441 resultados para Área de transição savana- floresta


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A remoção de uma cobertura florestal e sua substituição por outras formas de uso do solo tem sido uma constante no norte do estado de Mato Grosso podendo alterar os ciclos hidrológicos e biogeoquímicos dos ecossistemas. Neste contexto, o presente trabalho visou identificar a variação do fósforo e nitrogênio das águas do lençol freático em áreas de Floresta de Transição madura e intacta (Floresta Intacta), Floresta de Transição Manejada (Floresta Manejada) e Pastagem localizadas no norte de Mato Grosso. Foram realizadas mensalmente medidas do nível do lençol freático, de coletas de amostras de água para análises físico-químicas e medições de precipitação e temperatura do ar, no período de janeiro/2005 a novembro/2006. Verificou-se uma sazonalidade na precipitação e na temperatura do ar. No período de estiagem as águas do lençol freático apresentaram maiores teores de nitrogênio e de fósforo total nas três áreas em estudo. Os maiores valores de nitrogênio e fósforo foram detectados nos ecossistemas florestais (Florestas Intacta e Manejada) como indicativo da função da cobertura vegetal na ciclagem dos nutrientes.

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A região da cuesta de Botucatu caracteriza-se por um gradiente topográfico contendo um mosaico de ambientes com diferentes formações de vegetação natural (floresta estacional semidecidual, cerrado e matas ciliares), além de áreas antropizadas com a predominância de pastagens, plantações de cana-de-açúcar, laranja, e reflorestamentos de eucalipto, com paisagem fragmentada. Inserida nesta região, a Fazenda Experimental Edgardia, pertencente à Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, representa uma amostra desta heterogeneidade ambiental, tendo grande importância para a conservação da biodiversidade, tanto de flora como fauna. Entretanto, poucos são os estudos sobre a sua fauna, principalmente de mamíferos. O presente trabalho teve como objetivo conhecer a fauna de mamíferos de médio e grande porte nesta área, e sua relação com o mosaico de habitats. Foram obtidos registros indiretos da presença de mamíferos através de vestígios (pegadas e fezes) em transectos (trilhas pré-existentes), ao longo de um ano. De março de 2004 a março de 2005 foram registradas 18 espécies de mamíferos silvestres de médio e grande porte. Quanto à ocorrência destacou-se Mazama sp., presente em todos os ambientes, com maior abundância relativa no ambiente de transição de floresta/Cerradão. Puma concolor (Linnaeus, 1771), Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758), Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766), Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) e Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758) também foram encontradas em praticamente todos os ambientes, e espécies como Chironectes minimus (Zimmermann, 1780), Cuniculus paca Linnaeus, 1766, Eira barbara (Linnaeus, 1758) e uma espécie do gênero Conepatus Gray, 1837 estiveram restritas a ambientes específicos. A análise de correspondência mostrou oito espécies com ocorrência em todos os ambientes: sete mais associadas aos ambientes de várzea, floresta e pastagem e três aos ambientes de cultura de arroz, transição entre floresta/Cerradão e vegetação natural em estádio sucessional secundário. Os resultados sugerem que a fauna de mamíferos de médio e grande porte na Fazenda Experimental Edgardia está sujeita às modificações ambientais que a região vem sofrendo. Embora existam preferências de algumas espécies por determinados hábitats, parece ocorrer certa plasticidade em relação às modificações de seus hábitats originais.

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A Floresta Ombrófila Mista constituiu padrão referencial da flora do Paraná. O Parque Municipal das Araucárias localiza-se no Município de Guarapuava, PR, e abriga uma área de 41ha de floresta em estado natural. Foram instaladas 32 parcelas de 10 x 10 m e mensurados 447 indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou superior a 4,8 cm, ou numa média de 1.397 indivíduos/ha. A estrutura horizontal da floresta é caracterizada por cinco espécies: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg, Casearia decandra Jac, Capsicodendron dinisii (Schwacke) Occhioni e Allophylus edulis (A. St.-Hil.) Radlk. ex Warm., que juntas somaram 64,85% do total de VI, 74,36% do valor de cobertura, 87,63% da dominância e 61,07% do número de indivíduos amostrados. Foi possível definir três estratos de altura: estrato inferior - até 5,99 m, estrato médio - entre 6,0 e 10,99 m e estrato superior - maior que 11 m. Os diâmetros dos indivíduos amostrados, distribuídos em 22 classes diamétricas, variaram de 4,8 a 114,7 cm. O índice de diversidade de Shannon-Weaver calculado foi de 2,79 nats/indivíduo e o índice de uniformidade de Pielou, igual a 0,9.

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Este estudo foi realizado na "Mata da Câmara", um fragmento de floresta estacional semidecídual localizado em São Roque, SP, e teve como objetivos a identificação e análise do mosaico silvático, discutindo-se a arquitetura atual da floresta e inferindo sobre sua dinâmica de construção. Utilizou-se o método de inventário de linhas interceptadas, em que se amostraram três áreas de 50 × 105 m. Os resultados indicaram que as porcentagens de área ocupada por ecounidades em equilíbrio 2A foram de 46,8%, 48,6% e 75,7%, respectivamente nas três áreas estudadas. Pode-se concluir que na área A há uma floresta jovem, na área B uma floresta em fase de pré-maturidade com sinais de perturbações recentes e antigas e na área C uma floresta madura com alguns sinais de perturbações antigas. Comparando os resultados desta análise com aqueles obtidos através de levantamento fitossociológico, realizado na mesma área, a análise silvigenética mostrou ser mais uma importante ferramenta para discussão da dinâmica florestal, mas que em alguns caso tende a superestimar o grau de maturidade das florestas. No contexto dos fragmentos florestais remanescentes do Estado de São Paulo, pode-se dizer que a Mata da Câmara representa uma área de floresta relativamente bem preservada.

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As impucas são fragmentos florestais que sofrem inundação sazonal e se localizam em área de transição entre os biomas Cerrado e Floresta Amazônica. Este estudo objetivou avaliar e comparar a estrutura da vegetação de duas impucas com diferentes estados de conservação no Parque Estadual do Araguaia (PEA), em Mato Grosso, uma não degradada (ND) (12º19'11,2"S e 50º44'15,6"W) e outra degradada (DE) (12º09'04,2"S e 50º49'37"W). Foram demarcados cinco transectos subdivididos em 50 parcelas permanentes de 10x20m. Todos os indivíduos lenhosos com diâmetro à altura do peito > 5 cm foram amostrados. A impuca ND apresentou 28 famílias, 42 gêneros e 45 espécies, e a DE apresentou 22, 31 e 33, respectivamente. Na impuca ND, a densidade total foi de 2.177 ind.ha-1, a área basal de 35,23 m².ha-1, e a diversidade de espécies de Shannon-Wiener de 2,87 nats.ind-1, e na DE foi 1.501 ind.ha-1, 25,16 m².ha-1 e 2,64 nats.ind-1, respectivamente. As espécies que mais se destacaram foram Licania apetala, Calophyllum brasiliense, Ochthocosmus multiflorus, Mabea paniculata, Tachigali froesii e Xylopia sp. A impuca DE apresentou menores riqueza, diversidade de espécies, densidade e dominância relativas do que a impuca ND, provavelmente devido ao histórico de perturbações e à inundação anual. A similaridade florística (Sørensen) entre ambas foi alta. Contudo, ao compará-las com impucas de Tocantins e outras florestas brasileiras, a similaridade foi baixa, sugerindo que as impucas de Mato Grosso e Tocantins apresentam identidade florística própria. Este estudo contribui para o conhecimento dos ecótonos brasileiros, para a elaboração do plano de manejo do PEA e para iniciativas de recuperação de impucas degradadas.

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O município de São Tomé das Letras localiza-se ao sul de Minas Gerais, na bacia do rio Grande, em área de transição entre a Floresta Atlântica e o Cerrado, onde se distinguem também campos rupestres. Possui economia baseada em extrativismo mineral, agropecuária e turismo. Este trabalho teve como objetivo determinar a estrutura fitossociológica de três áreas de cerrado no município. Foram amostrados 60 pontos-quadrantes por área, tomando-se medidas de altura das árvores e circunferência de tronco (≥ 10 cm) à altura do solo. Foram calculados para cada ambiente: densidade de indivíduos, dominância, frequência, área basal, Valor de Importância (VI) e diversidade florística (Índice de Shannon, H'). Ao todo, foram identificadas 27 famílias, 36 gêneros e 56 espécies. Eremanthus erythropappus (candeia, Asteraceae) foi a espécie de maior Valor de Importância (VI) encontrada nas áreas Candeias e Vale das Borboletas e Stryphnodendron adstringens (barbatimão, Fabaceae) e Piptocarpha rotundifolia (coração-de-negro, Asteraceae) as espécies que se destacaram em VI na área Carrapatos. A altura média variou de 2,0 ± 1,2 a 2,3 ± 1,3m. O diâmetro médio variou de 6,5 ± 4,4 a 7,3 ± 4,8 cm. A densidade média foi de 2315 indiv.ha-1 e área basal média de 13,4 m².ha-1. O índice de diversidade de Shannon (H') para espécies variou de 2,67 a 2,96 nats/ind. Foi observada baixa similaridade de espécies entre as três áreas. Considerando as pressões antrópicas que os ambientes naturais da região vêm sofrendo, os dados obtidos poderão subsidiar projetos locais de recomposição da vegetação, principalmente do componente arbóreo.

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Por meio de estudos recentes, a identidade fitogeográfica do Alto Rio Xingu foi reconhecida como Floresta Estacional Perenifólia por apresentar características físicas e florísticas próprias, embora situada na área de contato entre a floresta ombrófila e o cerrado. Neste sentido, este estudo apresenta a similaridade florística entre florestas estacionais deciduais e semideciduais, Cerrado do Brasil Central e florestas ombrófilas amazônicas, buscando interpretar as relações entre a Floresta Estacional Perenifólia do Alto Xingu com uma ou outra formação. Foram selecionadas 32 listagens de espécies arbustivo-arbóreas de estudos florísticos/fitossociológicos. A similaridade florística foi calculada por meio do índice de Jaccard e da construção de dendrograma baseado na média de grupo. A análise de similaridade permitiu identificar a clara distinção florística entre os biomas Cerrado e Floresta Amazônica, bem como as áreas de tensão ecológica entre estes biomas. As áreas de floresta estacional perenifólia foram mais similares com a floresta estacional semidecidual monodominante, o que pode ser explicado por estarem inseridas em uma região ecotonal entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. A baixa similaridade da Floresta Estacional Perenifólia com os demais tipos florestais confirma a flora própria desta fitofisionomia, o que evidencia o seu reconhecimento em uma região considerada como área de transição.

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Neste trabalho são apresentadas informações sobre a habilidade nodulífera de 100 espécies da família Leguminosae, nativas dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima (Brasil), e avaliadas em seus habitats de origem e/ou em viveiro. As observações foram efetuadas em mata primária, várzea, campinarana, igapó, savana, floresta secundária, etc, totalizando 11 habitats visitados. Foram também, efetuados estudos de comportamento de mudas em viveiro, em diferentes solos da região. A identificação das espécies foi processada no herbário do INPA. Foi constatado que 63% das espécies foram capazes de nodular, sendo esta característica detectada em solos ácidos com diferentes texturas e fertilidades, com pH variando entre 3.9 e 5.9. A nodulação foi mais frequente em espécies das sub-famílias Mimosoideae e Faboideae do que em Caesalpinioideae. Os nódulos encontrados apresentaram uma grande variabilidade de cor e formas, predominando os coralóides de cor creme. Foi observada pela primeira vez a nodulação em 21 espécies, e dentre elas 2 novos gêneros são apresentados como nodulíferos: Acosmium(Faboideae) e Zollernia(Caesalpinioideae). são apresentadas também, novas descrições de í I espécies que não apresentaram nódulos. O habitat, hábito de crescimento da planta, textura e fertilidade do solo, não interferiram na ocorrência da nodulação que foi relacionada a outros fatores como a propriedade intrínseca das espécies, e ocorrência de estirpes de rizóbio compatíveis em cada local.

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Dentre os organismos registrados para águas profundas (> 100 m) no sul do Brasil, podemos destacar os corais azooxantelados pertencentes a ordem Scleractinia. Através de análises estatísticas, identificação de espécimes depositados em coleções científicas, e compilação de todos os registros pretéritos destes cnidarios ocorrentes no sul e parte do sudeste do Brasil, foi possível constatar que as coordenadas abrangidas no presente estudo representam uma área de transição entre os corais azooxantelados ocorrentes ao norte e as espécies mais características das zonas polares, principalmente em relação às espécies solitárias. Com a análise da distribuição batimétrica, foi observado um significativo aumento no número de espécies entre o setor de plataforma externa e 500 m de profundidade. Finalizando, foi realizada a análise de agrupamento, o que permitiu discriminar a formação de 6 biótopos das associações de corais azooxantelados para a área de estudo. Desta forma, apresentamos a primeira tentativa de se compreender a distribuição desta pouco conhecida fauna da plataforma e talude continental superior, entre 24ºS e 34ºS.

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Os A. A., prosseguindo na serie de estudos,que vêm realizando, como contribuição para a solução racional do problema da alimentação das populações brasileiras, cuidam neste trabalho do Maranhão e do Piaui, considerados englobadamente, como área de transição entre as três Grandes Regiões, do Norte, do Nordeste e do Centro-oeste do país. Dando os caracteristicos principais e revistando, em face de informes estatisticos e de outros dados, as possibilidades presentes e futuras, de pesca, criação e agricultura, para as 19 zonas geograficas, discriminadas, dentro do conjunto dos dois Estados, pelo conselho nacional de Geografia, mostram ser na verdade realizavel dispo-las em três áreas distintas de abastecimento: isto dentro do proposito em vista de planejar regimes alimentares que, atendendo aos preceitos da ciencia da nutrição, se adaptem ás possíveis disponibilidades regionais. Facilidades, maiores ou menores, para provisão de leite e de pescado representam, afinal, os fatores dominantes nesta diferenciação de áreas de abastecimento. Em função de tais variações e recorrendo, ademais, a outros alimentos, cujo cultivo e produção são objeto de exame, organizaram os A. A., à guisa de exemplos, três regimes, um para cada área, e que atendem, satisfatoriamente, aos pontos basicos acima referidos. Mostram, em suma, como é possivel, aos dois Estados, valerem-se a si próprios em materia de alimentação.

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Os modelos de simulação são ferramentas essenciais para o entendimento da dinâmica da matéria orgânica do solo e da transformação de seus compartimentos em solos tropicais. Os objetivos deste estudo foram: (a) simular por meio do modelo Century os efeitos de sistemas de produção de milho sob adubação orgânica e mineral sobre a dinâmica da matéria orgânica em um Argissolo Vermelho-Amarelo, e (b) comparar os estoques de C orgânico total (COT), N total (NT) e dos compartimentos de C medidos por meio de métodos de laboratório e estimados pelo modelo Century na camada superficial (0-20 cm). A área em estudo, sob Floresta Atlântica (FA) até o ano de 1930, foi cultivada com milho e feijão por aproximadamente 50 anos, até à instalação do experimento no ano de 1984. Os tratamentos constaram de combinações entre três doses de adubo mineral, correspondentes a de 0, 250 e 500 kg ha-1 da fórmula 4-14-8, e duas doses de adubo orgânico (esterco bovino com palha de soja e feijão), nas doses de 0 e 40 m³ ha-1. Os métodos de laboratório incluíram determinações do COT, do NT, do C da biomassa microbiana (C MIC), representando o compartimento ativo, e do C da fração leve (C FL), referenciando o compartimento lento. O compartimento passivo foi obtido por diferença. A parametrização do modelo Century foi realizada a partir dos dados obtidos no experimento e na literatura, enquanto as simulações da dinâmica do COT, NT e dos compartimentos ativo de C lento e passivo incluíram as mudanças no uso da terra ocorridas de 1930 a 2050. O modelo Century estimou diminuição nos estoques de COT, NT e dos compartimentos de C desde a derrubada da FA até o início do experimento e apenas nos tratamentos com adubação orgânica foi observada recuperação desses estoques. O CmIC e o C FL foram mais sensíveis às mudanças no manejo do que o COT, o que indica a importância desses compartimentos no estudo da dinâmica da matéria orgânica, especialmente em solos tropicais. Os estoques de COT, NT e dos compartimentos de C (lento e passivo), simulados pelo modelo Century, foram similares aos estoques medidos. Os estoques de COT (em Mg ha-1 de C), medidos e simulados pelo modelo Century, foram bem correlacionados (R² = 0,93; p < 0,01), assim como para o C do compartimento ativo (R² = 0,84; p < 0,05), lento (R² = 0,87; p < 0,05) e passivo (R² = 0,91; p < 0,05). Também para os estoques de NT (em Mg ha-1 de N), medidos e simulados pelo modelo Century, houve alta correlação (R² = 0,93; p < 0,01). O modelo Century demonstrou bom desempenho para simular a dinâmica da matéria orgânica em solos tropicais ácidos.

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RESUMO A região do Médio São Francisco representa um amplo espaço territorial, com marcante sazonalidade climática, diversidade de rochas, paisagens, solos, e, consequentemente, formações vegetais. No entanto, as relações entre as características edáficas e suas formações vegetais são pouco esclarecidas. Este estudo apresenta uma relação dos atributos edáficos, determinante para o estabelecimento de savana-estépica, savana-estépica florestada, savana, floresta estacional semidecidual e floresta estacional decidual nessa região, com base na análise de 166 perfis de solos. Em geral, os solos sob savana foram mais lixiviados e arenosos, álicos e restrito aos topos das paisagens; e os sob savana-estépica foram eutróficos, porém sódicos ou solódicos, e rasos, sempre associados às partes mais baixa da paisagem. A floresta estacional semidecidual apresentou forte variação dos atributos edáficos, indicando que sua ocorrência se baseia, principalmente, na disponibilidade de água. Houve grande semelhança entre os solos de savana-estépica florestada e floresta estacional decidual, sendo todos geralmente eutróficos, alcalinos e bem desenvolvidos, e suas diferenças restritas ao aspecto fisionômico da vegetação. Os domínios fitogeográficos do semiárido apresentaram-se pedologicamente bem diferenciados, sendo as savanas (cerrados) e savana-estépica (caatingas) similares às suas respectivas áreas nucleares. Além disso, as florestas estacionais deciduais evidenciaram atributos edáficos bem contrastantes com os domínios vizinhos, destacando essas formações como uma entidade fitogeográfica distinta.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso do solo sobre a densidade e a diversidade da macrofauna invertebrada, bem como a relação dessa com atributos químicos do solo em diferentes agroecossistemas. Foram estudados cinco agroecossistemas: sistema ecológico com três anos de adoção (SE3), sistemas agroflorestais com seis (SAF6) e dez (SAF10) anos de adoção; agricultura de corte e queima (ACQ), e floresta nativa (FN). Em cada sistema, foram coletadas aleatoriamente cinco amostras solo, em forma de blocos (25x25 cm), na profundidade de 10 cm, nas épocas seca (outubro, 2006) e chuvosa (maio, 2007). A relação entre os atributos químicos e a macrofauna edáfica, nos diferentes sistemas de uso do solo, foi determinada por meio da análise da coinércia. Maior abundância da macrofauna foi observada na época chuvosa. Os sistemas SE3, SAF6 e SAF10 apresentaram maior riqueza de espécies e índices de Shannon e Pielou, independentemente da época de coleta. O manejo agroflorestal favoreceu a ocorrência de "engenheiros do ecossistema". Os sistemas agroflorestais propiciam melhores características químicas do solo e aumentos na abundância e riqueza da macrofauna invertebrada do solo.

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O divertículo de Zenker é um pseudodivertículo que se origina de um defeito muscular na parede posterior da faringe, na área de transição entre o músculo constritor inferior da faringe e o músculo cricofaringeo. Apesar do avanço das técnicas endoscópicas, o tratamento cirúrgico persiste como o tratamento padrão. Duas técnicas são possíveis: diverticulectomia (ressecção do divertículo) e a diverticulopexia. As vantagens da diverticulopexia estão ligadas à ausência de anastomose esofágica e suas possíveis complicações: fistulas cervicais, mediastinite, estenose esofágica e infecção de ferida. Em ambas as técnicas a secção das fibras musculares do músculo cricofaringeo (ou, esfíncter superior do esôfago) é fundamental. O objetivo do presente artigo é descrever em detalhes a técnica de diverticulopexia junto ao ligamento pré-vertebral associada à miotomia do músculo cricofaríngeo.

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Uma população natural de Copaifera langsdorffii Desf., espécie arbórea comumente encontrada no Brasil, foi estudada por meio da eletroforese de isoenzimas, visando determinar a taxa de cruzamento e o sistema reprodutivo. A população amostrada localiza-se ao longo de um trecho do rio Capivari, em uma área de preservação permanente (floresta ciliar), entre os municípios de Lavras e Itumirim, sul do Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram amostrados tecidos foliares de 20 indivíduos adultos da população e 400 indivíduos jovens (progênies) procedentes de sementes coletadas de 20 matrizes na população. Cinco sistemas enzimáticos revelaram 24 e 29 alelos totais para os indivíduos adultos e progênies, distribuídos em 12 locos. O sistema reprodutivo desta população foi inicialmente abordado pelo teste de Equilíbrio de Hard-Weinberg (EHW), tendo-se verificado que a maioria dos locos dos indivíduos adultos encontra-se nas proporções do EHW e a maioria dos locos das progênies encontra-se fora do EHW. A estimativa da taxa de cruzamento multilocos (t m) e unilocos (t s) média foi, respectivamente 0,917 e 0,877 indicando a existência de autofecundação (8%) na população estudada. Os resultados obtidos indicaram também que a espécie Copaifera langsdorffii é de reprodução mista predominantemente alógama. A população estudada mostrou-se potencial para fins de conservação in situ. A área mínima estimada para conservação in situ foi de 5,0 hectares.