479 resultados para Misticismo Igreja Católica História Idade Média, 600-1500
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FUNDAMENTO: Fibrilao atrial uma complicao frequente no ps-operatrio de cirurgia cardaca. O uso prvio de estatinas pode reduzir a incidncia dessa arritmia. OBJETIVO: Avaliar se o uso crnico e regular de estatina, por um perodo de seis meses, previne fibrilao atrial no ps-operatrio de cirurgia cardaca eletiva. MTODOS: Estudo realizado em 107 pacientes submetidos cirurgia cardaca, 66% do sexo masculino e com idade mdia de 60,4 anos (25 a 84). Avaliou-se a presena de fibrilao atrial entre os pacientes que usavam ou no estatina de forma regular no pr-operatrio. Foram excludos pacientes com cirurgia cardaca de urgncia, insuficincia renal, doenas inflamatrias, fibrilao atrial prvia, portadores de tireoidopatia e aqueles em uso de marca-passo definitivo. RESULTADOS: No perodo ps-operatrio, fibrilao atrial esteve presente em 42 pacientes (39%) da amostra, sendo 11 (26%) em uso regular de estatina no perodo pr-operatrio e 31 (74%) no. Observou-se que, em 22% do total de pacientes em uso de estatina, no houve desenvolvimento de fibrilao atrial, enquanto 45% dos que no usavam estatina apresentaram arritmia (ρ=0,02). Na revascularizao miocrdica isolada, 47% dos pacientes que no usavam estatina e 23% dos que usavam desenvolveram fibrilao atrial (ρ =0,02). No houve diferena estatstica significativa na anlise dos grupos com ou sem estatina quanto presena dos fatores de risco para desenvolvimento de fibrilao atrial ( ρ=0,34). CONCLUSO: O uso regular de estatina, por seis meses ou mais no perodo pr-operatrio, reduziu a incidncia de fibrilao atrial no ps-operatrio de cirurgia cardaca eletiva.
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FUNDAMENTO: O volume de placa (VP) est relacionado a eventos cardiovasculares maiores (ECVM) aps o implante de stents coronarianos. OBJETIVO: Avaliar a associao entre o VP antes do procedimento avaliado por angiografia e desfechos clnicos. MTODOS: Trata-se de estudo de coorte prospectivo incluindo pacientes submetidos a implante de stents coronarianos em um centro de referncia. O VP antes do implante do stent foi avaliado pela frmula descrita por Giugliano (Am J Cardiol 2005; 95:173): VP = X (comprimento da leso) X [(dimetro do vaso/2) - (dimetro luminal mnimo/2)]. Os ECVM foram registrados no seguimento clnico de um ano e anlise de regresso linear mltipla foi realizada para identificar os preditores de eventos. RESULTADOS: A amostra estudada consistiu em 824 pacientes, com idade mdia de 60 11 anos, sendo 70,0% do gnero masculino. O diabete melito estava presente em 21,0% e o comprometimento triarterial em 12,0%. O dimetro mdio de referncia foi de 3,3 3,2 mm, a mdia do comprimento da leso foi de 10,2 4,7 mm e a mdia da estenose residual foi de 1,0% 12,0%. Os pacientes com ECVM apresentaram VP maior do que aqueles sem eventos (92,84 42,85 vs 85 46,85; p = 0,03). Outras variveis associadas com ECVM na anlise univariada foram comprometimento triarterial, IAM, dimetro do vaso e comprimento da leso tratada. O VP manteve a associao significativa com ECVM aps ajuste para as variveis descritas e diabete melito. CONCLUSO: O volume da placa do ateroma antes do implante do stent foi maior nos pacientes que apresentaram ECVM no seguimento clnico em um ano, independentemente de outros preditores de eventos.
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FUNDAMENTO: A avaliao clnica nem sempre suficiente para predizer complicaes cardacas ps-operatrias (PO). O peptdeo natriurtico do tipo B (BNP) tem grande valor prognstico em pacientes (pts) com insuficincia cardaca. Seu valor como preditor de eventos em cirurgias ortopdicas ainda no foi testado. OBJETIVO: Avaliar o valor do BNP em predizer complicaes cardacas no PO de cirurgia ortopdica. MTODOS: Avaliados de modo prospectivo, 208 pts submetidos cirurgia para correo de fratura de fmur e artroplastia de quadril ou de joelho. Foram 149 (71,6%) mulheres e a idade mdia foi de 72,6 8,8 anos. Os pacientes foram submetidos, no pr-operatrio, avaliao clnica convencional e estimativa do risco cirrgico pela classificao da American Society of Anesthesiologists (ASA). O BNP foi dosado no pr-operatrio e avaliou-se a sua capacidade de predizer eventos cardacos (morte, infarto agudo do miocrdio, angina instvel, fibrilao atrial, taquicardia ventricular ou insuficincia cardaca) no PO, atravs de anlise multivariada por regresso logstica. RESULTADOS: Dezessete (8,0%) pacientes apresentaram eventos cardacos. A mediana de BNP foi significativamente maior nesses pacientes quando comparada a dos sem eventos cardacos (93 [variao interquartil 73-424] vs 26,6 [13,2-53,1], p = 0,0001). O BNP foi o principal preditor independente de eventos (p = 0,01). A classificao da ASA no foi preditor independente. A anlise de curva ROC demonstrou que para um corte de 60 pg/ml, o BNP apresentou sensibilidade de 76,0% e especificidade de 79,0% para predizer eventos, com rea sob a curva de 83,0%. CONCLUSO: O BNP um preditor independente de eventos cardacos no PO de cirurgias ortopdicas.
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FUNDAMENTO: Diferentes abordagens de enfermagem no manejo de pacientes com insuficincia cardaca (IC) tem demonstrado benefcios na reduo da morbidade e mortalidade. Entretanto, a combinao de educao intra-hospitalar com contato telefnico aps a alta hospitalar tem sido pouco explorada. OBJETIVO: Comparar dois grupos de interveno de enfermagem entre pacientes hospitalizados devido IC descompensada: o grupo interveno (GI) recebeu interveno educativa de enfermagem durante a hospitalizao, seguida de monitorizao por telefone aps a alta hospitalar e o grupo controle (GC) recebeu apenas a interveno hospitalar. Os desfechos foram conhecimento da IC e autocuidado, nmero de visitas emergncia, re-hospitalizaes e morte em um perodo de trs meses. MTODOS: Ensaio clnico randomizado. Pacientes adultos com IC e frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) < 45% que podiam ser contatados por telefone aps a alta foram estudados. O conhecimento da IC foi avaliado por meio de um questionrio padronizado que tambm inclua questes referentes ao conhecimento do autocuidado, o qual foi respondido durante o perodo de hospitalizao e trs meses depois. Para os pacientes do grupo GI, os contatos foram realizados por meio de telefonemas e as entrevistas finais foram conduzidas em ambos os grupos ao final do estudo. RESULTADOS: Quarenta e oito pacientes foram alocados no GI e 63 no grupo GC. A idade mdia (63 13 anos) e FEVE (aproximadamente 29%) eram similares nos dois grupos. Os escores para conhecimento da IC e autocuidado foram similares na avaliao basal. Trs meses depois, ambos os grupos demonstraram melhora significativa dos escores de conhecimento da IC e autocuidado (P < 0,001). Outros desfechos foram similares. CONCLUSO: A interveno educativa de enfermagem intra-hospitalar beneficiou todos os pacientes com IC em relao ao conhecimento da doena e autocuidado, independente do contato telefnico aps a alta hospitalar.
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FUNDAMENTO: O tratamento da fibrilao atrial com dispositivo de ablao de tecidos por radiofrequncia bipolar em concomitncia cirurgia cardaca tem se mostrado mtodo eficaz no tratamento desta arritmia. OBJETIVO: Descrever a experincia inicial do Instituto Nacional de Cardiologia no tratamento cirrgico da fibrilao atrial com uso de dispositivo de radiofrequncia bipolar em pacientes submetidos cirurgia cardaca, relatando o resultado de acompanhamento ps-operatrio de um ano. MTODOS: Entre janeiro de 2008 e maro de 2009, 47 pacientes (36 mulheres) consecutivos, com idade mdia de 53,7 10,6 anos, apresentando fibrilao atrial por um perodo mdio de 34,6 meses (3 a 192 meses) foram submetidos ablao cirrgica desta arritmia, por radiofrequncia bipolar, durante o procedimento que motivou a indicao da cirurgia. Oito apresentavam fibrilao atrial intermitente e 39, contnua. Oitenta e um por cento foram submetidos cirurgia valvar como procedimento principal. Esta uma anlise retrospectiva, observacional, com avaliao de um ano de ps-operatrio das variveis clnicas e de Holter 24 h. RESULTADOS: Dos 47 pacientes, 40 sobreviveram um ano. Desses, 33 foram submetidos a Holter 24 h, em um intervalo mdio de 401 dias aps a cirurgia. Encontrou-se a seguinte distribuio de ritmos: 24 (73%) sinusal, 5 (15%) fibrilao atrial, trs (9%) Flutter atrial e um (3%) ritmo juncional. Foram observados dois acidentes vasculares enceflicos, sendo um associado arritmia supraventricular. CONCLUSO: A ablao cirrgica de fibrilao atrial com dispositivo de radiofrequncia bipolar concomitante cirurgia cardaca mtodo eficaz para o tratamento desta arritmia.
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FUNDAMENTO: A medida casual da presso arterial (PA) pelos profissionais de sade est sujeita a uma grande variabilidade, sendo necessrio buscar novos mtodos que possam superar essa limitao. OBJETIVO: Comparar e avaliar a correlao entre os nveis de PA obtidos por meio da automedida da presso arterial (AMPA) com a medida casual e com a monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA). MTODOS: Avaliamos hipertensos que realizaram as trs metodologias de medida da PA com intervalo menor que 30 dias; as mdias das presses foram utilizadas para comparao e correlao. Foram empregados os aparelhos: OMRON 705 CP (medida casual), OMRON HEM 714 (AMPA) e SPACELABS 9002 (MAPA). RESULTADOS: Foram avaliados 32 pacientes, 50,09% mulheres, idade mdia 59,7 ( 11,2) anos, mdia do IMC 26,04 ( 3,3) kg/m. Valores mdios de presso sistlica (PAS) e presso diastlica (PAD) para a AMPA foram de 134 ( 15,71)mmHg e 79,32 ( 12,38) mmHg. Na medida casual as mdias da PAS e PAD foram, respectivamente, 140,84 ( 16,15)mmHg e 85 ( 9,68) mmHg. Os valores mdios da MAPA na viglia foram 130,47 ( 13,26) mmHg e 79,84 ( 9,82) mmHg para PAS e PAD, respectivamente. Na anlise comparativa, a AMPA apresentou valores semelhantes aos da MAPA (p > 0,05) e diferentes da medida casual (p < 0,05). Na anlise de correlao a AMPA foi superior medida casual, considerando a MAPA como o padro de referncia nas medidas tensionais. CONCLUSO: A AMPA apresentou melhor comparao com a MAPA do que a medida casual e tambm se correlacionou melhor com a aquela, especialmente para a presso diastlica, devendo ser considerada uma alternativa com baixo custo para o acompanhamento do paciente hipertenso.
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FUNDAMENTO: As principais correes da anomalia de Ebstein (AE) baseiam-se na reconstruo monocspide da valva tricspide e so limitadas pela frequente necessidade de substituio ou pela alta reincidncia de insuficincia valvar. OBJETIVO: Avaliar a viabilidade e os efeitos da correo anatmica da anomalia de Ebstein com a tcnica do cone na evoluo clnica dos pacientes, na funo da valva tricspide e na morfologia do ventrculo direito. MTODOS: Foram comparados os dados clnicos, ecocardiogrficos e radiolgicos de 52 pacientes consecutivos, com idade mdia de 18,5 13,8anos, submetidos tcnica do cone, obtidos nos perodos pr-operatrio, ps-operatrio imediato (POI) e em longo prazo (POL). RESULTADOS: Houve dois bitos hospitalares (3,8%) e mais dois durante o seguimento. A classe funcional mdia de insuficincia cardaca pr-operatria de 2,2 melhorou para 1,2 aps 57 meses de seguimento mdio de 97% dos pacientes (p < 0,001). O grau mdio de insuficincia tricspide pr-operatria de 3,6 diminuiu para 1,6 no POI (p < 0,001), mantendo-se em 1,9 no POL (p > 0,05). A rea funcional indexada do VD aumentou de 8,53 7,02 cm2/m2 no properatrio para 21,016,87 cm2/m2 no POI (p < 0,001), mantendo-se inalterada em 20,28 5,26 cm2/m2 no POL (p > 0,05). O ndice cardiotorcico mdio foi reduzido de 0,66 0,09 para 0,54 0,06 (p < 0,001) em longo prazo. CONCLUSO: A tcnica do cone apresentou baixa mortalidade hospitalar, corrigindo a insuficincia tricspide de maneira eficaz e duradoura, com a restaurao da rea funcional do ventrculo direito, permitindo o remodelamento reverso do corao e a melhora clnica na maioria dos pacientes em longo prazo.
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FUNDAMENTO: A rigidez arterial uma varivel preditora de morbimortalidade e um possvel marcador de leso vascular. Sua avaliao no invasiva por tonometria radial e anlise do ndice de incremento (r-AI) permite identificar os pacientes expostos a um maior risco cardiovascular. OBJETIVO: Analisar a influncia do r-AI em variveis clnico-bioqumicas e sua influncia na prevalncia de dano em rgo-alvo em pacientes hipertensos. MTODOS: Cento e quarenta pacientes hipertensos consecutivos, em seguimento clnico ambulatorial, foram submetidos anlise transversal. Os nveis de presso arterial (PA) e o r-AI foram obtidos por tonometria de aplanao da artria radial (HEM-9000AI, Onrom). Os pacientes foram alocados em tercis r-AI (r-AI < 85%; 85 < r-AI < 97%; r-AI > 97%). RESULTADOS: A amostra era predominantemente composta por mulheres (56,4%), com idade mdia de 61,7 11,7 anos e ndice de massa corporal de 29,6 6,1 Kg/m. O maior tercil apresentou uma proporo maior de mulheres (p = 0,001), maior PA sistlica (p = 0,001) e presso de pulso (p = 0,014), e menor peso (p = 0,044), altura (p < 0,001) e frequncia cardaca (p < 0,001). A anlise multivariada demonstrou que o peso (β = -0,001, p = 0,017), frequncia cardaca (β = -0,001, p = 0,007) e presso central (β = 0,015, p < 0,001) se correlacionam com o r-AI de maneira independente. Em anlises de regresso logstica, o 3 tercil r-AI foi associado a uma diminuio do diabete (DM) (OR = 0,41; 95% CI 0,17-0,97; p = 0,042). CONCLUSO: Este estudo demonstrou que peso, frequncia cardaca e PA central se relacionam com o r-AI de maneira independente.
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FUNDAMENTO: Nveis elevados de protena C reativa de alta sensibilidade (PCRas) na avaliao pr-operatria para cirurgia de revascularizao do miocrdio (CRM) tm sido associados a maus desfechos no ps-operatrio. OBJETIVO: Avaliar a associao entre nveis elevados de PCRas e os desfechos em curto prazo aps cirurgia cardaca. MTODOS: Coorte prospectivo com 331 pacientes submetidos CRM com circulao extracorprea (CEC) em nossa instituio. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com os nveis de PCRas, medidos antes da cirurgia: normal (grupo N), nvel menor que 3 mg/l PCRas, e elevado (grupo A), nvel maior ou igual a 3 mg/l PCRas. O grupo N apresentou uma sensibilidade e uma especificidade de 60% para a previso de infeco respiratria, com uma aproximao de 90%. Os pacientes foram acompanhados durante o perodo em que permaneceram hospitalizados. RESULTADOS: A idade mdia foi de 60 anos, e 71,6% dos pacientes eram do sexo masculino. A PCRas estava elevada (grupo A) em 144 pacientes (43,5%). A mortalidade hospitalar foi de 4,8%, e as complicaes mais frequentes nos dois grupos foram: infeces em geral (18%), infeces respiratrias (16%), fibrilao atrial (15%) e infarto agudo do miocrdio (7,6%). A incidncia de infeces ps-operatrias gerais foi de 14,4% no grupo N e de 23,6% no grupo A (p = 0,046). As infeces respiratrias tambm foram mais frequentes no grupo A (21,5% vs. 11,8%; p = 0,024). As anlises multivariadas mostraram que o nvel de PCRas representou um preditor independente para a infeco respiratria no ps-operatrio (RC = 2,08, CI de 95% = 1,14 - 3,79). CONCLUSO: O alto nvel de PCRas no pr-operatrio um preditor independente para infeces respiratrias no perodo de mdio prazo do ps-operatrio de cirurgia de revascularizao do miocrdio eletiva.
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FUNDAMENTO: A associao entre parmetros antropomtricos e carga aterosclertica ainda no est bem estabelecida e poucos estudos na literatura abordam esse tema. OBJETIVO: Avaliar a associao de diferentes parmetros antropomtricos com a carga aterosclertica coronariana. MTODOS: Participaram do estudo pacientes adultos submetidos cineangiocoronariografia. Dados sociodemogrficos e fatores de risco cardiovasculares foram coletados em um questionrio padronizado. Foram medidos peso, altura, circunferncia da cintura (CC), circunferncia abdominal (CABD), circunferncia do quadril (CQ) e circunferncia do pescoo (CP), com o clculo do ndice de massa corporal (IMC) e das relaes cintura-quadril (RCQ), circunferncia abdominal-quadril (RCABDQ) e cintura-altura (RCALT). A carga aterosclertica coronariana na cineangiocoronariografia foi medida pelo Escore de Friesinger (EF). Aterosclerose significativa foi considerada quando o EF > 5. RESULTADOS: A amostra foi constituda por 337 pacientes, dos quais 213 eram homens (63,2%). A idade mdia foi de 60,1 10 anos. Somente a RCQ (r = 0,159 e p = 0,003) apresentou correlao linear significativa com a carga aterosclertica coronariana medida pelo EF. Quando separamos a amostra por gnero, nas mulheres encontramos correlao significativa da RCABDQ (r = 0,238 e p = 0,008) e da RCQ (r = 0,198 e p = 0,028) com o EF. No se encontrou nos homens correlao entre parmetros antropomtricos e EF. Aps os ajustes para as variveis sexo, idade, HAS, tabagismo e DM, nenhum parmetro antropomtrico foi associado com a carga aterosclertica coronariana medida pelo EF na amostra total ou separada por gnero. CONCLUSO: Nenhum parmetro antropomtrico foi fator de risco independente para a carga aterosclertica coronariana.
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FUNDAMENTO: A concomitncia de doena arterial coronria assintomtica em pacientes com cardiomiopatia chagsica em IC controversa na literatura mdica, pois ambas as doenas se mostram prevalentes em algumas regies do Brasil. Objetivo: Determinar a prevalncia da coronariopatia (leses > 50%) em uma populao especfica de pacientes com cardiomiopatia chagsica em IC classes funcionais III e IV, que no apresentavam eventos coronarianos prvios. OBJETIVO: Determinar a prevalncia da coronariopatia (leses > 50%) em uma populao especfica de pacientes com cardiomiopatia chagsica em IC classes funcionais III e IV, que no apresentavam eventos coronarianos prvios. MTODOS: Realizou-se cineangiocoronariografia em 61 pacientes consecutivos, portadores de cardiomiopatia chagsica, em IC classes funcionais III e IV, para se excluir coronariopatia. Esses pacientes faziam parte do protocolo do Estudo de Terapia Celular em Cardiopatias, o qual exigia a realizao de cineangiocoronariografia antes de se injetarem clulas-tronco. Os fatores de risco para aterosclerose tambm analisados nessa populao foram: idade, hipertenso arterial, diabetes, dislipidemia, tabagismo e sobrepeso. RESULTADOS: Idade mdia 51,6 + 9,6 anos, 65,5% (n = 40) homens. A prevalncia de coronariopatia encontrada nessa populao foi de 1,6% (1). As prevalncias dos fatores de risco foram: hipertenso arterial 18% (11), tabagismo 59% (36), diabetes 1,6% (1) e dislipidemia 6,5% (4). CONCLUSO: A prevalncia da coronariopatia assintomtica em pacientes com IC grave de etiologia chagsica baixa e, entre os fatores de risco para doena coronria, o tabagismo foi o mais prevalente.
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FUNDAMENTO: A terapia antirretroviral aumentou drasticamente a expectativa de vida em pacientes com HIV/AIDS, embora a aterosclerose esteja associada a uma terapia de longo prazo. OBJETIVO: Investigar a prevalncia de aterosclerose em pacientes com AIDS submetidos terapia antirretroviral e a influncia de tratamentos de diferentes regimes e duraes. MTODOS: Pacientes com HIV/AIDS foram abordados durante consultas de rotina. Aqueles que estiveram em terapia antirretroviral por, pelo menos, dois anos tiveram o sangue coletado para anlise do perfil lipdico e da glicemia em jejum e foram submetidos tomografia computadorizada cardaca para quantificao do escore de clcio dentro de seis dias, no mximo. A aterosclerose foi definida como escore de clcio maior que zero (CAC > 0). Fatores de risco tradicionais, sndrome metablica e o escore de Framingham foram analisados. RESULTADOS: Cinquenta e trs pacientes realizaram tomografia computadorizada cardaca: 50,94% eram do sexo masculino, com idade mdia de 43,4 anos; 20% tinham hipertenso; 3,77% tinham diabetes; 67,92% tinham hipercolesterolemia; 37,74% tinham hipertrigliceridemia; 47,17% tinham HDL baixo; 24,53% atenderam aos critrios para sndrome metablica; 96,23% foram classificados no escore de Framingham como "baixo risco"; e 18,87% eram tabagistas. A durao mdia do tratamento antirretroviral foi de 58,98 meses. A aterosclerose coronria ocorreu em 11 pacientes (20,75%). A durao da terapia antirretroviral no se relacionou aterosclerose (p = 0,41), e no houve diferenas significativas entre os diferentes esquemas antirretrovirais (p = 0,71). Entre os fatores de risco tradicionais, o tabagismo (OR = 27,20; p = 0,023) e a idade (OR = 20,59; p = 0,033) foram significativos na presena de aterosclerose. Havia tendncia para uma associao positiva da aterosclerose com a hipercolesterolemia (OR = 8,30; p = 0,0668). CONCLUSO: Os fatores associados aterosclerose foram idade, tabagismo e hipercolesterolemia. A durao e o tipo de terapia antirretroviral no influenciaram a prevalncia da aterosclerose.
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FUNDAMENTO: A microalbuminria tem sido descrita como um fator de risco para doenas cardiovasculares e renais progressivas. Pouco se sabe sobre seu valor prognstico em pacientes (pts) com Insuficincia Cardaca (IC) estabelecida. OBJETIVO: Avaliar o papel da microalbuminria como um marcador de prognstico em pacientes com IC crnica recebendo medicao padro. MTODOS: De janeiro de 2008 at setembro de 2009, 92 pacientes com IC crnica foram prospectivamente includos. A idade mdia foi de 63,7 12,2 e 37 (40,7%) eram do sexo masculino. A mdia de frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) foi de 52,5 17,5%. Pacientes em dilise foram excludos. A Concentrao de Albumina Urinria (CAU) foi determinada em primeira amostra de urina da manh. O tempo decorrido at o primeiro evento (internao por IC, consulta no departamento de emergncia por IC ou morte cardiovascular) foi definido como endpoint. O seguimento mdio foi de 11 6,1 meses. RESULTADOS: No momento da incluso no estudo, 38 (41,3%) pacientes tinham microalbuminria e nenhum paciente teve albuminria evidente. Pacientes com microalbuminria apresentaram menor frao de ejeo ventricular esquerda do que o restante dos indivduos (47,9 18,5 vs. 54,5 17,7%, p = 0,08). A CAU apresentou-se maior em pacientes com eventos (mediana 59,8 vs. 18 mg/L, p = 0,0005). Sobrevida livre de eventos foi menor nos pacientes com microalbuminria quando comparados com albuminria normal (p < 0,0001). As variveis independentes relacionadas a eventos cardacos foram CAU (taxa de risco p < 0,0001 = 1,02, 95% CI = 1,01-1,03 por 1-U aumento da CAU), e histrico de infarto do miocrdio (p = 0,025, IC = 3,11, 95% IC = 1,15-8,41). CONCLUSO: A microalbuminria um marcador prognstico independente em pacientes com IC crnica. Pacientes com microalbuminria tinham tendncia para FEVE inferior.
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O ndice Tornozelo-Braquial (ITB) marcador de doena arterial obstrutiva perifrica. Raros relatos correlacionam esse ndice com hipertrofia ventricular esquerda (HVE), capacidade funcional (CF) e escore de risco coronariano de Framingham (ERCF). O objetivo do trabalho foi verificar a correlao entre ITB, HVE, CF e ERCF em homens com hipertenso arterial (HA). Estudo prospectivo e transversal de pacientes do sexo masculino (n = 40), com idade mdia de 57,92 7,61 anos, sem complicaes cardiovasculares. Essa populao foi submetida s medidas de ITB, ecocardiograma (ECO), teste ergomtrico (TE) e exames laboratoriais. O ITB (direito e esquerdo) foi considerado anormal quando a relao entre a maior mdia das presses sistlicas dos tornozelos e dos braos foi inferior ou igual a 0,9 ou superior a 1,3 mmHg. A HVE foi identificada pelo ECO transtorcico; e a CF, pelo TE. Amostras sanguneas perifricas foram colhidas para o clculo do ERCF. Valores normais de ITB foram encontrados em 33 pacientes (82,5%), os quais foram includos no Grupo I; sete pacientes (17,5%) com ITB anormal constituram o Grupo II. Os ndices de massa do ndice de massa do ventrculo esquerdo (IMVE) ao ECO foram de 111,18 34,34 g/m (Grupo I) e de 150,29 34,06 g/m2 (Grupo II) (p = 0,009). A prevalncia de HVE foi de 4% (Grupo I) e de 35,3% (Grupo II) (p = 0,01), constatando-se diferenas significativas entre os grupos. Quanto CF no TE, no se registrou diferena entre os grupos. Em relao ao ERCF, a mdia do Grupo I foi inferior mdia do Grupo II: 13,18 2,11 versus 15,281,79 (p = 0,019). Em HA, a presena de HVE definida pelo IMVE esteve mais presente nos casos com ITB anormal, identificando maior risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: A medida da presso arterial (PA) pelo prprio paciente, sem protocolos rgidos, com treinamento adequado, aparelhos validados e no prprio domiclio, definida como automedida da presso arterial (AMPA). OBJETIVO: Avaliar a interferncia da AMPA na adeso ao tratamento e no controle pressrico. MTODOS: Participaram do estudo 57 pacientes, 38 no grupo de estudo (GE) e 19 no grupo de controle (GC). Esses pacientes foram seguidos por 12 meses e avaliados na randomizao (V1), bem como no sexto (V2) e no dcimo segundo ms (V3). Comparadas as mdias da PA pela medida casual, pela AMPA e pela monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA), exames laboratoriais e as respostas ao questionrio sobre o estilo de vida. Os aparelhos utilizados foram: OMRON HEM 714, para a AMPA; OMRON 705 CP, para a medida casual; e Monitor SPACELABS 9002, para a MAPA. RESULTADOS: A idade mdia em anos foi de 62,05 10,78 e de 55,42 11,87 no GE e no GC (p = 0,03), respectivamente. Os valores da presso arterial sistlica (PAS) pela medida casual no GE e no GC foram: 140,01 16,73 mmHg e 141,79 23,21 mmHg em V1 (p = 0,72); 135,49 12,73 mmHg e 145,69 19,31 mmHg em V2 (p = 0,02); 131,64 19,28 mmHg e 134,88 23,21 mmHg em V3 (p = 0,59). Os valores da presso arterial diastlica (PAD) foram: 84,13 10,71 mmHg e 86,29 10,35 mmHg em V1 (p = 0,47); 81,69 10,88 mmHg e 89,61 11,58 mmHg em V2 (p = 0,02); 80,31 11,83 mmHg e 86 13,38 mmHg em V3 (p = 0,12). CONCLUSO: Os pacientes do GE apresentaram adeso ao tratamento no farmacolgico semelhante ao GC, mas tiveram maior adeso ao tratamento medicamentoso e utilizaram menor nmero de drogas anti-hipertensivas. No houve diferena entre os grupos na comparao do perfil metablico e da funo renal. (Arq Bras Cardiol. 2011; [online].ahead print, PP.0-0)