366 resultados para Experimental infectivity
Resumo:
Na tentativa de reproduzir experimentalmente os achados morfológicos e eletroforéticos (proteínas no soro) observados na desnutrição infantil, dois grupos de experiências foram realizados em ratos albinos jovens, submetendo-os a uma dieta pobre em proteínas (2%) por períodos de 41 a 88 dias. O modelo experimental reproduz em linhas gerais os principais danos estruturais vistos na patologia humana, ficando num meio termo entre kwashiorkor e marasmo. Alterações atróficas tegumentares foram assinaladas como achado tardio. O achado mais conspícuo foi metamorfose gordurosa hepática do tipo perilobular. A regeneração hepatocelular foi abortiva, aparecendo nos estágios finais das experiências ao lado dos fenômenos regressivos. Foi possível estabelecer seqüência lesional nas alterações estruturais do pâncreas, desde mofificações da quantidade de grânulos de zimogênio nos estágios iniciais até a atrofia acinosa acentuada, subvertendo a arquitetura do órgão, nos estágios finais. As alterações intestinais culminaram com o quadro de atrofia, não comparável em intensidade com a patologia humana, correspondem à diminuição da altura do epitélio mucoso, hipocelularidade da lâmina própria, criptas pequenas, pobreza em mitoses, que encurtam as vilosidades, assemelhando-se ao padrão mucoso dos chamados animais "germ-free". Além disso, os autores chamam a atenção para a intensa dimuição das célular muco-secretoras ao nível do epitélio do intestino delgado e grosso. No modelo surpreende-se também uma depleção linfo-histiocitária, representada por atrofia das placas de Peyer, diminuição das célular de Kupffer, atrofia do timo e depleção linfóide ganglionar e esplênica. O estudo bioquímico do soro revelou baixa das proteínas totais e do colesterol. A eletroforese de proteínas demonstrou acentuada baixa da fração albumina, com inversão A/G. Entre as globulinas, as frações alfa1 e alfa2 estão aumentadas no grupo desenutrido. Estes achados podem ser atribuídos à carência protéica, porquanto os controles utilizados, mesmo aqueles com restrição calórica, não apresentaram alterações histológicas ou hipoalouminemia.
Resumo:
Animals (122 mice) were infected each with eighty cercariae of S. mansoni and subsequently challenged intravenously eight weeks later with the following gram-negative organisms. S. typhi, E. coli, Klebsiella-enterobacter species, Proteus mirabilis and Pseudomonas aeruginosa. Enumeration of bacteria in the liver, spleen and blood and S. mansoni from the portal sistem was performed from one to four weeks later in infected animals. A significant difference between infection produced by S. typhi and other gram negative organisms was observed: S. typhi persisted longer in the spleen and liver and could be recovered from S. mansoni worms up to three weeks following bacterial infection. Other gram negative bacteria disappeared from S. mansoni worms after two weeks of initial challenge. Additional animals (51 mice) infected with S. mansoni were given S. typhi, E. coli or sterile saline. After two weeks, animals were sacrificed and the recovery rate of worms from the portal system, and the mesenteric and hepatic oogram were determined. in animals infected with E. coli a significant decrease in the number of worms was observed compared to the saline control group; thirty worms were recovered in the control group compared to two worms in e. coli infected animals. In addition, the patterns of oviposition was significantly different in these latter animals suggesting complete inhibition of this process. Following S. typhi infection the difference in recovery of worms and pattern of oviposition was minimal. These findings suggest a difference in the interaction of various gram negative bacteria and S. mansoni and are consistent with the clinical observation of prolonged salmonella bacteremia in patients with schistosomiasis.
Resumo:
Os autores estudaram 253 ratos domésticos (Rattus norvegicus e Rattus r. frugivorus), infectados experimentalmente (via subcutânea) com duas cepas de Yersinia pestis (cepas "PEXU-19" e "RANGEL"), isoladas de roedores silvestres capturados no nordeste brasileiro (Exú - Pernambuco) e na Venezuela, respectivamente, as quais foram mantidas em meio de cultura e subinoculadas periodicamente. A sobrevida dos animais infectados variou de dois a sete dias, sendo os sobreviventes sacrificados no 20º dia após a data da inoculação. Para cada uma das duas espécies de rato, foram empregadas cargas infectantes de intensidades diferentes (750 - 4.250; 7.500 - 41.250 e 75.000 - 750.000 bacilos), correspondentes a cada uma das duas cepas de Y. pestis utilizadas. A patologia foi estudada em relação ao fígado, baço, pulmão e linfonodo inguinal, órgãos onde as lesões se mostraram mais exuberantes. As lesões hepáticas foram essencialmente representadas por congestão, necrose coagulativa multifocal e infiltração inflamatória aguda portal e sinusoidal, com formação de microabscessos. No baço ocorreu atrofia acentuada dos folículos linfóides de Malpighi, congestão, hemorragia e esplemite aguda abscedada. No pulmão, foi achado freqüente a pneumonite aguda, ás vezes acompanhada de abscessos. De um modo geral, a cepa PEXU-19 revelou maior poder patogênico que a cepa RANGEL, embora, em relação à espécie de roedor infectado não tenha sido possível surpreender diferenças quanto á sua susceptibilidade frente ás duas cepas Y. pestis utilizadas no presente trabalho.
Resumo:
Cães jovens infectados pelo Trypanosoma cruzi desenvolveram a fase aguda da infecção e foram estudados durante o 7º até o 50º dia por métodos morfológicos, parasitológicos, imunológicos e eletrocardiográficos. ocorreu intensa miocardite que se iniciava nos átrios e se propagava aos ventrículos e, quando plenamente desenvolvida, predominava no átrio direito, na metade direita do septo interventricular e na parede livre do ventrículodireito. As alterações eletrocardiográficas foram progressivas e revelavam o progressivo e predominante comprometimento atrial, mas a interferência com a propagação do estímulo (bloqueio) só apareceu nas fases terminais, coincidente com a presença de inflamação e necrose ao longo do tecido de condução. Quinze cães foram submetidos a tratamento específico e em alguns destes as modificações anátomo-patológicas e eletrocardiográficas representaram uma reversão progressiva das lesões observadas antes. Dez animais evoluíram para a fase crônica indeterminada da infecção, três deles após tratamento, e foram acompanhados por períodos de oito meses a três anos, sem que nenhum desenvolvesse sinais de insuficiência cardíaca congestiva. As alterações eletrocardiográficas observadas nestes casos foram inespecíficas e algumas arritmias apareceram transitoriamente. No sistema excito-condutor foram encontradas lesões focais de fibrose, esclero-atrofia e infiltração adiposa, as quais foram interpretadas como seqüelas deixadas pela fase aguda. A miocardite encontrada foi focal e discreta. Foi examinado para complementação o material de um caso de forma crônica cardíaca no cão, o qual exibiu miocardite difusa com fibrose focal e intersticial e sinais de atividade do processo inflamatório, além de bloqueio de ramo direito e hemibloqueio anterior esquerdo. Assim, o modelo canino da doença de Chagas reproduz todas as fases da cardiopatia, tal como aparece no homem, sendo que as formas crõnicas sintomáticas são de reprodução experimental imprevisível. O presente trabalho objetivou caracterizar os aspectos da patologia da doença de Chagas no cão, tentar as suas correlações eletrocardiográficas, os seus aspectos evolutivos, com a finalidade de fornecer elementos para estudos futuros com o referido modelo experimental.
Resumo:
Dois grupos de camundongos, infectados com cem cercárias do S. mansoni, um com a cepa Porto Rico e outro com a cepa Feira de Santana mostraram resultados semelhantes quanto à recuperação de esquistossômulos pulmonares, recuperação de vermes do sistema porta, número de ovos por grama de tecido no figado e intestinos, lesões histopatológicas e mortalidade. Na realidade as diferenças entre animais infectados pela mesma cepa foram maiores que quando os dados conjuntos das duas cepas foram considerados.
Resumo:
Como já descrevemos em publicação anterior (Conceição, 1985), foram isoladas 20 amostras de S. mansoni de pacientes do sexo masculino com idades entre 13 e 30 anos, autóctones do distrito de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Das amostras, seis eram portadores de esquistossomose-infecção (tipo I), seis da forma hepatointestinal (tipo II) e oito da forma hepatoesplênica (tipo III), adaptadas inicialmente, à B. glabrata da mesma área. Cada uma das amostras foi inoculada em 48 camundongos em lotes de 16, respectivamente com 25,50 e 100 cercárias, mantendo-se 12 animais não infectados, com controles. Após 90 dias perfundiu-se o sistema porta de 12 animais (quatro de cada lote). Os animais mortos naturalmente em diversos períodos e a metade de cada lote sacrificada aos 90 e 180 dias foram estudados através dos seguintes parâmetros: 1§) determinação dos pesos de fígado, baço, pulmão e intestino; 2§) contagem de ovos em intestinos (proximal e mediano) e grosso (distal). O número de vermes obtidos pela perfusão nos três grupos em média de 21,9%, 22% e 17,8%% para os tipos I, II e III. A mortalidde natural média dos camundongos submetidos à infecção com 25, 50 e 100 cercárias, foi respectivamente, 12,4%, 23,2% para o grupo I; de 4,7% 19,3% e 22,2% para o grupo II e 11,4%, 29,5% e 41,6% para o grupo III, apresentando-se, portanto, proporcional aos inóculos. O peso dos órgãos dos animais infectados bem como o número de ovos de S. mansoni foi sempre proporcional ao inóculo e a contagem mais elevada nas partes mediana e proximal do intestino nos três grupos. Concluiu-se que não houve correlação entre as formas clínicas da esquistossomose e o comportamento das amostras de S. mansoni em camundongo, ressaltando-se que as alterações parasitológicas encontradas foram proporcionais ao inóculo empregado e ao tempo de infecção, evidenciando os aspectos quantitativos na determinação da doença.
Resumo:
Lutzomyia (N.) whitmani foi infectada em lesões leishmanióticas de três de nove cães parasitados por Leishmania braziliensis braziliensis . Os índices de infecção desses flebotomíneos foram 8,3% (1/12), 7,1% (1/14) e 1,8% (3,160), respectivamente. Por outro lado, 180 Lu. whitmani que se alimentaram em áreas não-ulceradas em um dos cães foram negativos, após dissecação. É discutida a potencialidade de Lu. whitmani como vector de L.B. braziliensis na região endêmica de Três Braços, Bahia, Brasil.
Resumo:
The authors were able to infect phlebotomine sandflies on a human case of American Cutaneous Leishmaniasis by feeding females of Lutzomyia longipalpis on a patient with a lesion due to Leishmania mexicana amazonensis.
Resumo:
In an attempt to establish an experimental model of acute schistosomiasis, sequential histological changes were investigated in the skin, lung, liver and spleen of mice infected with 30 or 100 cercariae of Schistosoma mansoni according to four sets of experiments: single infection, repeated infections, unisexual infection and infection in mice born from infected mothers. Animals were killed every other day from exposure up to 50 days after infection. Only mild, isolated, focal inflammatory changes were found before the appearance of mature eggs in the liver, even when repeated infections were made. Severe changes of reactive hepatitis and splenitis appeared suddenly when the first mature eggs were deposited, around the 37th to 42nd day after infection. The mature eggs induced lytic and coagulative necrosis of hepatocytes around them which was soon followed by dense infiltration of eosinophils. So, mature egg-induced lesions appeared as the major factors in the pathogenesis of acute schistosomiasis in mice. Mice born from infected mothers were apparently able to rapidly modulate the egg-lesions, forming early fibrotic granulomas. The murine model of acute schistosomiasis appeared adequate for the study of pathology and pathogenesis of acute schistosomiasis.
Resumo:
Mice infected with 30 cercariae of Schistosoma mansoni developed portal and septal fibrosis due to the massive and concentrated deposition of eggs in the periportal areas which occurred following the 16th week after infection. The lesion resembled pipe-stem fibrosis seen in human hepatosplenic schistosomiasis in the following characters: portal fibrosis interconnecting portal spaces as well as portal spaces and central canals; portal inflammation; periovular granulomas; vascular obstruction and telangiectasia. The liver parenchyma maintained its normal architecture. Vascular injection techniques with Indian ink and vinylite revealed that the portal system developed numerous dilated collateral venules coming from the large and medium-sized portal branches, about 10 weeks after schistosome infection. The lodging of schistosome eggs into these collaterals resulted in granulomatous inflammation and fibrosis along all the portal tracts, thus forming the pipe-stem lesion. Although not readily demonstrable grossly, the pipe-stem fibrosis of murine schistosomiasis has many similarities with the human lesion and can be considered to have the same basic pathogenesis.
Resumo:
During the schistosomiasis infection there is a [quot ]dance of the cells[quot ], varying from site to site and related to the time of infection. 1 - Eosinophil levels exhibit a bimodal pattern, with the first peak related to the egg deposition and maturation and increased Kupfferian hyperplasia; the second peak precedes the death of some adult worms; 2 - The peritoneal eosinophilic levels are inversely proportional to the blood eosinophilic levels; 3 - Eosinopoiesis in the bone marrow begins at day 40, reaching the highest levels at day 50 and coincides with hepatic eosinophilic and neutrophilic metaplasia; 4 - Peritoneal mast cell levels present a bimodal pattern similar to the blood eosinophils, and inverse to the peritoneal eosinophils. They also show a cyclic behaviour within the hepatic and intestinal granulomas. Integral analysis of the events related to the eosinophils in the blood, bone marrow, peritoneal cavity and hepatic and intestinal granulomas allows the detection of two important eosinophilic phases: the first is due to mobilization and redistribution of the marginal pool and the second originates from eosinophilic production in the bone marrow and liver. The productive phase is characterized by an increase in the number of eosinophils and monocyte/macrophages, and a decrease in neutrophils and stabilization of megakariocytes and erithroid lineages.
Resumo:
The crossbreeding activities of the Schistosoma mansoni vector snail Biomphalaria glabrata were counted in a laboratory aquarium throughout the year under two regimes of 12h light: 12h dark from 7 A., M. to 10 P. M. Mating increased significantly in Authmn and Winter and just missed a significant inverse correlation with temperature and a direct one with locomotion. Other similar experiments were carried out to compare mating under various ilumination conditions in complete daily cycle measurements. Mating counts decreased under the regimes which submited snail to a total exposure of 12h light and 12 dark during a daily cycle in the following sequence: 12h light: 12h dark alternating hourly with light gradient, 12h light: 12h dark, 1h light: 1h dark and 12h dark: 12h light. Under two constant illuminations, the mating scored less than under the previous conditions, except under 12h light. Under darkeness the mating count was lower than light conditions. There was no way to differentiate the night and day rhythms of mating on different days in each regime, except for mating under 12h light: 12 dark alternating with light gradient, constant dark and 12h dark: 12h light conditions. Mating increased in certain light and temperature conditions, in wich the intensities, should have an optimum value.