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OBJETIVO Analisar a incidência de cessação de tabagismo e sua associação com fatores psicossociais. MÉTODOS Foram analisados dados de três fases consecutivas do Estudo Pró-Saúde, estudo longitudinal entre funcionários técnico-administrativos de uma universidade no Rio de Janeiro, Brasil. Os critérios de inclusão foram ter participado das Fases 1 e 3 e ser fumante na linha de base (Fase 1 – 1999). Foram excluídos indivíduos que, no seguimento (Fase 3 – 2007), tinham parado de fumar há menos de um ano. A população final de estudo foi composta de 661 funcionários (78% dos elegíveis). Os riscos relativos (RR) da cessação do tabagismo foram avaliados pelo modelo de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS A incidência acumulada de cessação do fumo em oito anos de seguimento foi de 27,7%. Entre os fatores psicossociais avaliados, ausência de experiência de violência física apresentou-se associada à maior cessação de tabagismo na análise multivariada (RR = 1,67; IC95% 1,09;2,55). CONCLUSÕES A incidência de cessação de tabagismo foi alta, e o fato de não terem sido encontradas associações com a maioria dos fatores avaliados sugere que grande parte do efeito encontrado seja decorrente do impacto relativamente homogêneo das políticas públicas implementadas no Brasil nas últimas décadas. A associação encontrada entre ausência de exposição à violência e maior incidência de cessação de tabagismo aponta para a importância desse fator nas políticas de controle do tabagismo.

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OBJETIVO Analisar a associação entre autoavaliação da saúde bucal em adultos e desigualdades sociodemográficas. MÉTODOS Estudo transversal com 2.016 adultos de 20 a 59 anos de idade, de Florianópolis, SC, em 2009. A amostra foi obtida por duplo estágio (setores censitários e domicílios). Os dados foram coletados por entrevistas domiciliares face a face. O desfecho foi autoavaliação da saúde bucal. As variáveis exploratórias foram caracterizadas em blocos demográficos, socioeconômicos, de utilização de serviços e de condições bucais autorreferidas. Foi realizada análise de regressão multivariável de Poisson e estimadas as razões de prevalências e respectivos intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS A prevalência de autoavaliação negativa da saúde bucal foi de 33,2% (IC95% 29,8;36,6). Idade avançada, referir-se como pardo, possuir menor escolaridade, ter consultado o dentista há três anos ou mais, ter realizado a última consulta em consultório público, possuir menos de dez dentes naturais presentes em pelo menos um arco, perceber necessidade de tratamento odontológico, apresentar sensação de boca seca e dificuldade de alimentação em virtude dos dentes foram associados à autoavaliação negativa da saúde bucal na análise ajustada. CONCLUSÕES A autoavaliação da saúde bucal reflete as desigualdades em saúde e está relacionada às piores condições socioeconômicas, menor uso de serviços de saúde e pior condição bucal autorreferida.

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OBJETIVO Validar a vers&#227;o em português do World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). MÉTODOS A vers&#227;o original de 36 itens do WHODAS 2.0, administrada por entrevista, foi traduzida para o português de acordo com orientações internacionais e testada em nove participantes da populaç&#227;o em geral. A vers&#227;o em português foi administrada em 204 pacientes com patologia musculoesquelética. Foram coletados os dados sociodemográficos e de saúde dos pacientes, assim como o número de locais onde apresentavam dor e sua intensidade. O WHODAS 2.0 foi novamente administrado por um segundo entrevistador, um a três dias após a primeira entrevista, para avaliar a confiabilidade interavaliadores. A validade de constructo foi avaliada quanto a: capacidade do WHODAS 2.0 para diferenciar participantes com diferentes locais com dor e associaç&#227;o entre o WHODAS 2.0 e a intensidade da dor. A consistência interna também foi avaliada. RESULTADOS A vers&#227;o portuguesa do WHODAS 2.0 teve fácil compreens&#227;o, apresentou boa consistência interna (α = 0,84) e confiabilidade interavaliadores (CCI = 0,95). Mostrou ser capaz de detectar diferenças estatisticamente significativas entre indivíduos com diferente número de locais com dor (p < 0,01) e indicar que maior incapacidade está associada à maior intensidade da dor (r = 0,44, p < 0,01), indicando validade de constructo. CONCLUSÕES A vers&#227;o portuguesa do WHODAS 2.0 mostrou-se confiável e válida quando utilizada em pacientes com dor associada à patologia musculoesquelética.

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OBJETIVO Analisar o uso de medicamentos entre idosos e os fatores associados. MÉTODOS Estudo transversal com 400 indivíduos maiores de 60 anos residentes na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, em Recife, PE, em 2009. Os indivíduos foram selecionados por amostra probabilística sistemática, com coleta de dados de base domiciliar. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, condições de saúde e nutricionais. A variável independente foi uso de medicamentos. O diagrama analítico envolveu análises estatísticas uni e multivariadas. RESULTADOS A prevalência de uso de medicamentos foi de 85,5%. A polifarmácia (> 5 medicamentos) ocorreu em 11% dos casos. Dos 951 medicamentos relatados, 98,2% foram por prescriç&#227;o médica e 21,6% foram considerados inseguros para idosos. Os medicamentos de uso nos sistemas cardiovascular (42,9%), nervoso central (20,2%), digestório e no metabolismo orgânico (17,3%) foram os mais utilizados. O uso de polifarmácia associou-se à escolaridade (p = 0,008), à saúde autorreferida (p = 0,012), à doença crônica autorreferida (p = 0,000) e ao número de consultas médicas ao ano (0,000). CONCLUSÕES A proporç&#227;o de uso de medicamentos é elevada entre idosos, inclusive daqueles considerados inadequados, e há desigualdades entre grupos de idosos quando se considera escolaridade, quantidade de consultas médicas e saúde autorreferida.

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OBJETIVO Avaliar o custo-efetividade de diferentes tratamentos medicamentosos para hepatite B crônica entre pacientes adultos. MÉTODOS Utilizando modelo de Markov, construiu-se coorte hipotética de 40 anos para pacientes HBeAg-positivo ou HBeAg-negativo. Foram comparados os usos de adefovir, entecavir, tenofovir e lamivudina (com terapia de resgate em caso de resistência viral) para tratamento de pacientes adultos com hepatite B crônica, virgens de tratamento, com elevados níveis de alanina aminotransferase, sem evidência de cirrose e sem coinfecç&#227;o por HIV. Valores para custo e efeito foram obtidos da literatura. A medida do efeito foi expressa em anos de vida ganhos (AVG). Taxa de desconto de 5% foi aplicada. Análise de sensibilidade univariada foi conduzida para avaliar incertezas do modelo. RESULTADOS O tratamento inicial com entecavir ou tenofovir apresentou melhores resultados clínicos. As menores razões custo-efetividade foram de entecavir para pacientes HBeAg-positivo (R$ 4.010,84/AVG) e lamivudina para pacientes HBeAg-negativo (R$ 6.205,08/AVG). Para pacientes HBeAg-negativo, a raz&#227;o custo-efetividade incremental de entecavir (R$ 14.101,05/AVG) está abaixo do limiar recomendado pela Organizaç&#227;o Mundial da Saúde. Análise de sensibilidade mostrou que variaç&#227;o nos custos dos medicamentos pode tornar tenofovir alternativa custo-efetiva tanto para pacientes HBeAg-positivo quanto para HBeAg-negativo. CONCLUSÕES Entecavir é alternativa recomendada para iniciar o tratamento de pacientes com hepatite B crônica no Brasil. Contudo, se houver reduç&#227;o no custo de tenofovir, esta pode se tornar alternativa mais custo-efetiva.

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OBJETIVO Analisar a situaç&#227;o do trabalho com determinantes sociais da saúde no âmbito do Programa Saúde da Família. MÉTODOS Estudo de caso com métodos mistos de pesquisa, ancorados em estratégia sequencial explanatória, com 171 gerentes das unidades do Programa Saúde da Família em S&#227;o Paulo, SP, em 2005/2006. Questionários autopreenchíveis foram aplicados. Entrevistas semiestruturadas e grupos focais foram realizados com amostra intencional de profissionais envolvidos no trabalho com determinantes sociais da saúde. Os dados quantitativos foram analisados por análise descritiva, análise de correspondência múltipla, análise de agrupamento e testes de correlaç&#227;o entre variáveis. Os dados qualitativos foram apurados por análise de conteúdo e a criaç&#227;o de categorias temáticas. RESULTADOS Apesar da concentraç&#227;o de atividades direcionadas ao cuidado com a doença, o Programa Saúde da Família realizou atividades relacionadas à determinaç&#227;o social da saúde, contemplando todas as formas de abordagem da promoç&#227;o da saúde (biológico, comportamental, psicológico, social e estrutural) e os principais determinantes sociais da saúde descritos na literatura. Houve diferença significativa quanto à abrangência dos determinantes trabalhados nas unidades em relaç&#227;o às diferentes regiões do município. Constatou-se fragilidade das iniciativas e a sua desconex&#227;o com a estrutura programática do Programa Saúde da Família. CONCLUSÕES A quantidade e variedade de atividades com determinantes sociais da saúde realizadas no Programa Saúde da Família mostram potencial para trabalhar a determinaç&#227;o social da saúde. Mas a fluidez de objetivo e o caráter extraordinário das atividades descritas questionam sua sustentabilidade como parte integral da atual estrutura organizacional do programa.

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O objetivo do estudo foi suscitar reflex&#227;o acerca da necessidade de se criar um sistema nacional de notificações sobre incidentes como base para um programa de segurança do paciente. Incidentes em saúde acarretam danos aos pacientes e oneram o sistema de saúde. Embora tenha lançado recentemente um programa de avaliaç&#227;o da qualidade nas instituições de saúde, o Ministério da Saúde, Brasil, ainda n&#227;o possui um programa que avalie sistematicamente os resultados negativos da assistência. Discute-se a necessidade de se implementar programa brasileiro de segurança do paciente, a fim de promover a cultura pela segurança do paciente e da qualidade em saúde no Sistema Único de Saúde.

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OBJETIVO Estimar a prevalência de déficits nutricionais entre crianças angolanas. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional. Para classificaç&#227;o do estado nutricional, foram empregados os critérios da Organizaç&#227;o Mundial da Saúde (2006). RESULTADOS Observou-se elevada prevalência de déficits de estatura-para-idade, peso-para-estatura e peso-para-idade (22%, 13% e 7%, respectivamente) entre as crianças. CONCLUSÕES Déficits nutricionais de crianças representam sério problema de saúde pública em Bom Jesus, Angola.

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O objetivo desta comunicaç&#227;o foi descrever a detecç&#227;o de coexistência de variantes HIV-1 com inserções de dois aminoácidos entre os códons 69 e 70 da transcriptase reversa. Tais variantes foram isoladas de paciente do sexo masculino, 16 anos de idade, em tratamento no interior do estado de S&#227;o Paulo. Após confirmaç&#227;o de falha terapêutica, foi realizado teste de resistência a antirretrovirais, a partir do qual foram detectadas duas variantes contendo inserções dos aminoácidos Ser-Gly/Ser-Ala no códon 69 da transcriptase reversa, além da mutaç&#227;o T69S. Tais inserções possuem baixa prevalência, n&#227;o foram relatadas em caráter de coexistência no Brasil e est&#227;o relacionadas com a resistência a múltiplas drogas, tornando o achado relevante do ponto de vista epidemiológico.

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Propõe-se a “experienciometria” como medida da experiência acadêmica de pesquisadores de modo a complementar a medida consagrada da cienciometria nas avaliações de competências em pesquisa. O artigo baseia-se em parte na produç&#227;o cientifica do autor, utilizada sob uma perspectiva qualitativa para explorar possibilidades de análise de impactos. Ensaia-se uma síntese com possíveis implicações dessa análise, indicando algumas possibilidades para se avaliar impacto de pesquisas e artigos que n&#227;o se restrinjam exclusivamente à contagem de números de citações dos autores para o cálculo do fator de impacto.

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Espera-se que os conhecimentos produzidos pela investigaç&#227;o cientifica transformem-se em benefícios concretos (materiais ou n&#227;o materiais). A bibliometria, com seus vários índices, tornou-se a referência da avaliaç&#227;o científica e a principal estratégia de medida objetiva do impacto. No Brasil, o sistema de avaliaç&#227;o da Coordenaç&#227;o de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior tem sido de grande importância para o desenvolvimento da pós-graduaç&#227;o e da pesquisa; entretanto, identificam-se necessidades de mudanças, sendo uma delas o enfoque bibliométrico. Se considerarmos a área da saúde, o desafio do Sistema Único de Saúde implica na busca de alternativas cientificamente embasadas para um complexo de questões que v&#227;o do diagnóstico, cura e prevenç&#227;o de uma variedade de problemas até a organizaç&#227;o de uma macroestrutura capaz de dar amplo e igual acesso aos recursos demandados pela saúde da populaç&#227;o. As soluções exigir&#227;o dos pesquisadores competência e criatividade e destes esperam-se produtos que incluam, mas que certamente n&#227;o poder&#227;o se restringir às publicações científicas.

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O objetivo do estudo foi interpretar e compreender a institucionalizaç&#227;o da saúde pública paulista nos anos 1930-1940, com base na história das especialidades médicas. Foram analisadas novas fontes documentais em diálogo com a literatura existente, levando à identificaç&#227;o de novos indícios relativamente à quest&#227;o eugênica e à presença de crenças religiosas de médicos como um movimento social. Os médicos, à medida que se especializavam como sanitaristas, propunham um projeto para elevar a raça brasileira, mesclando discursos higienistas com ações sanitárias. S&#227;o Paulo buscou a primazia nesse projeto, por se acreditar um Estado detentor de uma raça já constituída de “homens historicamente saudáveis”. Crenças religiosas influenciaram o debate e as decisões de época para a ordem sanitária. Historicamente, o discurso sanitário compõe questões técnico-científicas com as político-ideológicas e as culturais, produzindo uma mescla dos diferentes interesses e perspectivas de ordem corporativa da profiss&#227;o.

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OBJETIVO Analisar a evoluç&#227;o da mortalidade perinatal quanto à dimens&#227;o do problema e sua extens&#227;o. MÉTODOS Estudo descritivo de tendência temporal com 10.994 óbitos perinatais, de m&#227;es residentes em Salvador, BA, com idade gestacional ≥ 22 semanas, idade do recém-nascido até seis dias e 500 g ou mais de peso ao nascer, registrados de 2000 a 2009. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do sitio eletrônico do Datasus/Ministério da Saúde. Calcularam-se taxas de mortalidade perinatal e fetal/1.000 nascimentos e neonatal precoce/1.000 nascidos vivos. Aplicaram-se: teste Qui-quadrado de Pearson para diferenças em proporções, teste de sequências ( runs ), cálculo de médias móveis e coeficiente de determinaç&#227;o linear (R 2 ) para análise de tendência. Utilizou-se a classificaç&#227;o de Wigglesworth para causas de morte. RESULTADOS A taxa de mortalidade perinatal mostrou tendência decrescente, sendo reduzida em 42,0% no período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), com maior contribuiç&#227;o da taxa neonatal precoce (-56,3%). A mortalidade fetal representou grande proporç&#227;o (61,9%) da taxa de mortalidade perinatal em 2009. A classificaç&#227;o dos óbitos apontou como causas mais frequentes de óbito perinatal: asfixia intraparto (8,8/1.000), imaturidade (7,1/1.000) e malformações congênitas (1,3/1.000). CONCLUSÕES Mesmo em declínio, a taxa de mortalidade perinatal continua elevada e o predomínio recente da mortalidade fetal indica mudança no perfil de causas e impacto nas ações de prevenç&#227;o. A consulta pré-natal de qualidade com controle de riscos e melhoria da assistência ao parto pode reduzir a ocorrência de causas evitáveis.

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OBJETIVO Analisar características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos casos de tuberculose e fatores associados ao abandono e ao óbito na vigência do tratamento. MÉTODOS Estudo epidemiológico baseado em dados notificados de tuberculose em indígenas e n&#227;o indígenas, segundo raça/cor, em Mato Grosso do Sul, entre 2001 e 2009. Realizou-se análise descritiva dos casos de acordo com as variáveis sexo, faixa etária, zona de residência, exames empregados para o diagnóstico, forma clínica, tratamento supervisionado e situaç&#227;o de encerramento, segundo raça/cor. Utilizou-se análise univariada e múltipla por meio de regress&#227;o logística para identificar preditores de abandono e óbito, e odds ratio como medida de associaç&#227;o. Foi construída série histórica de incidência, segundo raça/cor. RESULTADOS Registraram-se 6.962 casos novos de tuberculose no período, 15,6% entre indígenas. Houve predomínio em homens e adultos (20 a 44 anos) em todos os grupos. A maior parte dos doentes indígenas residia na zona rural (79,8%) e 13,5% dos registros nos indígenas ocorreram em < 10 anos. A incidência média no estado foi 34,5/100.000 habitantes, 209,0; 73,1; 52,7; 23,0 e 22,4 entre indígenas, amarelos, pretos, brancos e pardos, respectivamente. Doentes de 20 a 44 anos (OR = 13,3; IC95% 1,9;96,8), do sexo masculino (OR = 1,6; IC95% 1,1;2,3) e de raça/cor preta (OR = 2,5; IC95% 1,0;6,3) mostraram associaç&#227;o com abandono de tratamento, enquanto doentes > 45 anos (OR = 3,0; IC95% 1,2;7,8) e com a forma mista (OR = 2,3; IC95% 1,1;5,0) apresentaram associaç&#227;o com óbito. Apesar de representarem 3,0% da populaç&#227;o, os indígenas foram responsáveis por 15,6% das notificações no período. CONCLUSÕES Houve importantes desigualdades em relaç&#227;o ao adoecimento por tuberculose entre as categorias estudadas. As incidências nos indígenas foram consistentemente maiores, chegando a exceder em mais de seis vezes as médias nacionais. Entre pretos e pardos, piores resultados no tratamento foram observados, pois apresentaram chance de abandono duas vezes maior que os indígenas. O mau desempenho do programa também esteve fortemente associado ao abandono e ao óbito. Acredita-se que, enquanto n&#227;o se reduzir a pobreza, as desigualdades nos indicadores em saúde permanecer&#227;o.

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OBJETIVO Descrever a investigaç&#227;o do surto de febre amarela silvestre e as principais medidas de controle realizadas no estado de S&#227;o Paulo. MÉTODOS Estudo descritivo do surto de febre amarela silvestre na regi&#227;o sudoeste do estado, entre fevereiro e abril de 2009. Foram avaliados casos suspeitos e confirmados em humanos e primatas n&#227;o humanos. A investigaç&#227;o entomológica, em ambiente silvestre, envolveu captura em solo e copa de árvore para identificaç&#227;o das espécies e detecç&#227;o de infecç&#227;o natural. Foram realizadas ações de controle de Aedes aegypti em áreas urbanas. A vacinaç&#227;o foi direcionada para residentes dos municípios com confirmaç&#227;o de circulaç&#227;o viral e nos municípios contíguos, conforme recomendaç&#227;o nacional. RESULTADOS Foram confirmados 28 casos humanos (letalidade 39,3%) em áreas rurais de Sarutaiá, Piraju, Tejupá, Avaré e Buri. Foram notificadas 56 mortes de primatas n&#227;o humanos, 91,4% do gênero Alouatta sp . A epizootia foi confirmada laboratorialmente em dois primatas n&#227;o humanos, sendo um em Buri e outro em Itapetininga. Foram coletados 1.782 mosquitos, entre eles Haemagogus leucocelaenus , Hg. janthinomys/capricornii , Sabethes chloropterus , Sa. purpureus e Sa. undosus . O vírus da febre amarela foi isolado de um lote de Hg. leucocelaenus procedente de Buri. A vacinaç&#227;o foi realizada em 49 municípios, com 1.018.705 doses aplicadas e o registro de nove eventos adversos graves pós-vacinaç&#227;o. CONCLUSÕES Os casos humanos ocorreram entre fevereiro e abril de 2009 em áreas sem registro de circulaç&#227;o do vírus da febre amarela há mais de 60 anos. A regi&#227;o encontrava-se fora da área com recomendaç&#227;o de vacinaç&#227;o, com alto percentual da populaç&#227;o suscetível. A adoç&#227;o oportuna de medidas de controle permitiu a interrupç&#227;o da transmiss&#227;o humana em um mês, assim como a confirmaç&#227;o da circulaç&#227;o viral em humanos, primatas n&#227;o humanos e mosquitos. Os isolamentos facilitaram a identificaç&#227;o das áreas de circulaç&#227;o viral, mas s&#227;o importantes novos estudos para esclarecer a dinâmica de transmiss&#227;o da doença.