123 resultados para Criança Hospitalizada
Resumo:
Este estudo teve como objetivos: compreender o funcionamento da dinâmica familiar da criança internada em UTI pediátrica e construir um Modelo Teórico sobre a experiência da família que vivencia a internação da criança na UTI pediátrica. Utilizou-se como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados. A análise comparativa dos dados possibilitou identificar dois fenômenos que compõem esta experiência da família: Tendo uma ruptura familiar e Vivendo a possibilidade de vir a perder o filho. A articulação desses fenômenos permitiu identificar a categoria central BUSCANDO PRESERVAR A INTEGRIDADE DA UNIDADE FAMILIAR, a partir da qual propõe-se um modelo teórico explicativo da experiência.
Resumo:
O estudo teve como objetivo identificar a percepção da criança hospitalizada, em idade escolar, sobre a realização de exames. Foi utilizada a pesquisa de natureza descritiva, predominando a investigação de caráter qualitativo. Os resultados revelaram que as crianças cooperam com os exames apesar do medo. O medo foi relacionado ao temor da dor física, de ser machucado, e ainda, do desconhecido. Considera-se que a criança percebe a realização do exame como parte do seu tratamento e gostaria de receber explicações sobre o procedimento.
Resumo:
Neste trabalho apresentamos o relato de uma situação clínica em que identificamos a vulnerabilidade da família, propiciando ao enfermeiro pediatra a utilização deste conceito na sua prática e intervenção com famílias. O estudo foi realizado com uma família que experienciava uma situação de doença e hospitalização de um filho. A vulnerabilidade foi identificada nas interações da família com a doença, a própria família e a equipe de saúde, e serviu de guia para o planejamento da assistência de enfermagem. As intervenções realizadas permitiram o fortalecimento da família para enfrentar a situação e o reconhecimento da importância para o enfermeiro pediatra utilizar resultados de pesquisa teórica em sua prática profissional.
Resumo:
A hospitalização pode ter efeitos negativos sobre o desenvolvimento e comportamento infantil. Assim, objetivou-se avaliar, neste trabalho, o comportamento de crianças com idade de 7 a 10 anos internadas, antes e após intervenção de arteterapia. Utilizou-se, para esse fim, um esquema quasi-experimental com grupo controle (n=10) e um grupo experimental (n=10). Os resultados mostraram que as intervenções de arteterapia foram eficazes, por promoverem a melhoria das respostas comportamentais de seus participantes. Conclui-se, então, que os hospitais podem ser ambientes estimulantes para a criança, implementando práticas de cuidados para além da doença.
Resumo:
O cuidado às necessidades emocionais de crianças hospitalizadas vem merecendo atenção dos profissionais de enfermagem em nosso país, embora ainda não de modo generalizado. A possibilidade de brincar sabidamente atenua o sofrimento, especialmente na infância, justificando-se a importância deste tema. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar a produção acadêmica dos enfermeiros brasileiros sobre o uso do brinquedo na atenção à criança em cuidado hospitalar, nos programas de pós-graduação stricto sensu. O levantamento foi feito no Portal CAPES, CEPEn, IBICT e consulta às referências dos trabalhos. Das quinze teses/dissertações encontradas na literatura pode-se encontrar catorze, que foram analisadas e constituem o corpus do presente estudo. O brinquedo foi mais utilizado no pré e pós-operatório, por enfermeiros docentes, com crianças pré-escolares e escolares, pais e enfermeiros. Os trabalhos analisados reforçam os resultados positivos desta prática. Recomendamos que as enfermeiras pediatras utilizem o brinquedo em todas as instituições onde a criança necessite de cuidado.
Resumo:
A hospitalização pode ser uma experiência traumática para as crianças e seus familiares. O objetivo deste estudo foi explorar a experiência da utilização da arte do teatro clown no cuidado as crianças hospitalizadas, a partir de uma atividade desenvolvida por alunos de cursos de graduação da área da saúde. Os dados foram obtidos mediante observação de 20 crianças e 11 alunos, personagens do teatro clown em interação na clínica pediátrica de um hospital-escola do interior do estado de São Paulo. Os dados empíricos foram analisados segundo a análise temática de conteúdo, os quais foram agrupados ao redor dos seguintes temas: expressões artísticas como forma de comunicação, participação do binômio criança e acompanhante e o clown como recurso terapêutico. Os resultados indicaram que esta experiência constituiu-se em uma intervenção concreta que valoriza o processo de desenvolvimento infantil, pois abre espaço para a fantasia, o riso, a alegria e a apropriação do cotidiano hospitalar; é um exemplo de ampliação do processo diagnóstico e terapêutico com a incorporação de intervenções que privilegiem as necessidades afetivas, emocionais e culturais da criança e sua família, na busca do cuidado atraumático.
Resumo:
O estudo, de abordagem qualitativa, teve por objetivo compreender como as famílias percebem a própria presença na unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal, e a aceitação dessa presença por parte dos profissionais de saúde. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada a 14 pais de crianças internadas na UTI pediátrica e neonatal de dois hospitais na Região Noroeste do Paraná. Para a interpretação dos dados, optou-se pela análise de conteúdo. Os resultados revelaram o sofrimento vivenciado pelos pais, as alterações que ocorreram na dinâmica familiar em face da hospitalização do filho, e a percepção dos benefícios da sua permanência junto à criança, do acolhimento e dos cuidados recebidos. Concluiu-se que os pais valorizam o fato de os profissionais demonstrarem respeito e atenção para com eles e a criança, criando elos de afetividade e confiança, além de gratidão pelo cuidado.
Resumo:
Este estudo tem como objetivo compreender a experiência existencial de mães de crianças hospitalizadas em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, consubstanciada na Teoria Humanística de Enfermagem. O cenário da investigação foi uma UTIP de um hospital público. Participaram do trabalho cinco mães de crianças hospitalizadas na referida unidade. Os dados foram analisados com base nas cinco fases da Enfermagem Fenomenológica. A partir dos discursos expressos durante a coleta de dados, emergiram as seguintes temáticas: a relação vivenciada entre as mães e os profissionais de enfermagem no momento da admissão e ao longo da hospitalização da criança na UTIP; e mães vivenciando sentimentos de medo, desespero e solidão diante do adoecimento do filho. O presente estudo ressalta a complexidade de que se reveste uma abordagem centrada nas genitoras e subsidia um novo olhar no âmbito da assistência, do ensino e da pesquisa em enfermagem.
Resumo:
Este estudo objetivou levantar, na perspectiva das mães, os benefícios relacionados à sua permanência e participação no cuidado ao filho internado na UTIP. Utilizamos como referencial teórico a Teoria Transcultural do Cuidado e como referencial metodológico a Pesquisa Convergente-Assistencial. Os dados foram coletados junto a seis mães de crianças internadas na UTIP de um hospital universitário, no período de janeiro a maio de 2007, por meio de entrevistas e observação participante. Na análise dos dados seguimos quatro processos genéricos: apreensão, síntese, teorização e transferência. Os resultados evidenciaram que a presença e o cuidado da mãe estreitaram seu vínculo afetivo com o filho, trouxe segurança para a mãe e tranquilidade para a criança, suscitando o aparecimento de sentimentos positivos como alegria e satisfação por poder cuidar do filho. É preciso que os enfermeiros repensem seu comportamento quanto à mãe acompanhante e adotem atitudes que favoreçam sua participação no cuidado ao filho hospitalizado.
Resumo:
A hospitalização é uma experiência complexa, sendo agravada no caso de necessidade de intervenção cirúrgica, principalmente quando o paciente é criança. Quando a cirurgia é suspensa, paciente e seus familiares podem apresentar sentimentos de insegurança, angústia e ansiedade. Este estudo teve como objetivo identificar e descrever a percepção de quinze mães e/ou responsáveis por crianças de 0 a 18 anos, internadas em um hospital, após receberem a notícia de que a cirurgia de seu filho foi suspensa. É um estudo descritivo, qualitativo, que utilizou o referencial teórico da Comunicação Interpessoal e o metodológico da Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciaram que as suspensões de cirurgias pediátricas são fatos presentes na instituição, que trazem repercussões ao paciente e familiares, e à organização institucional; que a comunicação entre profissionais da saúde, pacientes e familiares é inadequada; que a atuação do enfermeiro na notícia da suspensão da cirurgia precisa ser efetiva.
Resumo:
A infância apresenta-se como uma fase que exige bastante atenção da família e do serviço de saúde, uma vez que seus integrantes, além de dependerem de familiares, são vulneráveis ao ambiente. Objetivou-se descrever as vivências de familiares de crianças internadas em um serviço de pronto-socorro, discutir como essas vivências influenciam no cotidiano da família e relatar os aspectos que interferem no cuidado de enfermagem. Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, desenvolvido em um hospital de urgência da rede privada. Utilizou a técnica de entrevista com dez familiares para produzir os dados. Estes foram submetidos à análise temática, elaborando-se três categorias: vivências do familiar, alterações no cotidiano da família, a fé e a aproximação familiar atuando como agentes facilitadores. Concluiu-se que o ser acompanhante passa por adaptações, ao vivenciar a hospitalização, existindo alterações na rotina familiar. Porém, devido aos conflitos vivenciados pelo familiar, a enfermagem deve compreendê-lo como sujeito do cuidado ampliado.
Resumo:
O estudo teve por objetivo descrever os sentimentos do escolar no que se refere à hospitalização e discutir a sua percepção sobre esse fato. Abordagem qualitativa com dados coletados por meio de gravação, utilizando entrevista semiestruturada, da qual obteve-se o tópico de análise: percepções e sentimentos apontados pelo escolar durante a hospitalização. Constatou-se que os sentimentos apontados pelas crianças, durante a hospitalização, são de restrição, medo, dor, preocupação, saudades e ansiedade. A maioria percebeu a hospitalização como algo negativo, contudo, esses sujeitos apontaram também aspectos positivos, como carinho exclusivo da mãe; acesso a produtos alimentares que não estão disponíveis em seu domicílio e compensações recebidas por estar doente. O brincar apareceu como uma atividade importante que ameniza os aspectos negativos da hospitalização. Concluiu-se que, apesar dos sentimentos negativos, o escolar é capaz de perceber que a hospitalização é importante para a sua recuperação.
Resumo:
A hospitalização de um recém-nascido provoca a separação entre mãe e filho quando o contato é fundamental para o desenvolvimento do papel materno. Assim, as mães tendem a se sentir incapazes de atender as necessidades dos filhos, enfrentando dificuldades para lidar com seus sentimentos e com as demandas dos familiares. O objetivo deste estudo foi identificar as Características Definidoras do Diagnóstico de Enfermagem Conflito no desempenho do papel de mãe em estudos sobre a experiência de ser mãe na unidade neonatal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que utilizou 15 estudos qualitativos, publicados de 2004 a 2009 em periódicos indexados na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical LiteratureandRetrieval System OnLine. Este diagnóstico é um fenômeno de enfermagem a ser estudado por enfermeiros neonatais para que possam reconhecer e propor intervenções às necessidades maternas, visto que nove das dez Características Definidoras foram identificadas nos depoimentos das mães.
Resumo:
Trata-se de um relato e reflexão a respeito do Projeto MediArte com Amor e Humor, com base nas vivências e percepções das autoras/estudantes integrantes do projeto. O Projeto é uma atividade de extensão da UFRN envolvendo estudantes de medicina. Neste objetiva-se trabalhar a humanização por meio das virtudes humor e amor através de atividades lúdico-recreativas, nas dependências do Hospital de Pediatria da UFRN, envolvendo pacientes, acompanhantes e profissionais semelhantes às intervenções de palhaçoterapia. Busca-se, dentre outros aspectos, resgatar o sorriso e alegria das crianças doentes e promover o cuidado humanizado. Observa-se que a presente iniciativa conforma-se como uma estratégia de educar em saúde, onde teoria e práticas potencialmente interdisciplinares, humanizadoras e éticas são desenvolvidas, contribuindo para uma formação mais integral dos alunos de graduação, bem como uma iniciativa de humanização do cuidado no SUS.
Resumo:
A disacusia sensorioneural autoimune é reconhecida como uma das poucas causas reversíveis de perda auditiva sensorioneural. Acomete na grande maioria das vezes mulheres entre 30 e 40 anos, sendo extremamente raro em crianças. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, testes laboratoriais, bem como resposta satisfatória a corticoterapia. O exame audiológico não apresenta características típicas. Neste trabalho os autores descrevem o caso de um menino de sete anos com diagnóstico de disacusia sensorioneural autoimune.