63 resultados para CIE-9-MC
Resumo:
Foi feito um inventário de seis hectares de floresta de. terra firme na área de influência da Estrada Cuiabá-Porto Velho (BR-364). Destes seis hectares, dois foram feitos no Município de Jaru, vicinal 605 e quatro na área do Projeto Machadinho, vicinais MC-2, MA-9. A flonesta apresenta uma altura média de 15m e um total de 278 espécies diferentes, representadas por 2.235 indivíduos e 57 famílias nos seis hectares estudados. Os hectares I e II do Município de Jaru apresentaram, respectivamente, uma diversidade florística de 113 e 136 espécies de 10cm ou mais de diâmetro (DAP), enquanto que os hectares III, IV, V e VI da área do Projeto Machadinho apresentaram respectivamente, 103, 115, 122 e. 121 espécies. A espécie mais importante no hectare I é o breu manga (Tetragastris altíssima (Aubl.) Swartz) com o IVI (Índice de Valor de Importância) de 12,07, o que representa 4,0%do total; no hectare II, muiraquatiara (Astronium lecointelDucke) com o IVI 28,94, ou se,ja 9,6% do total; no hectare III, Macrolobiumsp., com o IVI de 28,94, representando 9,6% do total; no hectare IV, pau d'alho (Gallesia integrifolia(Sprenq.) Harms), com IVI de 39,41, representando 13,1% do total; no hectare V, tauari (Couratari macrospermaA.S. Smith), com IVI de 11,32, ou seja, 3,8% do total; no hectare VI, violeta Peltogyne catingae Ducke subsp. glabra(W. Rodr.) M.F. da Silva), com o IVI de 11,68, representando 3,9% do total. As seis famílias mais importantes em ordem de importância são: Leguminosae, Moraceae, Sapotaceae, Lecythidaceae, Bursenaceae e Pal mae. Os dados quantitativos da regeneração natural indicaram que as espécies que apre-sentaram maior número de indivíduos regenerando, foram: Duguetia flagellaresHuber e Maquirasp. no Município de Jaru e Coussareasp. e. Micrandrasp. na área do Projeto Macha dinho, em Ariquemes.
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Neste trabalho são apresentados dados referentes a biometria de frutos de araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh). Pelos dados obtidos, observa-se que os frutos de araça-boi apresentam uma grande variação quanto ao peso total (média 161diâmetro (média 7,25 cm), comprimento (média 6,08 cm), número de sementes (média 12), peso das sementes (média 33,58 g), peso da casca (média 25,63 g) e peso da polpa (média 102,30 g). As variáveis estudadas, em geral, foram correlacionadas positiva e significativamente, podenso serem utilizadas para estimar uma outra variável, isoladamente.
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Foram determinados diversos parâmetros da biologia de Conotrachelus hutneropictus Fiedler, importante praga do cacaueiro, Theobroma cacao L. e do cupuaçuzeiro, T. grandiflorum (Will, ex Spreng.) Schum na Amazônia brasileira. A pesquisa foi realizada em laboratório, com fotofase natural de 12 horas, sob condições controladas de temperatura (27 ± 2eC) e umidade relativa (80 ± 10%). C. hutneropictus alimentado com folhas novas e frutos novos de cacueiros, apresentou em média, um ciclo de ovo a emergência do adulto do solo de 79 a 151 dias e em média, 108,80 ± 9,44 dias (Χ ±Εχ95) para machos e 156,87 ±16,19 dias para fêmeas. O período de pré-oviposição foi de 16,20 ± 0,49 dias. O periodo de oviposição foi de 80,50 ± 5,58 dias, colocando cada fêmea, de 55 a 153 ovos, em média 108,45 ± 6,21 ovos, sendo as posturas diárias e constituídas em média por 1,29 ± 0,03 ovos. No interior dos frutos de cacau, o inseto necessitou de 4,73 ± 0,06 dias e 26,64 ±0,17 dias, para o desenvolvimento embrionário e larval, respectivamente. Após esse período, um total de 20,25 ± 1,50 dias se passaram no solo, para o desenvolvimento das fases de pré-pupa (6,07 ± 0,06 dias), pupa (9,62 ±0,10 dias) e completa formação fisiológica do adulto (4,56 ±0,11 dias). Neste interim, C. humeropictus torna-se mais vulnerável ao ataque de seus inimigos naturais, principalmente fungos, dentre os quais Metarhiziutn anisopliae (Metsch.) Sorok. e Beauveria bassiana (Bals.) Vuill., únicos inimigos constatados para a espécie no decorrer da pesquisa.
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Machos de Euglossinac foram coletados nos cerrados da região de Barreirinhas, Zona do Litoral da Baixada Oriental Maranhense, com uso de cineol, eugenol, salicilato de metila e benzoato de benzila, como iscas. Foram encontradas 9 espécies distribuídas em 4 gêneros: Euglossa, Eufriesea, Eulaema e Exaerete. As mais comuns foram Euglossa cordata (63,31%), Eulaema ungulata (17,80%), Eulaema nigrita (7,63%), Euglossa modestior (4,94%) e Eufriesea ornata (4,16%). As demais, Euglossa chalybeata, Euglossa fimbriata, Euglossa melanotricha e Exaerete smaragdina, foram menos freqüentes, representando juntas 2,16% da amostra total. As abelhas estiveram ativas nas duas estações, seca e chuvosa, sendo mais abundantes na última. Cineol atraiu 78,2% dos machos (8 espécies), eugenol, 19,9% (5 espécies), salicilato de metila 1,3% (1 espécie) e benzoato de benzila 0,6% (2 espécies).
Resumo:
O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh), espécie nativa da Amazônia, cujos frutos apresentam elevado teor de vitamina C, normalmente é propagado através da semente o que não garante a reprodução de bons caracteres. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a multiplicação do camu-camu por meio de diferentes métodos de enxertias do tipo garfagem, visando a produção de material selecionado na região de Manaus, AM. As enxertias foram realizadas quando as mudas alcançaram um ano de idade com, em média, diâmetro do colo de 6 mm e altura de 80 cm, em viveiro coberto com tela de sombrite de 50 % de luminosidade. A enxertia do tipo garfagem com fenda lateral (65 %), seguida da garfagem lateral simples (52 %), foi o método que apresentou o melhor resultado na propagação assexuada do camu-camu. As garfagens de topo com fenda cheia (34 %) e fenda a cavalo (9 %) foram os métodos que registraram os mais baixos índices de pegamentos, embora a primeira não tenha diferido significativamente dos métodos que apresentaram os melhores resultados.
Resumo:
Foram efetuadas coletas mensais de julho/1990 a junho/1991, durante a lua nova, na Fazenda Aruanã, uma área de terra-firme às margens da rodovia Torquato Tapajós, AM-010, Km 215, Município de Itacoatiara, Estado do Amazonas, Brasil. Utilizou-se para as coletas luz mista de mercúrio de 250 W, sobre um lençol branco. Foram coletados 251 indivíduos de 9 gêneros e 18 espécies de dinastíneos e dentre estes houve predominância de Cyclocephala Latreille (3 espécies abundantes) e Ligyrus Burmeister (única espécie abundante).
Resumo:
Estudou-se a composição química de amêndoas do fruto da sapucaia (Lecythis pisonis Camb), provenientes da Estação Experimental de Santa Rita do Passa Quatro (SP), do Instituto Florestal de São Paulo. As análises químicas foram realizadas segundo as "Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Os resultados obtidos mostraram altos teores lipídicos (63,5 g/100g), protéicos (19,9 g/l00g), vitamina C (17,1 mg/100g) e valor calórico de 684 Kcal/100g. A fração oleosa apresentou um perfil de ácido graxos e índice de iodo (113,5), equivalente ao do óleo de milho comestível, destacando-se o ácido linoléico (48,6 % p/p) considerado como ácido graxo essencial e participante nos processos de inibição de germinação de sementes. O perfil de ácidos graxos do óleo das amêndoas de sapucaia, os teores de lipídios e de proteína foram semelhantes aos das amêndoas de castanhas-do-Pará (Bertholletia excelsa), espécie da mesma família da sapucaia, cultivada na Amazônia. Para a determinação dos nutrientes, as amostras foram tratadas por via úmida (H2SO4 e H2O2), através da radiação de microondas por sistema aberto de digestão e quantificadas por Espectrometria de Emissão Atômica com Plasma de Argônio Induzido (ICP-AES). A espécie revelou teores elevados para Na (49,8 mg/g); K (46,4 mg/g); B (64,5 mg/g); Mn (91,0 ųg/g); Fe (14,2 ųg/g) e Al (4,91 ųg/g). Entretanto, o nível de Pb encontrado (0,96 ųg/g), está acima do limite máximo permitido pela legislação brasileira (0,5 ųg/g), evidenciando uma possível toxicidade da amostra e contaminação antrópica do local amostrado.
Resumo:
Dados de comprimento e de captura e esforço da pesca do surubim-tigre (Pseudoplatystoma tigrinum) obtidos durante o período de 1993 a 1996, no Médio Amazonas, foram utilizados para descrever as pescarias e estimar as taxas de crescimento e mortalidade da espécie. Os parâmetros populacionais médios estimados foram Loo =180,0 cm (comprimento total), Woo = 56,56 kg, k = 0,29 ano-1, C = 0,9; WP = Novembro, M = 0,47 ano-1, Z = l ,42 ano-1, F = 0,95 ano-1 e Lc = 87,0 cm. A análise do rendimento por recruta mostra que o estoque está sendo explorado em seu limite de sustentabilidade.
Resumo:
Sementes de azedinha (Oxalis hirsutissima Mart. & Zuc.) apresentam um baixo percentual de germinação, dificultando a propagação dessa espécie medicinal, tão utilizada pelas populações tradicionais da região contra as inflamações oculares. Sementes coletadas de uma população nativa em Poconé, no Estado de Mato Grosso, foram submetidas a dois ensaios de quebra de dormência. No primeiro foram usados 12 tratamentos: pré-embebição em água por 24, 36, 48, 69 e 96 horas, imersão em acetona por 10 e 40 minutos, imersão em ácido clorídrico por 10 e 40 segundos, imersão em álcool etílico 96° por 10 e 40 segundos, e sem pré-tratamento. No segundo ensaio foram usados 14 tratamentos: imersão em água quente (70 ºC) por 20, 40, 60 e 300 segundos; em água muito quente (85 ºC) por 20, 40, 120 e 300 segundos, em água fervendo (100 °C) por 10, 20,40, 120 e 300 segundos, e sem pré-tratamento. A imersão em ácido clorídrico por 40 segundos diferiu estatisticamente dos demais, e mesmo assim a porcentagem de germinação foi baixa (47%). A imersão em água quente (70 ºC) por 300 segundos e em água muito quente (85 ºC) por 40 segundos mostraram os melhores resultados, com 89 e 92% de germinação, respectivamente. A água fervendo (100 ºC) por 300 segundos reduziu a percentagem de germinação a 4%.
Resumo:
Aproximadamente 2500 alevinos de matrinchã com comprimento padrão de 0,8 a 5,0cm foram coletados no lago Catalão, margem direita do rio Negro e no rio Solimões, próximo a ilha da Marchantaria, Estado do Amazonas. Uma subamostra de 136 peixes foi retirada para exames parasitológicos e o restante foi colocado em tanques em uma estação de piscicultura, durante 30 dias. Após esse período uma segunda amostra foi retirada e examinada. Dos 136 peixes: 49 (36%) estavam parasitados com metacercárias de trematódeos; 32 (23,5%) com nematóides Spirocamallanus inopinatus; 26 (19%) com monogenóideos Jainus amazonensis; 3 (2%) com protozoários Trichodina sp.; 1 (0,7%) com acantocéfalo Echinorhynchus sp. e 2 (1,5%) com estágios larvais de cestóides. Dos peixes mantidos nos tanques, após 30 dias foi examinada uma subamostra de 60 peixes: 42 (70%) estavam parasitados com J. amazonensis; 14 (23%) com S. inopinatus; 9 (15%) com metacercárias de trematódeos e 2 (3%) com Echinorhynchus sp. A intensidade média e abundância média foram maiores em J. amazonensis (342 e 65), seguido por cestóides (70 e 1), Trichodina sp. (13 e 0,3), trematódeos (5 e 2), S. inopinatus (1 e 0,3) e Echinorhynchus sp. (1 e 0,007). Na estação de piscicultura a intensidade média e abundância média também foram maiores para o J. amazonensis (222 e 115) em relação aos demais grupos. A espécie J. amazonensis apresentou maior intensidade média e menor prevalência na natureza. Houve variação na composição da fauna parasitógica e nos índices de infestação, após 30 dias de permanência na estação de piscicultura.
Resumo:
Foram estudadas as mudanças micromorfotógicas e químicas que ocorrem na madeira de "açacu" Hura crepitans L. através de vários estágios de deterioração provocada pelos fungos Pycnoporus sanguineus (L.: F.) Murr, Antrodia albida (F.) Donk e Tyromyces sp. coletados nos arredores do município de Manaus, AM, Brasil. O microscópio eletrônico de varredura foi utilizado para a observação da extensão do ataque dos fungos aos diversos elementos xilemáticos de Hura crepitans. A otimização das condições de cultivo para os fungos foi estudada no que diz respeito ao efeito da temperatura e pH no crescimento micelial utilizando diferentes meios de cultura. Os fungos tendem a preferir um ambiente com pH entre 5.0-8.0 sendo o pH 6.0 o ótimo. A temperatura ótima ficou na faixa de 30-35 ºC. Ocorreu a perda progressiva do teor de lignina. Os polissacarídeos são degradados simultaneamente com a lignina, sendo que esta é degradada no estágio inicial com razão superior a dos polissacarídeos especialmente para P. sanguineus e Tyromyces sp. A medida que a lignina é removida, a estrutura fibrilar da celulose na parede celular torna-se evidente. Os elementos de vaso são completamente destruídos no estágio inicial da deterioração. Ocorre o estreitamento da parede celular dos elementos fibrosos adjacentes aos raios com ataque à parede primária e secundária. No estágio mais avançado de deterioração ocorre a destruição dos raios e a formação de cristais (presumivelmente oxalato de cálcio).
Resumo:
Foram estudados a dieta, a composição corporal e o valor de energia bruta do conteúdo estomacal, filé e fígado, bem como alguns frutos e sementes que fazem parte da dieta do matrinxã, relacionando-se estes parâmetros com as flutuações do nível da água durante um ciclo anual. Observou-se que a espécie se alimenta de sementes, frutos, flores, restos de vegetais e insetos, apresentando hábito alimentar onívoro. Estômagos vazios foram frequentes (68,5%) nos diferentes períodos hidrológicos. As análises proximais e valor da energia bruta do filé e fígado dos peixes analisados não apresentaram diferenças significativas entre os sexos (P>0,05). No entanto, observou-se diferenças entre os períodos de águas baixas e altas. As médias das composições centesimais e os valores de energia bruta do conteúdo estomacal, expressos com base na matéria seca revelaram, na enchente, um baixo teor de proteína (8,9%) e cinza (1,3%), alto valor de lipídios (70,2%) e energia (775 Kcal EB/100g). Na seca, o teor de proteína (24,9%) e cinza (6,3%) foram maiores, porém os teores de lipídios (13,2%) e de energia (416,9 Kcal EB 100g) foram mais baixos que na cheia. Foi verificado abundante depósito de gordura cavitária o ano todo, diminuindo em janeiro, mês em que o matrinxã realiza a desova.
Resumo:
Uma nova espécie de Parabahita Linnavuori, 1959 é descrita e ilustrada: Parabahita caudata sp. nov. (Brasil, Rondônia)
Resumo:
Devido aos danos dos ataques de Urbanus acawoios (Williams, 1926) (Lepidoptera: Hesperiidae) em palheteiras (Clitoria racemosa) (Leguminosae) em Manaus, AM e a total ausência de qualquer informação a respeito desta espécie, o presente trabalho foi desenvolvido visando a obtenção de conhecimentos que facilitem a identificação de métodos seguros e eficientes para o seu controle. Os estudos biológicos revelaram que este inseto é multivoltino, tendo duração média de 41,89 ± 0,98 dias por geração. As condições climáticas na cidade de Manaus, a disponibilidade de alimentos, e possivelmente a ausência de inimigos naturais eficientes, parecem ser os fatores principais responsáveis pela ocorrência de erupções populacionais desta espécie. Enquanto o estágio larval consiste de 5 fases (ínstares) e dura em média 18,46 ± 1,28 dias, o da pupa necessita 9,96 ± 1,05, e o adulto 13,47 ± 0,27 dias, sob condições de 30°C e 85% UR. Estudos morfológicos foram incluídos.
Resumo:
Foram inventariadas as pimentas domesticadas do gênero Capsicum que são cultivadas no Estado de Roraima, extremo norte da Amazônia brasileira. O levantamento foi realizado em comunidades indígenas e não indígenas. Dos 163 acessos registrados, C. chinense Jacq. (76,7%) foi a espécie com o maior número, seguida de C. frutescens L. (9,8%), C. annuum L. (8,0%) e C. baccatum v. pendulum Wild. (5,5%). As formas de fruto mais encontradas foram "alongada" (42,9%) e "ovalada" (27,0%). C. chinense apresentou a maior diversidade de formas enquanto que as demais estavam concentradas na forma "alongada". A cor predominante dos frutos maduros foi a vermelha (64,4%). Isoladamente, C. chinense foi melhor distribuída entre as cores básicas amarela (44,8%) e vermelha (55,2%), independente das diferentes tonalidades assumidas por cada acesso (alaranjado, vermelho-escuro, etc). O nível de pungência sensorial com maior número de registros foi o "alto" (62,6%), seguido do "médio" (16,0%), "baixo" (15,3%) e "muito alto" (6,1%). Dos 105 acessos de coloração vermelha, 67,6% possuía pungência "alta" ou "muito alta". C. chinense do tipo "murupi" e "olho-de-peixe", juntamente com "malagueta" (C. frutescens) são os morfotipos mais tradicionalmente consumidos entre as comunidades indígenas locais.