. improvisus Breddin, 1905, B. rubromaculatus Dallas, 1851, B. signoreti Stål, 1872, B. tricolor Bolívar, 1879, B. vexillum Breddin, 1903 and B. vicinus Signoret, 1851 are redescribed based on morphological characters, with emphasis on genitalia of both sexes. A new species, B. schuhi, from Guyana, is described, and B. discolor (Walker, 1867), incertae sedis, is removed from the genus. Illustrations and a key for species of Brachystethus are provided.
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A key to the species of Murupeaca Martins & Galileo, 1992 is presented and M. tavakiliani, from French Guyana, is described. Hemiloapis gen. nov. and its type-species, H. yandaira sp. nov. are described from Bolivia.Two new species are described in the genus Mariliana Lane, 1970, M. amazonica sp. nov. from French Guiana and M. cicadellida sp. nov. from Bolivia. A key to the species of Mariliana is added. Two other new species of the genus Erana Bates, 1866 are described: E. septuosa sp. nov. and E. rosea sp. nov., both from Panama.
Resumo:
Três espécies de Cryptachaea Archer, 1946 são descritas, duas delas para o Brasil: C. amazonas sp. nov. da Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas e Cryptachaea maldonado sp. nov. da Base de Operações Geólogo Pedro de Moura, Porto Urucu, rio Urucu, Coari, Amazonas, com base em machos. Uma nova associação de macho e fêmea é proposta para Achaearanea hieroglyphica (Mello-Leitão, 1940). O macho da Guiana Francesa, atribuído à última espécie, é considerado uma espécie nova de Cryptachaea, C. ingijonathorum. O macho de Achaearanea tingo Levi, 1963 é descrito pela primeira vez. Novas ocorrências são listadas para A. trapezoidalis (Taczanowski, 1873).