577 resultados para Município de Quatis
Resumo:
A partir de 1999, no município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, foi implementado pelo Ministério da Saúde o Programa de Controle de Tuberculose. Com o objetivo de verificar se a estratégia promoveu mudanças na incidência da tuberculose entre indígenas daquela região, foram estudados, retrospectivamente, os registros médicos de 768 pacientes, divididos em dois grupos. Constituíram o Grupo I os casos tratados entre 1994 e 1998 e o Grupo II os pacientes tratados entre 1999 e 2003. A taxa anual média de incidência foi de 239 e 284 casos de todas as formas de tuberculose por 100.000 habitantes, houve predomínio da forma pulmonar, com 88,2% e 85,9% dos casos e índices de cura elevados, representando 97,2% e 91,5%, respectivamente nos Grupos I e II. Não houve impacto na redução da taxa de incidência da doença, na comparação entre os dois períodos citados, evidenciando que persiste alto risco de aquisição de tuberculose entre indígenas daquela região.
Resumo:
A febre tifóide é doença bacteriana aguda causada por Salmonella enterica sorotipo typhi, que é adquirida pela ingestão de água ou alimento contaminado. O objetivo do presente trabalho é descrever um caso de febre tifóide ocorrido em Maringá, após três anos sem notificação da doença no Estado do Paraná.
Resumo:
A detecção da hanseníase no município de Paracatu é elevada em menores de quinze anos, abrangendo cerca de 6,8/10.000 hab. em 2003 e é classificada como hiperendêmica. O estudo objetiva analisar a aplicação do teste sorológico do PGL-1 (ML Flow) em 56 de 68 pacientes escolares da rede pública, diagnosticados com hanseníase através da busca ativa de casos no município de Paracatu - MG (2004 a 2006), sendo 71%, paucibacilares. Cerca de 85,2% dos pacientes residiam na área urbana, 55,8% eram do sexo feminino e a doença predominava no grupo de 10 a 14 anos (IC95%:0,49-0,89%) e χ²=7,376, sendo que 15 (26,7%) com resultado do ML Flow positivo. Cinco pacientes tinham incapacidades do Grau 1, da forma clínica Dimorfa (40% ML Flow positivo). O percentual de casos de hanseníase entre os contatos intradomiciliares foi de 46,4%, sendo que 44,9% deles com resultado do teste do ML Flow positivo. O estudo sugere incorporar o teste ML Flow nos serviços de saúde, uma vez que o mesmo auxilia na classificação operacional da doença, controle de contatos intradomiciliares com resultado do teste positivo, visando à detecção precoce dos casos suspeitos de hanseníase.
Resumo:
Malaria é uma doença de distribuição focal. No Brasil, áreas de assentamento e garimpos de ouro na Amazônia Legal apresentam grande concentração de casos. Este artigo analisa a distribuição espacial de casos de malária, considerando fatores ambientais e sociais, no assentamento Vale do Amanhecer, Município de Juruena, Mato Grosso, Brasil. Em 2005, notificou-se 359 casos autóctones no assentamento e pelo método de Kernel identificaram-se áreas de maior e menor intensidade de número de casos. As áreas de maior intensidade apresentaram 290 casos e na de menor intensidade 64 casos. A intensidade da distribuição variou no assentamento, indicando áreas de grande intensidade de casos favoráveis para transmissão como área de garimpos. Assim, apesar de assentamentos serem considerados como foco de malária, existem no seu interior, especificidades que, uma vez identificadas, podem contribuir para o controle da doença.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi avaliar os fatores preditores e o grau de adesão aos anti-retrovirais por meio de auto-relato e data de retirada da medicação. Trata-se de um estudo transversal em que foram entrevistados 67 pacientes. Foram considerados aderentes aqueles pacientes que utilizaram mais de 90% das doses. Os resultados de adesão foram: referida (72,7%); calculada por dose esquecida no último dia (70%); por três dias (76,1%); por sete dias (80,5%); e por quinze dias (80,5%); calculada pela data de retirada da medicação no período de três meses (53,7%); e em seis meses (47,8%). As variáveis associadas significativamente com a adesão foram: escolaridade, fato de viver com a família, referir boa adesão, avaliação positiva da terapia anti-retroviral, diagnóstico por doença oportunista, menor contagem de linfócitos CD4 maior que 200 células/mm³ e o fato de estar no primeiro tratamento. A partir da identificação dos fatores que comprometem a adesão, devem ser elaboradas estratégias individuais e coletivas para a promoção da adesão.
Resumo:
A partir de um caso canino de leishmaniose tegumentar americana na localidade de Santa Rita de Cássia, município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, foi realizado um inquérito sorológico em 177 cães e 43 gatos. Na avaliação das amostras de soros caninos, 10% foram positivos na reação de imunofluorescência indireta e 10,7% no ensaio imunoenzimático. Entre as amostras de soros felinos testados, nenhum animal foi positivo na reação de imunofluorescência indireta e apenas um (2,4%) felino apresentou reação positiva ao ensaio imunoenzimático. A detecção de Leishmania braziliensis, autóctone em Barra Mansa, faz um alerta para a instalação de um possível foco de leishmaniose tegumentar americana nessa região.
Resumo:
A leishmaniose tegumentar americana é causada por protozoários do gênero Leishmania, que acomete a pele e mucosa; é primariamente uma infecção zoonótica. Inquéritos flebotomínicos foram realizados em quatro áreas com ocorrência de casos humanos de leishmaniose tegumentar americana do município de Seropédica. Utilizou-se a metodologia de coleta com capturas manuais no horário das 18 às 22h, durante 12 meses consecutivos. No período de outubro de 2004 e setembro de 2005, capturamos 2.390 exemplares pertencentes a quatro espécies, Lutzomyia intermedia com 97,1% do total coletado, seguida pela Lutzomyia whitmani 1,6%, Lutzomyia migonei 1,2% e Lutzomyia oswaldoi 0,1%. O Valão da Louça apresentou maior densidade flebotomínica, seguida pelas localidades de Km 39, Km 40 e Caçador. A baixa diversidade de espécie se deve a alterações significativas do ecótopo da região. Sugere-se que a transmissão da leishmaniose tegumentar americana no município de Seropédica esteja sendo veiculada pela Lutzomyia intermedia.
Resumo:
Trata-se de estudo retrospectivo com componente ecológico que descreve o padrão epidemiológico e a distribuição geográfica da leishmaniose tegumentar americana no município de Campinas, SP de 1992 a 2003. Os locais prováveis de infecção foram georeferenciados por meio de Sistema de Posicionamento Global e espacializados pelo programa Spring 4.01 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Foi aplicado o estimador de intensidade kernel para se obter as regiões com maior freqüência de casos. Identificou-se a ocorrência de 3 surtos (região Leste e Sudoeste) nos anos de 1993/1995 e 2002/2003. Foram estudadas variáveis sócio-demográficas, proximidade do domicílio à mata, tempo de moradia e forma clínica da doença. Embora as características ecológicas e sócio-ambientais das áreas de estudo sejam diferentes, os surtos apresentaram perfil semelhante. A distribuição por sexo, idade e ocupação sugere possível transmissão peridomiciliar. A proximidade dos locais prováveis de infecção das matas foi comum a todas as áreas.
Resumo:
O presente trabalho objetivou descrever a epidemiologia e a expansão da leishmaniose visceral no município de Várzea Grande/Mato Grosso/Brasil de 1998 a 2007. Foram notificados 48 casos humanos, com taxa de incidência de até 11,7 por 100.000 habitantes, preferencialmente em crianças e adolescentes de ambos os sexos, com acentuada expansão geográfica da doença no município.
Resumo:
No município de Manaus, a intensificação do processo migratório, aliada a precária vigilância epidemiológica e entomológica, resultou na reintrodução da transmissão de malária no perímetro urbano, zona Leste, em julho de 1988, após 13 anos sem registro de autoctonia. Este estudo descreve sobre a situação epidemiológica da malária e áreas que sofreram ações antrópicas (desmatamento, assentamentos humanos, atividades de piscicultura, etc.) em Manaus, no período entre 1986 e 2005. Nesse Município, o incremento populacional em 2005 atingiu 105,2%, em relação a 1986, resultado de ocupação dos espaços (invasões e conjuntos habitacionais). A partir de 2003, a doença teve incremento acima 2.000% em relação a 1986. Nessas áreas ocorreu aumento da incidência da doença. O índice parasitário anual no Município oscilou de baixo a médio risco, e entre as zonas urbanas, variou de sem risco a alto risco. As zonas Leste, Oeste e Norte onde ainda existem áreas com características rurais apresentaram maior receptividade e vulnerabilidade de transmissão.
Resumo:
A presença de formigas (Hymenoptera: Formicidae) em ambientes hospitalares pode constituir um problema de saúde pública, especialmente por serem vetores mecânicos de organismos patogênicos. O trabalho teve como objetivo realizar o levantamento de formigas e analisar a presença de bactérias a elas associadas em dois hospitais regionais de médio porte da cidade de Divinópolis, MG. As coletas foram realizadas mensalmente, durante um período de seis meses. Foram coletadas formigas Pheidole sp1 e sp2, Linepithema humile, Wasmannia auropunctata, Camponotus sp1 e sp2, Odontomachus sp, Solenopsis sp, Acromyrmex sp e Tapinoma melenocephalum. Observou-se que estas transportavam mecanicamente Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus, Streptococcus, Staphylococcus patogênico e não patogênico e Escherichia coli. Tais resultados evidenciam a propensão à ocorrência de infecções hospitalares nesses locais pela transmissão mecânica de agentes patogênicos por formigas.
Resumo:
A análise da distribuição de triatomíneos é essencial para a formulação de estratégias de controle da doença de Chagas na Região Amazônica. Neste trabalho, apresentam-se os resultados de capturas realizadas em ambientes silvestres e artificiais, em localidades rurais e urbanas de Manaus, Amazonas. Dos 115 triatomíneos coletados, 85 (73,9%) são da espécie Rhodnius pictipes, 25 (21,7%) de Rhodnius robustus e cinco (4,4%) de Panstrongylus geniculatus. A taxa de infecção natural por flagelados foi de 5,9% para Rhodnius pictipes e 8% para Rhodnius robustus. Nenhum exemplar de Panstrongylus geniculatus estava infectado. Todos os exemplares infectados eram oriundos de fragmentos de matas da zona urbana. Verificou-se que 106 (92,2%) triatomíneos foram coletados no ambiente silvestre e nove (7,8%) nas unidades domiciliares pela busca ativa. O gênero Rhodnius predominou nitidamente no ambiente silvestre. Os exemplares de Panstrongylus geniculatus, todos adultos, foram coletados no intradomicílio. Não foram encontrados indícios de colonização domiciliar por triatomíneos.
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Loxosceles laeta é a espécie de aranha-marrom de maior importância médica, causando acidentes de maior gravidade, além de apresentar hábito sinantrópico. No presente trabalho, é apresentado o primeiro registro sinantrópico de Loxosceles laeta no Município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, a partir de encontro e coleta ocasional de espécimes, no período de agosto de 2005 a junho de 2009. A espécie foi registrada em um prédio do Museu Nacional/UFRJ, localizado no parque da Quinta da Boa Vista, área urbana na Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro. O foco foi considerado localizado e restrito. Loxosceles laeta é adaptável às condições climáticas da região metropolitana do Rio de Janeiro, o que torna possível o estabelecimento de novos focos da espécie e a ocorrência de loxoscelismo na região.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é considerada um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Estima-se que somente 1/3 dos doentes sejam notificados e que, dentre esses, muitos fazem tratamento irregular ou o abandonam, aumentando o impacto da doença. Assim o objetivo desse artigo foi descrever o perfil epidemiológico da população com diagnóstico de hanseníase, no município de Uberaba, Estado de Minas Gerais, Brasil, no período de 2000 a 2006. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, que utilizou os dados secundários de notificação de casos hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde do Brasil. RESULTADOS: Foram registrados 455 casos da doença, sendo 55,4% do sexo masculino, a faixa etária dos 34 a 49 anos (31,4 %) foi a mais afetada, houve registro de nove (2%) casos de hanseníase em menores de 15 anos. A forma clínica prevalente foi a dimorfa (69,1%) e a classe operacional foi a multibacilar (87%). Tais achados são preocupantes, considerando-se que são de faixa etária economicamente ativa e potencialmente, os principais disseminadores da doença. CONCLUSÕES: O relato de que a maioria dos casos eram multibacilares, indica diagnósticos tardios, assim, torna-se necessário descentralizar o serviço de hanseníase e capacitar mais profissionais para possibilitar diagnóstico e tratamentos mais precoces.