271 resultados para lavoura
Resumo:
O nível de dano econômico (NDE) para monitoramento das infestações de capim-arroz em lavouras de arroz irrigado permite adotar medidas de manejo na cultura e usar herbicidas de maneira racional. Objetivou-se com o trabalho determinar NDE para capim-arroz, presente em lavouras de arroz irrigado, calculado na base de um único ano, em função de populações de capim-arroz, de cultivares de arroz e de épocas de entrada de água na lavoura. Para isso, foram conduzidos dois experimentos em delineamento experimental completamente casualizado, sem repetição. No primeiro experimento, os tratamentos foram constituídos de seis cultivares de arroz: BRS-Atalanta e IRGA 421 (ciclo muito curto), IRGA 416, IRGA 417 e Avaxi (ciclo curto) e BRS-Fronteira (ciclo médio); e dez populações de capim-arroz. No segundo experimento usaram-se como tratamentos épocas de início da irrigação: 1, 10 e 20 dias após aplicação dos tratamentos herbicidas (DAT); e populações de capim-arroz. Os NDEs estimados para o capim-arroz variaram em função das práticas de manejo adotadas na cultura do arroz irrigado. Os NDEs estimados para os cultivares de arroz IRGA 416 e 417 foram superiores aos dos demais cultivares quando em competição com capim-arroz. O atraso da entrada de água diminui os NDEs para o cultivar de arroz BRS-Pelota. Aumentos nas perdas de produtividade por unidade de planta daninha, no potencial de produtividade da cultura, no valor do produto colhido e na eficiência do herbicida e diminuição do custo de controle reduziram os NDEs, tornando econômica a adoção de práticas de manejo sob baixas populações de capim-arroz em competição com arroz irrigado.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar a possibilidade de reduzir as doses de herbicidas na lavoura de arroz irrigado, com a supressão das plantas daninhas pela antecipação da entrada da lâmina de água, bem como avaliar o controle de capim-arroz (Echinochloa spp.) em arroz irrigado, o desempenho da cultura e os efeitos dos herbicidas aplicados em pós-emergência sobre os atributos fisiológicos da cultura de arroz. O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, com quatro repetições. As parcelas principais foram as entradas de água (A) aos 5, 10, 15 e 20 dias após aplicação dos herbicidas; as subparcelas, os herbicidas (H) bispyribac-sodium e bispyribac-sodium + clomazone; e as subsubparcelas, as doses de bispyribac-sodium (D) de 32, 40 e 48 g ha-1 isoladas e em mistura com 300 g ha-1 de clomazone. O bispyribac-sodium foi eficiente no controle de capim-arroz, com três folhas, quando a entrada de água ocorreu até cinco dias após a aspersão e/ou até o perfilhamento do arroz irrigado, quando em mistura com clomazone. É possível trabalhar com doses inferiores à recomendada de bispyribac-sodium isoladamente, desde que a submersão seja imediata após a aplicação deste, ou até o perfilhamento quando em mistura com clomazone.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de cultivares de milho no cultivo consorciado com Brachiaria brizantha cv. MG5 Vitória e o efeito da aplicação de subdose da mistura dos herbicidas foramsulfuron + iodosulfuron-methyl no manejo de B. brizantha, numa área sem interferência de plantas daninhas, em sistema de plantio direto. Cinco cultivares de milho foram avaliados: um híbrido simples (AGN 30A00), um híbrido simples modificado (30K75), dois híbridos duplos (RG2A e AGN 25A23) e uma variedade (UFV M100), conduzidos em dois sistemas de manejo de B. brizantha: com e sem aplicação de 30 g ha-1 da mistura comercial de foramsulfuron + iodosulfuron-methyl (300 + 20 g kg-1). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo os cultivares de milho colocados nas parcelas principais e os sistemas de manejo de B. brizantha nas subparcelas. A aplicação do herbicida foi realizada aos 30 dias após a emergência do milho (DAE). Aos 30, 60, 90 e 120 DAE foram efetuadas avaliações da massa seca da parte aérea de B. brizantha. Para cultura do milho, na ocasião da colheita, que ocorreu aos 120 DAE, avaliaram-se a altura de plantas, o estande final e o rendimento de grãos. Verificaram-se maiores valores do rendimento de grãos de milho para os cultivares 30K75, AGN 30A00 e RG2A. Os híbridos simples (AGN 30A00) e simples modificado (30K75) foram mais competitivos com a forrageira, reduzindo o acúmulo de massa seca, em relação aos híbridos duplos e à variedade. A aplicação do foramsulfuron + iodosulfuron-methyl reduziu a taxa de crescimento de B. brizantha, sem, no entanto, afetar o rendimento de grãos de milho. Com isso, fica demonstrado que a forrageira não influenciou o rendimento da cultura, com o consórcio implantado em semeadura simultânea.
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Na região Sul do Brasil há carência de opções economicamente viáveis para uso do solo durante os meses de maio a setembro. Nesse período, uma alternativa é o cultivo de pastagens em sistema de integração lavoura-pecuária. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes formas de uso do solo no inverno sobre a infestação de plantas daninhas na cultura de milho semeada em sucessão. Foram conduzidos dois experimentos entre maio de 2006 e abril de 2007. Avaliaram-se cinco formas de uso do solo no inverno: 1) consórcio de aveia-preta + azevém + ervilhaca + trevo-vesiculoso manejado sem pastejo e sem adubação nitrogenada (consórcio cobertura); 2) o mesmo consórcio, com pastejo e com adubação nitrogenada de cobertura - 100 kg ha-1 de N (pastagem com N); 3) o mesmo consórcio, com pastejo e sem adubação nitrogenada (pastagem sem N); 4) nabo forrageiro, sem pastejo e sem adubação nitrogenada (nabo forrageiro); e 5) pousio, sem pastejo e sem adubação nitrogenada (pousio). A utilização do solo no inverno com cultivo consorciado de espécies para cobertura do solo permite alta produção de palha para proteção do solo no verão, reduzindo a infestação de plantas daninhas. Nas condições em que foi realizado o trabalho, o uso do solo no inverno com pastagens anuais permite elevada infestação de plantas daninhas no verão, pois a quantidade de palha remanescente é pequena.
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Poucos são os estudos relacionados à germinação de espécies de plantas daninhas tropicais, incluindo-se a de Tridax procumbens, apesar de sua importância como infestante em áreas de lavoura. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de luz e KNO3 sobre a germinação de sementes de T. procumbens em temperatura constante e alternada. Quatro subamostras de 75 sementes foram submetidas ao teste de germinação utilizando-se uma combinação fatorial de luz (escuro; fotoperíodo de 12 horas diárias de luz) e umedecimento do substrato com solução de KNO3 (0% de KNO3; 0,2% de KNO3) para os ensaios na temperatura de 25 °C constante e alternada de 15 ºC/35 ºC, em delineamento experimental inteiramente casualizado. Efetuou-se a contagem diária da germinação pela emissão da raiz primária, bem como as análises de porcentagem de germinação acumulada, velocidade de germinação e curva de germinação acumulada. Em temperatura constante, a luz contribuiu para aumentar a porcentagem e a velocidade de germinação, enquanto em temperaturas alternadas houve aumento na porcentagem e velocidade de germinação com a aplicação de KNO3, independentemente da presença ou ausência de luz. As curvas de germinação acumulada se ajustaram ao modelo logístico tanto a 25 ºC quanto a 15 ºC/35 ºC, demonstrando assincronia na germinação de sementes no tempo.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia do herbicida penoxsulam em função do início da irrigação permanente e da época de sua aplicação e dose no controle de capim-arroz (Echinochloa crusgalli e E. colona), bem como sua seletividade à cultura do arroz irrigado, cultivar Qualimax-1. O experimento foi conduzido a campo em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, no esquema fatorial 2 x 3 x 4, representando épocas de início da irrigação por inundação (21 e 30 dias após a emergência - DAE), épocas de aplicação (pré-emergência e pós-emergência inicial e tardia) e doses do herbicida penoxsulam (0, 18, 36 e 72 g ha-1), respectivamente. As variáveis avaliadas foram o controle de capim-arroz, a fitotoxicidade do herbicida à cultura e a produtividade de grãos do arroz. A antecipação do início da irrigação permanente na lavoura aumentou a eficiência do penoxsulam para controle de capim-arroz, porém o atraso na entrada de água foi parcialmente compensado pelo aumento na dose do herbicida. Ao atrasar o início da irrigação na lavoura, ocorreu diminuição na produtividade de grãos, independentemente da época de aplicação e da dose de penoxsulam.
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Os herbicidas podem persistir no solo ou ser carreados para fora da área, contaminando mananciais hídricos a jusante da lavoura. Em vista disso, o presente trabalho objetivou estimar a persistência dos herbicidas imazethapyr e clomazone na lâmina de água de arroz irrigado. Para isso, foi realizado um ensaio com diferentes doses e épocas de aplicação da mistura formulada (75 g i.a. ha-1 de imazethapyr + 25 g i.a. ha-1 de imazapic) e clomazone (1.500 g i.a. ha-1). Para determinação dos produtos na água de irrigação, foram coletadas amostras de água a partir do primeiro dia até 62 dias após a inundação. Os resultados demonstraram que o período de detecção dos herbicidas na água de irrigação foi mais longo para o imazethapyr que para o clomazone. A meia-vida do imazethapyr na lâmina da água variou conforme o tratamento, com valores entre 1,6 e 6,2 dias, e a do clomazone foi de cinco dias.
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O agronegócio do algodão apresenta-se, no Brasil, como uma atividade de grande importância para a economia nacional, ocupando posição de destaque no processo produtivo do Estado do Mato Grosso. Para que a cultura possa expressar o máximo potencial produtivo, é necessária a adoção de técnicas de manejo e práticas agronômicas, visando o controle das plantas daninhas. A fim de que a lavoura se mantenha limpa e livre de matocompetição, o controle químico é o método mais utilizado. Os herbicidas registrados para algodão devem ser aplicados, quando do estabelecimento da cultura, em jato dirigido. O contato desses produtos, como o oxyfluorfen, nas folhas pode incorrer em fitointoxicação e prejuízos para o produtor. O objetivo do presente trabalho foi mensurar o potencial de danos provocados pelo oxyfluorfen, quando em contato com diferentes cultivares de algodoeiro em estádio inicial de desenvolvimento. Para isso, foram avaliados cinco cultivares, tratados com 90 e 180 g ha-1 do herbicida, aplicado em plantas com 15 e 30 dias de emergência. Quanto às variáveis analisadas (fitointoxicação, altura de planta, número de folhas, massa seca de planta), foi possível observar que não houve diferença entre cultivares e que as plantas menores foram mais afetadas que as mais velhas, havendo aumento dos danos à medida que as doses eram aumentadas.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar as características associadas à eficiência de uso da água por plantas de arroz irrigado, quando sob competição com biótipos de capim-arroz resistente ou suscetível ao herbicida quinclorac, em diferentes densidades. O experimento foi realizado em casa de vegetação, em delineamento de blocos casualizados e esquema fatorial 2 x 6 (dois biótipos e seis densidades de infestação), com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em manter uma planta de arroz no centro da unidade experimental, competindo com 0, 1, 2, 3, 4 ou 5 plantas do biótipo resistente ou suscetível na periferia. Aos 50 DAE (dias após a emergência) foram avaliadas a condutância estomática de vapores de água, a pressão de vapor na câmara subestomática, a temperatura da folha e a taxa transpiratória, sendo calculada ainda a eficiência do uso da água. As plantas foram coletadas junto à superfície do solo, acondicionadas em sacos de papel e secas em estufa (70 ± 1 ºC) com circulação forçada de ar até massa constante, para obtenção da massa seca de planta. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F; em caso de significância, aplicou-se o teste de Duncan para avaliar o efeito da densidade de plantas e o teste da Diferença Mínima Significativa (DMS) para diferenças entre as influências dos biótipos resistente e suscetível sobre as plantas de arroz. Plantas de arroz foram afetadas pelo aumento no número de plantas de capim-arroz competindo com a cultura, mas não foram observadas diferenças na maioria das variáveis estudadas em função do biótipo com o qual essas plantas competiam. Variáveis-chave, como a eficiência do uso da água, foram mais afetadas quando as plantas de arroz competiam com plantas de capim-arroz do biótipo suscetível ao herbicida quinclorac. Em condições de lavoura, essa característica pode não influenciar significativamente o desenvolvimento das plantas de arroz quando em interação com outros fatores.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia agronômica de herbicidas utilizados em áreas de cana-de-açúcar crua, visando o controle de Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia. Os herbicidas trifloxysulfuron-sodium + ametryn (27,77 + 1.097 g i.a. ha-1) e (37 + 1.463 g i.a. ha-1), mesotrione (120 e 192 g i.a. ha-1), mesotrione + ametryn - 120 + 1.500 g i.a. ha-1, mesotrione + (trifloxysulfuron-sodium + ametryn) - 120 + (27,77 + 1.097 g i.a. ha-1), (trifloxysulfuron-sodium + ametryn) + (diuron + hexazinone) - (27,77 + 1.097 g i.a. ha-1) + (702 + 198 g i.a. ha-1) e metribuzin - 1.920 g i.a. ha-1 foram aplicados nas seguintes condições: pré-emergência das plantas daninhas sobre a palha de cana-de-açúcar; pré-emergência das plantas daninhas sobre o solo, sendo em seguida coberto com palha; e pós-emergência das plantas daninhas em jato dirigido sobre a palha, nas entrelinhas da cana-de-açúcar. Adicionalmente, foram avaliadas testemunhas sem e com controle de plantas daninhas. Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência da cana-de-açúcar, a qual apresentava aproximadamente 30 cm de altura. O experimento foi instalado em lavoura comercial de cana-soca, solo de textura argilosa, no município de Araras, SP. Os resultados permitiram concluir que: a aplicação dos herbicidas sobre a palha de cana-de-açúcar em pré-emergência das plantas daninhas afetou negativamente a eficácia do mesotrione (120 g i.a. ha-1) e trifloxysulfuron-sodium + ametryn (27,77 + 1.097 g i.a. ha-1) e das misturas mesotrine + ametryn e mesotrione + (trifloxysulfuron-sodium + ametryn); os herbicidas aplicados na entrelinha da cana-de-açúcar, em pós-emergência, foram seletivos para a cultura; e os herbicidas metribuzin e (trifloxysulfuron-sodium + ametryn) + (diuron + hexazinone) foram eficazes no controle das espécies daninhas Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia, independentemente da forma de aplicação.
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Objetivou-se com este trabalho desenvolver técnicas para reduzir, no solo, a persistência de herbicidas utilizados em pastagens, visando implantar o sistema de integração lavoura-pecuária e culturas subsequentes. Para isso, foram realizados experimentos em condições de campo e casa de vegetação. No primeiro, avaliou-se a tolerância das culturas de milho e do sorgo aos herbicidas picloram + 2,4-D e 2,4-D, aplicados nas doses comerciais recomendadas pelo fabricante. No segundo experimento, realizado em casa de vegetação, avaliou-se o efeito residual desses herbicidas em diferentes condições de manejo da área. Para isso, foram avaliados nove tratamentos, sendo nas parcelas avaliados os tipos de cultivo (solo sem cultivo, cultivado com milho e cultivado com sorgo) e, nas subparcelas, as condições de manejo (plantas daninhas controladas por capinas manuais, controladas com 2,4-D e controladas com a mistura picloram + 2,4-D). O experimento em condições de campo foi realizado no município de Viçosa-MG, na época quente e úmida, em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, em um Argissolo franco-argilo-arenoso de média fertilidade. Para realização do segundo experimento, utilizaram-se amostras de solo coletadas em todas as subparcelas do primeiro experimento aos 1, 42, 125 e 170 dias após a aplicação dos herbicidas (DAA). Neste trabalho, avaliou-se a persistência no solo dos herbicidas nos diferentes tratamentos, objetivando identificar a capacidade remediadora do solo pelas culturas de milho e sorgo, em comparação com o solo nu. Verificou-se que plantas de milho tiveram seu crescimento afetado pelos herbicidas, acumulando-se menores quantidades de matéria seca quando cultivadas em solos com resíduos da mistura picloram + 2,4-D, enquanto as de sorgo mostraram-se tolerantes. O efeito residual dos herbicidas no solo não foi influenciado pelas culturas de milho e sorgo, em relação ao solo sem cobertura vegetal. Não se observou intoxicação nas plantas indicadoras cultivadas em amostras de solo coletadas nas áreas tratadas com o 2,4-D na avaliação realizada a partir dos 42 DAA. Todavia, nas plantas cultivadas em amostras de solo coletadas nas parcelas que receberam a mistura picloram + 2,4-D, apenas a partir dos 150 DAA não se observaram mais sintomas de intoxicação das plantas indicadoras pelo picloram.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da sobressemeadura da soja, utilizando plantas de cobertura, na redução da emergência de plantas daninhas e seus reflexos na produtividade da cultura da soja cultivada na safra seguinte. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com o fator época na parcela e o fator plantas de cobertura nas subparcelas, com quatro repetições. A soja foi semeada em quatro épocas: 1) 27/10/2005, 2) 10/11/2005, 3) 24/11/2005 e 4) 14/12/2005, em sistema de plantio direto, correspondendo a quatro épocas de sobressemeadura das plantas de cobertura, as quais ocorreram, respectivamente, em: a) 30/1/2006, b) 13/2/2006, c) 22/2/2006 e d) 14/3/2006. Foram avaliadas seis plantas de cobertura [Brachiaria brizantha, B. ruziziensis, B. decumbens, Eleusine coracana, Pennisetum glaucum e Cober Crop - híbrido de sorgo (Sorghum bicolor cv. Bicolor) com capim-sudão (Sorghum bicolor cv. Sudanense)] e pousio (vegetação espontânea) em quatro épocas de sobressemeadura, a qual foi realizada manualmente, a lanço, quando a soja atingiu o estádio R7 (início da desfolha na maturação fisiológica), em cada uma das quatro épocas de semeadura da soja na safra 2005/06. Em 23/10/2006, executou-se a primeira dessecação das plantas de cobertura. Após 20 dias, aplicou-se a segunda dessecação e, em seguida, fez-se a semeadura da soja, cultivar MSOY 6101, de ciclo precoce, no espaçamento de 0,45 m, visando à população de 500.000 plantas ha-1. A técnica de sobressemeadura à cultura da soja, principalmente com a utilização de braquiárias, mostrou ser importante ferramenta para o manejo integrado de plantas daninhas, por proporcionar maior aporte de fitomassa e cobertura do solo, o que contribui para sustentabilidade ao sistema de plantio direto no cerrado.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar a eficácia agronômica de herbicidas utilizados em áreas no sistema da colheita da cana crua, visando o controle de Ipomoea quamoclit e Bidens pilosa em lavoura comercial de cana-soca, com solo de textura argilosa, no município de Araras-SP. Os herbicidas (em g ha-1) utilizados foram trifloxysulfuron-sodium + ametryn (27,77 + 1.097 e 37 + 1.463), mesotrione (120 e 192), mesotrione + ametryn (120 + 1.500), mesotrione + trifloxysulfuron-sodium + ametryn [120 + (27,77 + 1.097)], trifloxysulfuron-sodium + ametryn + diuron + hexazinone [(27,77 + 1.097) + (702 + 198)] e metribuzin (1.920). Os herbicidas foram aplicados em pré-emergência das plantas daninhas sobre a palha de cana-de-açúcar; em pré-emergência das plantas daninhas sobre o solo e, em seguida, coberto com palha; e em pós-emergência das plantas daninhas, em jato dirigido nas entrelinhas da cana-de-açúcar. Eles sempre foram aplicados em pós-emergência da cultura, a qual apresentava aproximadamente 30 cm de altura. Os resultados permitiram concluir que a aplicação dos herbicidas sobre a palha de cana-de-açúcar e em pré-emergência das plantas daninhas alterou a eficácia do mesotrione a 120 g, do trifloxysulfuron-sodium + ametryn (27,77 + 1.097) e das misturas de mesotrine + ametryn e mesotrione + (trifloxysulfuron-sodium + ametryn). Os herbicidas metribuzin e (trifloxysulfuron-sodium + ametryn) + (diuron + hexazinone) foram eficazes no controle das espécies daninhas, independentemente da forma de aplicação. A espécie B. pilosa foi a mais suscetível aos herbicidas e ao sistema de colheita cana-crua, ou seja, a palha sobre o solo inibiu o seu estabelecimento. Os herbicidas aplicados em jato dirigido na entrelinha da cana-de-açúcar, em pós-emergência, foram seletivos para a cultura.
Resumo:
Cultivares de arroz resistentes aos herbicidas imidazolinonas têm proporcionado a utilização destes para o controle do arroz-vermelho, que é um dos principais problemas da cultura do arroz irrigado. No entanto, biótipos de arroz-vermelho resistentes aos herbicidas imidazolinonas têm ocorrido em várias lavouras dessa cultura. O objetivo deste trabalho foi desenvolver métodos expeditos para a identificação de plantas de arroz resistentes aos herbicidas imidazolinonas em diferentes fases do desenvolvimento da planta. Foram utilizados os cultivares de arroz IRGA 422 CL, SATOR CL e PUITÁ INTA CL como padrão resistente aos herbicidas imidazolinonas, e o cultivar IRGA 417, como padrão suscetível. Os bioensaios realizados em sementes, plântulas e afilhos discriminaram de forma efetiva e rápida plantas de arroz resistentes e suscetíveis. As concentrações discriminadoras aos herbicidas imazethapyr + imazapic para os bioensaios de sementes, plântulas e afilhos foram de 0,01, 4 e 3 mM, respectivamente. A utilização desses bioensaios permite a identificação de indivíduos resistentes mesmo durante o desenvolvimento da lavoura, proporcionando assim a adoção de medidas que possam manter a sustentabilidade do controle de arroz-vermelho por meio de cultivares resistentes aos herbicidas.
Resumo:
Objetivou-se no presente trabalho avaliar o efeito da modalidade de semeadura de Brachiaria brizantha cv. Xaraés sobre a comunidade de plantas daninhas e a produtividade de Sorghum bicolor cv. BRS 160 no sistema de integração lavoura-pecuária. Os tratamentos foram constituídos da seguinte maneira: consórcio sorgo forrageiro com braquiária semeada a lanço com incorporação leve e sem incorporação; consórcio sorgo forrageiro com braquiária semeada em linha única e em duas linhas na entrelinha da cultura anual; e testemunhas, representadas pelos monocultivos de sorgo, com e sem aplicação de atrazine, e de braquiária. Maior produção de massa seca das plantas daninhas foi observada nos tratamentos em monocultivo, sendo a espécie Digitaria horizontalis a de maior valor de importância e maior cobertura do solo. Para os cultivos em consórcio, D. horizontalis obteve menores valores de importância e cobertura quando a semeadura da forrageira foi realizada a lanço com e sem incorporação. A massa seca das plantas daninhas foi semelhante entre os tratamentos consorciados e o tratamento em monocultivo de sorgo com aplicação de herbicida. As parcelas de sorgo em monocultivo que não receberam aplicação de herbicida apresentaram maior infestação de plantas daninhas. Nos consórcios não houve diferenças para os valores de massa seca de braquiária entre os tratamentos, porém as modalidades de semeadura a lanço com e sem incorporação apresentaram maiores estandes, demonstrando melhor eficiência da semeadura a lanço para a formação da pastagem. Contudo, essa forma de semeadura leva ao desenvolvimento de plantas da forrageira próximo à linha de cultivo do sorgo, o que pode comprometer a produção dessa cultura pelo aumento da competição. A forma de semeadura de B. brizantha interfere na produtividade do sorgo e na infestação de plantas daninhas.