158 resultados para 1995_01200200 TM-34 4301602
Resumo:
A patogênese da miocardite chagásica crônica permanece incompletamente compreendida. Diferentes hipóteses têm sido propostas: (1) lesão direta do tecido pelo Trypanosoma cruzi;(2) teoria neurogênica; (3) reações imunológicas anti-miocárdio; e (4) doença microvascular. Apresentamos, no presente trabalho, uma hipótese alternativa. Acreditamos que o desenvolvimento da miocardite está relacionado à necrose celular focal progressiva e acumulativa, associada à fibrose intersticial reparativa e reativa e hipertrofia miocitária circunjacente. Esses processos seriam iniciados e perpetuados por fatores autoimunes e alterações na microcirculação do miocárdio. Esse mecanismo fisiopatogênico teria possíveis implicações em futuras estratégias terapêuticas no tratamento do paciente chagásico crônico visando otimizar o tratamento médico e auspiciosamente melhorar o prognóstico.
Resumo:
Observou-se que formulações de deltametrina, desenvolvidas para desinsetizar ambientes infestados ou para combate de artrópodes parasitas de bovinos e equinos, têm sido freqüentemente utilizadas por cinofilistas para combater carrapatos em seus cães, sem critério científico em relação às dosagens e formas de aplicação, nos canis e ambientes onde vivem. Com a finalidade de avaliar a atividade deste produto sobre Rhipicephalus sanguineus, realizaram-se bioensaios com larvas a 27±1°C, UR>80% e fotofase de 12h. A mortalidade e os efeitos toxicológicos foram observados durante 30h, a cada 6h. Constataram-se efeitos toxicológicos importantes nas larvas, tais como incoordenação, Knock-down e paralisia seguida por morte, todavia a capacidade letal do produto após 30h foi baixa, com mortalidade média de 34%, 40,2%, 46% e 57,6%, respectivamente, para as dosagens de 0,5ml, 1ml, 2ml, 3ml. Não houve mortalidade no grupo controle. Os resultados obtidos contra-indicam o uso da deltametrina nas dosagens testadas como medida eletiva para controle de R. sanguineus.
Resumo:
O veneno das aranhas do gênero Loxosceles causa lesão dermonecrótica e induz hemólise intravascular dependente de complemento, configurando um quadro clínico de intensa gravidade. No Brasil, as espécies L. gaucho L. intermedia e L. laeta, presentes no ambiente antrópico, têm sido apontadas como principais agentes do loxoscelismo. Além destas, existem outras espécies, que por predominarem no ambiente natural, não têm sido avaliadas quanto ao risco à saúde do homem, como é o caso de Loxosceles similis. O desenvolvimento de projeto de pesquisa, na Serra da Bodoquena, para observações ecológicas e identificação de insetos de interesse médico, possibilitou a captura de espécimens de Loxosceles similis na Serra da Bodoquena, Município de Bonito, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil, nas grutas Pitangueiras e do Lago Azul. Os parâmetros para identificação, características ambientais do habitat da espécie, bem como atualização de sua distribuição geográfica são objetos deste trabalho.
Resumo:
Abstract: INTRODUCTION: The World Health Organization endorses the BACTEC Mycobacterial Growth Indicator Tube (MGIT)(tm) system as a rapid, sensitive, and specific method to diagnostic of tuberculosis. Here, we compared the performance of this system against Ogawa-Kudoh cultures and microscopy. METHODS: A total of 927 samples were obtained between December 2011 and December 2013 from 652 cases of suspected tuberculosis at the School Hospital of the Federal University of Rio Grande in Brazil. RESULTS: The MGIT system confirmed tuberculosis in more cases in less time. CONCLUSIONS: The MGIT system is an effective tool for early diagnosis of tuberculosis, especially in patients with HIV/AIDS.
Resumo:
O mapeamento do uso da terra é fundamental para o entendimento dos processos de mudanças globais, especialmente em regiões como a Amazônia que estão sofrendo grande pressão de desenvolvimento. Tradicionalmente estes mapeamentos têm sido feitos utilizando técnicas de interpretação visual de imagens de satélites, que, embora de resultados satisfatórios, demandam muito tempo e alto custo. Neste trabalho é proposta uma técnica de segmentação da imagens com base em um algoritmo de crescimento de regiões, seguida de uma classificação não-supervisionada por regiões. Desta forma, a classificação temática se refere a um conjunto de elementos (pixels da imagem), beneficiando-se portanto da informação contextual e minimizando as limitações das técnicas de processamento digital baseadas em análise pontual (pixel-a-pixel). Esta técnica foi avaliada numa área típica da Amazônia, situada ao norte de Manaus, AM, utilizando imagens do sensor "Thematic Mapper" - TM do satélite Landsat, tanto na sua forma original quanto decomposta em elementos puros como vegetação verde, vegetação seca (madeira), sombra e solo, aqui denominada imagem misturas. Os resultados foram validados por um mapa de referência gerado a partir de técnicas consagradas de interpretação visual, com verificação de campo, e indicaram que a classificação automática é viável para o mapeamento de uso da terra na Amazônia. Testes estatísticos indicaram que houve concordância significativa entre as classificações automáticas digitais e o mapa de referência (em tomo de 95% de confiança).
Resumo:
As enchentes anuais dos rios na Amazônia alagam extensas áreas de floresta conhecidas como várzeas ou igapós. Estas áreas têm papel importante na vida dos peixes da região, pois são fontes de alimento e de abrigo. Acreditamos que o desmatamento destas áreas ocasiona prejuízos à ictiofauna principalmente pela diminuição da quantidade e diversidade de alimento disponível. O estudo da relação entre a quantidade de floresta e a dieta de Parauchenipterus galeatus (Auchenipteridae, Siluriformes), Mylossoma duriventre (Characidae, Characiformes)e Triportheus elongatus (Characidae, Characiformes)permitiu registrar pela primeira vez a influência direta da floresta alagada na ecologia alimentar de peixes na Amazônia Central.
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O objetivo deste trabalho é registrar a ocorrência de Ugni Turcz., um gênero raro e mal conhecido na Amazônia Brasileira. Ugni é composto por quatro espécies, sendo que apenas Ugni myricoides (Kunth) O. Berg ocorre no Brasil, habitando principalmente regiões de altitude nos Estados de Roraima e Amazonas (Serra da Neblina), sendo conhecido nos Herbários regionais somente de uma coleta. Ugni têm sido considerado por muitos botânicos como sinônimo de Myrtus Linnaeus, devido ambos apresentarem caracteres morfológicos muito semelhantes entre si. Porém, Ugni é caracterizado por apresentar hábito arbóreo ou arbustivo, folhas pequenas, freqüentemente com 2 cm de comprimento ou menos, coriáceas, margens revolutas, venação secundária inconspícua, inflorescências unifloras, corola (4) 5-mera, pétalas brancas, com mancha avermelhada no centro, estames 25-30, anteras sagitadas, ovário (2-) 3-locular, 4-23 óvulos por lóculo, sementes 15-20 e embrião em forma de C.
Resumo:
As inundações periódicas na Amazônia Central causam profundas modificações no meio ambiente. A alternância dos períodos de cheias e secas tem influência nos fatores bióticos e abióticos do meio aquático. Na enchente e na cheia é alta a oferta de alimentos, ampliando o espectro alimentar que é restrito na seca. As variáveis limnológicas também sofrem modificações. As concentrações de oxigênio têm variações sazonais e diárias, às vezes com períodos de hipoxia. Apesar dessas alterações, os lagos de várzea são habitados por muitas espécies de peixes e estão entre os ambientes de maior abundância e riqueza de peixes na Amazônia. A distribuição temporal e a alimentação de Triportheus angulatus (Spix & Agassiz, 1829) foi estudada em um lago de várzea da Amazônia Central para entender a influência das modificações hídricas sobre o tamanho dos indivíduos, a composição da dieta e a ingestão dos alimentos mesmo em condições de baixas concentrações de oxigênio. Na enchente predominam os indivíduos menores, enquanto que na cheia, vazante e seca os maiores. Houve mudança sazonal na composição da dieta que foi relacionada com a disponibilidade de alimentos no ambiente: na enchente os peixes ingerem principalmente insetos e zooplâncton; na cheia e vazante frutos e sementes, e na seca insetos. O consumo de alimento foi alto na enchente e cheia, decrescendo na vazante e atingindo as menores quantidades na seca. A atividade alimentar, no período estudado, não foi influenciada pelas baixas concentrações de oxigênio existentes no lago.
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Many texture measures have been developed and used for improving land-cover classification accuracy, but rarely has research examined the role of textures in improving the performance of aboveground biomass estimations. The relationship between texture and biomass is poorly understood. This paper used Landsat Thematic Mapper (TM) data to explore relationships between TM image textures and aboveground biomass in Rondônia, Brazilian Amazon. Eight grey level co-occurrence matrix (GLCM) based texture measures (i.e., mean, variance, homogeneity, contrast, dissimilarity, entropy, second moment, and correlation), associated with seven different window sizes (5x5, 7x7, 9x9, 11x11, 15x15, 19x19, and 25x25), and five TM bands (TM 2, 3, 4, 5, and 7) were analyzed. Pearson's correlation coefficient was used to analyze texture and biomass relationships. This research indicates that most textures are weakly correlated with successional vegetation biomass, but some textures are significantly correlated with mature forest biomass. In contrast, TM spectral signatures are significantly correlated with successional vegetation biomass, but weakly correlated with mature forest biomass. Our findings imply that textures may be critical in improving mature forest biomass estimation, but relatively less important for successional vegetation biomass estimation.
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O objetivo deste estudo foi determinar, em nível de detalhe, a distribuição e a variabilidade espacial da argila, do índice de avermelhamento e do carbono orgânico do solo, ao longo de transecto que cruza classes pedológicas distintas dentro de quatro microbacias, sob floresta tropical em Juruena (MT). Para isso, foram selecionados 34 pontos e coletadas amostras de solo nas profundidades de 0 a 20 cm e 40 a 60 cm. Os dados foram analisados por estatística descritiva e geoestatística. As maiores variabilidades espaciais ocorreram dentro da classe do Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico. Estes ocorrem nas elevações superiores a 280 m, enquanto os Plintossolos e Argissolos (com caráter plíntico) têm ocorrência restrita às áreas com altimetrias menores. Ao longo do transecto há maior variabilidade nos atributos índice de avermelhamento e argila; as áreas com piores condições de drenagens apresentaram menor variação espacial e menores índice de avermelhamento, isto é, maior homogeneidade da cor dos horizontes diagnósticos.
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OBJETIVO: Estudar a população de uma casa de custódia quanto a aspectos criminais, diagnóstico clínico e perfil da vítima. MÉTODOS: Foram examinados os prontuários de 269 pacientes durante o ano de 2005. Considerou-se apenas a população do gênero masculino cujos casos já tinham laudo anexado ao prontuário psiquiátrico-criminal. RESULTADOS: Foi encontrado predomínio de transtornos psicóticos (58%). O crime mais freqüente foi contra a vida (52,8%), sendo o grupo dos pacientes psicóticos o que teve maior associação com esse tipo de crime (p < 0,05). Desses crimes, 89,7% resultaram em morte e em 34,5% a vítima era um parente próximo. Os sujeitos com retardo mental cometeram proporcionalmente mais crimes sexuais quando comparados com os pacientes psicóticos e considerando somente crime sexual ou contra a vida (p < 0,05). Em 78,5% dos crimes sexuais as vítimas tinham idade inferior a 14 anos. CONCLUSÃO: A população estudada é semelhante às de outras instituições com o mesmo perfil. Os achados em relação às características das vítimas, tanto nos casos de homicídio pelos psicóticos como nos crimes sexuais dos sujeitos com retardo mental, indicam que aspectos da vítima têm papel importante no crime.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência da doença arterial coronariana (DAC) em população de pacientes diabéticos tipo 1, nefropatas, em programa de diálise e candidatos a transplante duplo (rim e pâncreas). MÉTODOS: De janeiro/2000 a julho/2002, foram submetidos a cinecoronariografia, como protocolo de avaliação para transplante duplo, 58 pacientes diabéticos tipo 1. Doença arterial coronariana foi definida como qualquer irregularidade nas artérias coronárias, e classificada, de acordo com a grau de estenose luminal, em leve (<30%), moderada (>30 a 70%) e grave (>70%). RESULTADOS: A idade dos pacientes foi 34 ± 12 anos, sendo que 32 (55%) eram homens. Nenhum paciente tinha história de angina ou infarto agudo do miocárdio. Os principais fatores de risco para a doença foram hipertensão arterial sistêmica em 93%, dislipidemia em 38%, historia familiar em 25% e tabagismo 20%. O tempo médio de duração do diabetes foi 20,8 ± 9 anos, o tempo de diálise de 26 ± 9 meses. A coronariografia revelou doença arterial coronariana em 42 (72%) pacientes, sendo 20 (34%) discreta, 9 (16%) moderada e 13 (22%) grave. CONCLUSÃO: Pacientes diabéticos tipo 1 em programa de diálise e candidatos a transplante duplo têm elevada prevalência de doença arterial coronariana, tornando-se marcante a observação de que esses pacientes não apresentavam sintomas da doença.
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OBJETIVOS: Relatar uma estratégia cirúrgica para a operação de Norwood na síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (SHCE), que possibilite tempo curto de parada circulatória hipotérmica e reconstrução do arco aórtico com pericárdio autólogo. Comparar os resultados das técnicas anastomose de Blalock-Taussig modificado (B-Tm) e tubo ventrículo direito para artéria pulmonar (VD-AP) no restabelecimento da circulação pulmonar. MÉTODOS: Estudo retrospectivo compreendendo 71 neonatos portadores de SHCE, consecutivamente operados entre março de 1999 e fevereiro de 2006. Foi usada a mesma técnica de reconstrução da neo-aorta e duas técnicas diferentes de restabelecimento da circulação pulmonar: anastomose de B-Tm nos primeiros 37 neonatos e tubo VD-AP nos últimos 34. A canulação do canal arterial para a perfusão arterial foi a parte principal da estratégia cirúrgica para diminuir o tempo de parada circulatória hipotérmica. RESULTADOS: A sobrevida geral foi de 74,64%, sendo de 67,57% no grupo B-Tm e de 82,35% no grupo tubo VD-AP (p = 0,1808). Os índices de mortalidade entre o primeiro e o segundo estágios foram de 40% e de 4,4%, respectivamente, nos grupo B-Tm e tubo VD-AP (p = 0,0054). Os tempos de parada circulatória hipotérmica foram, respectivamente, de 45,79 + 1,99 minutos e de 36,62 + 1,62 minutos (p = 0,0012). Coarctação tardia da aorta ocorreu em cinco pacientes (7,2%). CONCLUSÃO: Essa estratégia cirúrgica resultou em tempo curto de parada circulatória, baixa mortalidade e boa morfologia da neo-aorta, com baixa incidência tardia de coarctação aórtica. A maior sobrevida ao primeiro estágio com o tubo VD-AP não foi significante, mas a mortalidade interestágios foi estatisticamente menor na comparação com o procedimento B-Tm.
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FUNDAMENTO: Avanços na cirurgia de revascularização miocárdica (RM) introduziram benefícios adicionais, como a técnica sem uso da circulação extracorpórea (CEC) e a utilização do enxerto bilateral de artéria torácica interna (ATI). A cirurgia de RM sem uso da CEC tem sido associada a melhora dos resultados imediatos e a redução da incidência de complicações perioperatórias, e o uso bilateral de enxertos de ATI oferece aumento de sobrevida e redução de eventos cardiovasculares a longo prazo. OBJETIVO: Apresentar a experiência inicial com o emprego combinado desses avanços na cirurgia de RM. MÉTODOS: Foram estudados 35 pacientes consecutivos submetidos a RM sem CEC, com enxertos bilaterais de ATIs, sendo a ATI esquerda dirigida para a artéria descendente anterior e a ATI direita anastomosada aos ramos da artéria circunflexa. As co-morbidades predominantes foram infarto do miocárdio prévio em 71,4% dos pacientes, diabetes melito em 34,2% e insuficiência renal em 14,2%. RESULTADOS: Nenhum paciente apresentou alteração do eletrocardiograma ou elevação enzimática no pós-operatório. O número de pontes por paciente variou de 2 a 4 (mediana de 3 pontes/paciente). A permanência hospitalar pós-operatória esteve entre 3 e 12 dias (média de 4,7 + 1,7 dias). Não houve casos de infecção ou deiscência esternal, mas um paciente apresentou acidente vascular cerebral no quarto dia de pós-operatório e faleceu. A duração do seguimento tardio foi de 4 a 48 meses. Não houve óbitos tardios, 31 pacientes estão assintomáticos e 3 têm angina residual. CONCLUSÃO: A combinação desses avanços técnicos na cirurgia de revascularização cirúrgica mostrou-se eficaz e pode contribuir para a melhora dos benefícios a longo prazo.