588 resultados para colonização radicular
Resumo:
Mediante a instalação de galinheiros experimentais em regiões distintas, observou-se variação da capacidade de colonização espontânea de Panstrongylus megistus nesses ecótopos artificiais. Os resultados positivos foram obtidos em áreas de clima com inverno seco ou chuvoso mas onde a destruição da cobertura vegetal primitiva foi mais intensa. Na região de maior persistência florestal e de clima mais úmido, os resultados foram negativos. A existência de populações silvestres em ambas as zonas sugere que a segunda represente o centro de dispersão da espécie, enquanto na primeira o triatomíneo desenvolveu valência ecológica que lhe possibilita a invasão de ecótopos artificiais. Na dependência do grau de alteração e das condições de utilização do ambiente, a vigilância epidemiológica deverá ser mantida para evitar que a domiciliação do triatomíneo se transforme em problema de saúde pública.
Resumo:
Relata-se o encontro de várias espécies de Phlebotominae em galinheiros experimentais distribuídos nos municípios de Guaíra, Pariquera-Açu, Taquarituba, no Estado de São Paulo, e Frutal, Sacramento, no Estado de Minas Gerais, Brasil. Assinala-se a colonização de Lutzomyia migonei (França, 1920), alguns dados sobre Psychodopygus intermedius (Lutz & Neiva, 1912), bem como, novos encontros.
Resumo:
São apresentados os resultados de observações sobre populações triatomínicas extradomiciliares em região de intensa atividade agropecuária. Os restos de vegetação primitiva, embora reduzidos a menos de 8,0%, mostraram-se suficientes para manter essas populações. Pelo menos para Triatoma sordida, a destruição progressiva parece favorecer sua sobrevivência, graças à multiplicação de ecótopos preferidos por esse triatomíneo. Tanto essa espécie como Panstrongylus megistus e Rhodnius neglectus mostraram-se aptos à colonização em ecótopos artificiais representados por galinheiros experimentais.
Resumo:
Em colônias de Triatoma sordida, Panstrongylus megistus e Rhodnius neglectus, espontaneamente desenvolvidas em galinheiros experimentais, observou-se as condições de desenvolvimento, bem como a variação e a permanência de seus componentes. A colonização e dispersão de T. sordida é favorecida em ambiente aberto resultante da instalação de pastagens com conseqüente proliferação de árvores isoladas e secas. O desenvolvimento de colônias de P. megistus ocorre em ambiente coberto na íntima proximidade de matas residuais, admitindo-se que os anexos domiciliares lhes sirvam de pontos de atração. O R. neglectus revelou certo grau de domiciliação aliado à capacidade de dispersão que lhe permite atravessar distâncias apreciáveis. O primeiro semestre do ano parece incluir a época infestante das colônias de T. sordida revelada pela maior produção de adultos e ninfas de primeiro estádio. O papel de visitantes observado para algumas ninfas dessa espécie, permite supor do poder de dispersão dessas formas.
Resumo:
São apresentadas as informações obtidas no inquérito triatomíneo levado a efeito na região nordeste do Brasil. As características biogeográficas incluem a presença de áreas semi-áridas da caatinga e amplas faixas transicionais com outras feições paisagísticas. Entre estas foram incluídas as da floresta tropical atlântica e as inclusões florestadas mais extensas. No período de 1975 a 1980 foram examinados 15.342 triotomíneos coletados no ambiente domiciliar, visando detectar as presenças de sangue ingerido e de infecção natural por Trypanosoma tipo cruzi. O conteúdo intestinal foi submetido a reações com antisoros para homem, cão, gato, roedor (Kattus), marsupial (Didelphis) e ave (Gallus). Por ordem de freqüência, as espécies encontradas foram Triatoma pseudomaculada (40,6%), Panstrongylus megistus (19,7%), Triatoma brasiliensis e T. sordida (ambos com 14,3%), Rhodnius nasutus (6,1%) e Triatoma infestans (1,1%); além de em algumas outras raras. A presença de sangue foi detectada em 42,4% e a infecção em 3,4% desse total de espécimens examinados. Observou-se elevada mobilidade alimentar, com coeficientes gerais de 54,8% para ave e 30,0% para homem. Em nível específico pôde determinar apreciável grau de antropofilia em P. megistus e, em menor intensidade, em T. brasiliensis. Por sua vez, T. infestans mostrou-se altamente antropófilo. Observou-se apreciável ornitofilia em T. pseudomaculata e T. sordida, com elevada intensidade em R. nasutus. Por outro lado, a presença de sangue humano em espécimens capturados no peridomicílio indicou a ocorrência de freqüente mobilidade espacial, com exceção de T. infestans que não mostrou evidências de abandonar o domicílio. A tendência à domiciliação, além desta, revelou-se apreciável em P. megistus, moderada em T. brasiliensi, T. pseudomaculata, T. sordida e praticamente nula em R. nasutus. A distribuição geográfica confirmou o caráter autóctone de T. brasiliensis, T. pseudomaculata e R. nasutus em relação à caatinga, e do P. megistus em relação às regiões florestais atlânticas e de inclusão. Este último revelou caráter invasivo no que concerne à caatinga, enquanto T. infestans e T. sordida mostraram o mesmo aspecto quanto à região nordeste como um todo. Os resultados permitem concluir que, na transmissão regional epidemiologicamente significante da tripanossomíase americana, desempenha papel relevante o P. megistus, em primeiro lugar, e o T. brasiliensis, em segundo. Dependendo de fatores vários, provavelmente da densidade, poderão atuar secundariamente nesse sentido o T. pseudomaculata e o T. sordida. Quanto à T. infestans, a sua presença, em número reduzido, representa, no momento, risco apenas potencial. O controle rotineiro, mediante a desinsetização domiciliar, deverá fornecer bons resultados no que concerne à interrupção da transmissão. Todavia a reinfestação, pelo menos do peridomicílio, deverá provavelmente continuar. E isso em virtude de focos extradomiciliares que fornecem espécimens com tendência à colonização no ambiente humano. É de se prever que ela se fará a custa do P. megistus nas áreas florestais atlânticas e de inclusão e de T. brasiliensis, T. pseudomaculata e R. nasutus nas áreas da caatinga. A vigilância epidemiológica deverá pois levar em conta esses aspectos e tender a aumentar sua eficiência pela continuidade das pesquisas.
Resumo:
Relata-se o encontro de início de colonização domiciliar por parte de Panstrongylus megistus, no Vale do Ribeira situado no Sistema da Serra do Mar na região meridional do Brasil. O encontro permite considerar a possibilidade de domiciliação como conseqüência de pressão seletiva resultante da modificação antrópica do ambiente.
Resumo:
Nas áreas onde se considera que os triatomíneos não se adaptaram aos domicílios, tem sido encontradas colônias, desses insetos, em casas habitadas por mamíferos silvestres ou sinantrópicos. As determinações de sangue feitas em triatomíneos, coletados nos domicílios ou seus anexos, apresentam concordância com os dados obtidos em exemplares capturados em biótopos naturais, desde que esses dados sejam reunidos em dois grupos: mamíferos e aves. Essas informações relativas às preferências alimentares das espécies de triatomíneos mais bem estudadas e a constatação de pré-adaptação à mudança de condições de ambiente ou de fonte de alimento, em vários grupos de seres vivos, conduziram às seguintes conclusões: 1 - Havendo condições para abrigo dos insetos, o desenvolvimento de colônias de triatomíneos, nos domicílios, independe de suas características. 2 - O elemento fundamental para a colonização de um biótopo artificial, por triatomíneos, é o vertebrado que habita esse biótopo. 3 - O fato de umas espécies ocorrerem em domicílios e outras em abrigos de aves, é decorrência de pré-adaptação. Na natureza a espécie é polífaga e tem preferência pela classe de vertebrado que habita o biótopo. 4 - A conclusão anterior permite alguma previsão sobre o que poderia ocorrer em regiões de colonização recente, como a Amazônica.
Resumo:
Apresentam-se os resultados obtidos com a observação da presença triatomínea em três localidades, uma delas caracterizada por estar submetida a vigilância anual ininterrupta, e duas por terem sido expurgadas respectivamente seis e um ano e meio antes. As duas primeiras situam-se em áreas de endemicidade de Panstrongylus megistus e a terceira em região endêmica para Triatoma sordida. Em todas foram levadas a efeito inspeções bimestrais destinadas a detectar a presença de triatomíneos no intra e no peridomicílio. Pôde-se confirmar o aspecto lento da domiciliação de P. megistus, em aparente contraste com o T. sordida que desenvolve intensas colônias peridomiciliares. Pelo menos em relação a esta última espécie, não parece haver diferença atrativa por parte do intra e do peridomicílio. A reinfestação do P. megistus acha-se associada freqüente com a presença de infecção natural. A reintrodução de Triatoma infestans associa-se à mobilidade da população humana. A colonização peridomiciliar de T. sordida permitiu o estudo do desenvolvimento dessas colônias, obtendo-se marcante paralelismo com os dados conseguidos em galinheiros experimentais (GE) e objeto de publicações anteriores. A presença de Rhodnius neglectus nas três áreas, embora discreta, chama a atenção para seu possível potencial de domiciliação. Com este artigo encerra-se a série "Aspectos ecológicos de tripanossomíase americana".
Resumo:
A Lutzomyia intermedia há muito vem sendo encontrada em áreas de colonização antiga. Analisando dados de capturas deste flebotomíneo, com diferentes iscas e em diferentes locais, acredita-se que esta espécie está pré-adaptada a ambientes abertos e a se alimentar em mamíferos, entre eles o homem.
Resumo:
Foram feitas coletas de mosquito (Diptera: Culicidae) na área do projeto de Colonização Pedro Peixoto, no Estado do Acre, Brasil. Obteve-se um total de 4.588 exemplares pertencentes a 53 espécies ou grupos. Salienta-se a ocorrência de Anopheles (Nyssorhynchus) oswaldoi.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar através do PSR (Registro Periodontal Simplificado) a prevalência, severidade e necessidades básicas de tratamento da doença periodontal em gestantes que freqüentaram a Clínica de Prevenção da Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. MÉTODOS: Foram examinadas 41 gestantes com idades que variaram de 16 a 37 anos. O PSR foi aplicado com auxílio de uma sonda especialmente recomendada para este exame (sonda Trinity - tipo 621 OMS), indicando os códigos 0 a 4 cujos critérios identificam de saúde gengival, sangramento, cálculo, bolsa periodontal rasa e profunda. Estes foram atribuídos a cada sextante, podendo ou não estarem associados a um asterisco (*) diante da presença de recessão gengival, invasão de furca, mobilidade ou alterações muco-gengivais. RESULTADOS: Demonstraram que 100% das gestantes apresentaram alguma alteração gengival, sendo os códigos 2 (56,1%) e o * (19,5%) os mais prevalentes. Os grupos etários de 15-19 e 20-24 anos, apresentaram o código 2 como maior escore e ausência de sextante excluído (X). A partir do grupo de 25-29 anos, além da maior prevalência ainda ser do código 2 (54,5%), ocorreram os códigos 3 e 4 (bolsa periodontal). Os códigos * e sextante excluído (X) tenderam a aumentar com a idade no grupo de 30-37 anos. De modo geral, os códigos 1 e 2, prevaleceram em relação ao percentual de sextantes afetados, correspondendo a 41,6% e 39,8%, respectivamente e afetando 2,49 e 2,39 sextantes, em média, por gestante. Em relação às necessidades de tratamento, 90,2% das gestantes necessitaram tratamentos adicionais aos preventivos, ou seja, 61,0% das gestantes necessitaram de raspagem e alisamento radicular e/ou eliminar margens de restaurações defeituosas e 29,2% de tratamento complexo. CONCLUSÃO: O atendimento às necessidades de tratamento na gravidez deve receber especial atenção com o intuito de se promover saúde bucal e motivação, e conseqüentemente, contribuir para minimizar a provável transmissibilidade de microrganismos bucais patogênicos para a criança, obtendo assim uma prevenção primária das principais doenças bucais.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a freqüência mensal de larvas e pupas de Ae. albopictus, Ae. aegypti e de outras espécies de mosquitos e verificar a influência de fatores ambientais dessas espécies em pneus. MÉTODOS: A pesquisa foi desenvolvida no município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Efetuaram-se coletas mensais de formas imaturas, em quatro pneus, no período de novembro de 1997 a outubro de 1998. Os pneus foram numerados e dispostos em forma de pirâmide, um na base (pneu 1) e os três restantes (2, 3 e 4) inclinados sobre o primeiro. Os pneus 1 e 4 eram mais sombreados, e 2 e 3 eram expostos ao sol, já que não eram alcançados, como os demais, pela sombra de árvores e de um galinheiro próximos a esses pneus. Foram estudadas as variáveis: pluviosidade; temperatura ambiente; volume; pH da água; e condições de isolamento de água em pneus. RESULTADOS: Coletaram-se 10.310 larvas e 612 pupas. Ae. albopictus foi a espécie predominante tanto na fase larvar quanto na de pupa; Ae. aegypti e Ae. albopictus foram coletados em todos os meses, sendo mais freqüentes naqueles de maior pluviosidade. A temperatura, a pluviosidade e o volume de água apresentaram diferenças significativas, quando correlacionados ao número de larvas de Ae. aegypti. Não houve diferença significativa na freqüência de larvas quanto ao pH da água. Registrou-se maior número de larvas de Ae. albopictus em pneus mais sombreados. CONCLUSÕES: Ae. albopictus instala-se muito mais freqüentemente em pneus do que Ae. aegypti. Pneus descartados parecem representar importantes focos de manutenção de ambos os Aedes, durante todo o ano. Mesmo próximo uns ao outros, os pneus podem oferecer diferentes condições para a colonização desses mosquitos, de acordo com o volume d'água e a exposição ao sol.
Resumo:
Durante o período de janeiro de 2001 a outubro de 2002, foram feitas capturas no domicílio e peridomicílio de 13 municípios da região do Cariri, sul do Estado do Ceará. Como resultados, foi registrada pela primeira vez nessa região a ocorrência de P. lutzi em três municípios: presença de um adulto em galinheiro em Altaneira, um adulto voando, em Salitre; e de 18 ninfas, em Várzea Alegre (13 foram coletadas em amontoado de tijolos e cinco em amontoado de telhas). Em Várzea Alegre, foi observada a colonização no peridomicílio.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a efetividade da vacina pneumocócica polissacarídica e fatores de risco e proteção para infecções por pneumococo em lactentes. MÉTODOS: Estudo transversal aninhado em ensaio clínico com filhos de 139 mulheres selecionadas no pré-natal um serviço público de saúde em São Paulo, SP, de 2005 a 2006. As participantes foram randomizadas em três grupos: o primeiro não recebia nenhuma vacina (n=46), o segundo recebia a vacina pneumocócica polissacarídica no último trimestre de gravidez (n=42), e o terceiro a recebia no pós-parto imediato (n=45). As infecções presumivelmente causadas pelo pneumococo nos lactentes foram acompanhados aos três e seis meses de vida e colhidas amostras de nasofaringe. Foram investigados fatores de risco como: fumantes no domicílio, outras crianças no domicílio e aleitamento materno exclusivo. RESULTADOS: A vacina pneumocócica polissacarídica não mostrou proteção contra infecções causadas por pneumococo. No entanto, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses protegeu os lactentes contra as infecções respiratórias (OR= 7,331). A colonização da nasofaringe por pneumococo aos três ou seis meses aumentou a chance de infecções respiratórias (OR= 2,792). CONCLUSÕES: Lactentes amamentados exclusivamente com leite materno até seis meses são significativamente protegidos contra infecções por pneumococos, independentemente da vacinação pneumocócica.
Resumo:
O presente trabalho relata os aspectos epidemiológicos e clínicos de surto de leishmaniose tegumentar americana na região Sudoeste do estado de São Paulo, área de colonização antiga, não associada a derrubadas de matas. Foram examinados 231 indivíduos, observando-se: a) Sessenta e sete indivíduos (29%) apresentavam leishmaniose confirmada pela histopatologia das lesões cutâneas e intradermorreação de Montenegro. Destes casos, 40 (59,7%) eram homens; b) a idade variou entre 2 (5 casos) e 86 anos (1 caso); c) de acordo com o tipo de lesão, observou-se: 54 (80, 6%) pacientes apresentavam úlceras, 13 (19,4%) nódulos, 4 (5,9%) lesões úlcero-vegetantes e 3 (4,4%) cicatrizes típicas; d) a intradermorreção de Montenegro apresentou 94,7% de positividade nos casos de leishmaniose-doença. Este estudo reforça observações prévias de que, além da forma clássica de transmissão, a leishmaniose pode ser transmitida no intra e peri-domicílio.