484 resultados para Nova doença
Resumo:
Os autores apresentam o resultado de hemoculturas de 20 chagásicos crôninos, em meio LIT. Usaram como inóculo o concentrado de células de 10 ml de sangue, lavado em solução fisiológica após remoção do plasma por centrifugação a 3.000r.p.m. A papa, assim obtida, foi semeada em porções iguais em dois tubos contendo, cada um, 5 ml de LIT. Com uma única hemocultura obtiveram 6 casos positivos (30%). Números variáveis de hemoculturas, 1 a 14, nos 20 pacientes, possibilitaram a positividade de 9 casos (45%). Submetendo 7 pacientes a 4 ou mais hemoculturas (4, 5, 6, 10 e 14), 5 dentre eles mostraram-se positivos (71,4%). Recomendam o método para a rotina por ser prático e de fácil execução.
Resumo:
Foram realizadas hemoculturas seriadas, semeando-se 0,2 ml de sangue de pacientes com Doença de Chagas na fase crônica, em cada um de 14 tubos de ensaio contendo 6 ml de meio LIT. o exame foi repetido por 3 dias consecutivos, obtendo-se um total de 42 tubos semeados, correspondentes a uma série. A colheita do material foi repetida 30 e 60 dias após. As hemoculturas foram mantidas a 28°C e examinadas com 30, 45 e 60 dias. Dos 1337 tubos semeados 54 apresentaram-se positivos, observando-se que a maior freqüência de tubos positivos ocorreu após 45 dias de incubação, o que permitiu o diagnóstico parasitológico de 13 entre 15 pacientes examinados (86,6%). A hemocultura seriada em. meio LIT deve ser considerada como uma técnica a ser utilizada na triagem de pacientes para ensaios clínicos ou outros tipos de pesquisas que indiquem a necessidade de prévio diagnóstico parasitológico. Por ser um método trabalhoso e demorado não é possível recomendar o seu emprego em diagnóstico de rotina.
Resumo:
Os autores trataram 13 indivíduos com a doença de Chagas, 4 na fase aguda e 9 na fase crônica, forma indeterminada, com o CL 71.366 do Laboratório Lederle, usando diferentes esquemas terapêuticos nos dois grupos. Embora a droga fosse relativamente bem suportada pela maioria dos indivíduos, todos os chagásicos, após o tratamento, continuavam com parasitemia demonstrável pelos xenodiagnósticos, apesar do controle de cura não ter sido rigoroso. Concluem os autores pela ineficácia do medicamento no tratamento da doença de Chagas, nos esquemas utilizados.
Resumo:
Foram tratados 77 pacientes com doença de Chagas pelo nifurtimox, subdivididos em quatro grupos. Grupo I, com 30 pacientes na fase aguda. Somente oito doentes usaram a droga durante 120 dias, na dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal e posteriormente de 10 mg. Vinte e dois pacientes tomaram dose insuficiente. Em quatro doentes (50%) o xenodiagnóstico tornou-se negativo pós-tratamento; destes, três fizeram reação de Machado Guerreiro, a qual estava negativa. Houve um óbito por insuficiência cardíaca no 59 dia de tratamento. Seis pacientes apresentaram polineuropatia periférica. Grupo II, com 15 pacientes na fase crônica, tratados em ambulatório. Oito abandonaram o tratamento, mas cinco em dez que tomaram placebo fizeram o mesmo. Dos seis que tomaram a droga durante 120 dias e fizeram pelo menos um xenodiagnóstico pós-tratamento, havia quatro que estavam com os exames negativos. O tratamento não alterou o eletrocardiograma, a área cardíaca ou a radiografia do esôfago dos doentes e não evitou que um paciente viesse a desenvolver insuficiência cardíaca e um outro arritmia. Grupo III, com 15 pacientes na fase crônica, tratados com 10 mg/kg, durante 120 dias. Fizeram 12 xenodiagnósticos mensalmente, cada um com oito caixas contendo 10 T. infestans após o tratamento e somente 28,5% dos pacientes apresentaram todos os exames negativos. Houve acentuada redução da parasitemia, mesmo nos doentes não curados. O número de xenos positivos passou de 43% antes do tratamento para 24,4% após o mesmo e o número de caixas positivas caiu de 29,6% para 7%. Grupo IV, com 17 pacientes na fase crônica, tratados com 8 mg/kg ao dia, sendo que em oito durante 120 dias, em cinco durante 100 dias e em quatro durante 60 dias. A percentagem de doentes com os 12 xenos negativos pós-tratamento foi de 56,25. Também neste grupo houve redução de parasitemia, caindo a percentagem de xenos positivos de 76,5 antes do tratamento para 10,3 e a de caixas positivas de 28,6 para 3,1. Não há vantagem em se prolongar o uso do nifurtimox por mais de dois meses. As percentagens de cura são bem inferiores as obtidas na Argentina, Chile e Rio Grande do Sul. A droga produz muitas reações, sendo a mais importante a polineuropatia periférica.
Resumo:
Foram examinadas 379 amostras de sangue colhidas ao acaso entre moradores de 6 localidades do Município de Jaguarão. A reação de Guerreiro-Machado resultou positiva em 10 (2,64%). Analisando a naturalidade dos positivos nenhum deles resultou ser natural do Município de Jaguarão. O pequeno número de positivos não permite estabelecer correlação entre prevalência sorológica e alterações eletrocardiográficas. Estas últimas apresentaram índices de prevalência elevados e isto parece estar relacionado com a presença de valores tensionais alterados em uma alta porcentagem das pessoas examinadas. Conclui-se que a Doença de Chagas não existe em forma endêmica no Município de Jaguarão e que os altos índices de alterações eletrocardiográficas encontrados guardam relação com a prevalência de valores tensionais alterados na população examinada.
Resumo:
Por meio de experiências em laboratório e em condições naturais, foi constatada a ação letal do malathion ULV concentrado sobre os ovos das seguintes espécies de triatomíneos: P. megistus, T. infestans, T. brasiliensis, T. sórdida, T. phyllosoma, R. prolixus e R. neglectus. A ação letal do malathion é mais intensa sobre os ovos mais jovens. Apesar de o barro ter grande ação inativante do efeito ovicida as observações de campo parecem demonstrar ser o malathion promissor para o controle dos vetores das doença de Chagas, principalmente através da exterminação dos ovos desses hemípteros.
Resumo:
Numa série de pesquisas sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará, muitas espécies de mamíferos foram examinadas, dentre elas algumas espécies de quirópteros. Já antes, no Brasil, 15 espécies foram encontradas infectadas com tripanosomo tipo cruzi, dentre as 30 encontradas infectadas na América, de 1931 a 1964. Esses estudos se fizeram aproveitando o material do Censo Relativo de Morcegos na área da Serra de Maranguape (realizado por dois autores), abrangendo os municípios de Maranguape e Caucaia. Em 141 exemplares (18 espécies e 5 famílias) foram feitos xenos com 5 ninfas de Rhodnius prolixus. Examinando o material 30 a 45 dias depois, foram encontrados infectados 9 exemplares, todos da família Phyllostomidae: 7 Artibeus jamaicensis, 1 Glossophaga soricina e 1 Trachops cirrhosus. O primeiro já havia sido encontrado infectado na Colombia e no Panamá; o segundo o foi na Colombia e no Brasil (Estado do Pará); o terceiro o é pela primeira vez. As duas primeiras espécies são insetívoras e frugívoras; a terceira é carnívora, além de frugívora e insetívora. Os parasitos isolados apresentaram características morfológicas e de cultura que permitem colocá-los no grupo dos tripanosomos tipo cruzi.' infectaram triatomíneos e produziram parasitemia (baixa) e lesões típicas em camundongos brancos. A cepa de T. cirrhosus não foi isolada, mas as formas metacíclicas em triatomíneos eram semelhantes.
Resumo:
Efetuaram os autores, em hospital previdenciário da cidade de São Pauto, estudo destinado a avaliar, quantitativamente, a ocorrência de transmissão congênita da doença de Chagas. Quatrocentas e noventa e duas mulheres grávidas foram inquiridas sobre a possibilidade de terem, anteriormente, adquirido essa parasitose e, a propósito, ficou apurado que 22 poderiam, com base em dados de diversas ordens, estar infectadas pelo Trypanosoma cruzi Quanto a essas pessoas selecionadas, por ocasião do parto houve coleta de sangue do cordão umbilical, permitindo execução de provas soro lógicas para diagnóstico da protozoose em questão e, fundamentalmente, de pesquisa de anticorpos IgM antitripanossoma por imunofluorescência. Em cinco oportunidades esses testes resultaram positivos, mas nunca houve detecção dos anticorpos do tipo mencionado, demarcando a inexistência, no grupo considerado, de passagens transplancetárias do microorganismo em tela. A investigação levada a efeito não evidenciou, portanto, contaminação de recém-nascido, de origem materna. Entretanto, serve de estímulo para averiguações congêneres em outros ambientes e regiões, nas quais endemicidade da tripanossomíase a nível sócio-econômico afiguram-se diferentes dos em vigor na análise realizada.
Resumo:
Do Ceará, estado com problema de Doença de Chagas, Russas tem recebido a maior soma de investigações, verificando-se 11,6% de infecção humana, em 1959. Recentemente foram examinados cães, gatos e outros animais encontrando-se altas taxas de infecção. Selecionou-se, na presente pesquisa, uma micro-área (Fazenda Boa Vista) na região, onde haviam sido antes examinados 52 cães e 21 gatos, com 11 cães e 10 gatos positivos. Foram examinados mais 12 cães e 10 gatos, com 1 e 5 positivos, respectivamente, elevando-se a taxa de positividade global para 29,5%. Nessa micro-área foram examinados 125 pessoas pela RFC e pelo xenodiagnóstico, encontrando-se uma positividade de 7,2%. Desses positivos, 55% residem em casas com animal positivo, sendo que duas casas apresentaram duas pessoas positivas cada. Do total de xenos somente dois foram positivos. Na micro-área foram capturados 405 triatomíneos, com 27,7% positivos, dentro e fora das casas (galinheiros, currais, paredes externas, telheiros e alpendres). A espécie prevalente é o Triatoma brasiliensis (93,5%), encontrada dentro das casas (52,8%) com taxa de infecção de 30,2% e fora das casas (47,2%) com 24,6% de infecção. No total da região examinada na pesquisa anterior, as taxas de infecção foram 19,6% dentro das casas e 21,8% fora. A segunda espécie é o T. pseudomaculata (5,4%), encontrado mais fora das casas (72,8%) e infectado 25%. Foram capturados 8 exemplares de P. megistus sempre fora das casas, sendo 4 na micro-área; 5 exemplares estavam infectados. Na micro-área, tal como em 2 outras áreas da região, foram encontrados roedores domésticos e marsupiais com T. cruzi: 4 em 10 Rattus rattus e 1 em 3 Didelphis azarae, tal como já havia sido verificado por um dos AA. em outras áreas do Estado. Conclui-se pela existência de um dinâmico ciclo doméstico e paradoméstico de circulação do T. cruzi na micro-área, com abundantes oportunidades de infecção do homem e dos animais domésticos.
Resumo:
Foram isoladas duas cepas de Trypanosoma cruzi de marsupiais de área não endêmica e três cepas de área endêmica: uma de homem, uma de marsupial e uma de cão. Foram utilizados para uma prova de suscetibilidade frente a estas cepas 20 ninfas de 5º estádio das seguintes espécies de triatomíneos e testada previamente a capacidade de sugar camundongos brancos em gramas de sangue: Triatoma brasiliensis sugou uma média de 0,09 g, Triatoma infestans sugou 0,13 g, Panstrongylus megistus sugou 0,13 g e Rhodnius prolixus sugou 0,09 g. O T. infestans infectou-se com as taxas mais elevadas com todas as cepas; o T. brasiliensis foi a espécie que menos infectou-se, sendo seguida de perto pelo R. prolixus o P. megistus foi testado somente com as cepas de área não endêmica, apresentando taxas de infecção intermediárias entre o T. infestans e o T. brasiliensis. As cepas que mais infectam são as de marsupiais e a que menos infecta é a proveniente de cão.
Resumo:
Sete macacos (Cebus apella sp) foram inoculados por via subcutânea peto Trypanosoma cruzi com um número de formas tripomastigotas que variou de 25 x 103 a 5 x 1O6. Um outro primata, também da mesma espécie, foi inoculado por via palpebral com fezes de Triatoma infestans contendo formas de T. cruzi provenientes da mesma cepa "Y". A presença do T. cruzi foi assinalada na maioria dos animais, pela primeira vez, no 8º dia após a infecção. Os picos máximos da parasitemia foram observados entre o 9º e o 12º dia da infecção. O número de tripanosomas caiu acentuadamente do 19º ao 25º dia. Todos os animais infectados sobreviveram. Estudos estão sendo conduzidos com o intuito de se observar o comportamento destes animais na fase crônica da doença.
Resumo:
De um total de 545 amostras de sangue, colhidas ao acaso entre a população rural do município de São Lourenço do Sul (RS) e submetidas a reação de fixação de complemento, 21 reagiram positivamente para a Doença de Chagas (3,85%). Não houve diferença significativa com relação ao sexo, cor ou etnia, dos examinados. Os índices de prevalência mostraram-se mais elevados nas zonas periféricas do município, contíguas as áreas endêmicas dos municípios vizinhos. A análise dos eletrocardiogramas revelou 57,4% de alterações nos positivos contra 26,72% nos negativos com diferença estatisticamente significativa a favor dos positivos. A medida de tensão arterial mostrou que entre 442 pessoas acima dos 18 anos, 154 (34,84%) apresentaram valores tensionais aumentados, sem diferença significativa entre os sexos ou os grupos étnicos.
Resumo:
O jogo de pressões seletivas que se estabelece na relação agente infeccioso/hospedeiro tende a uma condição em que a garantia de sobrevivência seja máxima para ambos. Considerando este aspecto, propomos um modelo no qual è possível avaliar o grau de adaptação do hospedeiro ao agente infeccioso, e vice-versa, partindo de relações epidemioiógicas bastante simples.
Resumo:
O autor tratou 50 pacientes portadores de infestações parasitárias múltiplas (ascaríase, tricocefalfase, ancilostomíase e estrongiloidíase) com uma nova associação medicamentosa composta de Cambendazol e Mebendazol Os enfermos foram divididos em dois grupos: Grupo A: composto por 25 doentes adultos e portadores de ascaríase, tricocefalfase e ancilostomíase em 100% dos casos e em 80% havia estrongiloidíase associada (20 pacientes). A associação medicamentosa foi administrada na forma de comprimidos, na seguinte posologia: Cambendazol: 3mg x Kg de peso x 3 dias Mebendazol: 5mg x Kg de peso x 3 dias Tanto para o diagnóstico, como para o controle de cura parasitológica, utilizamos as técnicas de Hoffman, Baerman-Moraes ea de Willis. Obtivemos cura parasitológica em 96% para ascaríase, 90% para estrongiloidíase, 72% para tricuríase e 60% para ancilostomíase. Em quatro doentes (16%) surgiram sintomas colaterais, tais como, náuseas, cefaléia e epigastralgia. Grupo B: Também constituído por 25 enfermos, todos crianças e portadoras de ascaríase, tricocefalfase, ancilostomíase e estrongiloidíase em 100% dos casos. Estes doentes receberam a referida associação, na forma de suspensão na seguinte dose: Cambendazol: 3mg x Kg de peso em dose única Mebendazol: 5mg x Kg de peso em dose única. Efetuamos as mesmas técnicas para o diagnóstico e controle de cura parasitológica, conforme referido no Grupo A. Conseguimos as seguintes taxas de cura parasitológica: estrongiloidíase - 96%; ascaríase - 92%; tricuríase - 68% e ancilostomíase - 60%. Apenas três crianças (12%) referiram náuseas, cefaléia e sensação de plenitude pós- prandial.
Resumo:
Utilizando a Reação de Fixação de Complemento (FC) e Imunofluorescência Indireta (IF) os AA. encontraram no Banco de Sangue do Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil, 7,4% de reações sorológicas positivas para doença de Chagas em 3.000 candidatos a doadores de sangue sendo concordantes em 97,1% e discordantes em 2,9%. A IF se mostrou mais sensível que a FC, sendo o risco de se encontrar um resultado positivo na IF quando esse era negativo ou duvidoso na FC estimado como sendo 15 vezes maior que o risco de se encontrar um resultado positivo na FC quando esse era negativo ou duvidoso na IF. A segurança das provas sorológicas aumentam quando se consideram os resultados duvidosos ou anticomplementares como positivos. Em outro grupo de candidatos a doador que já haviam doado sangue anteriormente, 450 tinham de uma a seis reações de FC prévias feitas em outro laboratório. Desses encontraram-se 10 indivíduos (2,2%) com reação positiva ou duvidosa em pelo menos uma oportunidade, o que mostra a relatividade da seleção de doadores apenas pela reação sorológica, discute-se a utilização alternativa da violeta de genciana pelos serviços de hemoterapia.