454 resultados para degradação de herbicidas
Resumo:
Este trabalho constou de quatro estudos que foram realizados em casa de vegetação, nos quais se avaliou a seletividade de diferentes herbicidas, aplicados em pré-emergência, sobre algumas gramíneas forrageiras tropicais: Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cultivares Tanzânia e Mombaça. Os herbicidas e as doses utilizadas, em g ha-1, para cada estudo foram: alachlor - 1.680 e 3.360, metolachlor - 1.200 e 2.400, diuron - 800 e 1.600, imazaquin - 75 e 150, imazapyr - 250 e 500, imazethapyr - 50 e 100, clomazone - 450 e 900, flumetsulam - 70 e 140, ametryn - 625 e 1.250, metribuzin - 525 e 1.050 e trifluralin - 900 e 1.800, além de uma testemunha sem aplicação de herbicidas. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis repetições. O consumo de calda de aplicação foi de 180 L ha-1,e a barra de aplicação continha quatro bicos de jato plano tipo 'Teejet' 110.02, espaçados de 0,50 m. Avaliou-se visualmente a intoxicação das plantas através de uma escala percentual de notas e, no final dos estudos, a altura e o peso de matéria seca de plantas. Para P. maximum cv. Mombaça, apenas os herbicidas imazaquin (75 g ha-1), imazethapyr e flumetsulam, em ambas as doses testadas, foram seletivos. Para P. maximum cv. Tanzânia, nenhum dos herbicidas testados foi totalmente seletivo. Em relação a B. decumbens, os herbicidas imazaquin e imazethapyr, em ambas as doses, e ametryn (625 g ha¹) foram seletivos. No caso de B. brizantha, os herbicidas diuron (800 g ha¹), ametryn, imazaquin, imazethapyr e flumetsulam, em ambas as doses, apresentaram-se seletivos.
Resumo:
Este projeto teve por objetivo avaliar a eficácia de herbicidas para controle de plantas aquáticas submersas das espécies Egeria densa e Egeria najas. O estudo foi realizado em três etapas consecutivas: em laboratório, em caixas d'água e numa represa de pequeno porte, sem fluxo de água. Na primeira etapa, avaliou-se a eficiência de 23 herbicidas utilizados em áreas agrícolas e disponíveis no mercado brasileiro. As elevadas concentrações em que os herbicidas foram efetivos inviabilizam programas de controle fundamentados em uma única aplicação. No experimento em caixas d'água, foram avaliados os efeitos de doses crescentes de fluridone, nas formulações líquida e granulada, no controle de Egeria densa e Egeria najas. Foram testadas as concentrações de 10, 20, 40, 80 e 150 ppb de fluridone na formulação líquida e 20, 40, 80 e 150 ppb na granulada. Após uma única aplicação, os resultados indicaram que o fluridone, nas concentrações de 80 e 150 ppb, em ambas as formulações, foi eficaz no controle dessas duas espécies. No experimento em represa de pequeno porte sem fluxo de água, avaliou-se o efeito da manutenção das concentrações de fluridone no controle de Egeria najas. Uma represa de 1.980 m² foi tratada com sete aplicações de fluridone, na formulação líquida, visando a manutenção das concentrações do ingrediente ativo na água entre 10 e 20 ppb. Os resultados indicaram que o controle proporcionado pelo herbicida foi superior a 99%. Não houve modificação significativa nas características relacionadas à qualidade da água.
Resumo:
Os sistemas de manejo do solo podem alterar a bioatividade dos herbicidas cloroacetamidas e influir na sua persistência no solo, seletividade às culturas e eficácia de controle das plantas daninhas. Um experimento foi conduzido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, durante o ano agrícola de 2000/2001, para avaliar a eficácia de controle das plantas daninhas pelos herbicidas cloroacetamidas, em solo Argissolo Vermelho, manejado sob semeadura direta e preparo convencional. Foram avaliados os herbicidas acetochlor e alachlor, cada um na dose de 3.360 g ha-1, metolachlor a 2.400 g ha-1, s-metolachlor a 1.440 g ha-1, s-metolachlor + antídoto à 1.440 e 1.800 g ha-1, respectivamente, além da testemunha sem herbicida, nos sistemas convencionais e semeadura direta. As avaliações foram de eficácia de controle, população de plantas daninhas e matéria seca da parte aérea das plantas daninhas, realizadas aos 30 e 50 dias após aplicação dos tratamentos (DAT). Os herbicidas cloroacetamidas foram mais eficientes no controle das plantas daninhas no preparo convencional, comparado à semeadura direta, em ambas as épocas de avaliação. Os herbicidas acetochlor, alachlor a 3.600 g ha-1 e s-metolachlor + protetor a 2.400 g ha-1 foram mais eficientes no controle destas plantas, em relação aos demais herbicidas e formulações. A produção de matéria seca e a população das plantas daninhas foram menores no preparo convencional.
Resumo:
O cupuaçuzeiro Theobroma grandiflorum é uma fruteira típica da Amazônia. O seu fruto, o cupuaçu, é um dos mais populares da região e apresenta crescente aumento de demanda devido às suas características organolépticas e diversidade de uso na agroindústria. O seu cultivo, no entanto, ainda é rústico e a produção é muito afetada pela interferência das plantas daninhas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia dos herbicidas alachlor e haloxyfop no controle das plantas daninhas e a seletividade para as leguminosas Mucuna cochinchinensis e Pueraria phaseoloides e para plantas jovens de cupuaçu. O experimento foi instalado no campo, para avaliar o efeito dos herbicidas sobre a produção de matéria seca da parte aérea e o índice de área foliar (IAF) das plantas daninhas e das leguminosas e a toxicidade às plantas de cupuaçu. O alachlor, na dose de 4,0 kg ha-1, reduziu 75,60% da produção de matéria seca e 64,02% do IAF das plantas daninhas, enquanto o haloxyfop, na dose de 0,24 kg ha-1, inibiu 62,51% do acúmulo de matéria seca e 64,23% do IAF. As leguminosas M. cochinchinensis e P. phaseoloides foram tolerantes aos herbicidas. O haloxyfop, na dose de 0,12 kg ha-1, estimulou a produção de matéria seca da parte aérea e o IAF em 180,15% e 146,68%, respectivamente. Os herbicidas não causaram injúrias às plantas de cupuaçu e às leguminosas e apresentaram controle das plantas daninhas acima de 60%.
Resumo:
A extensão das áreas com seleção de populações de plantas daninhas resistentes a herbicidas tem aumentado rapidamente no Brasil nos últimos anos, sendo citado como causa principal desta seleção a recomendação inadequada de produtos. Com o objetivo de avaliar a eficácia de controle de plantas daninhas através de herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, sobre plantas de Bidens subalternans, foi conduzido o presente trabalho, que envolveu um experimento de casa de vegetação e dois de campo, com as culturas de milho e soja. A pesquisa foi realizada a partir de populações de plantas de Bidens subalternans com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores da ALS encontradas em área de produção comercial nas quais ocorriam falhas de controle através desses herbicidas. Os resultados permitiram confirmar a seleção de populações resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) e encontrar alternativas para o manejo destas populações, por meio do uso de produtos com mecanismo de ação diferenciado, tanto para a cultura da soja quanto para a do milho. Produtos inibidores da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX), da fotossíntese e da divisão celular, aplicados isoladamente ou em misturas, controlaram adequadamente o biótipo resistente.
Resumo:
Foi realizado um levantamento referente à comercialização de herbicidas no Estado do Paraná, visando quantificar o volume de sua utilização durante o ano de 2000. Em seguida, com base nas propriedades químicas desses herbicidas, estudaram-se critérios teóricos para classificá-los de acordo com o potencial de lixiviação. A análise dos dados do levantamento indicou que o maior volume comercializado ocorreu no quarto trimestre, relacionando-se provavelmente ao aumento da demanda provocada pela safra de verão. Os grupos de mecanismos de ação cujo consumo é mais significativo são, pela ordem, os inibidores da síntese de aminoácidos (36,9% do total comercializado), os inibidores da fotossíntese (31,3%), os mimetizadores da auxina (11%) e os inibidores da divisão celular (8,8%). Os herbicidas glyphosate (4.562,28 t), atrazine (3.075,91 t), 2,4-D (1.659,33 t) e sulfosate (631,60 t) representam, em conjunto, cerca de 65% do volume total comercializado no Estado. A classificação quanto ao potencial de lixiviação demonstrou que acifluorfen-sódio, alachlor, atrazine, chlorimuron-ethyl, fomesafen, hexazinone, imazamox, imazapyr, imazaquin, imazethapyr, metolachlor, metribuzin, metsulfuron-methyl, nicosulfuron, picloram, sulfentrazone e tebuthiuron são potencialmente lixiviadores, de acordo com os três critérios teóricos adotados (GUS, CDFA e Cohen).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade de herbicidas aplicados em condições de pré e pós-emergência da cultura de milho, conduzida sob sistema de semeadura direta, sem a presença de plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura. O híbrido utilizado foi o Pioneer 3027, e o delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com 22 tratamentos e três repetições. Os tratamentos herbicidas utilizados (em g i.a. ha-1), com os respectivos estádios fenológicos (número de folhas definitivas = NF) no momento da aplicação dos respectivos tratamentos herbicidas, foram: atrazine + metolachlor (1.400 + 2.100) em condições de pré-emergência da cultura; (atrazine + metolachlor) + nicosulfuron [(1.000 + 1.500 + 20)] com a cultura apresentando NF = 2; atrazine + óleo vegetal (2.400 + 1.800), NF = 2, 4 e 8; atrazine + simazine (1.250 + 1.250), NF = 2, 4 e 8; nicosulfuron (40 - NF = 2, 4 e 8; 20 - NF = 4 e 8 e 52 - NF = 4 e 8); e (atrazine + óleo vegetal) + nicosulfuron [(800 + 600) + 20; (800 + 600) + 40 e (800 + 600) + 52), NF = 4 e 8]. Foram feitas avaliações visuais de sintomas de fitotoxicidade provocados pelos herbicidas aos 7, 14 e 21 dias após aplicação, usando a escala proposta pela European Weed Research Council, além dos parâmetros relativos aos componentes de produção da cultura e produtividade final. Os resultados obtidos indicaram que a duração dos estádios fenológicos da cultura não foi afetada pelos herbicidas utilizados e que alguns tratamentos herbicidas, quando aplicados no estádio fenológico 2 (NF = 8 ), reduzem o rendimento da cultura, devido à alteração do número de fileiras por espiga, do número de grãos por fileira e da massa de 1.000 grãos de milho, sendo recomendável a aplicação de herbicidas na cultura de milho até o estádio fenológico 1 (NF = 4), para evitar danos à cultura por fitotoxicidade.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a tolerância de mudas de café à aplicação de herbicidas em pós-emergência. Flumiozaxin, sulfentrazone, flazasulfuron, clethodim, fluazifop-p-butil, imazamox, bentazon, fomesafen, lactofen, oxyfluorfen, chlorimuron-ethil, metribuzin e também as misturas de fluazifop-p-butil + fomesafen e de nicosulfuron + atrazine foram aplicados diretamente sobre o topo das plantas, 15 dias após o transplantio das mudas de café para os vasos (3,0 L). Foram feitas avaliações visuais de toxicidade dos herbicidas às plantas de café e, também, avaliações da altura, do diâmetro e da massa seca da parte aérea e das raízes dessas plantas. O metribuzin e a mistura em tanque de nicosulfuron + atrazine causaram morte das plantas de café, enquanto imazamox, sulfentrazone, oxyfluorfen e lactofen causaram severa toxicidade (49 a 64%). Dentre os herbicidas avaliados, aqueles que mais reduziram a altura das plantas, em relação à testemunha, foram imazamox e sulfentrazone (62 e 68%, respectivamente). O acúmulo de matéria seca, tanto da parte aérea como do sistema radicular, foi no máximo 67% daquele apresentado pela testemunha para sulfentrazone, flazasulfuron, imazamox, lactofen e oxyfluorfen. O maior potencial para uso em pós-emergência, sobre o topo das plantas, foi obtido com fluazifop-p-butil, clethodim, fomesafen, chlorimuron-ethil, flumioxazin e fluazifop-p-butil + fomesafen, uma vez que causaram apenas leves injúrias e não afetaram o acúmulo de matéria seca do cafeeiro.
Resumo:
As condições climáticas, no momento da aplicação, determinam em grande parte a eficácia de herbicidas pós-emergentes. Com o objetivo de avaliar a influência das condições climáticas sobre a eficácia de diferentes herbicidas, aplicados na pós-emergência da cultura de trigo, para o controle de Raphanus raphanistrum (nabiça), foi conduzido um experimento em condições de campo, na Estação Experimental da Fundação ABC, município de Tibagi-PR, na safra de 2002. A cultura de trigo foi instalada em sistema de plantio direto, utilizando o cultivar OR1. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 5 x 4 (cinco herbicidas e quatro horários de aplicação), em quatro repetições. Os herbicidas utilizados foram, em g de i.a. ha-1: metsulfuron-methyl (3,6), iodosulfuron-methyl (5,0), metribuzin (144,0), 2,4-D amina (1005,0) e 2,4-D éster (400,0); os horários de aplicação durante o dia foram 7h, 10h30, 13h30 e 17h45. A aplicação dos tratamentos herbicidas foi feita com a cultura do trigo em pleno perfilhamento, e com uma infestação de 288 pl m-2 de nabiça, que possuíam em média cinco a sete folhas. As características avaliadas foram eficácia de controle da nabiça e porcentagem de fitotoxicidade na cultura aos 8, 16, 22 e 30 dias após aplicação dos tratamentos (DAA). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F no programa SAS, sendo as médias comparadas pelo teste de LSD de Fishes a 5% de probabilidade. Houve interação entre os herbicidas e os horários de aplicação em relação ao controle de nabiça. Metribuzin e iodosulfuron-methyl foram os herbicidas menos influenciados pelas condições climáticas nos diferentes horários para o controle de nabiça. O metribuzin foi mais eficiente no seu controle, mas evidenciou sintomas de fitotoxicidade que desapareceram aos 30 DAA. As condições climáticas que ocorreram para os diferentes horários de aplicação influenciaram o desempenho dos herbicidas. O metsulfuron-methyl, o 2,4-D amina e o 2,4-D éster apresentaram grandes diferenças de controle conforme o horário de aplicação, sendo os horários das 7h00 e 17h45 os que proporcionaram menor controle quando comparados aos horários das 10h30 e 13h30. Esses resultados evidenciam a importância das condições climáticas no momento das aplicações de defensivos agrícolas no inverno, na cultura de trigo.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do período e volume de aplicação na segurança da atividade de tratoristas aplicando herbicidas na cultura de cana-de-açúcar com o pulverizador de barra montado em trator e a eficiência de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de uma cabina acoplada ao trator. As exposições dérmicas de 13 condições de trabalho foram avaliadas e analisadas estatisticamente por meio do delineamento inteiramente ao acaso e do esquema fatorial 3 x 2 x 2 + 1. O fator A foi a condição de exposição: 1) exposição dérmica potencial (EDP) - sem nenhuma medida de segurança; 2) exposição com cabina no trator (Cabina); e 3) exposição com as vestimentas (EPI). O fator B foi o volume de aplicação: 1) 200 L ha-1 e 2) 100 L ha-1; e o fator C foi o período de aplicação: 1) diurno e 2) noturno. Como testemunha foi avaliada a EDP do tratorista aplicando na atividade usual de 300 L de calda ha-1, no período diurno. As exposições dérmicas (EDs) aos herbicidas considerados nessas condições de trabalho foram estimadas por meio de dados substitutos das EDs avaliadas ao cátion Cu+2 adicionado como traçador nas caldas aplicadas. O pulverizador utilizado foi do modelo PJ 600, com barra de 12 m de comprimento e 24 bicos de jato plano TT 110 04 ou TT 110 02. As 13 condições de trabalho avaliadas foram classificadas como seguras (MS>1) para o tratorista aplicando os herbicidas glyphosate (48% i.a.), MSMA (48%), diuron (46,8%) + hexazinone (13,2%), clomazone (50%), sulfentrazone (50%), ametryne (50%), diuron (50%), isoxaflutole (75%), metribuzin (48%), 2,4-D (80,6%), ametryne (30%) + clomazone (20%), ametryne (73,25%) + trifloxysulfuron (1,85%) e tebuthiuron (80 %) e inseguras para o herbicida atrazine (50%), nos dois períodos e nos três volumes de aplicação, e ametryne (50%), na aplicação diurna e 100 L de calda ha-1. As aplicações noturnas e os volumes de aplicação reduzidos tornaram as condições de trabalho mais seguras, exceto para o atrazine. A eficiência dos EPIs para a aplicação de 300 L ha-1 variou de 69,5 a 89,3%, e a da cabina do trator variou entre 76,4 e 83,3%, em relação aos volumes reduzidos de 100 e 200 L ha-1.
Resumo:
A herbigação (aplicação de herbicidas via irrigação) vem se expandindo no Brasil, embora os resultados de pesquisas de avaliação desta técnica sejam escassos e pouco conhecidos, principalmente quando ela é feita com herbicidas aplicados em condições de pósemergência (PÓS) das plantas daninhas. O objetivo desta revisão foi fazer um levantamento das principais publicações científicas disponíveis relacionadas à aplicação de herbicidas de PÓS via irrigação por aspersão. Na maioria dos estudos revisados foi utilizado um simulador de irrigação por aspersão, e as doses de herbicidas empregadas na herbigação foram as mesmas utilizadas na aplicação convencional (pulverização). As lâminas de água empregadas na herbigação variaram de 1 a 14 mm (10.000 a 140.000 L ha-1). Os herbicidas mais estudados por essa técnica e que foram eficazes no manejo de plantas daninhas são: bromoxynil, acifluorfen, fomesafen, lactofen e os herbicidas ariloxifenoxipropionatos. Os herbicidas atrazine, chlorsulfuron, dicamba, sethoxydim e triasulfuron participaram de pelo menos um estudo e apresentaram potencial de controle eficiente de plantas daninhas através da herbigação. Esses herbicidas têm pelos menos duas das seguintes características: baixa solubilidade em água, rápida absorção pela folhagem e absorção pelas raízes. A eficiência desses herbicidas não foi alterada ou foi pouco alterada pela variação de lâminas de água empregadas na herbigação. A mistura de óleo não-emulsificante com o herbicida antes da injeção na água de irrigação pode aumentar a deposição e retenção do produto na folhagem das plantas daninhas. Outros fatores que também podem afetar a eficiência desses herbicidas via água de irrigação são a qualidade da água e o horário de aplicação. Não foram eficazes na herbigação os herbicidas bentazon, glyphosate e paraquat. São herbicidas de alta solubilidade em água, sendo mais lentamente absorvidos pelos tecidos foliares e/ou não são absorvidos pelas raízes.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o efeito de herbicidas em diferentes acessos de aguapé coletados em reservatórios de hidrelétricas do Estado de São Paulo, foi realizado um estudo no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia da FCA-UNESP, campus de Botucatu. A escolha das plantas geneticamente diferentes foi feita com base em estudos de variabilidade genética, nos quais se utilizou a técnica de RAPD. Avaliou-se o efeito dos herbicidas imazapyr nas doses de 62,5 e 125,0 g e.a. ha-1, glyphosate a 1.680 e 3.360 g e.a. ha-1 + 0,5% V/V de Extravon, diquat a 480 e 960 g i.a. ha-1 e 2,4-D a 670 e 1.340 g e.a. ha-1. Os seis acessos escolhidos foram colocados em caixas plásticas de 28,0 x 14,0 x 12,0 cm, contendo 4 litros de água. A aplicação dos produtos foi realizada com um simulador de pulverização pressurizado com ar comprimido, equipado com barra de aplicação com quatro bicos de jato plano Teejet 110.02 VS. A pressão constante de trabalho foi de 1,6 bar, e o consumo de calda, de 193 L ha-1. A velocidade de aplicação foi de 3,69 km h-1. Durante as aplicações, a temperatura do ar foi de 25 ºC e a umidade relativa de 73%. Foram realizadas avaliações visuais de controle aos 3, 5, 7, 11, 21 e 28 dias, nas quais 0 consistiu em nenhum controle e 100 em morte de plantas. Todos os herbicidas e doses testados proporcionaram controle eficiente das plantas de aguapé, e os seis acessos estudados responderam de forma semelhante.
Resumo:
Foram realizados dois experimentos, com objetivo de avaliar a suscetibilidade de Brachiaria subquadripara e Brachiaria mutica a diferentes herbicidas aplicados em pósemergência. Os herbicidas e doses testados foram: glyphosate (Rodeo) a 2.400, 3.360 e 4.320 g e.a. ha-1 com Aterbane a 0,5% v/v; glyphosate a 2.400, 3.360 e 4.320 g e.a. ha-1 com Silwet a 0,1% v/v; imazapyr (Arsenal) a 750 e 1.500 g e.a. ha-1; e diquat (Reward) a 400 e 800 g i.a. ha-1 com aplicação seqüencial. Manteve-se uma testemunha sem aplicação de herbicidas. As parcelas experimentais foram constituídas de caixas d'água de 60 x 60 x 45 cm, com 55 L de solo. A aplicação foi realizada quando as plantas se encontravam a 45 e 65 cm de altura para B. subquadripara e B. mutica, respectivamente. Foi utilizado um pulverizador costal, a pressão constante de CO2 (2 bars), pontas 110.02 XR, com um consumo de calda de 200 L ha-1. O controle foi avaliado visualmente, através de escala percentual de notas, além de se avaliar a massa seca das plantas. O herbicida glyphosate nas doses de 3.360 e 4.320 g e.a. ha-1, independentemente do adjuvante testado, proporcionou controle excelente para as duas espécies, porém as parcelas que receberam glyphosate a 2.400 g e.a. ha-1 apresentaram controle apenas satisfatório. O herbicida imazapyr nas doses de 750 e 1.500 g e.a. ha-1 proporcionou controle eficiente para B. subquadripara e excelente para B. mutica. Já o herbicida diquat, apesar de duas aplicações e independentemente da dose utilizada, mostrou-se ineficiente no controle das duas espécies.
Resumo:
Este estudo teve a finalidade de avaliar, em condições de caixa d'água, o controle químico de Myriophyllum aquaticum (pinheiro-d'água), através de herbicidas aplicados em pós-emergência. Os herbicidas e respectivas doses (g ha-1) foram: diquat (Reward) a 204 g i.a. ha-1; diquat a 102 e 204 g i.a. ha-1 + Agral a 0,1%; 2,4-D (DMA 806 BR) a 167, 335, 670 e 1.340 g e.a. ha-1; glyphosate (Rodeo) a 3.360 g e.a. ha-1 + Aterbane a 0,5%; e imazapyr (Arsenal) a 250 g e.a. ha-1. As parcelas foram constituídas por caixas d'água de 0,60 x 0,60 x 0,45 m, com 120 litros de água + 20 litros de solo e 20 ramos por caixa. Utilizou-se um pulverizador costal a pressão constante de CO2 a 2 bar, pontas 110.02 VS, com um consumo de calda de 180 l ha-1. O controle foi avaliado visualmente aos 2, 6, 9,11, 13, 17, 20, 23, 26, 30 e 36 dias após a aplicação dos herbicidas (DAAH). Inicialmente, o herbicida diquat foi o composto que apresentou os sintomas mais severos de intoxicação nos ramos de pinheiro-d'água aos 2 DAAH, com 65% de controle em média, e aos 20 DAAH ele atingiu o controle máximo (99%), porém ocorreram rebrotas a partir dos 23 DAAH, independentemente da adição ou não de Agral e das doses testadas. O herbicida 2,4-D proporcionou 100% de controle dos ramos a partir dos 23 DAAH para as doses de 1.340 e 670 g ha-1, não ocorrendo rebrotas; já para as demais doses testadas (335 e 167 g ha-1) o controle não foi eficiente, pois ocorreram rebrotas. Os herbicidas glyphosate e imazapyr não foram eficientes no controle desta espécie.
Resumo:
Dentre as plantas daninhas aquáticas submersas, o gênero Egeria é considerado um dos mais importantes de ocorrência nos reservatórios da região centro-sul do Brasil, pois acarreta prejuízos à geração de energia, pesca, navegação e recreação. O presente trabalho teve como objetivo estudar, em condições de caixa d'água, a degradação do herbicida diquat, na presença e na ausência de plantas de Egeria densa e Egeria najas e no solo. O experimento foi instalado e conduzido no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia, do Departamento de Produção Vegetal da FCA/UNESP-Botucatu-SP. Utilizaram-se caixas de 330 litros de água, com uma camada de solo de 20 cm de altura + 5 cm de areia, no qual foram plantados 20 ramos de cada uma das espécies de egéria. Os tratamentos constituíram-se de aplicações de 6 ppm de diquat (Reward), utilizando-se os seguintes tipos de combinação: caixas d'água apenas com água; caixas d'água com água e solo; e caixas d'água com água, plantas e solo. As plantas foram coletadas no reservatório de Jupiá, localizado no município de Castilho-SP; elas se encontravam no estádio adulto de desenvolvimento e foram transportadas às caixas no mesmo dia de coleta. As determinações das concentrações de diquat foram mensuradas através de espectrofometria (308 nm), em que se obteve a seguinte curva: CONCENTRAÇÃO DO HERBICIDA (ppm)=0,7418+50,95391*A, sendo A= leitura de absorbância. Obteve-se um coeficiente de correlação de 0,9956648. Na condição de caixas com água + planta + solo, a meia-vida do diquat foi de 29 dias após a aplicação do herbicida. Utilizando caixas com água + solo, a meia-vida do diquat foi de 23 dias após a aplicação do herbicida. Em se tratando de caixas contendo apenas água, a meia-vida do diquat foi de 18 dias após a aplicação do herbicida.