371 resultados para AMAZONAS - ASPECTOS AMBIENTALES - PROYECTOS
Resumo:
Atypical P. vivax cases reported in Manaus municipality led us to detect a genetic isolate of P. vivax. Variable regions of SSUrRNA were examined from the initial time of infection and in the two recrudescences/relapses from a patient exhibiting chloroquine and primaquine resistance. A unique isolate, found at all stages of infection, suggests the presence of a clonal expansion.
Resumo:
Foram investigados aspectos clínicos, laboratoriais, terapêuticos e evolutivos da leishmaniose tegumentar americana em Belo Horizonte. O estudo incluiu 358 pacientes com leishmaniose cutânea (LC) e 25 com leishmaniose mucosa (LM). Comparados aos pacientes com LC, aqueles com LM apresentaram maior tempo de doença e relato de outras doenças concomitantes, sugerindo que a debilitação pela leishmaniose e/ou outras doenças podem contribuir para a ativação e/ou disseminação mucosa do parasito. As sensibilidades das reações intradérmica, de imunofluorescência indireta e da pesquisa direta do parasito foram de 78,4, 79,3 e 68,3%, respectivamente. O tratamento com antimoniato de meglumina foi 100% eficaz, com 59% de efeitos colaterais ao longo do tratamento. A recidiva após tratamento ocorreu em 32 (10,1%) dos 318 casos seguidos por até dois anos. A maioria das recidivas (31 dos 32 casos) ocorreu em pacientes com LC tratados com 15mg Sb5+/kg/dia. Na investigação de critérios de cura, a reação intradérmica negativa foi o único fator associado a um risco três vezes maior de recidiva. Um aumento da dose ou do tempo de tratamento talvez melhore o prognóstico nestes pacientes.
Resumo:
A síndrome pulmonar e cardiovascular por Hantavirus (SPCVH), é doença emergente com descrição crescente de casos no Brasil. Neste trabalho, estudou-se 8 casos confirmados da doença. Todos apresentaram febre e dispnéia. Taquicardia, astenia, hipotensão e estertoração pulmonar ocorreram em 75 a 87,5% dos casos. Plaquetopenia e hipoxemia ocorreram em 100% dos casos, hemoconcentração, leucocitose com desvio à esquerda e elevação de uréia e creatinina séricas em 75 a 87,5%. Assistência respiratória, hidratação endovenosa e utilização de aminas vasoativas foram as medidas utilizadas nos pacientes. Ressalta-se que o suporte ventilatório e cardiovascular deve ser precocemente instituído, preferencialmente em unidades de terapia intensiva, com precauções universais e respiratórias de isolamento. Deve-se ter cuidados com infusão excessiva de líquidos para não agravar o edema pulmonar. A mortalidade observada, de 50%, é elevada, deveu-se à gravidade da doença e ao comparecimento tardio para tratamento intensivo. Deve-se informar sobre a SPCVH aos profissionais de saúde, considerando que casos de SPCVH, provavelmente, vêm passando desapercebidos.
Resumo:
São descritas as características de 1.016 pacientes internados com leptospirose no Hospital Couto Maia, Salvador, BA, entre 1993 e 1997. Aumento na precipitação pluviométrica mostrou relação com aumento do número de internamentos no mês subsequente. Sexo masculino correspondeu a 81,1% (824/1.016); a média da idade foi 35,7±15,4 anos. Quase 94% (778/829) dos 829 com informação sobre raça eram negros ou mulatos. Para idade igual ou superior a 18 anos, quase 93% não cursaram o segundo grau. A média do período de incubação foi estimado em 6,3±3,9 dias. A duração dos sintomas foi em média 6,1±2,4 dias. Episódios hemorrágicos corresponderam a 14,3% (145/1.016). A letalidade entre 1.009 pacientes não transferidos foi de 14,2% (143/1.009). Insuficiência renal foi a causa atribuída de morte em 76,2% (109/143). Os dados indicam que leptospirose é estreitamente relacionada com baixos níveis socioeconômicos e que aumento da precipitação pluviométrica precede surtos epidêmicos.
Resumo:
A infecção pelo VHB e VHD são importantes problemas de saúde na Amazônia. Este estudo avalia a prevalência da infecção por esses agentes em sete grupos indígenas do Estado do Amazonas. A taxa de infecção passada pelo VHB encontrada foi de 54,5% e a de portadores do AgHBs de 9,7%. Observa-se variação importante destes marcadores entre as aldeias, inclusive da mesma etnia. Não evidenciamos marcador de infecção aguda, os quatro AgHBe reativos eram todos Apurinã, da mesma aldeia, e três da mesma família. O VHD foi encontrado em 13,4% dos AgHBs reativos. O padrão de infecção pelo VHB e VHD encontrado possui as seguintes características: endemicidade elevada, baixo potencial de infectividade, transmissão marcada em idade precoce, provável transmissão familiar, e pouca importância da transmissão vertical. Entretanto, também sugere que esses vírus não tenham sido ainda introduzidos efetivamente em algumas das etnias estudadas.
Resumo:
Foram estudados 261 cães (134 moradias) do Município de Maricá, RJ, Brasil, visando avaliar a resposta sorológica e infecção ativa para leishmaniose tegumentar americana (LTA). Oito cães apresentaram lesões sugestivas, sendo o isolamento positivo em 3. Pelo ELISA, 24,5% (64/261) apresentaram reatividade (sensibilidade = 66% e especificidade = 76%), estando associado ao isolamento em 2 e 0,4% (1/261) pela imunofluorescência indireta (RIFI) sem associação com isolamento. Para a redução de reações inespecíficas no ELISA, utilizou-se um segundo critério para obtenção do cutoff (sensibilidade = 33% e especificidade = 93%), obtendo positividade de 6,9% (18/261) associando-se ao isolamento em um animal. Sete pessoas apresentaram cicatrizes de LTA e uma lesão ativa em tratamento. A não associação da infecção ativa dos cães à sorologia pela IFI e o grande número de resultados inespecíficos encontrado pelo ELISA, restringe o uso isolado destas no diagnóstico precoce da LTA. O encontro de lesões ativas confirma a circulação recente da Leishmania em Maricá, indicando a necessidade de estudos nesta região.
Resumo:
O trabalho de campo é de fundamental importância ao conhecimento das chamadas doenças tropicais. Ele permite estabelecer com mais precisão a prevalência das doenças endêmicas e de suas conseqüências sócio-econômicas; propicia o estudo das diversas variantes clínicas das enfermidades, dos fatores epidemiológicos desencadeantes e mantenedores de determinada condição mórbida no ambiente do campo onde ocorrem, proporcionando a investigação do agente etiológico, dos diversos reservatórios e vetores nas condições naturais de transmissão. Este artigo aborda objetivos e questões relevantes de ordem estrutural, logística e operacional no desempenho deste tipo de investigação.
Resumo:
Com o objetivo de estudar algumas características epidemiológicas dos portadores de tuberculose pulmonar multirresistente e suas influências sobre o controle e o tratamento, foi avaliada uma coorte de 4 anos de pacientes selecionados pela recuperação do Mycobacterium tuberculosis no escarro, resistência à rifampicina, isoniazida e mais uma terceira droga usual ou falência do esquema de reserva, matriculados em uma referência na cidade de São Paulo. As variáveis estudadas foram: sexo e idade, tipo de multirresistência, contágio, condições associadas, perfil de resistência às drogas usuais e distribuição das lesões na radiologia convencional. Revistos 182 pacientes, 112 (61,5%) masculinos, com idade variando entre 16 e 64 anos (35,7±6,8). Com base na história terapêutica foram discriminados os seguintes tipos: MR-primária (com teste de sensibilidade inicial), 11 (6%), MR-pós-primária (irregularidade no tratamento anterior), 134 (74%) e MR-indeterminada (falência após uso regular informado dos esquemas usuais), 37 (20%). Contágio presente em 41 de 170 pacientes, predominando o intradomiciliar sobre o institucional. Identificados 4 surtos familiares e nenhum institucional. O abandono (45%) foi a mais freqüente condição associada, seguido do etilismo (27%), falência seqüencial aos esquemas de retratamento (23%), contágio com multirresistência (15%), reações adversas às drogas (6%), HIV-positivo (4%) e diabetes (3%). Resistência à rifampiina+isoniazida em 100%, 83% à estreptomicina e 47% ao etambutol. Todos com cavidades no Rx de tórax convencional, unilaterais em 35 (19%). Discutem-se os achados e apresentam-se sugestões.
Resumo:
Em 1996, foi realizado um levantamento da fauna de Culicidae (coleta de adultos e imaturos) em cinco dos dez municípios onde foram registrados 14 casos de febre amarela silvestre (Rio Preto da Eva, Iranduba, Manacapuru, Manaquiri e Careiro). Os mosquitos foram coletados utilizando-se armadilhas de luz CDC, inspeções domiciliares e captura com tubos coletores para isca humana. Foram identificadas entre adultos e imaturos 36 espécies de Culicidae, entre estas, nove foram encontradas apenas na fase imatura. Dentre os adultos, coletou-se espécies de Haemagogus janthinomys, Ha. leucocelaenus e Aedes fulvus, incluídas entre os vetores de febre amarela silvestre.
Resumo:
Este trabalho é um estudo prospectivo e descritivo dos aspectos epidemiológicos e clínicos de 72 envenenamentos por escorpiões admitidos no Hospital Municipal de Santarém, Estado do Pará, Brasil, entre fevereiro de 2000 a fevereiro de 2001. Trouxeram o animal 8,3% das vítimas, os quais foram identificados como T. cambridgei. O sexo masculino foi acometido em 83,3%. A idade das vítimas e o tempo para o socorro médico foram respectivamente de 33,6±18,3 anos e 4,6±3,2 horas em média. Os membros superiores foram acometidos em 51,5% dos casos. As manifestações locais estiveram presentes em 91,7% e as sistêmicas em 98,6% dos envenenamentos. Entre os sintomas locais encontramos: parestesia em 79,2%, dor em 52,8%, e edema em 26,4% dos casos. Nas manifestações sistêmicas predominou as queixas neurológicas em 97,2% das vítimas, sendo o sintoma de sensação de "choque elétrico" pelo corpo (88,9%) o mais freqüente. No exame neurológico os sinais mais encontrados foram: mioclonias (93,0%), dismetria (86,1%), disartria (80,6%) e ataxia de marcha (70,8%). Classificou-se como moderados 76,4% dos envenenamentos, sem nenhum caso grave. Deixaram de realizar a soroterapia 32,7% dos casos moderados, por ausência de soro específico no momento do atendimento. O escorpionismo da região de Santarém mostra um comportamento clínico regional diferente daqueles descritos no Brasil e de outros locais da Amazônia e, apresenta uma clínica predominantemente neurológica, ainda não descrita na literatura brasileira.