108 resultados para Assistência social, financiamento, Brasil
Resumo:
Este trabalho analisa o exerccio do controle social no Brasil, a partir do debate geral que o estimulou e do contexto interno que culminou na criao de espaos institucionalizados para sua aplicao. Tem-se como objetivo avaliar o exerccio do controle social, atravs dos Conselhos Gestores. Por meio de estudos realizados por outros pesquisadores, em Conselhos Gestores de Polticas Pblicas, nos trs nveis governamentais, e de estudo emprico, constatou-se que a forma como tem acontecido o exerccio do controle social, nesses fruns, distancia-se daquilo que se prev em lei. Com este quadro de anlise, procuramos contribuir para o melhor entendimento dos fatos e para o avano do prprio controle social, entendido como um patamar elevado e necessrio de democratizao da gesto pblica brasileira.
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Estuda-se a histria, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistência mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistência Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.
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So analizadas as caractersticas atuais e as perspectivas dos processos de transio demogrfica e epidemiolgica no Brasil. Foram utilizados os resultados do censo demogrfico de 1991 e 1996 e Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) de 1993 e 1995, de novas projees populacionais, e de recentes estudos sobre o perfil socioeconmico e de sade de idosos de trs grandes capitais brasileiras. Embora se estime que a proporo de idosos dever duplicar at 2050, alcanando 15% do total da populao, doenas crnico-degenerativas e distrbios mentais j tm determinado, atualmente, macia utilizao dos servios de sade. O desenvolvimento de doenas, incapacidades e dependncia tm sido mais freqentes dentre aqueles de baixa renda que, no entanto, no tm conseguido garantir a assistência social e de sade que demandam. Aes preventivas devem ser coordenadas por unidades bsicas de sade, priorizando necessidades locais. imprescindvel o investimento imediato na sade, educao e formao tcnica dos jovens, nos programas de apoio aos familiares e na manuteno de idosos em atividades produtivas adequadas.
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Estuda-se a histria, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistência mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistência Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.
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OBJETIVO : Identificar os avanços e desafios para a promoção da saúde em práticas exitosas nas áreas da saúde, educação, cultura, assistência social e esporte-lazer. MÉTODOS : Estudo qualitativo com dados obtidos da análise em profundidade que incluiu observação participante e entrevista com gestores, coordenadores, profissionais e participantes de 29 práticas indicadas como exitosas para a promoção da saúde, em seis municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, MG, 2011. As variáveis de estudo foram concepção, dimensão, disseminação e oportunidade de acesso identificadas nas práticas, orientada pela análise de conteúdo temática. RESULTADOS : Observou-se indefinição conceitual e metodológica a respeito da promoção da saúde apresentada por objetos e finalidades contraditórios. As práticas se diferiram quanto à dimensão, disseminação e oportunidade de acesso, determinadas pela articulação intersetorial e investimento político e financeiro. CONCLUSÕES : A focalização das práticas em públicos vulneráveis, limites do financiamento e parceiras intersetoriais foram identificados como desafios para a promoção da saúde.
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Objetivos Identificar as causas e o perfil das vítimas, analisar a mortalidade nos últimos 13 anos e mapear mudanças assistenciais e socioeconômicas. Métodos Utilizaram-se dados do SIM e Datasus. Calcularam-se as proporções das causas de suicídio segundo as categorias do CID10, X60-X84, estratificando-se por lesões (X70-X84) e autointoxicações (X60-X69). Analisaram-se as incidências por raça/cor, escolaridade e faixa etária, de 2000 a 2012. Compararam-se variações na mortalidade por suicídio com mudanças regionais nos indicadores de cobertura, características socioeconômicas e demográficas. Resultados As maiores causas de suicídio foram enforcamento, lesão por armas de fogo e autointoxicação por pesticidas. Os mais acometidos foram os menos escolarizados, indígenas (132% superior à população geral) ou maiores de 59 anos (29% superior). As taxas entre homens são três vezes maiores em todas as regiões, embora tenha maior crescimento entre as mulheres (35%). A mortalidade mais elevada se encontra na região Sul (9,8/100.000) e o maior crescimento percentual, no Nordeste (72,4%). Conclusão A mortalidade por suicídio continua a crescer no país, com importantes variações regionais. A assistência à saúde também apresenta inequidades regionais, com importantes lacunas nos serviços de saúde. O Brasil ainda carece de programas governamentais que trabalhem efetivamente na prevenção do suicídio. Considera-se necessário estabelecer uma estratégia nacional de prevenção focalizando as populações de maior risco identificadas: índios, pessoas com menor escolaridade, homens e maiores de 60 anos, além da necessidade de ampliar a vigilância na comercialização ilegal de pesticidas.
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Estudo histrico-social sobre a emergncia das profisses de nutricionista e de assistente social, entre os anos 30 e meados do sculo 20. O trabalho trata das circunstncias do surgimento dos cursos de nutrio e de servio social no interior da Escola Anna Nery/UFRJ, e compara as funes desempenhadas por enfermeiras, nutricionistas e assistentes sociais poca. As fontes primrias de pesquisa encontram-se no Centro de Documentao da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ e incluem documentos escritos e depoimento oral. As fontes secundrias foram artigos, livros e teses. A anlise de textos e documentos evidenciou que a Escola teve papel decisivo na emergncia dessas novas profisses, que vieram contribuir para uma melhor organizao e funcionamento dos servios de sade e para a prestao de uma assistência mais completa clientela. Ao mesmo tempo, sua caracterstica feminina veio, ainda, favorecer a insero de mulheres no mercado de trabalho qualificado na rea da sade.
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Este artigo analisa a nova forma de acesso Universidade de Braslia, o Programa de Avaliao Seriada - PAS -, propondo-se a verificar se ele tem contribudo para minimizar a reproduo da estratificao social no ensino superior. O estudo baseia-se em informaes colhidas mediante questionrio em uma amostra de alunos ingressantes, via vestibular e via PAS, nos cursos considerados de maior prestgio social: Direito, Engenharia Civil e Medicina. Os dados foram analisados e comparados por meio de estatstica descritiva. Os resultados permitiram constatar que a estratificao social no Brasil se reflete no acesso ao curso superior. O PAS, forma inovadora de selecionar candidatos para esse nvel de ensino, mantm a estratificao social no acesso aos cursos universitrios de maior prestgio social, constituindo uma nova via de ingresso, de forma rpida, ao ensino superior, para candidatos oriundos dos estratos socioeconmicos mais elevados.
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O reforo da assistência e da interveno sociais em Cuba responde mais aos efeitos sociais da crise econmica e das transformaes estruturais que a acompanham do que ao crescimento da pobreza. Este artigo examina as prticas de interveno social luz das normas familiares subjacentes: que "boa famlia" elas prometem? De que modo a assistência e a interveno sociais abordam estruturas familiares fragilizadas quando se exacerba a contradio entre individualizao e igualdade, de um lado, e necessidade de famlia e de solidariedade, de outro? A assistência em Cuba no est mais no tempo dos princpios, mas em um momento pragmtico de conteno dos problemas sociais que precisa muito da famlia.
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O presente artigo relata reflexes sobre possibilidades e desafios de implantao da Estratgia Sade da Famlia em um municpio do sul do Brasil, a partir da experincia de uma acadmica da 2a fase do curso de Medicina da Universidade Comunitria da Regio de Chapec - Unochapec. A experincia se deu no contexto de um dos projetos aprovados no Pr-Sade, Vivncias Interdisciplinares e Multiprofissionais, que inclui tutorias e atividades de observao no mbito da ateno bsica do municpio, envolvendo estudantes e professores de dez cursos de graduao e profissionais da rede de servios da Secretaria de Sade de Chapec. A partir dessa observao foram identificadas as seguintes dificuldades: equipe de sade restrita em relao diversidade de profissionais, que necessria para as aes de promoo da sade na comunidade; baixo comprometimento dos usurios; dficits na relao mdico-paciente; e baixo nvel de satisfao de alguns profissionais no trabalho. Como avanos foram percebidos o comprometimento da equipe e a aproximao da unidade de sade com o setor da assistência social em prol do trabalho intersetorial.
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OBJETIVO: Analisar comparativamente as condies de nascimento em Portugal e no Brasil, no perodo entre 1975 a 2007. MTODOS: Os indicadores de sade materno-infantis, razo de morte materna, mortalidade neonatal, taxa de cesarianas e gastos pblicos em sade, foram retrospectivamente coletados nas bases eletrnicas de informao do Sistema nico de Sade (DATASUS), Instituto Nacional de Estatstica de Portugal (INE), entre outras. Seus valores foram analisados descritivamente quanto a sua tendncia e os cenrios sanitrios nos quais transcorreram foram apresentados e discutidos, comparando-se, sempre que possvel, as informaes dos dois pases. RESULTADOS: Os nascimentos em Portugal caracterizaram-se por baixa mortalidade materna (12,2x76,2/100.000) e mortalidade neonatal (2,2x14,6/1000), comparativamente ao Brasil, na mdia dos anos 2004 a 2007. O histrico da conquista de indicadores materno-infantis de excelncia em Portugal envolveu uma fase que transcorreu paralela s expressivas melhorias socioeconmicas e ao aporte crescente de recursos pblicos em sade, seguida de outra a partir da dcada de 1990, simultnea ao melhor aparelhamento das unidades de assistência sade. No Brasil, os ndices de mortalidade materna e neonatal esto em queda, mas valores satisfatrios ainda no foram conquistados. A diferena histrica no montante do gasto pblico em sade foi uma discrepncia importante entre os pases. A despeito das disparidades nos resultados maternos e neonatais, as taxas de cesariana mostraram-se igualmente ascendentes (34,5% em Portugalx45,5% no Brasil), na mdia do perodo 2004 a 2007. CONCLUSO: Os indicadores da morte materna e neonatal em Portugal e no Brasil alinharam-se s diferenas sociais, econmicas e aos aportes de investimentos pblicos em sade. As crescentes taxas de cesariana no explicam as discrepncias no resultado materno e neonatal entre os pases.
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A cultura do arroz destaca-se como uma das mais importantes do mundo, por apresentar facilidade de adaptao a condies edafoclimticas distintas. Cultivado e consumido em todos continentes, o arroz destaca-se pela produo e rea de cultivo, desempenhando papel estratgico tanto em nvel econmico quanto social. No Brasil, a maior parcela da produo de arroz proveniente do ecossistema de vrzea. Este trabalho objetivou estudar a eficincia e resposta ao uso de fsforo de variedades de arroz (Oryza sativa L.), em vrzea irrigada, no Sudoeste do Estado de Tocantins. Os tratamentos envolveram oito variedades comerciais de arroz (BRS-Jaan, Best-2000, BRS-Guar, BRS-Alvorada, BRA-01381, AN-Cambar, BRS 7-Taim e EPAGRI-109), que foram cultivadas em dois ambientes distintos. Para simular ambientes com baixo e alto nveis de fsforo, foram utilizadas as doses de 20 e 120 kg ha-1 de P2O5, respectivamente. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repeties. Por meio da produtividade de gros, as variedades foram classificadas quanto eficincia no uso e resposta aplicao de fsforo. Demonstrou-se que apenas a variedade BRS-Alvorada eficiente quanto ao uso de fsforo e responsiva a sua aplicao.
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So propostos 6 itens de avaliao quantitativa de atividades de servios de Pr-Natal. So referidos, como indicadores de atividades dos mdicos e grau de proteo oferecida s gestantes: 1) a mdia de consultas por hora/ano por mdico; 2) o nmero de consultas possveis; 3) a mdia de consultas por gestante; 4) a proporo entre matrculas e consultas em continuao por ms; 5) mdia de idade da gestao na matrcula. Procurou-se relacionar estes dados com a qualificao apresentada pelos servios, ou seja, presena de mdico, enfermeira, facilidades para internao, laboratrio, medicamentos, cursos e assistência social. Estes indicadores parecem revelar, quando associados, no s a quantidade de servios prestados, como tambm indiretamente a sua qualificao. Foram observados 10 servios de Pr-Natal durante 4 anos de atividades, estas avaliadas pelos indicadores propostos. Revelou-se a predominncia de baixa produtividade na maioria deles, com excessivo nmero de horas ociosas, bem como, nmero pequeno de consultas para as matrculas. A relao presumida entre qualificao de servios e maior freqncia ao pr-natal, no se revelou clara a no ser quando oferecida intensamente.
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OBJETIVO: Descrever a percepo dos pais acerca do castigo fsico, considerando-se o significado da educao e punio fsica, e formas de educar. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foram abordados 31 familiares, estando 12 sob tutela por denncia de maus-tratos e 19 no tutelados em unidade bsica de sade e na secretaria de Assistência Social de Belo Horizonte (MG) em 2006. Procedeu-se anlise de discurso dos relatos obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados em temas e categorias. ANLISE DO DISCURSO: Os resultados apontaram a restrio dos discursos dos entrevistados em funo das suas condies de produo. Houve diversidade de concepes sobre educao e formas de educar, tendo como pontos comuns o relato da prtica da punio fsica por todos os pais, mesmo entre aqueles que a condenam. Os discursos foram marcados pela heterogeneidade e polifonia, sobressaindo-se o discurso da tradio, o discurso religioso e o discurso cientfico popularizado. No foi observada expresso do conceito de interdio legal da prtica ou dos seus excessos pelos participantes. CONCLUSES: A cultura do castigo fsico encontra-se em transio, em que a tradio de permisso se enfraquece e a interdio se inicia lentamente. Reforo aes de represso legal prtica poderia contribuir para acelerar o processo de interdio do castigo fsico.
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Estudos mostram que diplomas de nvel superior facilitam o acesso a posies de trabalho mais bem remuneradas e so uma fonte importante de prestgio e honra social no Brasil. No obstante, uma ampla literatura afirma hoje a diminuio da importncia do diploma nos processos de contratao, argumentando que ele seria cada vez menos suficiente para se conseguir um emprego. Este artigo examina os processos de seleo de engenheiros recm-formados por oito grandes empresas da regio de Campinas. Com base em entrevistas com os principais atores da seleo e em observaes das rodadas iniciais de uma seleo realizada por firma de consultoria contratada por uma das empresas, o estudo mostra que o peso do diploma obtido em uma universidade de prestgio ainda a varivel mais importante na deciso de contratao, definindo no apenas a obteno do emprego, mas tambm o acesso s vagas que levam s posies gerenciais, mais bem remuneradas e mais prestigiosas. Ao final, discute as implicaes tericas e o que esses resultados sugerem em termos de polticas pblicas.