281 resultados para Dignidade humana
Resumo:
OBJETIVO: comparar a morbidade de purperas portadoras e no-portadoras do vrus da imunodeficincia humana (HIV). MTODOS: estudo prospectivo, controlado, realizado entre julho de 2001 e setembro de 2003, com incluso na ocasio do parto de pacientes portadoras e no-portadoras do HIV. A morbidade foi dividida em menor (sangramento ps-parto aumentado, febre e endometrite) e maior (hemotransfuso, alteraes profundas da ferida operatria e necessidade de interveno cirrgica), e foi avaliada quanto presena ou no de infeco pelo HIV e o tipo de parto. Foram avaliadas 205 purperas: 82 portadoras do HIV (grupo HIV-casos) e 123 no-portadoras. As variveis contnuas foram analisadas pelo teste t de Student, e as categricas pelos testes do chi2 e exato de Fisher, por meio do software Epi-Info 2000 (CDC, Atlanta). RESULTADOS: ocorreu morbidade puerperal em 18 pacientes do grupo HIV-casos (22%) e 17 do grupo-controle (14%), com predomnio das variveis de morbidade menor, sem diferena significativa entre os grupos, exceto pelo risco mais alto de endometrite no grupo HIV-casos (RR=1,05; IC a 95%:1,01-1,1). No foi observada diferena significativa entre os grupos quanto aos tipos de parto. Houve somente duas ocorrncias de morbidade maior: hemotransfuso e fasciite necrotizante. CONCLUSES: purperas portadoras do HIV apresentam morbidade semelhante das purperas no-portadoras do vrus, apesar da predominncia de morbidade menor e do risco aumentado de endometrite no grupo portador do vrus. O acompanhamento clnico no puerprio imediato estratgico para a identificao precoce da morbidade materna.
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OBJETIVO: avaliar a utilidade da curva de regresso normal da gonadotrofina corinica humana (hCG) no diagnstico precoce de neoplasia trofoblstica gestacional ps-molar (NTG). MTODOS: estudo longitudinal, incluindo 105 pacientes com mola hidatiforme completa (MHC) acompanhadas no Centro de Doenas Trofoblsticas de Botucatu, entre 1998 e 2005. Os ttulos da hCG srica foram mensurados quinzenalmente em todas as pacientes. Curvas individuais de regresso da hCG das 105 pacientes foram estabelecidas. A comparao entre a curva de regresso normal estabelecida em nosso servio com as curvas individuais da hCG foi usada no rastreamento e diagnstico (plat/ascenso) de NTG. O nmero de semanas ps-esvaziamento quando a hCG excedeu o limite normal foi comparado com o nmero semanas em que a hCG apresentou plat/ascenso. RESULTADOS: das 105 pacientes com MHC, 80 apresentaram remisso espontnea (RE) e 25 desenvolveram NTG. Das 80 pacientes com RE, 7 (8,7%) apresentaram, inicialmente, dosagem da hCG acima do normal, mas, no devido tempo, alcanaram a remisso. Todas as 25 pacientes com NTG apresentaram desvio da curva normal da hCG em 3,8±2,5 semanas e mostraram plat ou ascenso em 8,4±2,9 semanas (p<0,001). CONCLUSES: a curva de regresso normal da hCG ps-molar pode ser til para diagnstico de NTG.
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OBJETIVO: comparar a freqncia de vulvovaginites em mulheres infectadas pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV) com mulheres no infectadas. MTODOS: estudo de corte transversal com 64 mulheres infectadas pelo HIV e 76 no infectadas. Foram calculadas as freqncias de vaginose bacteriana, candidase e tricomonase, que foram diagnosticadas por critrios de Amsel, cultura e exame a fresco, respectivamente. Para anlise dos dados, utilizaram-se o teste do c2, teste exato de Fisher e regresso mltipla para verificar a independncia das associaes. RESULTADOS: a infeco vaginal foi mais prevalente em pacientes infectadas pelo HIV quando comparadas ao Grupo Controle (59,4 versus 28,9%, p<0,001; Odds Ratio=2,7, IC95%=1,33-5,83, p=0,007). Vaginose bacteriana ocorreu em 26,6% das mulheres HIV positivas; candidase vaginal, em 29,7% e tricomonase, em 12,5%. Todas foram significativamente mais freqentes no grupo de mulheres infectadas pelo HIV (p=0,04, 0,02 e 0,04, respectivamente). CONCLUSES: vulvovaginites so mais freqentes em mulheres infectadas pelo HIV.
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OBJETIVO: descrever a diversidade gentica dos isolados de HIV-1 de mulheres soropositivas acompanhadas em um centro de referncia. MTODOS: estudo transversal, no qual foram includas 96 mulheres com dois testes sorolgicos ELISA e um teste confirmatrio Western Blot. Das amostras de sangue perifrico, foram determinadas a carga viral pelo kit b-DNA e a contagem de linfcitos T CD4 e T CD8 pela citometria de fluxo excalibur. A extrao e purificao do DNA pr-viral foi realizada pela reao em cadeia da polimerase (PCR), utilizando o kit QIAamp Blood (Qiagen Inc., Chatsworth, CA, USA). O sequenciamento da regio pol foi realizado em 52 isolados com o (3100 Genetic Analyzer, Applied Biosystems Inc., Foster City, CA) e a genotipagem foi investigada pela ferramenta Rega (Rega Subtyping Tool). O padro de resistncia aos antirretrovirais (ARV) foi inferido pelo algoritmo do banco de dados Stanford HIV Resistance. Os estgios clnicos das participantes foram definidos como A, B ou C segundo os critrios do Center for Diseases Control (CDC). Para a anlise estatstica dos dados, foram utilizados os testes do χ2 para as variveis categricas e o teste t de Student para as variveis numricas. RESULTADOS: a mdia de idade da amostra, o tempo mdio de doena e de tratamento foram: 33,7; 3,8 e 2,5 anos, respectivamente. A mdia da carga viral foi log10 2,3 cpias/mL; a dos linfcitos T CD4 e T CD8 foi 494,9 clulas/L e 1126,4 clulas/L. Sobre o estgio clnico, 30 mulheres estavam no estdio A, 47 no B e 19 no C. O sequenciamento dos 52 isolados encontrou 33 do subtipo B, quatro do F, um do C e 14 do recombinante BF. A anlise da resistncia aos ARV mostrou 39 (75,0%) isolados susceptveis, 13 (25,0%) resistentes aos inibidores da transcriptase reversa (INTR) e trs (5,7%) aos inibidores da protease (IP). CONCLUSES: Houve grande diversidade do HIV-1 e elevado percentual de isolados resistentes aos ARV na amostra estudada.
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OBJETIVO: avaliar a frequncia de testes anti-HIV realizados no pr-natal e de testes rpidos solicitados para estantes internadas para o parto. MTODO: trata-se de um estudo de corte transversal com 711 gestantes atendidas no momento do parto no perodo de janeiro a julho de 2010. Excluram-se do estudo aquelas admitidas para controle clnico e as que no permitiram que seus dados fossem includos na pesquisa. Utilizou-se o teste do χ ou o teste de Fisher para comparao de propores na anlise univariada. Foram includas no modelo de regresso logstica todas as variveis com valor p<0,25, chamado de modelo inicial. Utilizou-se o pacote estatstico SPSS e adotou-se o nvel de significncia estatstica de 5%. RESULTADOS: a idade mdia das pacientes foi de 25,776,7 anos, sendo a idade mxima e mnima de 44 e 12 anos, respectivamente. A mdia da idade gestacional no momento do atendimento foi de 38,416,7 semanas. Destas pacientes, 96,3% (n=685) tinham acompanhamento pr-natal, sendo que 11,1% (n=79) fizeram pr-natal na Maternidade Therezinha de Jesus, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Juiz de Fora, Minas Gerais. A mdia de consultas no pr-natal foi de 6,852,88, mas 28,1% tiveram menos de 6 consultas. Identificaram-se 10 gestantes soropositivas para o HIV (1,4%), sendo 2 pacientes sabidamente soropositivas. As demais (n=8) foram rastreadas no momento do parto e, por isso, no receberam a profilaxia ARV no pr-natal. Trs pacientes foram admitidas em perodo expulsivo e tambm no receberam a profilaxia intraparto. Entretanto, todos os recm-nascidos foram avaliados e foi realizada a supresso da lactao e iniciada a formulao lctea. CONCLUSES: apesar das medidas estabelecidas pelo Ministrio da Sade, ainda existem falhas na abordagem destas pacientes. Somente com o envolvimento dos gestores e a capacitao dos profissionais envolvidos no atendimento ser possvel o correto direcionamento de aes que possibilitem a preveno efetiva da transmisso vertical do HIV.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QV) de gestantes infectadas pelo HIV, utilizando o questionrio HIV/AIDS - Targeted Quality of Life(HAT-QoL).MTODOS: Estudo descritivo que incluiu 60 gestantes atendidas no Ncleo Multidisciplinar de Patologias Infecciosas na Gestao (NUPAIG) - UNIFESP/EPM e na rede de referncia da Secretaria Municipal de So Paulo. Foi realizado no perodo de fevereiro de 2011 a outubro de 2012. Foram coletadas variveis sociodemogrficas e clnicas de 60 gestantes infectadas pelo HIV, que responderam o questionrio HAT-QoL, o qual incluiu 34 questes sobre qualidade de vida.RESULTADOS:A mdia de idade foi 30 anos e o tempo mdio de infeco pelo HIV foi de 5,7 anos. Somente 8,3% das pacientes tinham contagem de clulas CD4 ≤200 clulas mm e 45% apresentavam carga viral indetectvel. Os escores mdios dos domnios variaram entre 47,5 e 83,7. Os domnios com escores mais baixos foram preocupaes financeiras e preocupaes com o sigilo. Os domnios com escores mais altos e menor impacto na qualidade de vida foram preocupaes com a medicao e confiana no profissional.CONCLUSO: Neste estudo inicial, com 60 grvidas, conclumos que o HAT-QOL poder contribuir para a avaliao da qualidade de vida na populao de gestantes infectadas pelo HIV no Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de infeco por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em mulheres submetidas reproduo assistida em um servio pblico de referncia da regio Centro-Oeste do Brasil.MTODOS: Estudo transversal com 340 mulheres com idade entre 20 e 47 anos, histrico de infertilidade, submetidas s tcnicas de reproduo assistida. Foram analisadas as infeces por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae detectadas em amostras de urina pela tcnica de PCR e o perfil da infertilidade. Utilizou-se o teste do χ2 ou o teste exato de Fisher para avaliar a associao entre a infeco e as variveis.RESULTADOS: Observou-se prevalncia de 10,9% das mulheres com infeco por Chlamydia trachomatis, sendo que houve coinfeco por Neisseria gonorrhoeaeem 2 casos. Mulheres infectadas por Chlamydia trachomatis apresentaram mais de 10 anos de infertilidade (54,1%; p<0,0001). O fator tubrio foi a principal causa nos casos com infeco (56,8%; p=0,047). A obstruo tubria foi encontrada em 67,6% dos casos com infeco positiva (p=0,004).CONCLUSO: Houve associao da obstruo tubria com a infeco por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, reforando a necessidade de estratgias efetivas para deteco precoce das doenas sexualmente transmissveis, principalmente em mulheres assintomticas em idade frtil.
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Dissertao apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Sade Materno-Infantil da Universidade Federal Fluminense, como requisito para obteno do grau de Mestre em Sade Materno-Infantil. rea de Concentrao: Sade da Mulher e da Criana, em 16 de maio de 2014.OBJETIVO: avaliar o risco da ocorrncia de neoplasia trofoblstica gestacional (NTG) aps a normalizao da gonadotrofina corinica humana (hCG) no seguimento ps-molar. PACIENTES E MTODOS: trata-se de estudo retrospectivo, tipo coorte no concorrente, colaborativo interinstitucional, realizado nos Centros de Referncia em Doena Trofoblstica Gestacional da SCMRJ, HUAP-UFF, ME-UFRJ, HC-UNESP e HC-UFG. Foram analisados dos pronturios mdicos de pacientes acompanhadas nesses Servios, entre os anos de 2002 e 2013. Esse projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa. RESULTADOS: entre as pacientes que cursaram com remisso espontnea, 10 (0,4% - 1 em cada 201 casos de MH) evoluram com NTG aps a normalizao de hCG (p<0,0001; IC95% 0,2–0,7). Quando se analisa o risco de NTG aps a normalizao de hCG nos diferentes tipos de gravidez molar, observou-se sua ocorrncia em 9/2016 (0,4% - 1 em cada 224 casos) dentre as pacientes com mola hidatiforme completa - MHC (p<0,0001; IC95% 0,2–0,7), de 1/982 (0,1% - 1 em cada 985 casos) dentre as pacientes com mola hidatiforme parcial - MHP (p<0,0001; IC95% 0,02–0,5) e em nenhuma das pacientes com gravidez molar gemelar - GMG. Consoante o tempo de normalizao de hCG, a ocorrncia de NTG foi observada em 1/1595 (0,06% - 1 em cada 1595 casos de MH) das pacientes cujo hCG normalizou com menos de 56 dias (p<0,0001; IC95% 0,01–0,3), enquanto que entre aquelas cujo hCG normalizou com mais de 56 dias a NTG ocorreu em 9/1416 (0,6% - 1 em cada 157 casos de MH) das pacientes (p<0,0001; IC95% 0,3–1,1), exibindo um OR de 10,19 (p=0,02; IC95% 1,29–80,58). CONCLUSES: o risco de NTG aps a normalizao de hCG nfimo. Parece-nos razovel que seja dada alta para a paciente com MHP aps a primeira dosagem normal de hCG. Nos casos de MHC e GMG, esse seguimento deve ser mantido por 6 meses.
Resumo:
Neste relato, é apresentado um caso de neoplasia trofoblástica gestacional após normalização espontânea de gonadotrofina coriônica humana em paciente com mola hidatiforme parcial. Trata-se da segunda ocorrência publicada desse evento e a primeira em que há comprovação imuno-histoquímica. No bojo dessa apresentação, ademais de mostrar o tratamento para essa intercorrência da gravidez, discute-se a possibilidade de redução da duração do seguimento pós-molar, assim como estratégias para o precoce reconhecimento da neoplasia trofoblástica gestacional após a remissão espontânea da gravidez molar.
Resumo:
Rhodococcus equi um micro-organismo intracelular facultativo, agente etiolgico da rodococose, uma importante enfermidade que acomete principalmente potros com menos de seis meses de idade, causando a morte geralmente em decorrncia de leses pulmonares. Este agente tambm tem potencial zoontico e emergiu como um patgeno oportunista no mundo, acometendo humanos imunocomprometidos, especialmente os transplantados e infectados pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV). Entretanto, infeces por R. equi em hospedeiros hgidos tem sido relatadas, principalmente em crianas e idosos. Estudos tem mostrado um nvel crescente na resistncia de isolados de R. equi em relao aos antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de animais e seres humanos infectados por este agente. A virulncia deste pode estar associada a fatores como a cpsula de polissacardeo, fosfolipase C e enzima colesterol oxidase (fator equi). No entanto, uma protena localizada em um plasmdeo, designada vapA, essencial para a sobrevivncia e replicao do agente em macrfagos. Com isso, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil de suscetibilidade de isolados de R. equi de diferentes fontes em relao aos antimicrobianos mais comumente utilizados na teraputica animal e humana, bem como verificar a associao entre a presena do gene vapA e o ndice de resistncia mltipla aos antimicrobianos (IRMA). Neste estudo, 67 isolados brasileiros de R. qui de diferentes fontes foram analisados: 30 provenientes de amostras clnicas de equinos, sete de humanos e 30 ambientais (seis do solo e 24 de fezes de equinos). Para avaliar o perfil de suscetibilidade dos isolados utilizou-se o mtodo de disco difuso, sendo testadas 16 drogas de diferentes classes de antimicrobianos. As amostras clnicas de equinos apresentaram as maiores taxas de resistncia penicilina (86,7%) e lincomicina (30%). Alm disso, foram tambm resistentes a macroldeos (azitromicina a 6,7%, eritromicina a 6% e claritromicina a 3,3%) e rifamicina (13%). Todas as amostras humanas e ambientais foram sensveis aos macroldeos e rifamicina. Contudo, isolados ambientais demonstraram nveis elevados de resistncia penicilina e cloranfenicol. Da mesma forma, os isolados humanos apresentaram alto nvel de resistncia ao ceftiofur, lincomicina e sulfazotrim. O IRMA em todos os isolados de R. equi variou de 0 a 0,67, tendo como valores mdios 0,19 para as amostras clnicas de equinos, 0,14 nas ambientais e em isolados humanos foi de 0,1. Apesar da alta sensibilidade observada nos isolados analisados, verificaram-se diferentes nveis de resistncia nas amostras clnicas de equinos. Em contraste, os isolados ambientais no demonstraram resistncia em relao aos agentes antimicrobianos utilizados na terapia da rodococose equina. Alm disso, em isolados humanos no se observou resistncia contra a droga para uso restrito em terapia de humano. Com base no IRMA observado em isolados clnicos de equinos, destacamos a importncia de medidas restritivas e mais cautela na utilizao de antimicrobianos em infeces causadas por R. equi para evitar o aumento de novas cepas multirresistentes.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho adaptar um pulverizador de trao humana para aplicao localizada de herbicidas. Para o desenvolvimento do circuito eletrnico, foi elaborado um programa computacional em linguagem Assembly, com informaes sobre a variao da resistncia eltrica no LDR (Resistor Dependente de Luz) referente radiao global incidente e refletida para quatro tipos de superfcies diferentes (plantas dicotiledneas, plantas monocotiledneas, palhada de trigo e solo). Concluiu-se que possvel e economicamente vivel a utilizao do sensor LDR para deteco de plantas daninhas.