263 resultados para 100-250 µm
Resumo:
Introdução: A associação entre refluxo vesicoureteral primário e infecções do trato urinário pode acarretar em dano renal permanente. Há, na literatura, a tendência de cura espontânea deste refluxo em crianças e marcante declínio na indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo: Estudar a evolução dos refluxos vesicoureterais primários associados a quadros de infecções urinárias de repetição, em pacientes do serviço de Nefrologia Pediátrica da nossa instituição, avaliando os casos nos quais houve cura mediante tratamento conservador apenas, e aqueles nos quais foi necessária a intervenção cirúrgica. Métodos: Analisamos os prontuários dos pacientes com infecções urinárias de repetição associadas ao diagnóstico de refluxo vesicoureteral primário. Os dados coletados diziam respeito aos parâmetros: sexo, idade do diagnóstico da primeira infecção urinária, idade do diagnóstico de RVU, número de infecções urinárias, grau de refluxo, resultado da urocultura, função renal, cicatrizes renais, outras malformações do trato urinário e intervenção cirúrgica ou conservadora. A Análise estatística foi descritiva e realizada com o programa SPSS. Resultados: Dentro do subgrupo de pacientes com graus IV e V, notou-se 63,6% dos casos evoluindo para intervenção cirúrgica e 36,4%, para resolução por intervenção conservadora. Naqueles com graus I, II e III, 38,5% evoluíram para tratamento cirúrgico, contra 61,5%, para resolução por conduta conservadora. Dentre os pacientes com presença de refluxo vesicoureteral bilateralmente,72,7% tiveram evolução cirúrgica. Não se observou relação entre o grau de refluxo e a presença de cicatrizes renais. Conclusão: Pacientes com refluxo vesicoureteral de baixo grau e infecções urinárias de repetição tendem à resolução espontânea do refluxo, com boa evolução renal a longo prazo, de forma que a indicação cirúrgica fica reservada aos refluxos de alto grau ou com outras complicações clínicas.
Resumo:
Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um fator preditor independente de risco cardiovascular em pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD). Objetivo: Mostrar a utilidade da radiografia de tórax no diagnóstico de HVE em pacientes com DRC em HD. Métodos: Estudo transversal que incluiu 100 pacientes (58 homens e 42 mulheres), idade média de 46,2 ± 14,0 anos, com DRC de todas as etiologias, há pelo menos seis meses em HD. Foram obtidos ecocardiograma e radiografia de tórax dos pacientes, sempre até uma hora após o término das sessões de HD. Resultados: A HVE foi detectada em 83 pacientes (83%), dos quais 56 (67,4%) apresentavam o padrão concêntrico e 27 (32,6%) a padrão excêntrico de HVE. Cardiomegalia - definida por índice cardiotorácico (ICT) > 0,5 - esteve presente em 61 pacientes (61%). Foram os seguintes os valores de sensibilidade, especificidade e acurácia, respectivamente, para a variável ICT: 66,2%, 70,5% e 68,0%. A correlação de Pearson entre ICT e índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) foi de 0,552 (p < 0,05) e razão de verossimilhança positivo de 2,2. Conclusão: A radiografia de tórax é um exame seguro e útil como ferramenta diagnóstica de HVE em pacientes com DRC em HD.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC), considerada por alguns autores como uma epidemia deste século, relaciona-se diretamente com as doenças crônicas como diabetes (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) e ao aumento global da expectativa de vida da população. Objetivo: O objetivo deste estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes em programa de hemodiálise (HD) em uma capital brasileira. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de amostra aleatória de conveniência, utilizando um questionário aplicado em 245 pacientes entre agosto de 2011 e março de 2012. Todos pacientes entrevistados estavam em programa de HD nos três serviços de Nefrologia credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa - PB. Resultados: Dos entrevistados, 61% eram do sexo masculino, 66% apresentavam união estável e 44,5% eram brancos. Aproximadamente 50% eram da faixa etária de 40 a 59 anos e 51% não moravam no município de João Pessoa. As etiologias mais prevalentes foram HAS (38%) e DM (13%). As comorbidades mais prevalentes foram retinopatia diabética (15,5%) e neuropatia periférica (13,5%). Noventa e dois por cento referiram algum episódio de internação hospitalar. O acesso vascular temporário foi usado em 100% dos pacientes na primeira diálise. Conclusão: Os resultados deste estudo sinalizam a importância do melhor acompanhamento pré-dialítico desses pacientes, o que poderia reduzir a morbimortalidade.
Resumo:
Introdução: Dados nacionais sobre diálise crônica têm tido impacto no planejamento do tratamento. Objetivo: Apresentar dados do inquérito da Sociedade Brasileira de Nefrologia sobre os pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico em julho de 2013 e comparar com dados de 2011- 12. Métodos: Levantamento de dados de unidades de diálise do país. A coleta de dados foi feita utilizando questionário preenchido on-line pelas unidades de diálise. Resultados: Trezentos e trinta e quatro (51%) unidades responderam ao inquérito. Em julho de 2013, o número total estimado de pacientes em diálise foi de 100.397. As estimativas nacionais das taxas de prevalência e de incidência de tratamento dialítico foram de 499 (variação: 284 na região Norte e 622 na Sul) e 170 pacientes por milhão da população, respectivamente. O número estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2013 foi 34.161. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,9%. Dos pacientes prevalentes, 31,4% tinham idade ≥ 65 anos, 90,8% estavam em hemodiálise e 9,2% em diálise peritoneal, 31.351 (31,2%) estavam em fila de espera para transplante, 30% tinham diabetes, 17% tinham PTH > 600 pg/ml e 23% hemoglobina < 10 g/dl. Cateter venoso era usado como acesso em 15,4% dos pacientes em hemodiálise. Conclusão: O número absoluto de pacientes em diálise tem aumentado 3% ao ano nos últimos 3 anos. As taxas de prevalência e incidência de pacientes em diálise ficaram estáveis, e a taxa de mortalidade tendeu a diminuir em relação a 2012. Houve tendência a melhor controle da anemia e dos níveis de PTH.
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Os esteroides anabolizantes têm sido usados como arma terapêutica em diversas condições clínicas. Entretanto, o uso abusivo e indiscriminado, associado a outros suplementos nutricionais, tem gerado efeitos adversos graves. Relato do caso: Sexo masculino, 21 anos, admitido com náuseas, astenia, hiporexia, cefaleia e hipertensão arterial. Exames no sangue evidenciaram Cr: 3,9 mg/dl U:100 mg/dl e Cálcio total 14 mg/dl. Ultrassonografia e biópsia renal compatíveis com nefrocalcinose. Houve melhora gradativa da função renal e da calcemia após hidratação vigorosa e furosemida. Entretanto, após 1 ano, persistiram depósitos renais de cálcio e relação córticomedular reduzida ao ultrassom e creatinina estável em 1,4 mg/dl. Casos anteriores evidenciaram necrose tubular aguda e nefrite intersticial com poucos depósitos de cálcio no interstício renal. Nesse caso, encontramos nefrocalcinose acentuada associada à nefroesclerose. O objetivo deste estudo é relatar a ocorrência de injúria renal aguda com nefrocalcinose associada ao uso de esteroide anabolizante e oferecer uma revisão do assunto.
Resumo:
Dentre os conceitos modernos de controle de pragas, o uso de inseticidas no tratamento de sementes constitui-se num dos métodos mais eficientes. Deve-se, entretanto, conhecer a influência desses produtos com relação à qualidade fisiológica das sementes tratadas. Objetivou-se através desta pesquisa avaliar a qualidade fisiológica de sementes de soja tratadas com inseticidas, sob quatro períodos de armazenamento (0, 15, 30 e 45 dias após o tratamento). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 7, com quatro repetições, onde as sementes do cultivar M-SOY 6101 foram tratadas com os inseticidas thiamethoxam (Cruiser 700 WS), na dose de 250 mL de produto comercial (p.c.)/100 kg de sementes; fipronil (Standak), na dose de 150 mL de p.c./100 kg de sementes; imidacloprid (Gaucho FS), na dose de 150 ml de p.c./100 kg de sementes; [imidacloprid + thiodicarb] (CropStar FS), na dose de 0,3 L. ha-1; carbofuran (Furadan 350 TS), na dose de 1,5 L/100 kg de sementes; acefato (Orthene 750 BR), na dose de 1 kg/ 100 kg de sementes e uma testemunha, sem tratamento. As variáveis analisadas foram: germinação, velocidade de emergência, comprimento de raiz e de plântula e porcentagem de plântulas normais no teste de envelhecimento acelerado. A aplicação dos inseticidas carbofuran e acefato é prejudicial à qualidade fisiológica das sementes de soja cultivar M-SOY 6101, por um período de armazenamento de até 45 dias. A redução da qualidade fisiológica das sementes, condicionada pelos inseticidas avaliados, intensifica-se com o prolongamento do armazenamento das sementes tratadas, recomendando-se, portanto, que o tratamento inseticida das sementes seja realizado próximo ao momento da semeadura.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica e sanitária das sementes, em resposta à aplicação do biorregulador Stimulate® na cultura da soja. Para tanto, sementes de soja da cultivar BRS 246 RR foram semeadas no mês de outubro dos anos agrícolas de 2007/2008 e 2008/2009, no delineamento experimental em blocos completos com os tratamentos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos, arranjados em esquema fatorial, foram compostos pela combinação do tratamento de sementes com o biorregulador (sem e com 0,500 L 100 kg-1 de sementes) e cinco doses do produto (0; 0,125; 0,250; 0,375 e 0,500 L ha-1) aplicadas via foliar, em dois estádios de desenvolvimento da cultura (V5 ou R3). O uso do biorregulador Stimulate® altera positivamente qualidade das sementes, sobretudo quando as aplicações foliares ocorrem no estádio V5.