139 resultados para Bothrops pirajai venom
Resumo:
A 5-year-old girl was bitten in her left eye by a lance-headed viper identified as Bothrops moojeni, measuring 115 cm of length. There was severe facial swelling and left exophthalmus, and enucleation of the eye was necessary. The patient apparently had mild systemic envenoming, but local inflammatory signs and histological evidence of necrosis suggest that both the mechanical trauma and the local action of the venom had a role in the genesis of the eye lesion. It is arguable if the loss of the eye could be prevented even if the antivenom was administered earlier.
Resumo:
Three horse-derived antivenoms were tested for their ability to neutralize lethal, hemorrhagic, edema-forming, defibrinating and myotoxic activities induced by the venom of Bothrops atrox from Antioquia and Chocó (Colombia). The following antivenoms were used: a) polyvalent (crotaline) antivenom produced by Instituto Clodomiro Picado (Costa Rica), b) monovalent antibothropic antivenom produced by Instituto Nacional de Salud-INS (Bogotá), and c) a new monovalent anti-B. atrox antivenom produced with the venom of B. atrox from Antioquia and Chocó. The three antivenoms neutralized all toxic activities tested albeit with different potencies. The new monovalent anti-B. atrox antivenom showed the highest neutralizing ability against edema-forming and defibrinating effects of B. atrox venom (41 ± 2 and 100 ± 32 µl antivenom/mg venom, respectively), suggesting that it should be useful in the treatment of B. atrox envenomation in Antioquia and Chocó
Resumo:
Veneno bruto de urutu (Bothrops alternatus) dissolvido em solução salina fisiológica foi injetado no músculo tibial anterior direito de camundongos adultos na dose de 80 μg. Os músculos foram examinados em cortes de parafina, corados por Hematoxilina e Eosina. Aos 10 minutos já havia intensa hemorragia difusa no M. tibial anterior, mas apenas raras fibras musculares estavam necróticas. Nas horas seguintes, contudo, observou-se rápido aumento do número de fibras afetadas, sendo que às 24 hs o músculo apresentava-se totalmente necrótico. Vasos sangüíneos intramusculares e nas proximidades do M. tibial anterior mostravam necrose hialina da camada média e por vezes trombose. A fagocitose dos restos celulares ocorreu da periferia para o centro e acompanhou-se de regeneração muscular. Após 1 a 2 meses, em vários animais houve recuperação considerável do músculo, embora com persistência de cicatriz. As fibras regeneradas possuiam núcleos centrais e variavam em diâmetro, estando muitas atróficas. Em outros camundongos a regeneração do M. tibial anterior foi muito precária, tendo este sido substituído por tecido fibroadiposo com apenas raras fibras musculares. Os resultados mostram que, apesar da gravidade das lesões iniciais devidas ao veneno, ocorre regeneração muscular em grau variável de animal para animal. Sugere-se que a má regeneração observada em alguns casos poderia ser devida, ao menos em parte, a dano vascular permanente.
Resumo:
Foram estudados 37 casos de acidentes ofídicos causados por Bothrops moojeni na região de São José do Rio Preto, São Paulo, durante um período de 5 anos (outubro 1982 a setembro 1987). Desse total, 34 apresentaram sintomatologia clínica, sendo indicado administração de antiveneno. São apresentados aspectos epidemiológicos relacionados à idade, sexo, horário do acidente, atividade do paciente no acidente, segmento corpóreo atingido e atitude inicial do paciente frente ao acidente: os resultados são semelhantes aos padrões já conhecidos no Brasil. O quadro clínico revelou dor e edema (usado como critério para avaliação da gravidade) em 100% tempo de coagulação prolongado/incoagulável em 72,7% e hemorragia sistêmica em 5,8%. As complicações descritas em 29,4% dos casos, surgiram apenas nos grupos em que a avaliação inicial era moderado ou grave (óbito, síndrome compartimental, necrose, infecção e retrações musculares) e não puderam ser evitadas mesmo com administração maior e mais precoce de antiveneno. Os acidentes por Bothrops moojeni produzem maior gravidade local (edema necrose infecção) e maior percentagem de tempo de coagulação prolongado incoagulável quando comparado aos causados por Bothrops jararaca.
Resumo:
Durante um período de 19 meses (março 1986 a setembro 1987) foram estudados 22 casos de acidentes ofídicos causados por Bothrops moojeni na região de São José do Rio Preto, São Paulo, nos quais o tamanho da serpente foi sistematicamente medido. Foram constituídos dois grupos de pacientes de acordo com o tamanho da serpente: grupo I - 9 casos de serpentes pequenas (30 a 53 cm) e grupo II - 13 casos de serpentes grandes (80 a 147 cm). Os resultados mostraram: 1. efeitos locais iniciais - dor e edema - mais leves no grupo I; 2. tempo de coagulação prolongado/incoagulável levemente mais freqüente no grupo I; 3. complicações locais - necrose, infecção e síndrome compartimentai - exclusivamente, e em mais da metade dos casos do grupo II, apesar da terapia com antiveneno ter sido mais rápida e em doses maiores nesse grupo. Conclui-se que as serpentes Bothrops moojeni maiores apresentam grande incremento nas suas ações locais - edema, necrose e infecção secundária - e leve perda em sua ação coagulante.
Resumo:
Foi analisada a flora bacteriana de 99 abscessos causados por picadas de serpentes do gênero Bothrops, correspondendo a 61,1% dos casos que ocorreram em 1030 acidentes ofídicos atendidos no Hospital de Doenças Tropiciais (HDT) de Goiânia, no período de janeiro de 1984 a abril de 1988. O exsudato dos abscessos foi estudado através de bacterioscopia, cultura e testes de sensibilidade para aeróbios. Os bacilos Gram negativos foram isolados em maior frequência, destacando-se a Morganella morganii, Escherichia coli e Providencia sp presentes respectivamente em 44,4%, 20,2% e 13,1% das amostras. Esta flora aeróbica foi semelhante à encontrada na cavidade oral e no veneno das serpentes em outros estudos, nos quais predominaram Morganella morganii. Foi sugerido o uso do cloranfenicol no tratamento dos abscessos que não respondam à simples drenagem, face à grande sensibilidade destes microorganismos demonstrada nos testes "in vitro".
Resumo:
In twenty five patients who presented the cutaneous form of loxoscelism, serum haptoglobin and lactic dehydrogenase, erythrocyte glucose-6-phosphate dehydrogenase, glutathione reductase, glutathione peroxidase, methemoglobin, bilirubin and reticulocytes were investigated after bite. No hemolysis was detected but an increase in methemoglobin was found in 54% of the cases; in 7% it was between 1.1% and 2%, in 27% it ranged from 2.1% to 4%, and in 20% from 4.1% to 8%. Blood samples of a normal, blood group 0 individual and of a patient who exhibited methemoglobinemia after Loxosceles bite were incubated separately with antisera against Loxosceles gaucho, Crotalus terrificus, Bothrops jararaca, with Loxosceles gaucho venom and 0.3% phenol. No methemoglobin was found after 1, 4,8 and 15 days in both sets of samples. At the 25th day all the samples, including the controls, exhibited similar methemoglobin reductase decrease. The data suggest that the methemoglobinemia which occurs in 50% of the patients probably arises from in vivo venom metabolism, inasmuch as the crude venom does not induce methemoglobinemia.
Resumo:
Materiais colhidos das presas, das bainhas das presas e do veneno de 15 Bothrops jararaca recém-capturadas, aparentemente saudáveis, foram submetidos a exame bacterioscópico e cultura aeróbia a anaeróbia. As bactérias mais freqüentemente isoladas foram os estreptococos do grupo D (1.2 serpentes), Enterobacter sp. (6), Providencia rettgeri (6), Providencia sp. (4), Escherichia coli (4), Morganella morganii (3) e Clostridium sp. (5). Como estas bactérias são semelhantes às encontradas nos abscessos de pacientes picados por serpentes do gênero Bothrops, é válido considerar a possibilidade de que bactérias da boca da serpente sejam inoculadas no momento da picada e, encontrando condições favoráveis de multiplicação, causem infecção.
Resumo:
Quatrocentos e quinze casos de acidentes por Bothrops jararaca adulta (grupo A) atendidos no Hospital Vital Brazil - Instituto Butantan, no período de 1981 a 1987 foram comparados com 562 casos de acidentes pela mesma serpente porém filhote, atendidos no mesmo local e período (grupo B). Os pacientes do grupo A apresentaram maior freqüência de picada na perna, de uso de torniquete, de destruição tecidual na região da picada (bolha, necrose e abscesso) e, em média, receberam maior dose de soro e permaneceram internados por período mais longo. Quanto à sazonalidade, foram avaliados os acidentes por Bothrops jararaca atendidos no período de 1975 a 1988. Houve maior ocorrência no início e no final do ano, principalmente no início para picadas por serpentes adultas e no final para picadas por filhotes.
Resumo:
A mionecrose é um dos efeitos causados pelo veneno de Bothrops jararacussu. Uma miotoxina com homologia estrutural à fosfolipase A2 (PLA2), mas sem atividade enzimática, foi isolada desse veneno. O veneno de Crotalus durissus terrificus apresenta também atividade miotóxica, que vem sendo atribuída à crotoxina e à PLA2 (crotoxina B), o componente básico do complexo crotoxina. O veneno de Bothrops jararacussu apresenta três proteínas, que têm identidade imunológica com a PLA2 da crotoxina. O presente trabalho comparou a eficiência dos antivenenos polivalentes comerciais produzidos pelo Instituto Butantan - o antiveneno botrópico (AB) e o antiveneno botrópico-crotálico (AB/C) - na neutralização das atividades letal, hemorrágica, coagulante e miotóxica do veneno de B. jararacussu. Os dois antivenenos neutralizaram de maneira semelhante a atividade hemorrágica, mas o AB/C foi três vezes mais potente que o AB em neutralizar a ação miotóxica e duas vezes mais potente na neutralização da letalidade e na ação coagulante do veneno de B. jararacussu. Os dados sugerem que a utilização do AB/C pode ser vantajosa no tratamento de pacientes picados por serpentes dessa espécie
Resumo:
Foi determinada, em camundongos de 18 a 20 g, a dose efetiva 50% do antiveneno botrópico, por via intraperitoneal (ip), imediatamente (DE50 Oh) e 30 minutos (DE50 30') após a inoculação de 2 DL50 do veneno de B. jararaca, por via intramuscular (im). A DE50 30' foi três vezes maior do que a DE50 Oh. A eficácia do antiveneno administrado no local da inoculação do veneno foi avaliada inoculando-se duas DL50 do veneno, por via im, e administrando-se a DE50 do antiveneno imediatamente (DE50 Oh) e 30 minutos após (DE50 30'), de duas formas a saber: totalmente por via ip (1ª) e metade por via ip e metade por via im (2ª), no mesmo local da inoculação do veneno. O antiveneno ofereceu, por via ip, maior proteção aos camundongos (menor taxa de óbito em 48 horas) do que quando metade do mesmo foi administrado, por via im, no local da inoculação do veneno. Conclui-se que, neste modelo experimental, quando se inicia o tratamento tardiamente há necessidade de maior dose de antiveneno botrópico e que não há benefício em administrá-lo no local da picada.
Resumo:
A 5-year-old boy bitten by a specimen of Philodryas patagoniensis, a colubrid snake currently classified as nonvenomous, developed signs of local envenoming characterized by swelling and warmth on the bitten limb. This is the first time that local envenoming following Philodryas patagoniensis bite is recognized. Based on the clinical findings and misidentification of the snake, the patient was treated as a victim of Bothrops bite, having received unnecessarily the specific antivenom. Educational efforts to make doctors and health workers capable to identify correctly venomous snakes are necessary, to avoid inappropriate indication of antivenom and decrease the risk of its potentially harmful untoward effects. Examination of the bite site can be useful to the differential diagnosis between pit viper and colubrid bites.
Resumo:
Thirty-two patients bitten by venomous snakes sixteen by Bothrops spp. and sixteen by Crotalus durissus terrificus were studied. The group comprised thirty males and two females, aged eight to sixty-three years (mean 33±15). Bromsulphalein tests were increased in the majority of patients bitten by Crotalus durissus terrificus. The correlation coefficient of Spearman was positive between bromsulphalein tests and alanine aminotransferase levels, and between alanine aminotransferase and aspartate aminotransferase levels only in the Crotalus group. The only patient who died was bitten by Crotalus durissus terrificus and showed hydropic degeneration and mitochondrial injury in the liver. It was concluded that the hepatic damage might have been caused by at least two possible mechanisms: venom effect on liver mitochondria and cytokine effects on hepatocyte, specially interleukin-6.
Resumo:
The sensitivity and specificity of an enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) for the detection of circulating antigens from toxic components of Tityus serrulatus scorpion venom was determined in patients stung by T. serrulatus before antivenom administration. Thirty-seven patients were classified as mild cases and 19 as moderate or severe cases. The control absorbance in the venom assay was provided by serum samples from 100 individuals of same socioeconomic group and geographical area who had never been stung by scorpions or treated with horse antisera. The negative cutoff value (mean + 2 SD) corresponded to a venom concentration of 4.8 ng/ml. Three out of the 100 normal sera were positive, resulting in a specificity of 97%. The sensitivity of the ELISA when all cases of scorpion sting were included was 39.3%. When mild cases were excluded, the sensitivity increased to 94.7%. This study showed that this ELISA can be used for the detection of circulating venom toxic antigens in patients with systemic manifestations following. T. serrulatus sting but cannot be used for clinical studies in mild cases of envenoming since the test does not discriminate mild cases from control patients.
Resumo:
Primary cultures of human keratinocytes were challenged with increasing doses from 10 ng/mL to 2 mg/mL of Loxosceles gaucho venom, responsible for dermonecrotic lesion in humans. TNF-a was investigated by bioassay and ELISA in the supernatant of the cultures challenged with 100 ng/mL, 500 ng/mL, 1 and 2 mg/mL of venom. TNF-a was detected by bioassay in the supernatant of cultures challenged with 100 ng/mL, after 6 h. The cytokine was detected by ELISA in the supernatant of the cells challenged with doses of l mg/mL, after 6 and 12 h. The results point out the capacity of this venom to activate the keratinocytes in primary cultures to produce TNF-a. The production of cytokines could contribute to the local inflammatory process in patients bitten by Loxosceles sp.