463 resultados para Comunidades animais - Estrutura
Resumo:
Geralmente pensa-se que a estrutura das comunidades está determinada pela competição interespecífica. Os críticos desta idéia indicam que devemos primeiramente demonstrar a estrutura com modelos nulos par testar se a estrutura realmente existe. Aqui, utilizamos 179 espécies predadoras e saprófagas de moscas da família Muscidae (Diptera) que foram capturadas com armadilha Malaise em seis locais no Estado do Paraná, durante um ano de estudo. Para testar a estrutura das comunidades, geramos cinco matrizes de presença-ausência (1-0): duas por guildas tróficas, duas por tipo de habitat e uma matriz geral (taxonômica). Dois índices de co-ocorrência (C) e covariância (V) de espécies foram calculados nas matrizes desenvolvidas através de 5000 aleatorizações de Monte Carlo. Estas seguiram duas diferentes premissas: 1) número de espécies por local fixo, e 2) proporções constantes de espécies em todos os locais. Comparações com modelos nulos de comunidades mostram que a assembléia "taxonômica" de espécies tem uma falsa estrutura, enquanto assembléias de espécies "ecológicas" têm uma estrutura verdadeira. Enquanto as assembléias ecológicas são consistentes com a teoria de competição interespecífica como uma causa da estrutura das comunidades, é possível que outras causas possam também ser importantes.
Resumo:
As raízes das plantas podem estimular a microbiota do solo, a qual pode contribuir para o aumento da eficiência do processo de remediação. Assim, avaliar a magnitude dos efeitos das raízes sobre a microbiota do solo é de grande interesse e de relevância prática e ecológica. Neste trabalho, avaliaram-se a densidade microbiana, a atividade enzimática, a estrutura da comunidade bacteriana e a presença de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) na rizosfera de plantas de ocorrência espontânea em solo de sistema de "landfarming" de resíduos petroquímicos. Avaliaram-se também solos rizosféricos de cinco plantas e solo-controle sem planta por meio de contagens de microrganismos em placas, eletroforese em gel com gradiente desnaturante (DGGE) de fragmentos do gene rRNA 16S, seqüenciamento genético, atividades enzimáticas, percentagem de colonização radicular e contagem e identificação de esporos de FMAs. As plantas estimularam a densidade microbiana total e da população de degradadores de antraceno, com contagens médias de 1,5 x 10(6) e 2,2 x 10(6) UFC g-1 no solo seco, respectivamente, enquanto, no solo sem planta, essas contagens foram de 5,7 x 10(5) e 2,9 x 10(5) UFC g-1 no solo seco para os respectivos grupos microbianos. As espécies de maior efeito foram Bidens pilosa e Eclipta alba. Entretanto, esses efeitos estimulantes não foram verificados para a atividade enzimática do solo. A colonização micorrízica das raízes (em torno de 40 %) e a densidade de esporos nos solos rizosféricos foram elevadas (entre 900 e 4.800 esporos por 50 cm³ de solo), sendo maior na Brachiaria decumbens. Foram identificadas quatro espécies de FMAs: Acaulospora morrowiae, Glomus intraradices, Paraglomus occultum e Archaeospora trappei. Com exceção de G. intraradices, essas espécies não foram observadas em áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. A análise por DGGE revelou que os solos rizosféricos apresentaram comunidades bacteriana diferente do solo sem plantas. As bactérias degradadoras de antraceno isoladas apresentaram relação filogenética com os gêneros Streptomyces, Nocardioides, Arthrobacter, Pseudoxanthomonas e com gêneros não identificados das famílias Cellulomonadaceae, Xanthomonadaceae e Rhodobacteraceae, sendo quatro destes isolados pertencentes aos actinomicetos. Apenas Nocardioides e o gênero relacionado com a família Cellulomonadaceae foram relatados em áreas brasileiras contaminadas com hidrocarbonetos de petróleo. Conclui-se que as plantas estimulam o aumento da densidade de células bacterianas e alteram a comunidade microbiana do solo de "landfarming" de resíduo petroquímico.
Resumo:
A cultura da cana-de-açúcar é de extrema importância no cenário agrícola nacional. No entanto, pouco se sabe sobre a estruturação das comunidades microbianas associadas aos solos e às rizosferas de tais plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura e diversidade das comunidades de bactérias associadas ao solo e à rizosfera de seis variedades de cana-de-açúcar cultivadas no Estado de São Paulo (Brasil). As análises foram realizadas com base em métodos independentes de cultivo, em que a técnica de PCR-DGGE revelou alterações na rizosfera para os grupos de bactérias totais e também para os grupos de Alphaproteobacteria e Betaproteobacteria. Após essa análise, quatro amostras (três de rizosfera e uma de solo) foram usadas para o sequenciamento da região V6 do gene 16S DNAr na plataforma Ion Torrent TM. Essa análise gerou um total de 95.812 sequências, dentro das quais houve a predominância das afiliadas aos filos Actinobacteria, Proteobacteria e Acidobateria . Os resultados revelaram que as comunidades bacterianas na rizosfera são distintas daquelas encontradas no solo. Foi possível ainda observar efeito diferencial de plantas das variedades. Alguns grupos bacterianos apresentaram menor frequência na rizosfera (Acidobacteria ), enquanto outros se mostraram fortemente estimulados pela presença das raízes, comumente para todas as variedades (Betaproteobacteria , Nitrospora e Chloroflexi ), ou em respostas variedade-específicas (Bacilli e Sphingobacteria ).
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura populacional e os progressos genéticos, fenotípicos e ambientais de características de desenvolvimento ponderal, em bubalinos da raça Mediterrâneo. Foram utilizadas informações dos pesos ajustados aos 205, 365 e 550 dias de idade, de 6.243 bubalinos nascidos no período de 1974 a 2003, provenientes de quatro fazendas. As estimativas dos coeficientes de herdabilidade foram altas para os pesos ajustados nas três idades. Os rebanhos apresentaram ganho genético positivo quanto a essas três características, porém, aquém do possível, provavelmente em razão da seleção baseada somente no fenótipo, realizada pelos produtores. Para aumento nos ganhos genéticos, são necessários a redução do intervalo de geração, o aumento do tamanho efetivo, o uso de reprodutores avaliados com base nos valores genéticos preditos pelo BLUP e o controle dos acasalamentos de animais aparentados.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura populacional e o progresso genético e fenotípico de características de desenvolvimento ponderal, em bovinos da raça Nelore, no Estado da Bahia. Foram utilizadas informações de pedigree de animais nascidos no período de 1955 a 2007, e dados dos pesos ajustados aos 205, 365 e 550 dias de idade, de bovinos nascidos de 1970 a 2006. As estimavas dos coeficientes de herdabilidade foram de moderadas a altas, quanto aos pesos ajustados nas três idades. Os rebanhos apresentaram ganho genético positivo nas três características, porém, de baixa magnitude. A mudança fenotípica no decorrer dos anos foi quase exclusivamente relacionada à melhoria ambiental. O tamanho efetivo da população de Nelore do Estado da Bahia tem sido alto em alguns períodos, o que tem levado a menor incremento de endogamia e maiores ganhos genéticos. O intervalo de geração é alto e sua redução é importante para que se possa alcançar maior ganho genético anual.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pastejo animal sobre a produção de forragem e sobre os componentes estruturais dos pastos das cultivares Marandu, Xaraés e Piatã de Brachiaria brizantha. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três tratamentos e duas repetições. Os piquetes com 2 ha foram subdivididos em dois e submetidos a pastejo alternado, com 28 dias de utilização e 28 dias de diferimento. Foram utilizados três animais avaliadores por piquete, e animais reguladores foram adicionados e retirados de cada piquete, para manter resíduos pós-pastejo em torno de 3 Mg ha-1 de matéria seca. Os pastos foram amostrados, no pré e no pós-pastejo, a fim de se estimarem a massa de forragem e a proporção dos componentes morfológicos. A massa de forragem no pré-pastejo foi superior para a cultivar Xaraés, quando comparada à Marandu; a cultivar Piatã apresentou massa semelhante às das outras duas. As principais diferenças nas estruturas dos dosséis, entre as cultivares, foram acúmulo de colmo e, conseqüentemente, redução na relação lâmina foliar:colmo, na cultivar Piatã no período das águas e na Xaraés no período seco, o que indica que o manejo do pastejo deve ser diferenciado para essas cultivares. À semelhança da 'Marandu', as cultivares Xaraés e Piatã são bem adaptadas aos solos do Cerrado e são alternativas à diversificação de forragem.
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O objetivo deste trabalho foi determinar a estrutura populacional e os efeitos causados pela endogamia, em um rebanho fechado da raça Nelore da linhagem Lemgruber. O arquivo de pedigree avaliado incluiu registros de 39.290 animais, 17.646 machos e 21.644 fêmeas, nascidos entre 1951 e 2007. A estrutura da população foi analisada com uso dos programas Poprep e Endog, tendo-se determinado algum nível de endogamia em 61,82% dos animais. O valor do F médio foi 3,02% para toda a população e 4,89% para os animais endogâmicos; e o F máximo foi de 37,5%. O número de ancestrais que contribuiu para a população referência foi 2.380 animais, dos quais apenas sete explicam 50% da variabilidade genética da população. O número efetivo de fundadores (Nf) e o número efetivo de ancestrais (Na) nessa população foram 25 e 21, respectivamente. O incremento esperado de endogamia, causado pela contribuição desequilibrada dos fundadores, foi de 1,62%. A estrutura populacional do rebanho apresenta envelhecimento dos reprodutores, com consequente aumento no intervalo de gerações, além de um contínuo incremento de endogamia e alta percentagem de indivíduos endogâmicos, fatos que comprometem o ganho genético anual e que devem merecer maior atenção dos selecionadores.
Resumo:
Nos trabalhos em comunidades florestais, tradicionalmente são estudadas apenas a composição e a estrutura do componente arbóreo, relegando o estrato herbáceo-arbustivo ao esquecimento ou ao segundo plano. Os objetivos deste trabalho foram descrever a estrutura fitossociológica desse estrato para entender suas relações sinecológicas e, por fim, estudar a distribuição dos indivíduos pelas classes de tamanho para inferir sobre fatores e processos determinantes da organização florestal da Mata da Silvicultura. Para o estudo da fitossociologia da área foram utilizados os parâmetros de abundância obtidos a partir de 100 m² de amostra subdividida em parcelas de 1 m². A estrutura fitossociológica horizontal considerou todos os indivíduos com CAP menor que 10 cm ou com altura maior que 20 cm. Os aspectos dinâmicos foram avaliados por meio da distribuição de tamanhos individuais expressos pelos diâmetros à altura do solo em cada população amostrada. Foram amostrados 1.193 indivíduos de 109 espécies, pertencentes a 41 famílias botânicas, resultando em um índice de diversidade de Shannon (H') de 3,38 e equabilidade (J') de 0,72, valores considerados altos para a heterogeneidade do estrato herbáceo-arbustivo. As espécies mais importantes (VI) foram Piper lucaeanum, Psychotria conjugens, Olyra micrantha, Psychotria sessilis, Siparuna guianensis, Bambusa tuldoides, Ottonia leptostachya, Aparisthmium cordatum e Psychotria hastisepala. As famílias mais importantes (VI) foram Rubiaceae, Piperaceae, Poaceae, Monimiaceae, Leguminosae (Mimosoideae), Myrtaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae, Lauraceae e Flacourtiaceae. Pela análise de distribuição de tamanhos foi levantada a hipótese de existirem dois grupos de espécies, segundo a estratégia que possuem de habitar o estrato herbáceo-arbustivo da Mata da Silvicultura. Um dos grupos seria formado pelas espécies que investem preferencialmente recursos energéticos no sistema caulinar e o outro, pelas espécies que investem recursos energéticos preferencialmente no sistema fotossintético.
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Fragmentos de Floresta Ombrófila Mista têm sido freqüentemente utilizados para o manejo de bovinos na região do médio rio Pelotas, Sul do Brasil. Para avaliar o efeito dos animais na estrutura populacional de Araucaria angustifolia, Clethra scabra, Dicksonia sellowiana e Maytenus ilicifolia, foram amostrados sítios, sujeitos à alta e baixa intensidade de pastoreio, em cinco fragmentos, utilizando-se parcelas de 20 x 20 m. Apesar do pequeno tamanho dos fragmentos e da alta perturbação pelo manejo do gado e pela extração seletiva de madeira, as espécies ocorreram em abundância, e a densidade de plântulas e infantis foi maior do que de árvores. O efeito do gado na estrutura das populações de A. angustifolia variou em função das características ambientais de cada fragmento, não havendo, assim, um padrão na resposta das populações estudadas ao pastoreio. Com relação às demais espécies, os resultados não foram conclusivos, pois ocorreram em alta densidade apenas em um fragmento.
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Considerando que o regime de queima é um dos principais fatores que alteram a estrutura e composição de espécies de uma comunidade vegetal, este trabalho teve como objetivo analisar o efeito do fogo na composição florística e estrutura da vegetação lenhosa de Cerrado sentido restrito no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Goiás, submetida a diferentes regimes de queima. Foram utilizadas duas áreas de Cerrado sentido restrito: uma delas submetida ao fogo em 2002 e 2006 e outra sem a passagem do fogo nessas duas épocas. Em cada área foram estabelecidas 25 parcelas de 20 x 20 m, sendo incluídas no estudo todas as árvores (C30>15 cm). As duas áreas estudadas apresentaram composição florística similar, evidenciada pelo Coeficiente de Sorensen, o qual encontrou 84% de similaridade na composição florística entre as áreas. Entretanto, a estrutura da vegetação apresentou diferenças relevantes, evidenciada pelo Indice de Similaridade de Bray Curtis, o qual obteve valor de 0,67, que foi refletido por mudanças na estrutura das comunidades estudadas. A área queimada apresentou menor número de indivíduos, de espécies, menor valor de área basal e, por conseguinte, do Índice de Diversidade de Shannon (H') e Equabilidade (J'). Nesse sentido, provavelmente a frequência das queimadas ocorridas na área não foram suficientes para evidenciar o efeito do fogo no processo de alteração na composição das espécies lenhosas. Entretanto, o fogo exerceu papel relevante na modificação da estrutura da vegetação.
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A utilização de ecossistemas naturais como meta a ser atingida e a seleção de indicadores para monitoramento dos projetos são temas controversos na ciência e na prática da restauração. Analisamos a vegetação ripária em quatro remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, para verificar se alguns atributos dessas comunidades se repetem em diferentes locais, podendo ser referência para esta região fitogeográfica. Instalamos dez parcelas de 100 m² em cada local, amostramos plantas lenhosas com altura ≥ 0,5 m, divididas em estrato regenerante (DAP < 5 cm) e estrato arbóreo (DAP ≥ 5 cm) e classificamos as espécies com base em atributos funcionais, raridade e status de ameaça. Contabilizamos lianas, pteridófitas e árvores com epífitas. As variáveis estruturais de densidade (estrato arbóreo e regenerante e árvores com epífitas), área basal e cobertura de copas não diferiram entre locais. Foram pouco variáveis entre as áreas a riqueza rarefeita para 100 indivíduos no estrato arbóreo, a riqueza total estimada por Jackknife e as proporções de espécies raras, tolerantes à sombra, de crescimento lento e zoocóricas. Porém, analisando-se a proporção de indivíduos na comunidade, somente a tolerância à sombra foi pouco variável. Para as outras variáveis analisadas não existem padrões que possam ser considerados referência para esta região fitogeográfica. No entanto, ainda que para algumas variáveis existam padrões, sua utilização como meta da restauração depende de: 1) prazos longos para monitoramento de projetos e, sobretudo, 2) estudos que demonstrem que os ecossistemas restaurados podem, um dia, igualar aos ecossistemas pré-existentes.
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Este estudo teve como objetivo relacionar as variações na riqueza e estrutura da comunidade arbórea com variáveis edáficas em um gradiente de floresta ciliar, no Parque Estadual da Mata Seca, Norte de Minas Gerais. Os estudos das variáveis edáficas e da diversidade e estrutura da vegetação arbórea (DAP ≥ 5 cm) foram conduzidos em 39 parcelas de 400 m², divididas equitativamente em três trechos previamente selecionados, sendo eles: São Francisco (menor teor de umidade), Meio (alagamento durante a maior parte do ano) e Lagoa da Prata (alagamento durante a estação chuvosa). A análise de solo superficial (0 a 20 cm) evidenciou diferenças significativas entre os diferentes trechos florestais. Nos três ambientes foram amostrados 2.482 indivíduos, pertencentes a 36 espécies, 31 gêneros e 16 famílias botânicas. Houve diferença significativa nos diferentes trechos no índice de diversidade de Shannon, número de indivíduos, área basal e dominância absoluta. A distribuição diamétrica da comunidade apresentou grande número de indivíduos nas menores classes, decrescendo gradualmente. Vale salientar que a área basal e a densidade de indivíduos obtiveram correlações significativas com a maior parte das variáveis edáficas analisadas. Assim, a estrutura dos três trechos estudados está correlacionada com os fatores texturais, químicos e umidade do solo, ocasionando variações fitossociológicas nas comunidades estudadas.
Resumo:
Entre os mamíferos marinhos, a baleia é um dos animais que mais desperta atenção, especialmente no atinente ao seu sistema urinário. Este sistema segue o padrão entre os mamíferos quanto a sua constituição, entretanto, difere na morfologia renal, em número de lobos, que por sua vez, forma renículos completos, aglutinados às centenas. Esta estrutura é sustentada por tecido conjuntivo fibroso, mas altamente capaz de manter o equilíbrio hidroeletrolítico. Foram dissecados 6 pares de rins de baleia Minke (Balaenoptera acutorostrata), colhidos em 1982, Cabedelo, Estado da Paraíba, Brasil, na última pesca autorizada. Estes rins estavam conservados em formol 10% e apresentaram uma camada histológica de colágeno muito grande circundando a parede medular. O duto coletor urinário forma cálices papilares, desembocando num único centro coletor que desemboca no ureter. Verificou-se que o rim da baleia Minke apresenta característica lobulada possuindo em média 700 renículos, cada renículo possui características anatômicas e funcionais de um rim unipiramidal, com uma camada interna (medula), e uma camada externa (córtex), e irrigação independente, com formação das artérias arqueadas individualmente, como observadas em mamíferos terrestres unipiramidais. Entretanto, o conjunto destes renículos constitui ao final um rim multilobular e polipiramidal, contrariando a morfologia da maioria dos mamíferos terrestres. Não foi possível distinguir ao nível de microscopia de luz as estruturas do córtex renicular da baleia Minke. Na microscopia eletrônica de varredura foi possível visualizar uma camada cortical que fica localizada entre duas cápsulas fibrosas. Esta junção por sua vez é feita por tecido conjuntivo o qual juntamente com uma camada de colágeno e fibras elásticas, separa o córtex da medula , foram visualizados os glomérulos renais, completamente tomados pelos vasos glomerulares e dispostos em várias camadas. Percebe-se que a cavidade glomerular é praticamente um espaço virtual para onde o filtrado glomerular é drenado, não apresentando o formato globular. A vascularização intensifica-se ao chegar à região medular. A diferença entre rins de mamíferos terrestres e marinhos está na disposição dos componentes morfológicos, favorecendo a fisiologia do órgão.
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A paca (Cuniculus paca) é o segundo maior roedor da fauna brasileira. Apresenta carne de excelente qualidade, o que incentiva a criação comercial. Além disso, este animal pode tornar-se uma opção válida em experimentação embora poucas sejam as informações detalhadas sobre sua morfologia. Assim, objetivou-se descrever a morfologia, morfometria e ultraestrutura de segmentos das porções cranial e caudal da veia cava de quatro pacas (Cuniculus paca) adultas excedentes do plantel do Setor de Animais Silvestres do Departamento de Zootecnia da FCAV-Unesp. Os segmentos venosos foram analisados à microscopia de luz e à microscopia eletrônica de varredura. Foram mensuradas as espessuras do complexo formado pelas túnicas íntima e média, além da túnica adventícia e analisou-se os resultados pela estatística descritiva, teste "T" pareado (p<0,05). Em relação à espessura das túnicas estudadas, comprovou-se que os valores da espessura das túnicas íntima, média e adventícia, para todos os animais, foram significativamente maiores no segmento cranial. As camadas das paredes dos vasos apresentaram variações entre si quanto à estrutura e espessura, supostamente devido a uma adaptação à exigência funcional.
Resumo:
RESUMO: Objetivou-se avaliar a influência da estação do ano sobre a estrutura testicular de ovinos SRD. Foram utilizados 10 animais com idade entre dois e três anos. Os testículos foram seccionados e fixados em solução de Bouin por 24h. Os fragmentos foram submetidos ao processamento histológico, emblocados em parafina e corados com hematoxilina eosina. Foram avaliadas a proporção volumétrica dos compartimentos testiculares, o diâmetro dos túbulos seminíferos, altura do epitélio seminífero e frequências dos estágios do ciclo do epitélio seminíferos. Os dados foram submetidos à análise de variância a 5% de probabilidade, do programa estatístico SAS 9.0. Os resultados revelaram todos os valores pesquisados sofreram influência da estação do ano. O valor do diâmetro tubular foi de 143,98±17,83 e 170,37±26,64μm, a altura do epitélio seminífero foi de 44,92±9,23 e 50,06±13,61μm e a proporção volumétrica foi de 78,32±13,68 e 80,13±15,14% nos períodos seco e chuvoso, respectivamente. A quantificação das células germinativas e de Sertoli mostrou todos os valores foram maiores no período chuvoso quando comparados com o seco. Concluiu-se que a estação do ano interferiu na estrutura testicular, tendo em vista que todos os valores da proporção volumétrica dos componentes testiculares mostraram diferença significativa entre as estações do ano, pois os valores foram mais acentuados no período chuvoso.