472 resultados para vírus da mancha-branca


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A "mancha-chocolate" constitui-se de um novo problema surgido na cultura do abacaxi, cuja causa não foi ainda determinada. Caracteriza-se pelo escurecimento da polpa, tornando o fruto impróprio para a comercialização. A proposta desse trabalho foi caracterizar as transformações físico-químicas e químicas que ocorrem em um fruto afetado pela "mancha-chocolate" a fim de subsidiar futuras pesquisas. Estudaram-se frutos da cultivar Pérola, provenientes de Miranorte'- Tocantins, em quatro estádios de maturação (estádio 1- verde; estádios 2 e 3 -- intermediários; e o estádio 4- maduro). Todos os frutos foram cortados no sentido vertical, sendo posteriormente efetuada uma avaliação visual das lesões decorrentes da "mancha-chocolate", separando-se frutos afetados e aparentemente sadios. Os frutos afetados foram separados em três categorias: frutos com manchas fracas (MF), frutos com manchas moderadas (MM) e frutos com manchas intensas (MI) . Foram feitas as seguintes avaliações: teores de compostos fenólicos, polifenoloxidase, peroxidase, vitamina C, acidez titulável, sólidos solúveis, pH, açúcares totais, redutores e não redutores. Verificou-se que os sintomas da "mancha-chocolate" se intensificaram nos frutos mais maduros e caracterizavam-se por apresentar um aumento acentuado no teor de compostos fenólicos e maiores atividades para as enzimas polifenoloxidase e peroxidase, o que conferiu ao problema um distúrbio de natureza fisiológica. Menores teores de vitamina C e de açúcares totais também foram observados nos frutos com manchas severas, quando comparados aos frutos com manchas fracas e os aparentemente sadios.

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Objetivando avaliar a variabilidade genética e selecionar alternativas de cultivo para o mercado de goiaba " in natura" com polpa branca, foram introduzidas e avaliadas, na região do Submédio São Francisco, 22 variedades de goiaba, provenientes de um banco de gemoplasma do IPA. As mudas foram propagadas através de enxerto, utilizando-se de quatro plantas por acesso, no espaçamento de 6,0 x 6,0 m. Foram avaliados, no período de 1993 a 1998, os seguintes descritores: produção por planta (em kg), número de frutos colhidos/ciclo e peso médio do fruto em grama. Destacaram-se, no conjunto dos descritores avaliados, principalmente peso médio do fruto, um dos mais importantes descritores em goiaba para mesa, as variedades Banaras e Luck Now, com potencial agronômico para produção comercial, com produção de 98,07 kg/planta, 813 frutos/ciclo e peso médio do fruto de 176 g e 118.22 kg, 940 frutos, e peso médio de 131.39 g (média de seis anos), respectivamente. Com relação ao grau Brix, a Banaras apresentou 11,1 e a Luck Now 12,1 e uma relação SST/Acidez de 2.8 e 3.0, respectivamente.

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A cultura do coqueiro vem se expandindo no estado da Paraíba, destacando-se a microrregião do Alto Piranhas. O objetivo do trabalho foi determinar a etiologia e caracterizar o progresso de uma doença foliar do coqueiro híbrido. As observações concernentes ao progresso da doença foram realizadas mensalmente, sendo determinadas incidência, severidade e taxas de infecção. Um fungo do gênero Pestalotiopsis (Pestalotia) foi isolado, sendo comprovada a sua patogenicidade. As incidências da doença, em todas as avaliações, corresponderam a 100%. No progresso da severidade da doença, as taxas de infecção foram negativas, sendo os valores da severidade mais elevados quando se verificou a ocorrência de microácaro e cochonilha.

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A ocorrência do distúrbio fisiológico conhecido como "Mancha Fisiológica do Mamão" (MFM) tem comprometido a qualidade do mamão (Carica papaya L.) produzido no Brasil. A obtenção de material genético tolerante à MFM faz parte das estratégias de ação de médio a longo prazo para minimizar os prejuízos decorrentes da ocorrência desse distúrbio. No presente trabalho, buscou-se avaliar a tolerância de vinte e dois híbridos de mamão à ocorrência da MFM, na região norte do Estado do Rio de Janeiro. Os frutos foram colhidos de um ensaio de competição instalado na Estação Experimental da PESAGRO-Rio, no município de Macaé-RJ. O ensaio consistiu de quatro repetições, num delineamento em blocos ao acaso, sendo que cada parcela foi constituída de oito plantas. Os dados foram submetidos a uma análise de variância e teste de média. Efetuou-se, inicialmente, uma análise conjunta, envolvendo os dois estádios de maturação avaliados - verde-maduro e ¾ maduro; considerando a significância da interação Estádio x Genótipo, procedeu-se a uma análise específica, por estádio de desenvolvimento do fruto. Em função da análise de variância, também, foi calculado o coeficiente de determinação genotípica (H²) para o caráter em estudo, o qual demonstrou que a avaliação do nível de severidade da MFM, no estádio ¾ maduro, caracteriza melhor as diferenças genotípicas. Com base nesses resultados, inferimos que há uma expressiva variabilidade genética, para o caráter MFM, dentre os genótipos avaliados. Isto sugere um bom potencial em se obter, através do melhoramento genético, material vegetal (híbridos e variedades) com maior tolerância à MFM. O melhoramento genético associado ao manejo do ambiente poderá permitir o cultivo do mamoeiro sem as limitações advindas da ocorrência da MFM.

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Objetivou-se avaliar a potencialidade de algumas plantas freqüentes em pomares cítricos de hospedar o vírus da leprose, transmitido por Brevipalpus phoenicis (Geijskes). Foram utilizadas as seguintes plantas: Hibiscus sp. L., Malvaviscus mollis DC., Grevillea robusta A. Cunn., Mimosa caesalpiniaefolia Benth., Bixa orellana L., Commelina benghalensis L., Bidens pilosa L., Sida cordifolia L. e Ageratum conyzoides L.. Duas criações-estoque do ácaro foram realizadas, sendo uma sobre frutos com sintomas de leprose e outra sobre frutos sem sintomas. De cada planta hospedeira do ácaro, escolheram-se duas folhas, delimitando-se na face inferior de cada planta uma área, que recebeu ácaros criados sobre frutos com lesões de leprose, que aí permaneceram durante sete dias. Os ácaros foram em seguida transferidos para mudas cítricas das variedades Natal e Valência e mantidos em casa de vegetação. As folhas das diferentes espécies vegetais sobre as quais os ácaros estavam anteriormente, foram destacadas e conservadas em placas de Petri, sobre algodão e papel-filtro umedecido. Ácaros criados sobre frutos sem lesões de leprose foram mantidos por três dias sobre essas folhas e, posteriormente, transferidos para novas mudas cítricas, que também foram subseqüentemente mantidas em uma casa de vegetação. Após 60 dias, quantificou-se o número de lesões de leprose nas mudas cítricas. Os resultados evidenciaram que o ácaro não perdeu a capacidade de transmissão do vírus para mudas cítricas após acesso alimentar por sete dias sobre qualquer uma das plantas intermediárias consideradas no estudo. Ácaros provenientes de frutos sem lesões de leprose adquiriram o vírus da leprose e o transmitiram a mudas cítricas quando tiveram acesso alimentar a C. benghalensis, A. conyzoides, B. pilosa, S. cordifolia e B. orellana, onde, anteriormente, ácaros criados sobre frutos com lesões de leprose permaneceram por sete dias. Estes resultados evidenciam a potencialidade de estas plantas serem depositárias e fonte de transmissão do vírus para plantas cítricas suscetíveis.

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Neste experimento, utilizou-se o software ImageJ versão 1.32j para quantificar a incidência da Mancha Fisiológica do Mamão (MFM) no intuito de aferir o método das notas, visto que o mesmo é um método subjetivo. O experimento consistiu de um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x6, com três cultivares (Golden, Diva e Tainung 01) e seis notas (notas de 0 a 5, sendo 0 para a ausência de incidência da MFM e 5 para a ocorrência máxima de incidência da MFM), sendo os resultados interpretados estatisticamente por meio de análises de variância e de regressão. Foram amostrados 10 frutos para cada cultivar, dentro de cada nota, totalizando assim 180 frutos analisados, sendo os resultados avaliados através do programa Genes. Os resultados mostram que o método das notas pode ser utilizado com segurança, tendo o mesmo se mostrado bastante preciso para quantificar o nível de incidência da MFM.

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Este estudo teve como objetivo avaliar a incidência da podridão-branca (Botryosphaeria dothidea) em frutos de dois genótipos de macieira submetidos à inoculação artificial, na ausência e na presença de ferimentos provocados pela mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) e por estilete. O experimento foi conduzido no laboratório de Entomologia da Epagri/Estação Experimental de Caçador, na safra 2005/2006. No estudo, foram utilizados frutos da cv. Catarina (grupo 'Fuji') e da seleção M-13/00 (grupo 'Gala'). Os tratamentos foram os seguintes: (1) frutos feridos por mosca-das-frutas; (2) frutos feridos com estilete; (3) frutos sem ferimentos, e (4) frutos sem ferimentos pulverizados com água destilada (testemunha). Os tratamentos 1; 2 e 3 foram inoculados com B. dothidea. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, de quatro frutos por parcela. Na cv. Catarina, o número de lesões de podridão-branca foi maior em relação à M-13/00. Os ferimentos nos frutos favoreceram o estabelecimento e o desenvolvimento de lesões da doença.

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Este estudo de caso teve por objetivo analisar a qualidade dos frutos e a produtividade em t/ha de maracujá-amarelo, em dois ciclos anuais, plantados, respectivamente, nos dias 04-10-04 (1º plantio) e 20-08-05 (2º plantio). As mudas da seleção Afruvec foram formadas em tubetes no interior de estufa com tela antiafídeo. O pomar, nos dois ciclos produtivos, foi irrigado por gotejamento, adotando-se uma densidade de 1.600 plantas/ha. O 1º plantio foi erradicado no dia 13-07-05, em função de o pomar apresentar a totalidade das plantas com sintomas típicos do vírus do endurecimento dos frutos (PWV) nas folhas e frutos. No 1º e no 2º plantios, os sintomas tiveram início no dia 26-01-05 e no dia 04-01-06, respectivamente. Não houve necessidade de eliminação de plantas em ambos os plantios, já que o início dos sintomas de PWV ocorreu quando as plantas se encontravam em pleno florescimento. Pelos resultados, pode-se concluir que o manejo adotado regionalmente, com plantio em ciclo anual, permitiu uma ampliação do período de colheita, decorrente da antecipação de plantio no 2º ano; uma produtividade de 16,94 kg/planta e 18,39 kg/planta, no 1º e 2º anos, respectivamente; um aumento da rentabilidade na safra de 2006 em função: da maior produção, melhor cotação dos frutos para mesa e indústria, e aproveitamento dos investimentos realizados no 1º ano. As técnicas empregadas promoveram uma eficiente redução do potencial de inóculo regional, favorecendo uma sustentabilidade na produção.

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Phoma multirostrata foi isolado de mudas de baru com sintomas de lesões foliares marrons em condições naturais, no Distrito Federal, em 2004. Testes de patogenicidade e o subsequente reisolamento do fungo comprovaram os postulados de Koch. A ocorrência de mancha foliar de baru causada por P. multirostrata é relatada pela primeira vez no Brasil.

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Os níveis de incidência e severidade de sintomas das doenças resultam da interação hospedeiro-patógeno-ambiente. Nesse contexto, a favorabilidade do ambiente, em particular, depende do nível de umidade, intensidade de radiação solar, luminosidade e molhamento foliar, dentre outros fatores. Por outro lado, a magnitude de expressão desses fatores é dependente do ciclo e porte das plantas, e possivelmente, também, do alinhamento de plantio. No presente estudo, foi avaliada a influência dos alinhamentos de plantio N-S, L-O, NE-SO E NO-SE no desempenho agronômico de plantas de laranjas 'Natal'e 'Valência', assim como na severidade de sintomas da mancha-preta-dos-citros (MPC), causada por Guignardia citricarpa. Para tal, foram selecionadas cinco propriedades distribuídas ao longo do cinturão citrícola paulista, de talhões semelhantes, a partir das quais foram coletadas amostras de 50 frutos, em dez plantas de mesma linha, da região central dos mesmos. Tais frutos foram levados para laboratórios e analisados quanto aos níveis de severidade de sintomas da MPC, produção e qualidade do suco. Constatouse que os frutos oriundos de pomares implantados no alinhamento N-S apresentavam menores níveis de severidade da doença, enquanto no alinhamento NE-SO, os mais elevados. Propriedades localizadas mais ao sul do Estado de São Paulo apresentaram menores níveis de doença, provavelmente em consequência da ocorrência recente da doença em tais áreas. Em relação à produção, os alinhamentos de plantio N-S e L-O proporcionaram maior número de frutos por planta, assim como quanto ao número de caixas por planta. Por outro lado, a menor produção foi verificada nos alinhamentos NO-SE. Em relação à qualidade do suco, não foi possível estabelecer um padrão definido em termos de ratio e ºBrix e os respectivos alinhamentos de plantio. Foi verificado que os valores de ratio foram menores nos frutos de pomares localizados mais ao sul do Estado, de maiores latitudes.

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Uma das prioridades do Programa de Melhoramento Genético de Macieira da Epagri é a obtenção de cultivares resistentes à mancha foliar de glomerella - MFG, doença essa causada principalmente pela espécie Colletotrichum gloeosporioides, que tem causado elevadas perdas na produção. Os resultados obtidos neste estudo têm, dentre outras, a finalidade de subsidiar os programas de melhoramento genético da macieira na seleção de parentais, objetivando a incorporação de resistência genética à MFG nas futuras novas cultivares. Para tanto, o primeiro passo é a identificação de germoplasma portador dos genes de resistência. No presente trabalho, foram utilizados 3 isolados de C. gloeosporioides provenientes de diferentes regiões produtoras de maçã. Estes isolados foram inoculados em 245 acessos pertencentes ao Banco de Germoplasma de Macieira - BGM, da Epagri / Estação Experimental de Caçador - EECd, SC. Para a inoculação em tecido foliar, a concentração de conídios foi ajustada para 10³ esporos/mL. Após 72h de incubação, sob temperatura de 25ºC, foi realizada a avaliação da incidência para presença ou ausência de sintomas e para a severidade da doença. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com três repetições. As diferenças de severidade entre os acessos foram testadas através da Anova não paramétrica Kruskal Wallis. Entre os acessos testados, 187 (76,3%) manifestaram resistência e 58 (23,7%) suscetibilidade à MFG. Entre as cultivares suscetíveis, não houve diferença no grau de severidade de ataque da MFG.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência e a severidade do vírus do endurecimento dos frutos em maracujazeiro-amarelo enxertado e pé-franco. O experimento foi conduzido no município de Adamantina-SP, no período de abril de 2006 a junho de 2007, adotando-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro tratamentos e oito repetições. Foram avaliados três porta-enxertos: Passiflora edulis, P. alata e P. gibertii, e plantas de pé-franco. Utilizou-se como copa o maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims). Avaliaram-se a porcentagem de plantas com sintomas de virose e a severidade dos sintomas. As primeiras plantas com sintomas de virose ocorreram aos 90 dias do plantio das mudas no campo, atingindo, aos 180 dias, 100% de plantas com virose em P. alata e P. gibertii, e 97,5% em P. edulis e pé-franco.

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A citricultura apresenta vários problemas fitossanitários, dentre os quais a mancha-preta dos citros (Guignardia citricarpa). O controle desta doença baseia-se no emprego de práticas culturais e no uso de fungicidas. Avaliou-se o efeito do manejo do mato em conjunto com o químico no controle da doença. Os experimentos foram instalados em pomares de laranjeiras-doces, nos municípios de Matão, Rio Claro e Mogi Guaçu, no Estado de São Paulo. No manejo do mato, comparou-se o uso isolado de roçadeira ecológica com o conjugado rastelo mecânico e trincha, aos 35 dias, após 2/3 de pétalas caídas. No controle químico, foram realizadas duas pulverizações com fungicida protetor e de 2 a 5 pulverizações da mistura de produto sistêmico com protetor, aos 45 dias, após 2/3 de pétalas caídas, em intervalos de aplicação de 35 dias. Em todas as aplicações, foi adicionado óleo mineral emulsionável (0,25%). Avaliou-se a área abaixo da curva de progresso da incidência e severidade da doença, com os dados de cinco avaliações realizadas quinzenalmente, a partir da maturidade fisiológica dos frutos. Em todas as áreas, o uso do controle químico, associado com o manejo do mato, reduziu a intensidade da doença.

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Este trabalho objetivou avaliar a fenologia, a demanda térmica e a produtividade das cvs. Niagara Branca, Niagara Rosada e Concord submetidas a uma poda seca no inverno e a uma poda verde no final da primavera, visando à obtenção de duas safras de uva por ciclo vegetativo. O experimento foi conduzido em vinhedo pertencente à Estação Experimental Agronômica de Eldorado do Sul-RS, na safra de 2007/2008. As plantas foram submetidas a duas épocas de poda de inverno (22-07-07 e 20-08-07), em cordão esporonado, e duas épocas de poda verde (15-11-07 e 17-12-07), mediante desponte do sarmento a partir da quarta gema acima do último cacho. Os subperíodos fenológicos considerados da videira foram: vegetativo, compreendendo da poda à brotação e da brotação à floração; e reprodutivo, abrangendo da floração à colheita. Os respectivos intervalos tiveram um acompanhamento com base no acúmulo de graus-dia. A produção por planta, sólidos solúveis totais e acidez total titulável foram avaliados em ambas as safras. As cultivares necessitaram aproximadamente de 1.500 graus-dia para completar seu ciclo, tanto na primeira como na segunda safra. A poda de inverno antecipada aumentou a duração do ciclo fenológico das plantas comparativamente à poda de agosto, devido ao aumento do subperíodo poda/floração nas videiras podadas precocemente. A antecipação da poda de inverno antecipou a colheita da primeira safra, possibilitando obter uvas precoces com maior valorização de mercado. A duração do ciclo fenológico da segunda safra foi menor se comparada à primeira safra, devido às temperaturas mais elevadas decorridas no desenvolvimento das plantas submetidas à poda verde. A produtividade da segunda safra foi maior quando a poda seca foi realizada em agosto, associada à poda verde em novembro. Nas plantas submetidas à poda verde, obteve-se uma segunda colheita em meados de março/abril, oferecendo vantagens econômicas ao viticultor e ampliando a disponibilidade da fruta ao consumidor.

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Estudos do comportamento alimentar mediante a técnica de "Electrical Penetration Graphs" (EPG) das cochonilhas-farinhentas (Pseudococcidae) provenientes de um hospedeiro de criação alternativo têm mostrado que esses insetos não atingem ou demoram cerca de 9 horas para alcançar a fase floemática. Por outro lado, aqueles provenientes do hospedeiro-fonte atingem a fase floemática mais rapidamente e apresentam maior frequência de alimentação nos vasos crivados. Esses resultados indicam a presença do fenômeno de condicionamento alimentar, ainda não demonstrado em cochonilhas. Assim, o presente trabalho teve como objetivo determinar a existência desse fenômeno em Planococcus citri (Risso) (Hemiptera: Pseudococcidae). Foram realizados testes de livre escolha, monitoramento eletrônico (EPG) e estudos de alguns parâmetros biológicos. Em todos os experimentos, o cafeeiro (Coffea arabica L.), os citros (Citrus sinensis L.) e abóbora (Cucurbita maxima L.) foram utilizados como substratos de criação (fonte) da cochonilha, sendo os tratamentos constituídos pela combinação entre os hospedeiros-fonte e os hospedeiros receptores (café e citros). O teste de escolha entre cafeeiro e citros nas primeiras 72 horas mostrou que as cochonilhas criadas em cafeeiro apresentaram preferência pelo cafeeiro; aquelas originadas dos citros mostraram uma tendência, embora não significativa, em selecionar os citros em relação ao cafeeiro e aquelas criadas em abóbora não mostraram preferência por nenhum dos hospedeiros. Os estudos do comportamento alimentar mediante o monitoramento eletrônico (EPG) mostraram que a fase floemática, considerada como a fase de aceitação do hospedeiro, foi mais frequente em cafeeiro, seja com cochonilhas oriundas deste substrato, seja de citros. Aqueles insetos mantidos em abóbora e transferidos para o cafeeiro ou citros apresentaram excepcionalmente ou não apresentaram nenhuma fase floemática, respectivamente. A transferência de cochonilhas de qualquer hospedeiro-fonte para cafeeiro ou citros não afetou o tempo de desenvolvimento, fecundidade e mortalidade, porém aquelas criadas e mantidas em abóbora mostraram maior fecundidade quando comparadas com qualquer outro substrato receptor. Conclui-se que a transferência do substrato, seja cafeeiro, seja citros, não influencia significativamente o comportamento alimentar e o desenvolvimento de P. citri, embora possa existir preferência inicial pelo hospedeiro-fonte.