262 resultados para Contexto Hospitalar
Resumo:
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é apresentar um mecanismo de válvula unidirecional para substituição do selo de água na drenagem pleural tubular fechada, em ambiente pré-hospitalar, bem como registrar os resultados de seu uso inicial no SAMU-Campinas/SP/Brasil. MÉTODO: Foram realizadas 22 (vinte e duas) drenagens pleurais com válvula em doentes vítimas de traumatismo ou pneumotórax espontâneo, todos em ambiente pré-hospitalar, de forma prospectiva, não randomizada. RESULTADOS: O débito total de líquidos através da válvula variou de zero a 1500 ml, com média de 700 ± 87,4 ml, para um tempo de percurso em média de 18 ± 1,1 minutos, variando de 8 a 26 minutos. A frequência cardíaca inicial foi 120 ± 2,7 bpm e final de 100 ± 2 bpm (p 0,00) e a frequência respiratória inicial foi 24 ± 0,8 ipm e o valor final foi de 15 ± 0,3 ipm (p 0,03). Houve apenas duas falhas mecânicas do sistema e uma foi corrigida pela substituição da mesma, trazudindo num índice de sucesso de 95,4% neste trabalho. CONCLUSÃO: Levando em conta exame físico inicial com o exame físico final, bem como pela quantificação de débitos, concluímos que a válvula mostrou-se eficiente e funcionante, e que é segura para o uso em urgências pré-hospitalares.
Resumo:
OBJETIVO: Investigar se a adoção de um protocolo de restrição hídrica intravenosa em colecistectomia aberta diminui a permanência hospitalar. MÉTODO: Estudo prospectivo envolvendo pacientes submetidas a colecistectomia aberta após a adoção de um protocolo multimodal (projeto ACERTO). Pacientes com intercorrencias intra- ou pós-operatórias foram excluídas. Todas as pacientes receberam uma solução de carboidratos 2h antes da operação. Foram coletadas as seguintes variáveis: peso, altura, estado nutricional, volume total de fluidos intravenosos (VTFI) e volume prescrito em ml/kg de peso por dia. RESULTADOS: 64 pacientes (11 M e 53 F; idade mediana = 43 [18-65] anos) completaram o estudo. A re-alimentação pós-operatória ocorreu no mesmo dia da operação (62,5%) ou no dia seguinte (37,5%). Não foram registradas complicações infecciosas ou óbitos. O tempo mediano de internação pós-operatória foi de 1 (1-4) dia. Observou-se correlação entre o VTFI (r=0,44; p<0.001) e volume de fluídos / kg peso /dia (r=-0,29; p=0,03) e o tempo de internação pós-operatória. Alta no 1º PO foi possível em 73,3% dos casos quando a prescrição foi de até 20mL/Kg/dia e em 41,2% quando o volume prescrito foi maior (p<0.001; Odds Ratio=3,92; IC95% 1,36-11,32). CONCLUSÃO: A restrição de fluidos intravenosos em colecistectomia aberta determina alta mais precoce.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a qualidade do atendimento pré-hospitalar realizado pelas agências em Vitória-ES. MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado nos arquivos da Liga Acadêmica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Espírito Santo (Lacates) dos dados de 40 vítimas de um acidente simulado entre um ônibus e dois automóveis. Os pacientes foram assistidos por quatro equipes: Corpo de Bombeiro Militar do Espírito Santo, Samu 192, Guarda Municipal e Defesa Civil. A atuação dessas equipes foi avaliada pela Lacates, através da análise do check-list com orientações pré-estabelecidas para cada vítima. RESULTADO: O Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), que desencarcerou as vítimas, delimitou as zonas de perigo e realizou a triagem pelo método START atuou corretamente em 92,5% dos casos. O Samu 192 que atendeu as vítimas pelo método mnemônico (ABCDE) no posto médico avançado agiu corretamente em 92,5% dos casos, no quesito Via Aérea; 97,5%, no Respiração; 92,5%, no Circulação; 90%, no Avaliação Neurológica; e 50%, no Exposição e Controle do Ambiente. A análise conjunta do ABCDE mostrou que o atendimento foi correto em 42,5% dos casos. O transporte dos pacientes foi realizado corretamente em 95% dos casos. A Guarda Municipal garantiu a perviedade das avenidas para transporte dos pacientes, e a Defesa Civil coordenou eficazmente o trabalho das equipes envolvidas no posto de comando. CONCLUSÃO: A triagem e o transporte foram executados satisfatoriamente, entretanto, maior atenção deve ser dada à exposição e proteção contra hipotermia das vítimas, já que esse item comprometeu o tratamento.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o perfil epidemiológico e o desfecho das vítimas de trauma abdominal submetidas à laparotomia em hospital de urgência. MÉTODOS: estudo observacional, descritivo, longitudinal, com abordagem prospectiva, mediante entrevista de 100 pacientes com trauma abdominal submetidos ao tratamento cirúrgico e à avaliação dos seus prontuários. Período da coleta dos dados: setembro a novembro de 2011. RESULTADOS: Os pacientes mais acometidos pelo trauma abdominal foram do sexo masculino, de cor parda, na faixa etária de 25-49 anos, com baixa escolaridade, solteiros, católicos, com rendimento de um a dois salários mínimos. Houve uma predominância do trauma no ambiente urbano, no período noturno e no final de semana. O motivo mais frequente do trauma foi a tentativa de homicídio, associado ao uso de álcool e drogas ilícitas e o mecanismo a arma branca. A dor mostrou-se o sinal de alerta mais presente. A região mais afetada foi abdome superior e o fígado o órgão mais acometido. O tempo de internação hospitalar durou em torno de quatro a dez dias. A maioria teve alta sem sequela. Ocorreram dois óbitos. CONCLUSÃO: Foi marcante a associação do trauma abdominal com homens sob efeito de álcool e/ou drogas ilícitas, refletindo o contexto da violência interpessoal na sociedade atual. A despeito da magnitude do trauma, o desfecho foi satisfatório, apesar da ocorrência de óbitos, o que denota a importância dos hospitais de urgência de manter no seu corpo clínico uma equipe cirúrgica treinada.
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OBJETIVO: avaliar diferenças gasométricas dos pacientes traumatizados graves que necessitaram de intubação orotraqueal no atendimento pré-hospitalar. MÉTODOS: foram colhidas amostras de sangue dos pacientes que necessitaram de manejo de via aérea no início do atendimento pré-hospitalar e ao dar entrada na Unidade de Urgência. Foram analisados: pH, pressão arterial de CO2 (PaCO2), pressão arterial de O2 (PaO2), excesso de base (BE), saturação da hemoglobina por O2 (satO2) e a relação PaO2 e a fração inspirada de O2 (PaO2/FiO2). RESULTADOS: houve significância estatística entre as diferenças das médias entre os dados coletados no local do sinistro e na entrada da UUE na Frequência respiratória (p=0,0181), na Escala de Coma de Glasgow (p=0,0084), na pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2; p<0,0001) e na saturação da hemoglobina pelo oxigênio (p=0,0018). CONCLUSÃO: a intubação orotraqueal altera os parâmetros PaO2 e saturação de oxigênio pela hemoglobina. Não houve diferença nos parâmetros metabólicos (pH, Bicarbonato e excesso de base). Na análise dos parâmetros hemogasométricos dos sobreviventes e não sobreviventes observou-se diferença estatística entre o PaO2, saturação de oxigênio pela hemoglobina e excesso de base.
Resumo:
Objetivo: avaliar as complicações perinatais decorrentes da associação de asma e gravidez em pacientes que necessitaram hospitalização para controle da crise asmática. Método: análise retrospectiva de 12 casos de asma e gravidez que necessitaram de internação hospitalar e foram assistidos no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, no período compreendido entre 1992 e 1996. Os parâmetros analisados foram: idade materna, acompanhamento pré-natal, tempo de permanência hospitalar, tratamento instituído, intercorrências gravídicas, idade gestacional ao parto, tipo de parto, peso ao nascer e índice de Apgar. Resultados: das 12 gestantes asmáticas, 7 não haviam iniciado o seguimento pré-natal antes da internação para o tratamento da crise asmática. Três pacientes apresentaram doença hipertensiva específica da gravidez, sendo um dos casos associado a rotura prematura de membranas e corioamnionite e outro associado a descolamento prematuro de placenta. Foram diagnosticados 2 casos de insuficiência placentária, um deles associado a trabalho de parto prematuro e transfusão feto-fetal em gestação gemelar e outro associado a oligoâmnio. Foi detectado 1 caso de oligoâmnio associado a pneumonia materna e óbito fetal e também 1 caso de polidrâmnio. Além disso, ocorreram 2 casos de parto prematuro e 3 recém-nascidos foram considerados pequenos para a idade gestacional. Conclusões: a prevenção das complicações da asma na gravidez deve ser instituída antes mesmo da concepção, enfatizando-se os aspectos educativos da paciente em relação à doença e afastando-se quando possível os fatores desencadeantes das crises, como os alergênios ambientais e o tabagismo. O tratamento deve ser instituído precocemente e a paciente deve ser acompanhada em conjunto pelo obstetra e pelo pneumologista.