337 resultados para ANIMAIS EXÓTICOS
Resumo:
Diversas espécies de triatomíneos foram alimentadas em cão, tatu e camundongos infectados pelo T. cruzi, para verificação de suas susceptibilidades. Em cão T. infestans e P. megistus se infectaram melhor. Em tatus T. iníestans e T. brasiliensis acusaram melhores índices de infecção, enquanto em camundongos as espécies de Rhodnius e T. brasiliensis foram as melhores infectadas. A positividade dos xenos não pareceu obrigatoriamente relacionada com a riqueza da parasitemia evidenciada através da hemoscopia direta. A positividade dos xenos em camundongos variou de 26 a 96%. Quando a mesma espécie de triatomineos foi usada em tipos diversos de animais, pareceu haver uma tendência para apresentarem diferentes taxas de infecções, de acordo com o animal empregado. Dessa forma, a susceptibilidade dos triatomíneos poderia estar dependente dos fatores: cepa do tripanosoma, espécie e fase do triatomíneo e o tipo do animal infectante.
Resumo:
Neste trabalho são relatadas pesquisas parasitológicas e epiâemiológicas realizadas numa provável fonte de infecção de Histoplasmose da área rural do D. F. - Brasília, onde 14 pessoas contraíram a doença. Os estudos clínico, imunológico e radiológico foram anteriormente descritos. Os autores conseguiram isolar o H. capsulatum do solo da caverna e das vísceras e do sangue de morcegos (Phyllostomus hastatus hastatus, Pallas 1767) que nela habitavam. Resultaram negativas as tentativas de isolamento do fungo de animais sentinelas (cobaios), assim como não se obteve neles a viragem dos testes intradérmicos com histoplasmina. Em impressões de vísceras dos morcegos, constataram-se formas semelhantes as do T. gondii que posteriormente foram isoladas, em camundongos jovens, por inoculação de vísceras maceradas e sangue. Foram encontrados 2 ectoparasitos nos morcegos: Boophilus microplus e um díptero da família Streblidae. O ácaro albergava tripomastigotos do tipo cruzi, não sendo porém conseguido seu isolamento. No tubo digestivo dos quirópteros, foram retirados nematódeos (Histiostrongylus octaeantus) e cestódeos do gênero Mathevotaenia. Foram capturados, em torno da entrada da caverna, 2 exemplares de Cercomys cunicularis apereoide não sendo examinados sob o ponto de vista parasitológico. Testes intradérmicos realizados em 826 habitantes da área resultaram positivos em 184 (22,27%). A gruta, fonte da infecção, está localizada em uma formação calcárea, pertencente à série Bambuí, acreditando-se, pelos aspectos tectônicos, ser da idade siluriana. No Brasil, o isolamento de H. capsulatum de solo, guanos de morcegos e vísceras de roedores já tinham sido realizados; contudo, esta foi a primeira vez que se conseguiu isolá-lo do solo de uma caverna, fonte de infecção, e das vísceras e sangue de morcegos. Os resultados obtidos com os testes intradérmicos com histoplasmina demonstraram a prevalência de histoplasmose na área rural do DF e, conseqüentemente, a possibilidade de ocorrerem outra microepidemia ou aparecimento de casos isolados de histoplasmose-doença.
Resumo:
Foi isolada uma cepa de Schistosoma mansoni proveniente de dois pacientes tratados com hycanthone, por duas vezes, na dose de 2,5mg/kg, i.m., em janeiro e em abril de 1970, e com niridazole (25mg/kg dia x 5 oral), em abril de 1971. O número de ovos por grama de fezes nestes pacientes antes do tratamento era de 2675 e 1025, respectivamente e, após o terceiro tratamento, em torno de 100 ovos/g. Miracídios obtidos das fezes destes pacientes, infectaram caramujos (Biomphalaria glabrata), que passaram a eliminar cercárias (cepa WW). Estas foram utilizadas para infecção experimental de camundongos albinos. Os animais infectados foram tratados com esquemas múltiplos de hycanthone, niridazole e oxamniquine. Estudos comparativos das cepas WW e LE (esta última mantida rotineiramente em nossos laboratórios) mostraram diferenças acentuadas quando à sensibilidade aos esquistossomicidas usados. De fato, com hycanthone, na dose de 80mg/kg, i.m. houve 100% de alteração do oograma nos camundongos infectados com a cepa L.E. e de 0,0% nos infectados com a cepa WW. Com a oxamniquine e niridazole as diferenças foram menores, mas, ainda assim, suficientes para indicar maior resistência da cepa WW a estes esquistossomicidas. Esta é a primeira vez na literatura, que se demonstra resistência em cepas de S. mansoni provenientes de pacientes tratados.
Resumo:
Trabalhando com dez amostras do T. cruzi isoladas de casos humanos de doença de Chagas, em condições tão padronizadas quanto o possível, realizamos um estudo morfo-blométrico e biológico das diversas amostras visando a verificação da existência de correlação entre os mesmos. Para tanto, tomamos como critérios de avaliação: a) os dados biométricos; b) a patogenicidade para animais de laboratório; c) a infectividade para triatomineos e d) a cultivabilidade em meios liquido (Warren) e difásico (NNN). Os resultados obtidos foram confrontados e mostraram a inexistência de correlação estreita entre os caracteres morfológicos, biológicos e patogênicos das diversas amostras estudadas.
Resumo:
Amostra de T. cruzi, mediante a inoculação em camundongos brancos jovens, foi isolada de fezes de exemplares de T. infestans capturados em Vitichi, Bolívia e denominada amostra Bolívia. Essa amostra, que se comporta de um modo peculiar em reações de aglutinação, segundo Siqueira, Ribeiro e Fernandes, em 1973, mostrou-se patogênica para camundongos, infectando 100% dos animais inoculados, quer com formas metacíclicas de triatomíneos, quer com formas sanguícolas de doadores com infecção aguda. As formas sanguícolas, em camundongos, medem 23,37 μ de comprimento total médio e tem índice nuclear de 0,94. Nos camundongos mortos durante a fase aguda os ninhos de leishmânias são abundantes, sobretudo no coração. A infecção dos camundongos é grave com curto período prepatente, parasitemia elevada e alta taxa de letalidade. A amostra Bolívia confere, aos animais que sobrevivem, alto grau de resistência contra reinfecção pela amostra Y. Cultiva-se bem em meios líquidos (Warren) e difásicos (NNN) e evolui regularmente em várias espécies de triatomíneos testadas.
Resumo:
A study on nine strains of T. cruzi isolated from man, from animais and from triatomine bugs in Brazil are described. The parasites were slightly viscerotropic in white mice in six of the strains, highly viscerotropic and cardiotropic in two strains, and asymptomatic on one strain. Mechanical and cyclical passage from infected to healthy mice, and treatment of the infected mice with immunosuppressant drug, did not increase the blood parasitaemia or strain virulence. The results of biometric studies on the blood trypanosomes from each strain are also described. The various aspects on the importance of T. cruzi strain Identification are emphasized and discussed.
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Trypanosoma cruzi of the cultivated PF strain when injected in mice per subcutaneous route, in adequate doses, is able to induce an efficient sterile immunization in the animais (for at least one year) as determined by whole blood cultures and histopathology.
Resumo:
Foi examinado um total de 222 cães, sendo que 197 eram cães de rua apreendidos nas áreas suburbanas e rurais do Rio de Janeiro e 25 eram animais de estimação, mantidos em residências (apartamentos) nas zonas Centro e Sul da cidade. Do total de 197 cães de rua, foram encontrados 49 (24,87%) parasitados por coccidios do gênero Isospora, sendo que 6 deles (3,04%) eram parasitados por I. canis e 43 (21,83%) por I. rivolta. Nos 43 casos de parasitismo por I. rivolta foi encontrada nas fezes uma alta percentagem de esporocistos livres com 4 esporozoitos (35 casos, representando 81,4%). As fezes foram coletadas diretamente do reto e a técnica empregada para o exame do material foi a centrífugo-flutuação em sulfato de zinco. Entre os 25 cães de estimação não foi encontrado nenhum caso de parasitismo por Isospora sp. Os valores médios para os diâmetros maior e menor das formas de Isospora sp. encontradas foram de 38,63μ x 31,93μ. para oocistos de I. canis; 23μ x 18,94μ. para oocistos de I. rivolta e, 19,94μ x 10,05μ para os esporocistos de I. rivolta, encontrados livres nas fezes. Não foi diagnosticado nenhum caso de I. bigemina. Entre todos os casos positivos foram encontrados apenas 3 casos de infecção maciça nos animais. Nos 3 casos, tratavam-se de animais jovens parasitados por I. rivolta. O teste estatístico de diferença de proporções demonstrou que o sexo e a idade dos animais não tiveram influência na maior ou menor percentagem de cães positivos para Isospora sp, na presente casuística.
Resumo:
Admitida uma baixa freqüência de Salmonella com base em verificações anteriores em casos de diarréia aguda na cidade de Araraquara, S. Paulo, realizou-se uma investigação com um esquema ampliado para o isolamento de Salmonella a partir de 47 casos de gastroenterite infantil, 51 amostras de fezes de animais e 50 amostras de carnes e vísceras de animais destinados a alimentação. Foram isoladas Salmonella em 6,3% dos casos de gastroenterite, 5,8% de fezes de animais e 8,0% de amostras de alimentos, nesse último caso verificando-se a contaminação exclusivamente em fígado de porco, senão negativos todos os resultados de carne e vísceras de bovinos. Os sorotipos isolados corresponderam, em ordem decrescente de freqüência a S. anatum, S. derby e S. daytona. Nas gastroenterites infantis a freqüência de Shigella (12,7%) foi duas vezes superior à de Salmonella (6,3%).
Resumo:
Em grupos de camunáongos inoculados com as cepas FL, MR, Berenice e Y, a freqüência de parasitismo encefálico avaliada através do encontro de parasitas em cortes semi-seriados variou entre 1.6-22%, ao passo que nos animais inoculados com cepa PNM essa percentagem alcançou 20.5%. Os autores sugerem que esses resultados se devam a diferentes tropismos do parasita e discutem a importância do estudo de modelos experimentais para a investigação de lesões encefálicas causadas por T. cruzi.
Resumo:
O presente trabalho estuda; a morfologia do Schistosoma mansoni Sambon, 1907, obtido por filtração extra-corpórea de 5 (cinco) pacientes do Hospital São Vicente de Paula em Minas Gerais. Foram elucidados detalhes morfológicos até então controvertidos na literatura, tendo sido, inclusive, correlacionados com os estudados pela microscopia eletrônica por outros autores. Não foram observadas diferenças morfológicas entre os vermes humanos e os descritos em animais de pequeno porte.
Resumo:
Foi encontrada uma incidência de Capillaria hepática de 57% entre ratos capturados na cidade do Salvador. Destes animais infectados foram isoíados ovos do parasito e se obteve a infecção experimental em camundongos. Foi demostrada a presença de anticorpos circulantes contra Capillaria hepatica no soro destes camundongos, tendo sido feito o estudo através de técnicas de eletroforese e imunofluorescência. Estes anticorpos se fixam em todas as estruturas parasitárias, (seja larva, verme ou ovo) e estão presentes no soro dos camundongos já a partir da primeira semana de infecção.
Resumo:
Os autores observaram prevalência de Toxocara canis em 24,9% dos cães na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados observados demonstrando a grande incidência de Toxocara, tanto em animais vadios, como em animais de estimação, criados em contato íntimo com seus donos, vem mais uma vez chamara atenção para a relevância do problema "Larva migrans visceralis" entre nós. Entre outros helmintos chamam ainda a atenção para a alta prevalência da A. brasiliensis, A. caninum, D. caninum e T. valpis.
Resumo:
Do Ceará, estado com problema de Doença de Chagas, Russas tem recebido a maior soma de investigações, verificando-se 11,6% de infecção humana, em 1959. Recentemente foram examinados cães, gatos e outros animais encontrando-se altas taxas de infecção. Selecionou-se, na presente pesquisa, uma micro-área (Fazenda Boa Vista) na região, onde haviam sido antes examinados 52 cães e 21 gatos, com 11 cães e 10 gatos positivos. Foram examinados mais 12 cães e 10 gatos, com 1 e 5 positivos, respectivamente, elevando-se a taxa de positividade global para 29,5%. Nessa micro-área foram examinados 125 pessoas pela RFC e pelo xenodiagnóstico, encontrando-se uma positividade de 7,2%. Desses positivos, 55% residem em casas com animal positivo, sendo que duas casas apresentaram duas pessoas positivas cada. Do total de xenos somente dois foram positivos. Na micro-área foram capturados 405 triatomíneos, com 27,7% positivos, dentro e fora das casas (galinheiros, currais, paredes externas, telheiros e alpendres). A espécie prevalente é o Triatoma brasiliensis (93,5%), encontrada dentro das casas (52,8%) com taxa de infecção de 30,2% e fora das casas (47,2%) com 24,6% de infecção. No total da região examinada na pesquisa anterior, as taxas de infecção foram 19,6% dentro das casas e 21,8% fora. A segunda espécie é o T. pseudomaculata (5,4%), encontrado mais fora das casas (72,8%) e infectado 25%. Foram capturados 8 exemplares de P. megistus sempre fora das casas, sendo 4 na micro-área; 5 exemplares estavam infectados. Na micro-área, tal como em 2 outras áreas da região, foram encontrados roedores domésticos e marsupiais com T. cruzi: 4 em 10 Rattus rattus e 1 em 3 Didelphis azarae, tal como já havia sido verificado por um dos AA. em outras áreas do Estado. Conclui-se pela existência de um dinâmico ciclo doméstico e paradoméstico de circulação do T. cruzi na micro-área, com abundantes oportunidades de infecção do homem e dos animais domésticos.
Resumo:
Sete macacos (Cebus apella sp) foram inoculados por via subcutânea peto Trypanosoma cruzi com um número de formas tripomastigotas que variou de 25 x 103 a 5 x 1O6. Um outro primata, também da mesma espécie, foi inoculado por via palpebral com fezes de Triatoma infestans contendo formas de T. cruzi provenientes da mesma cepa "Y". A presença do T. cruzi foi assinalada na maioria dos animais, pela primeira vez, no 8º dia após a infecção. Os picos máximos da parasitemia foram observados entre o 9º e o 12º dia da infecção. O número de tripanosomas caiu acentuadamente do 19º ao 25º dia. Todos os animais infectados sobreviveram. Estudos estão sendo conduzidos com o intuito de se observar o comportamento destes animais na fase crônica da doença.