388 resultados para Godoy, Nilda
Resumo:
O efeito do agente causal do crestamento bacteriano comum na eficiência fotossintética e na produção do feijoeiro (Phaseolus vulgaris) foi quantificado. Dois experimentos de campo foram conduzidos durante a safra das águas de 1997, em Piracicaba-SP, com duas cultivares, IAC-Carioca e Rosinha. Diferentes níveis de severidade foram obtidos variando-se o número de inoculações com o patógeno. A severidade da doença, avaliada com auxílio de escala diagramática, não apresentou relação linear significativa (P>0,01) com a produção, enquanto a duração da área foliar sadia (HAD) relacionou-se linearmente de forma significativa (P<=0,01) com a produção nos dois experimentos (R² entre 0,66 e 0,78). A fotossíntese foi relacionada com área foliar doente por meio da equação Px/P0=(1-x )beta, onde Px é a fotossíntese líqüida da folha com severidade x, P0 é a fotossíntese líquida média das folhas sadias, x é a severidade da doença e beta expressa a relação entre lesão virtual e lesão visual. Os valores de beta, determinados por regressão não-linear, foram de 3,19±0,14 e 3,08±0,18 para as cultivares IAC-Carioca e Rosinha, respectivamente. A incorporação de beta ao cálculo de HAD, de modo geral, não melhorou significativamente o ajuste dos dados.
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Visando avaliar a eficiência de quatro fungicidas no controle monitorado da mancha preta (Cercosporidium personatum) e verrugose (Sphaceloma arachidis) do amendoim (Arachis hypogaea), cv.'Tatu', foram conduzidos quatro ensaios em Ribeirão Preto e Pindorama, SP (1996 e 1997. Os tratamentos foram: testemunha, sem controle químico; controle convencional, com quatro pulverizações de clorotalonil, a cada l4 dias, iniciando entre 41 e 43 dias do plantio; e controle monitorado, com clorotalonil e os triazóis tebuconazole, difenoconazole e propiconazole, nas doses recomendadas pelos fabricantes para a cultura. No controle monitorado a primeira pulverização foi realizada quando a incidência da mancha preta foi de 5 a 15% e as demais, com o intervalo mínimo de 14 dias entre as aplicações, após três dias, seguidos ou não, com ocorrências de precipitações pluviais superiores a 2,5 mm, durante períodos de sete dias. A intensidade da mancha preta (área sob a curva de progresso da doença) foi obtida por avaliações semanais com escalas diagramáticas de índice de área foliar infetada, durante o ciclo da cultura. A severidade da verrugose foi avaliada aos 84-92 dias do plantio, com escala específica de notas de um a quatro, em função dos sintomas exibidos nas hastes e pecíolos. No controle monitorado houve redução de uma a três pulverizações e os triazóis foram mais eficientes que o clorotalonil, resultando em rendimentos próximos aos do tratamento com quatro pulverizações fixas. O tebuconazole propiciou maior redução na intensidade da mancha preta, enquanto que o difenoconazole destacou-se pela eficiência no controle da verrugose.
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O efeito da mancha foliar de Phaeosphaeria, causada por Phaeosphaeria maydis, na taxa líquida de fotossíntese e na transpiração de folhas de milho (Zea mays) foi avaliado no campo em três híbridos e uma linhagem de milho. A taxa líquida de fotossíntese foi relacionada à severidade da doença por meio do modelo Px/Po=(1-x )beta, onde Px representa a taxa fotossintética líquida de folhas com severidade de doença x (em proporção), Po representa a taxa fotossintética líquida média de folhas sadias e beta representa a relação entre a lesão virtual (área foliar com fotossíntese nula) e a lesão visual (área foliar coberta por sintomas). O parâmetro beta caracteriza o efeito do patógeno em toda a gama de severidade de doença. Os valores de beta determinados por regressão não-linear (R² de 0,73 a 0,85 para os diferentes materiais) variaram entre 2,46 e 2,69. Esses valores indicam que houve redução da eficiência fotossintética não apenas no tecido lesionado, mas também em parte do tecido verde remanescente de folhas infetadas. Folhas com severidade de doença no intervalo de 10-20% mostraram reduções de 40% na taxa líquida de fotossíntese. A taxa de redução da transpiração foi proporcional à redução do tecido sadio. Houve relação linear negativa significativa (R² de 0,59 a 0,75 para os diferentes materiais) entre a taxa de transpiração e a severidade da doença.
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The progress of the severity of southern rust in maize (Zea mays) caused by Puccinia polysora was quantified in staggered plantings in different geographical areas in Brazil, from October to May, over two years (1995-1996 and 1996-1997). The logistic model, fitted to the data, better described the disease progress curves than the Gompertz model. Four components of the disease progress curves (maximum disease severity; area under the disease progress curve, AUDPC; area under the disease progress curve around the inflection point, AUDPCi; and epidemic rate) were used to compare the epidemics in different areas and at different times of planting. The AUDPC, AUDPCi, and the epidemic rate were analyzed in relation to the weather (temperature, relative humidity, hours of relative humidity >90%, and rainfall) and recorded during the trials. Disease severity reached levels greater than 30% in Piracicaba and Guaíra in the plantings between December and January. Lower values of AUDPC occurred in later plantings at both locations. The epidemic rate was positively correlated (P < 0.05) with the mean daily temperatures and negatively correlated with hours of relative humidity >90%. The AUDPC was not correlated with any weather variable. The AUDPCi was negatively related to both variables connected to humidity, but not to rain. Long periods (mostly >13 h day-1) of relative humidity >90% (that corresponded to leaf wetness) occurred in Castro. Severity of southern rust in maize has always been low in Castro, thus the negative correlations between disease and the two humidity variables.
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Os efeitos protetor, curativo e erradicante de fungicidas sistêmicos (azoxystrobin 50 g i.a./ha + nimbus 0,5%, carbendazin 250 g i.a./ha, tebuconazole 100 g i.a./ha, difenoconazole 50 g i.a./ha e epoxiconazole 25 g i.a./ha + pyraclostrobin 66,5 g i.a./ha) foram avaliados em plantas de soja (Glycine max) inoculadas com suspensão de uredósporos de Phakopsora pachyrhizi, em casa de vegetação. Para avaliar o efeito protetor, as plantas foram tratadas com os fungicidas e inoculadas quatro, oito e 14 dias após o tratamento. Os efeitos curativo e erradicante foram avaliados em plantas previamente inoculadas com uma suspensão de uredósporos e tratadas com os fungicidas após dois, quatro e oito dias. A severidade foi quantificada 16 dias após as inoculações. Com exceção do fungicida carbendazin, os demais apresentaram efeito protetor com controle acima de 90%, até oito dias após o tratamento. Plantas inoculadas 14 dias após o tratamento com carbendazin apresentaram severidade estatisticamente semelhante à testemunha sem controle, enquanto as plantas tratadas com os fungicidas dos grupos dos inibidores da biossíntese de ergosterol e com as estrobilurinas apresentaram controle acima de 60%. Nenhum produto mostrou efeito erradicante, quando aplicado durante o período de incubação da doença, no entanto, todos os fungicidas reduziram a severidade da doença e a viabilidade dos uredósporos. Com exceção do carbendazin, todos os fungicidas inibiram acima de 60% a germinação de uredósporos, quando aplicados até oito dias após a inoculação, no período de incubação da doença.
Efeito da severidade de oídio e crestamento foliar de cercospora na produtividade da cultura da soja
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Ensaios de campo foram conduzidos na safra 2002/03, com as cultivares de soja (Glycine max) BRS 133 e BR 16, visando quantificar o efeito das doenças foliares na produtividade da cultura. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com seis tratamentos (diferentes níveis de doença) e quatro repetições, sendo cada repetição formada por parcelas de 18 m². Diferentes épocas e números de aplicações de fungicida (difenoconazole + propiconazole) foram utilizados para criar um gradiente de doença. Foram realizadas avaliações semanais da severidade de doenças e do índice de área foliar, utilizando o analisador de dossel (Li-Cor®). A produtividade foi quantificada nos 4 m² centrais das parcelas. As doenças predominantes no ensaio foram oídio e crestamento de cercospora. A severidade de doença, nos estádios R6 (vagens com sementes verdes que preenchem totalmente a cavidade), e R7 (início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens) apresentou uma correlação negativa significativa com a produtividade, utilizando-se regressão linear. As variáveis integrais área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), obtida a partir da integração das curvas de progresso das doenças, e duração da área foliar sadia (DAFS), obtida a partir da integração do índice de área foliar sadia, foram relacionadas à produtividade, havendo correlação negativa com AACPD, utilizando-se regressão linear (R²=0,67 para BRS 133 e 0,69 para BR16) e positiva com DAFS, utilizando-se o modelo monomolecular (R²=0,76 para BRS 133 e 0,62 para BR 16).
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A utilização de tolerância como forma de controle da ferrugem da soja (Glycine max), causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, pode ser uma alternativa viável, visto que a resistência qualitativa tem-se mostrado instável, em função da variabilidade do fungo. Este trabalho foi realizado na região oeste da Bahia, na safra 2003/04, com objetivo de avaliar a tolerância das principais cultivares de soja utilizadas na região. Foram avaliadas quatro cultivares de ciclo precoce [MG/BR 46 (Conquista), Emgopa 315, BRS Corisco e M-SOY 8411] e quatro cultivares de ciclo tardio (BRS Barreiras, M-SOY 9350, FT 106 e BRS Sambaíba). A tolerância foi quantificada pela diferença de produtividade entre subparcelas tratadas e não tratadas com fungicida. As cultivares MG/BR 46 (Conquista) e M-SOY 8411 apresentaram diferenças de rendimento não significativas, no entanto, essa característica não pôde ser atribuída à tolerância, em função da baixa severidade observada no ensaio. Essa diferença pôde ser atribuída a escape, uma vez que, no momento em que a ferrugem obteve valores mais elevados de severidade, as duas cultivares já estavam na fase final de desenvolvimento. Embora a severidade máxima observada no ensaio tenha sido baixa (30,5% para a cultivar BRS Barreiras), com exceção das cultivares MG/BR 46 (Conquista) e M-SOY 8411, as demais cultivares avaliadas apresentaram diferença significativa entre as subparcelas tratadas e não tratadas com fungicida, mostrando ausência de tolerância das principais cultivares comerciais cultivadas no oeste da Bahia. Neste trabalho, foi observado que as cultivares de ciclo precoce apresentaram reduções de produtividade inferiores às de ciclo tardio.
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A diagrammatic scale to assess soybean (Glycine max) rust severity, caused by the fungus Phakopsora pachyrhizi, was developed in this study. Leaflets showing different severity levels were collected for determination of the minimum and maximum severity limits; intermediate levels were determined according to "Weber-Fechner's stimulus-response law". The proposed scale showed the levels of 0.6; 2; 7; 18; 42, and 78.5%. Scale validation was performed by eight raters (four inexperienced and four experienced), who estimated the severity of 44 soybean leaflets showing rust symptoms, with and without the use of the scale. Except for rater number eight, all showed a tendency to overestimate severity without the aid of the diagrammatic scale. With the scale, the raters obtained better accuracy and precision levels, although the tendency to overestimate was maintained. Experienced raters were more accurate and precise than inexperienced raters, and assessment improvements with the use of the scale were more significant for inexperienced raters.
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A relação entre a aplicação do thiamethoxam para o controle do tripes e a severidade da verrugose foi verificada em experimentos instalados em Campinas e Pindorama, em 2001/2002, no esquema de parcelas subdivididas. As parcelas corresponderam aos tratamentos, com e sem controle do tripes com thiamethoxam e as subparcelas aos seis cultivares de amendoim, IAC-Tatu-ST, IAC-5, IAC-22 (eretos, de ciclo curto), Runner IAC-886, Tégua e IAC-Caiapó (rasteiros, de ciclo longo). Foram utilizadas as avaliações de número de tripes por folíolo e nota de sintomas obtidos aos 56 e 57 dias do plantio, em Campinas e Pindorama, quando foram registradas as maiores populações do inseto nesses locais. A severidade da verrugose foi avaliada aos 79 e 91 dias após o plantio, em Campinas e Pindorama, respectivamente, através de escala de notas baseada nos sintomas exibidos nas hastes e pecíolos. Os resultados mostraram a eficiência do inseticida thiamethoxam no controle do tripes em todos os cultivares. Nos dois locais observou-se a redução na severidade da verrugose, quando foi aplicado o thiamethoxam. A severidade da verrugose foi maior nos cultivares de porte ereto, com o IAC-Caiapó apresentando os menores índices de severidade. A produção foi maior nas parcelas tratadas com o inseticida, nos dois locais, tendo o IAC-Caiapó apresentado produções superiores aos demais cultivares. A ação do thiamethoxam controlando o tripes e reduzindo a severidade da verrugose deve ser melhor explorada nas práticas de manejo integrado.
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Asian rust of soybean [Glycine max (L.) Merril] is one of the most important fungal diseases of this crop worldwide. The recent introduction of Phakopsora pachyrhizi Syd. & P. Syd in the Americas represents a major threat to soybean production in the main growing regions, and significant losses have already been reported. P. pachyrhizi is extremely aggressive under favorable weather conditions, causing rapid plant defoliation. Epidemiological studies, under both controlled and natural environmental conditions, have been done for several decades with the aim of elucidating factors that affect the disease cycle as a basis for disease modeling. The recent spread of Asian soybean rust to major production regions in the world has promoted new development, testing and application of mathematical models to assess the risk and predict the disease. These efforts have included the integration of new data, epidemiological knowledge, statistical methods, and advances in computer simulation to develop models and systems with different spatial and temporal scales, objectives and audience. In this review, we present a comprehensive discussion on the models and systems that have been tested to predict and assess the risk of Asian soybean rust. Limitations, uncertainties and challenges for modelers are also discussed.
Resumo:
A ferrugem da soja destacou-se nas últimas safras devido à alta severidade que vem causando nas lavouras de soja. Diversos estudos estão em andamento, para buscar informações sobre a resistência genética dos cultivares atualmente plantados. O objetivo do trabalho foi estudar parâmetros monocíclicos e o progresso da ferrugem da soja em diferentes genótipos e posições da copa, em casa-de-vegetação. Foram utilizados 7 cultivares (Uirapuru e BRS 134 Pintado, BRS 154, BRS 215, FT 2, BRS 231) e uma PI 459025 com gene de resistência Rpp4, inoculados com suspensão de esporos de Phakopsora pachyrhizi. Foram estudados para cada genótipo os períodos de incubação e latente. A avaliação de incidência da ferrugem foi realizada na planta toda e a da severidade a partir do aparecimento dos sintomas, a cada cinco dias, até o declínio das plantas em três posições na copa. Os valores foram transformados em área abaixo da curva de progresso da incidência (AACPI) e da severidade (AACPS) da doença. O período de incubação foi de seis dias para todos genótipos avaliados. Entretanto, o período latente variou de 6 a 12 dias. Houve diferença significativa entre os cultivares para AACPI. Os cultivares BRS 134, FT 2 e BRS 231 apresentaram maior valor de AACPI, diferenciando dos demais cultivares. Entre os cultivares com menor valor de AACPI destacou-se a PI 459025. Variação na intensidade da doença nos 8 genótipos avaliados, em relação à posição da copa, só pode ser observada para o terço médio da planta.
Resumo:
Os dois principais vírus que infectam o milho no Brasil são o Sugarcane mosaic virus (SCMV) e o Maize rayado fino virus (MRFV), cujos principais vetores são o afídeo Rhopalosiphum maidis e a cigarrinha Dalbulus maidis, respectivamente. O MRFV é freqüentemente encontrado em infecções mistas com fitoplasmas e espiroplasmas, causando as doenças denominadas enfezamentos do milho. Em uma lavoura de milho próxima a Santo Antonio da Posse, SP, cercada por campos de cana-de-açúcar, foi encontrada alta incidência de plantas apresentando mosaico, riscas, nanismo e espigas com falhas no enchimento de grãos. Análises serológicas com anti-soros específicos detectaram a presença do SCMV e MRFV nessas plantas. A infecção pelo SCMV também foi confirmada por RT-PCR com primers específicos e análise de seqüências. Em observações de preparações contrastadas negativamente em TEM, partículas flexuosas (ca.770 nm) e isométricas (ca.30 nm) foram detectadas. Em cortes ultrafinos, inclusões citoplasmáticas, típicas de Potyviridae, foram observadas; não foi encontrada a presença de espiroplasmas nem de fitoplasmas. Esses resultados mostram que a infecção conjunta por SCMV e MRFV pode ser responsável pelos danos encontrados nessa lavoura.
Resumo:
A estimativa visual da severidade de doenças em plantas nem sempre se correlaciona com o efeito desta sobre a atividade fotossintética do hospedeiro. O objetivo do trabalho foi avaliar a interferência dos fungos Corynespora cassiicola e Erysiphe diffusa, causadores da mancha-alvo e do oídio na cultura da soja, respectivamente, na eficiência fotossintética de folhas infectadas. A fotossíntese foi relacionada com a área foliar doente por meio da equação Px/ Po=(1-x)β. Os parâmetros β (± erro padrão) estimados foram 2,78 (± 0,28) (p<0,05) para as folhas infectadas com C. cassiicola e 0,72 (±0,09) (p<0,05) e 0,77 (±0,15) (p=0,15) com E. diffusa, na primeira e segunda repetições. O valor obtido para C. cassiicola (β>1) indica que houve redução da eficiência fotossintética no tecido lesionado e em parte do tecido verde remanescente, enquanto que os valores obtidos para E. diffusa (β≤1) indicam que a estimativa visual da severidade da doença é um bom indicador do efeito do fungo na taxa fotossintética do hospedeiro.
Resumo:
Durante as safras 2008/09, 2009/10 e 2010/11 foi monitorada a sensibilidade do fungo Phakopsora pachyrhizi aos fungicidas tebuconazol, ciproconazol, metconazol e protioconazol (inibidores da desmetilação, IDMs). Folhas destacadas de soja foram tratadas com os fungicidas em doses variando de zero a 32 mg L-1 (tebuconazol, ciproconazol e metconazol) e zero a 8 mg L-1 (protioconazol) e inoculadas com esporos de P. pachyrhizi provenientes de lavouras de soja de diferentes regiões produtoras. As folhas inoculadas foram incubadas em placas de Petri com papel umedecido, a 23°C ± 2ºC, e a severidade da ferrugem estimada 15 dias após a inoculação. Foram determinadas as doses efetivas para reduzir 50% da severidade da doença (DE50). O fungicida protioconazol apresentou a maior atividade intrínseca, com valores de DE50 variando de 0,000001 mg L-1 a 0,39 mg L-1. Os valores de DE50variaram de 0,001 mg L-1 a 1,49 mg L-1 para tebuconazol; 0,001 mg L-1 a 3,27 mg L-1 para ciproconazol e 0,004 mg L-1 a 3,89 mg L-1 para metconazol. As medianas de DE50 para todos os fungicidas avaliados foram inferiores a 0,5 mg L-1, nas três safras. As correlações (r) entre as DE50 dos quatro fungicidas foram significativas (p<0,05), mostrando a existência de resistência cruzada entre os fungicidas. A variação nos valores de DE50 no monitoramento mostra uma coexistência de populações com diferentes níveis de sensibilidade aos IDMs no campo.
Resumo:
A prescrição é o ponto de partida para a utilização de medicamentos. O objetivo deste trabalho foi identificar a qualidade das informações presentes nas prescrições das enfermarias de um hospital universitário brasileiro. Foram coletadas 1.785 prescrições medicamentosas de pacientes maiores de 12 anos, de ambos os sexos, internados em enfermaria de 1º de janeiro a 30 de abril de 2004. A amostragem foi feita coletando-se todas as prescrições emitidas em um dia de cada semana durante o período de estudo, observando-se o intervalo de seis dias entre cada coleta. Foram avaliados dados relativos à identificação do paciente, do medicamento e do prescritor. Em 230 (12,9%) prescrições não havia a idade do paciente. Em 224 (12%) prescrições não constava à assinatura do prescritor. Em 16% dos medicamentos prescritos foi detectada afalta de pelo menos uma informação relativa à posologia (dose, forma farmacêutica, via e/ou intervalo entre doses). Afalta destas informações é um obstáculo ao uso seguro de medicamentos, podendo levar ao uso inadequado e a reações adversas. Sugerimos intervenções educativas junto aos profissionais que lidam com o medicamento (desde a prescrição até sua utilização) e a implantação de monitoramento farmacoterapêutico dos pacientes. A participação mais ativa do farmacêutico na equipe de saúde também pode proporcionar tratamentos mais efetivos, seguros e convenientes aos pacientes hospitalizados. A assistência farmacêutica e a utilização de medicamentos em hospitais brasileiros precisam ser mais estudadas.