324 resultados para gastos com internação hospitalar
Resumo:
Estudo de diagnóstico de situação, que buscou reconhecer e comparar as condições de inspeção sanitária de Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), junto a agentes de dois Grupos Técnicos de Vigilância Sanitária, em 2002, por meio de questionários. Os resultados mostraram que os agentes possuíam algum conhecimento sobre IH, mas a maioria não inspecionava PCIH, não realizou treinamento, não utilizava roteiro específico e outros recursos. A estrutura física foi o tipo de inspeção mais citado, seguindo-se atas e estatísticas do PCIH. Concluiu-se que as principais dificuldades para a inspeção de PCIH concentram-se na insuficiência de pessoal, recursos, motivação e capacitação técnica. Observou-se, também, heterogeneidade, nesses resultados, entre os Grupos.
Resumo:
Este estudo analítico descritivo objetivou detectar conceitos que traduzem mitos e verdades relativos à infecção hospitalar entre auxiliares e técnicos de enfermagem no centro cirúrgico de três hospitais. O instrumento para coleta de dados possui 28 afirmações (15 verdadeiras e 13 falsas) contemplando fatores relacionados ao paciente, equipe cirúrgica, ambiente, procedimentos. As afirmações contêm escala em três pontos (concordo, tenho dúvida, discordo). Obtivemos respostas adequadas em 72% e não adequadas em 28%, indicando o satisfatório conhecimento da enfermagem perioperatória relacionadas ao controle infecção hospitalar . Nos itens uso de pro-pé, alianças e outros objetos, pêlo como patógeno, escovação das mãos, uso de avental e campo cirúrgico umedecidos, cirurgia infectada e rotina de limpeza, doenças ocupacionais, infecção hospitalar, infecção sítio cirúrgico e tempo operatório, pudemos detectar mitos e rituais referentes ao controle de infecção, que estão relacionados sobretudo à cultura de quem os praticam, perpetuando resistência a mudanças.
Resumo:
A humanização do ambiente hospitalar não se concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usuário. Um programa de humanização necessita ser assumido como um processo de construção participativa que requer respeito e valorização do ser humano que cuida. Pautado em valores e princípios humanos e éticos e em idéias de Freire, este trabalho tem por objetivo explicitar como se desencadeou um processo de humanização, numa instituição hospitalar, centrado, inicialmente, no trabalhador, mediante a problematização coletiva da realidade concreta e a construção de relações dialógicas, horizontais e reflexivas. A proposta possibilitou maior compreensão do significado de humanização, com o resgate de iniciativas anteriores de humanização já adotadas, a adoção de um Banco de Idéias como um espaço para a emersão de subjetividades, a organização de ambientes coletivos acolhedores e uma maior aproximação entre a direção e trabalhadores.
Resumo:
A proposta deste estudo qualitativo é compreender as vivências de alunos do Curso de Graduação em Enfermagem nas situações de estágio no cotidiano hospitalar, refletindo sobre o processo de formação, com ênfase na dimensão humana. Essa compreensão pode oferecer subsídios para a reflexão sobre a humanização da prática em saúde/enfermagem. Foram realizadas 13 entrevistas individuais com discentes que finalizavam o 6º e iniciavam o 7º semestre, nos meses de novembro/dezembro de 2003 e fevereiro/março de 2004. Da análise das entrevistas emergiram temas significativos: deparar-se com o sofrimento do outro é experiência "humanizante"; dicotomia saber técnico/saber humano; valorização da dimensão humana: aprendizagem teórica; a equipe de saúde como modelo de (des) aprender; as experiências de estágio despertam sentimentos nos alunos; relação aluno-professor: limites e facilidades. É necessário repensar o processo de formação, investindo em ações articuladas que favoreçam transformações nos serviços e nas escolas, envolvendo professores, alunos e trabalhadores.
Resumo:
Trata-se de estudo descritivo com objetivo de analisar as atividades desenvolvidas pelos enfermeiros nas unidades de internação de um hospital-escola. Foi realizada entrevista com 20 enfermeiros da Maternidade e das Clínicas Médica, Cirúrgica e Pediátrica. Os resultados demonstraram que os enfermeiros se dedicam às atividades assistenciais, seguidas das administrativas, relacionadas ao sistema de informação e educativas. Além disso, foi constatado que os enfermeiros se deparam com diversos fatores que dificultam sua atuação, como a falta de recursos humanos, infra-estrutura, valorização do trabalho e do trabalhador de enfermagem, organização do serviço e integração dos membros da equipe multidisciplinar.
Resumo:
Este estudo, de natureza exploratória descritiva, tem como objetivo investigar a ocorrência e as causas de cancelamento de cirurgias programadas na unidade de Centro Cirúrgico em um hospital de ensino de capacidade extra no interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados durante três meses consecutivos em 2004, utilizando-se documentos institucionais e formulário elaborado pelas pesquisadoras. No período do estudo foram programadas 4.870 cirurgias na unidade de Centro Cirúrgico investigada, das quais 249 foram canceladas (5,1%). As principais causas geradoras dos cancelamentos das cirurgias estavam relacionadas ao paciente (57,8%), tais como, não comparecimento (56,3%) e condição clínica desfavorável (34,7%); à organização da unidade (22,1%) devido à falta de leitos disponíveis para internação (29,1%) e ocorrência de cirurgias de emergência (25,5%); à alocação de recursos humanos (17,7%) ou ainda à alocação de recursos materiais e equipamentos (1,6%).
Resumo:
As mudanças demográficas ocorridas no Brasil mostram um aumento da população que está envelhecendo e em idade produtiva. Estudo com trabalhadores do Serviço de Higiene e Limpeza de um hospital universitário, não terceirizado, teve por objetivo avaliar a capacidade para o trabalho. Foi utilizado o Índice de Capacidade para o Trabalho, instrumento auto-aplicável, desenvolvido por pesquisadores finlandeses. Foram entrevistados 69 trabalhadores: 21,7% tinham ótima capacidade para o trabalho; 31,9% boa; 31,9% moderada e 14,5%, baixa. As doenças com diagnóstico médico mais freqüentes foram as lesões por acidentes, músculo-esqueléticas e cardiovasculares. O grupo etário de 50 a 60 anos obteve menor Índice de Capacidade para o Trabalho e maior número de doenças, afetando, portanto, a capacidade para o trabalho. Sendo assim, há necessidade do desenvolvimento de programas de promoção à saúde, tendo em vista a recuperação e manutenção da capacidade para o trabalho.
Resumo:
Objetivou-se determinar a incidência da Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) em pacientes submetidos à cirurgia do aparelho digestivo (CAD), durante a internação e após alta, verificar a ocorrência de associação entre a ISC e o tipo de cirurgia, tempo de internação, condição clínica do paciente, classificação e duração da cirurgia. Tratou-se de um estudo prospectivo e descritivo realizado em um hospital universitário de agosto de 2001 a março de 2002. De 357 pacientes sub-metidos à CAD, 64 ISC foram notificados, 16 na internação e 48 pós-alta, incidência de 4,5% e 13,9%, respectivamente. Verificou-se uma associação da ISC com o tempo de internação pré-operatório e a classificação da ferida operatória. A taxa global da ISC foi de 18,0%. Observou-se um aumento da ISC em quatro vezes quando a vigilância pós-alta foi realizada. Chama atenção que, caso a vigilância pós-alta não fosse realizada, a taxa global da ISC seria fortemente subnotificada.
Resumo:
As infecções do sítio cirúrgico (ISC) por sua elevada incidência e repercussões associadas, representam importante problema dentre as infecções hospitalares. Objetivou-se neste estudo determinar a incidência da ISC de pacientes submetidos à cirurgia para obesidade mórbida (COM) e gástrica por outras causas (CGOC), durante a internação e após alta. Foram acompanhados em dois hospitais terciários, de ensino da cidade de São Paulo, entre agosto de 2001 e março de 2002, conforme metodologia NISS, 158 pacientes, sendo 81 submetidos à COM e 77 à CGOC, por um período de 30dias. Notificou-se 64 ISC, 6,3% durante a internação e 34,1% após a alta. Durante a internação, a incidência de ISC foi de 5,0% no grupo COM e de 7,8% no CGOC e com a vigilância pós-alta, estas taxas aumentaram para 55,6% e 24,7%, respectivamente, demonstrando que vigilância pós-alta no pacientes cirúrgico é uma importante ferramenta para obter dados confiáveis e redirecionar as políticas de prevenção e controle da ISC.
Resumo:
A pesquisa teve por objetivo etno-avaliar a humanização da assistência hospitalar na percepção de usuários hospitalizados. Os dados foram coletados de janeiro a julho de 2005, em hospital público de Fortaleza-CE, por meio do percurso do paciente. Participaram 13 usuários hospitalizados. A análise foi realizada pela técnica de análise categorial, originando as categorias: etno-avaliação da estrutura e dinâmica hospitalar, da imagem hospitalar e da competência profissional humana e técnica. Os usuários utilizavam múltiplas facetas para suavizar suas opiniões, sendo desvelados fatores incluídos nessas facetas, denominados mediadores da etno-avaliação, e os categorizaram em: condições da entrevista, condição socioeconômica, personalidade e religiosidade do usuário, discurso irônico, diagnóstico sombrio e necessidades atendidas e experiência anterior de hospitalização. Elementos revelados pelos pacientes são significativos para mobilizar profissionais e gestores com vistas a mudanças que promovam a humanização e incluam o usuário como etno-avaliador crítico social.
Resumo:
O estudo tem por objetivo caracterizar o trabalho em equipe no atendimento pré-hospitalar às vítimas de acidente de trânsito, identificando as atividades dos atores, o trabalho em equipe e as relações com atores de outras áreas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que se utilizou, para coleta de dados, a observação das ocorrências atendidas por um serviço público de Porto Alegre, além de entrevistas com todos os profissionais envolvidos nessa assistência. Os resultados demonstram que o atendimento pré-hospitalar está alicerçado no trabalho em equipe, sendo fundamental um entendimento entre os profissionais que transcenda a relação hierárquica historicamente encontrada nas organizações de saúde. Evidencia-se a necessidade de valorização do campo de conhecimento ampliado, que está associado ao núcleo das atividades cuidadoras, e que respondem à maior parte das necessidades apresentadas pelas vítimas de trauma.
Resumo:
Pesquisa retrospectiva de caráter descritivo, utilizando questionários estruturados e validados, que estudou 86 trabalhadores do serviço de higiene e limpeza, expostos à imensa diversidade de riscos ocupacionais em um hospital público municipal de urgência, emergência e ensino. O objetivo do estudo foi identificar aspectos da qualidade de vida e de sintomas osteomusculares em trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. Os resultados encontrados na aplicação do Questionário Nórdico confirmaram a existência de problemas em alguma parte do corpo do trabalhador. Esse achado acusou sintomas osteomusculares, principalmente nos seguintes segmentos corporais: ombros, parte superior das costas, pescoço e parte inferior das costas. A diferença entre os grupos de trabalhadores com ou sem presença de sintomas osteomusculares apontados no Questionário Nórdico e obtidos por aplicação do questionário genérico de avaliação da Qualidade de Vida (SF-36) revelou-se significante nos domínios Capacidade Funcional, Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade e Saúde Mental.
Resumo:
Estudo transversal, tipo survey, realizado com a equipe multiprofissional de Atendimento Pré-hospitalar (APh) de Belo Horizonte, entre junho e dezembro de 2006. Objetivou-se determinar a incidência dos acidentes ocupacionais por exposição a material biológico, condutas pós-acidente, e fatores demográficos determinantes. Utilizou-se questionário estruturado, análise descritiva, cálculo de incidências e regressão logística. A incidência de acidentes com material biológico foi de 20,6%: 40,8% por pérfuro-cortantes e 49,0% por fluidos corporais; 35,3% entre médicos e 24,0% entre enfermeiros. Condutas pós-acidente: sem avaliação médica, 63,3%; subnotificação, 81,6%; nenhuma conduta, 55,0%; e, sem acompanhamento sorológico, 61,2%. Estiveram associados ao acidente: tempo na instituição (Odds ratio-OR 2,84; Intervalo de confiança-IC 95% 1,22-6,62), lotação na Unidade de Suporte Avançado (OR 4,18; IC 95% 1,64-10,64); interação: tempo na instituição e lotação na Unidade de Suporte Básico (OR 0,27; IC 95% 0,07-1,00). Sugere-se a implantação de protocolos pós-acidentes, visando a sua redução; a subnotificação e o aumento do acompanhamento pós-acidente.
Resumo:
Investiga-se a percepção de enfermeiras obstétricas sobre sua competência na atenção ao parto normal (PN) hospitalar. Os dados foram coletados em pesquisa qualitativa, através de entrevistas individuais semi-estruturadas, realizadas em um hospital universitário de Porto Alegre, e submetidos à análise de conteúdo. A análise foi embasada nos referenciais que definem competência profissional como a capacidade de mobilizar diferentes conhecimentos, dependendo dos problemas da prática a resolver. Para as entrevistadas, a competência para atender o PN hospitalar é multidimensional, embora tenham enfatizado sua dimensão técnica. Essa ênfase é justificada pela insegurança resultante da falta de espaço para realizarem este atendimento, em função de disputas com médicos e deficiências na formação. O desejo de serem competentes no atendimento ao PN não se traduz, porém, na consciência das suas responsabilidades na transformação deste cenário. Isso sugere que, para agir nesta direção, seria necessário, não só desenvolver competência técnica, mas também ético-política.
Resumo:
Realizamos um estudo no Hospital das Clínicas-UFMG, objetivando analisar como o enfermeiro lida com os conflitos no ambiente organizacional. Desenvolvemos a pesquisa em duas fases de coleta de dados. Aplicamos um questionário e, em seguida, realizamos uma entrevista semiestruturada. Organizamos os dados de acordo com os conteúdos temáticos. Segundo os profissionais pesquisados, o termo conflito traz uma denotação negativa. Alguns sujeitos apontaram os seguintes tipos de conflito: intrapessoal, interpessoal e intergrupal. Determinado número de pesquisados relatou que o enfermeiro está preparado para lidar com situações conflituosas utilizando o diálogo e a negociação. No entanto, outros responderam que o enfermeiro não está preparado, devido à inexperiência profissional e a falta de interação com a equipe. Consideramos que esses resultados trazem uma reflexão para o enfermeiro acerca da sua conduta gerencial.