391 resultados para Cultura agrícola - nordeste
Resumo:
No período de 1966 a 1982 foram isoladas 861 cepas de Yersinia pestis sendo 471 originadas de material de roedores e outros pequenos mamíferos, 236 de lotes de pulgas, 2 de lotes de Ornithodorus e 152 de seres humanos dos focos pestosos do Nordeste do Brasil. Entre os roedores, a espécie que concorreu para o maior número de isolamentos foi o Zygodontomys lasiurus pixuna que, também, forneceu o maior número de lotes de pulgas naturalmente infectados, principalmente do gênero Polygenis. O isolamento da Yersinia pestis de material proveniente de 13 Municípios do Estado de Pernambuco, 7 do Ceará, 3 da Paraíba, 1 do Piauí e 1 da Bahia, evidencia que o problema da peste nos focos brasileiros é bastante atual e merecedor de atenção. O maior número de cepas isoladas e de localidades afetadas, registradas no Estado de Pernambuco não significa maior incidência da peste no mesmo, mas é conseqüência da pesquisa mais intensa da Yersinia pestis e da existência de laboratórios melhor preparados para o seu diagnóstico neste Estado.
Resumo:
Depois de acentuar que a tripanossomose americana é uma zoonose do tipo anfixenose, bem enquadrável no conceito de PAVLOVSKY de infecção com focos naturais, o Autor analisa o problema da multiplicidade e diversidade dêstes focos que são devidas ao grande número de hospedeiros e vetores naturais com hábitos variados. Descreve, em seguida, alguns focos naturais mais freqüentes e importantes, observados na região nordeste do Estado de São Paulo e áreas limítrofes do Estado de Minas Gerais, focos êstes constituídos por buracos e cavidades no solo, ocos e anfractuosidades em troncos de árvores, tufos de vegetação herbácea, touceiras de piteira e copa de palmeiras, onde triatomíneos e mamíferos convivem.
Resumo:
Depois de analisar, de um modo geral, o problema da grande mobilidade do homem brasileiro, ilustrando com alguns dados o vulto das principais correntes migratórias internas que se verificam em nosso País, o autor discute a influência que êstes deslocamentos humanos têm na epidemiologia de nossas endemias parasitárias. Para isto considera os movimentos migratórios ligados aos seguintes tipos de atividades humanas: 1) deslocamento da fronteira agrícola, quer por expansão de áreas já colonizadas, quer pela instalação de núcleos coloniais com pontos remotos da zona pioneira, criando novas ilhas demográficas nos grandes espaços vazios da população brasileira; 2) cultura itinerante caracterizada pela constante procura de áreas virgens para o plantio, com abandono das áreas velhas já esgotadas; 3) indústria extrativa vegetal e mineral; 4) construção de ferrovias e rodovias de penetração, com estabelecimento e desenvolvimento de núcleos populacionais ao longo delas; 5) construção de Brasília e desenvolvimento do Brasil Centro-Ocidental; 6) mecanização da agricultura e industrialização dos centros urbanos condicionando o êxodo rural.
Resumo:
Neste trabalho foram realizados estudos sôbre a distribuição da peste no Nordeste Oriental do Brasil, relacionando-se esta endemia com as zonas fitofisionômicas. Os dados aqui utilizados foram acumulados do período de 1935 a 1967. O autor faz ainda considerações sôbre a teoria da focalidade e conclui que a peste, dentro do conceito ecológico, deve ser considerada como uma doença euritópica.
Resumo:
Utilizando dados do Departamento Nacional de Endemias Rurais, o autor faz um estudo retrospectivo da peste humana no Nordeste Oriental do Brasil no período de 1935-1967. Os aspectos epidemiológicos abordados foram os seguintes: morbidade, mortalidade, letalidade, "point" epidêmicos, tendência secular e variações mensais. Os coeficientes de morbidade e mortalidade variaram muito. A letalidade apresentou-se bastante alta. Dez anos de "point" epidêmicos foram registrados no periodo estudado. A análise estatística dos casos distribuídos por mês mostrou que a peste humana atinge o pcnto máximo na estação sêca. Ficou demonstrada urna variação cíclica da doença, em que aumentos e decréscimos ocorrem em períodos que variam de 6 a 12 anos.
Resumo:
Os autores demonstram através de testes em camundongos que variando o meio de cultivo a avirulência da cepa Y, cultivada, do Trypanosoma cruzi se conserva inalterada. Diante da possibilidade de que se trate de um mutante da mesma linhagem Y virulenta, mantida em animais, sugerem a designação de PF (Pedreira de Freitas) para essa nova cepa.
Resumo:
Os autores apresentam os resultados de levantamentos seccionais sobre a prevalência e a morbidade da esquistossomose mansônica no Estado de Alagoas. Os inquéritos foram feitos em oito localidades, urbanas e rurais. A prevalência da esquistossomose e de outras helmintoses intestinais foi muito elevada. As formas hepato-esplênicas variaram de 1 a 3%.
Resumo:
Os autores apresentam os resultados de levantamentos seccionais sóbre a prevalência e a mortndade da esquistossomose mansônica no Estado do Rio Grande do Norte. Os levantamentos foram, feitos em 44 localidades, urbanas e rurais. A prevalência da esquistossomose e de outras helmintoses intestinais foi muito variável. As formas hépato-esplênicas da esquistossomose variaram de 0 a 4%.
Resumo:
Os autores apresentam os resultados de levantamentos seccionais sôbre a prevalência e a morbidade da esquistossomose mansônica nas zonas rural e urbana do município de São Lourenço da Mata. A prevalência da esquistossomose e de outras helmintoses foi muito elevada. As formas hepato-esplénicas variaram de 1 a 2 %.
Resumo:
Os autores apresentam, os resultados de um inquérito clínico-nutricional e antropométrico realizado no período 1965 a 1967, em 11.283 indivíduos residentes nas zonas rural e urbana de três Estados do nordeste brasileiro (Alagcas, Rio Grande do Norte e Pernambuco), com o objetivo de estudar o estado nutricional de populações residentes em áreas endêmicas de Esquistossomose mansônica. Chamam a atenção para a freqüência relativamente baixa de manifestações clínicas de doenças carenciais, apesar de tratar-se de região cujos baixos padrões sociais e econômicos são bastante conhecidos, sugerindo que a maioria dos indivíduos deve apresentar deficiência nutricional apenas a nível bioquímico. Dentre os sinais de doença, carencial pesquisados, foram registrados com maior freqüência: estomatite angular, cicatrizes das comissuras labiais, atrofia das papilas linguais, gengivite, dermatite seborreica naso-labial e dermatite pelagrosa. De um modo geral, as manifestações clínicas de doença carencial pareciam incidir com maior freqüência entre os indivíduos parasitados pelo S. mansoni. embora não tenham sido encontrados resultados estatisticamente significativos. Os níveis de hemoglobina, pesquisados apenas em população rural do Estado de Pernambuco (Município de São Lourenço), foram muito baixos, não havendo, contudo, diferença estatisticamente significante entre crianças exibindo manifestações clínicas de carência duplamente parasitadas, e aquelas apenas portadoras de esquistossomose. Estudo antropométrico sumário, realizado no grupo etárío de 1 a 12 anos. e baseado na tomada de pese e altura, não revelou diferença estatisticamente significativa, entre crianças exibindo ou não doença carencial, e/ou ccm e sem Esquistossomose, contrariando achados de outros autores, e para cuja explicação pode ser invocado o pequeno número de formas graves (hepato-esplênicas) encontradas no campo, nesse grupo de idade. Os resultados do presente trabalho, por tratar-se de estudo preliminar, não permitem inferir conclusões definitivas, perém reforçam a suposição do provável papel desempenhado pela desnutrição na evolução da Esquistossomose mansônica, sugerindo a necessidade de continuação desses estudos, para uma melhor compreensão dos aspectos nutricionais das relações hospedeiro-parasito, nessa helmintose.
Resumo:
Foi investigada a presença de Leishmania, através da cultura de leucócitos circulantes, no sangue periférico de 60 pacientes portadores de leishmaniose tegumentar americana, nas suas diferentes formas clínicas, assim como nas principais fases evolutivas da doença. Biópsias de lesões cutâneas e/ou de mucosa desses pacientes foram obtidas com a finalidade de isolar e caracterizar os parasitas, através da técnica de anticorpos monoclonais. Dos 60 pacientes examinados, foram isoladas 40 amostras de Leishmania das lesões biopsiadas, sendo 5 de Leishmania (V.) brasiliensis, 3 de L. (V.) guyanensis, 1 de L. (V.) lainsoni, 13 de L. (L.) amazonensis e 18 não puderam ser caracterizados a nível específico, porém, reagiram com anticorpos monoclonais do grupo braziliensis. Quanto àpesquisa através das culturas de leucócitos circulantes, esta revelou resultados completamente negativos. Com base nesses achados, os autores concluíram ser pouco consistente atribuir valor à cultura de leucócitos para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar.
Resumo:
Os autores descrevem um surto de leishmaniose tegumentar americana ( LTA ) instalado na região nordeste do Estado de São Paulo em 1992. Após a notificação de doze casos humanos em uma área rural do município de Itupeva, foi realizado um inquérito epidemiolõgico , destacando-se 34% de positividade da população a Reação Intradérmica de Montenegro. Constatou-se uma grande diversidade da fauna flebotomínica local, com predominância de L. migonei, L. intermedia e L. whitmani, tanto no domicilio, quanto na margem da mata. Ressalta-se a presença na margem da mata de L. longipalpis.
Resumo:
Nos últimos cinco anos, em uma área endêmica para esquistossomose no nordeste de Minas Gerais, 561 indivíduos submeteram-se a exames clínico, laboratoriais, ultra-sonografia abdominal e dopplerecocardtografia visando definir a morbidade da doença antes e após o tratamento. Revelaram-se altas a prevalência de esquistossomose (66,3%) e de formas graves (9,5% com baço palpável). A prevalência de indivíduos sem fibrose hepática e com fibrose teve, moderada e intensa ao ultra-som foi de 46,0%, 19,6%, 27,6%) e 6,8%, respectivamente. Vinte um (39,6%:) de 53 indivíduos com baço palpável não apresentavam fibrose periportal ao ultrasom. Linfonodos periportais foram identificados em 33,8% dos indivíduos examinados e anticorpos anti-KLH no soro de 40,7%,. Observaram-se alterações urinárias compatíveis com glomerulopatia esquistossamótica em 4,5% da população e 11,7% apresentavam achados dopplerecocardiográficos de hipertensão pulmonar. Doze meses após o tratamento da esquistossomose, a prevalência da doença reduziu-se de 66,3% para 25,0%. Em Queixadinha, um perfil da morbidade da doença e de sua evolução após o tratamento começa a ser delineado.
Resumo:
Se llevó a cabo un estúdio epidemiológicopara obtener unpanorama general de la transmisión doméstica del Trypanosoma cruzi en áreas rurales del Departamento San Miguel, Conientes, Argentina. Se investigaron 100 viviendas precarias, 50,0% de las mismas resultó infestado por Triatoma infestans y 1,0% por T. sórdida, citãndose por primera vez para la provinda de Comentes la colonización domiciliaria de esta especie. El 23,1% de T. infestans estaba infectado por T. cruzi. La seroprevalencia de 388 pacientes analizados por hemaglutinacíôn indirecta e inmunofluorescencia indirecta fue 23,4%, destacándose el alto índice (12,9%) constatado en menores de 10 anos. Losporcentajes de seropositividad aumentaron con la edad, alcanzándose 50,0% de infectados entre los 31-40 anos. La infestación doméstica por T. infestans, la prevalencia humana de seropositivos al T. cruzi y las condiciones deprecariedad en que se desenvuelve la vida de los pobladores revelan la vigência de la endemia chagãsica en el área estudiada.