327 resultados para Wolbachia pipientis, dengue virus, Aedes notoscriptus, vector competence, tissue tropism
Resumo:
O objetivo do trabalho descrever a colonizao da regio pelo Aedes aegypti. Levantamento entomolgico realizado em 1985 detectou a espcie em So Jos do Rio Preto. A disperso do mosquito atingiu, at 1988, os 30 municpios da regio. Nos distritos e aglomerados rurais, o primeiro foco do vetor foi encontrado em 1987 em um dos 29 existentes, dispersando-se para os demais at 1991. Os focos foram identificados, principalmente, atravs de pesquisas larvrias em locais com grande concentrao de recipientes, e a maior freqncia de encontro de larvas de Ae. aegypti ocorreu em pneus, principais responsveis por sua disperso. Os focos foram identificados, basicamente, entre novembro e abril, perodos de maior incidncia de chuvas. As delimitaes dos focos mostraram que os principais recipientes infestados pelo mosquito nos domiclios foram os pneus e vasos de plantas. A conseqncia mais importante da presena do Ae. aegypti tem sido as ocorrncias de epidemias de dengue.
Resumo:
Estudou-se a influncia do perodo de quiescncia dos ovos no ciclo de vida de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera, Culicidae) em condies de laboratrio, na busca de informaes que possam melhorar o direcionamento das aes de controle, pois sabe-se que o ovo a forma mais resistente do ciclo biolgico, possibilitando ao mosquito ampla sobrevida, devido resistncia s adversidades climticas. Os experimentos foram realizados numa cmara biolgica, mantida temperatura de 28 1oC, com umidade relativa de 80 5% e fotofase de 12 horas. Apresentam-se os dados da influncia de diferentes perodos de quiescncia sobre a ecloso das larvas, desenvolvimento larval e pupal, ciclo evolutivo. Verificou-se o efeito altamente significativo do perodo de quiescncia na ecloso das larvas. O perodo de quiescncia no influenciou nas duraes dos perodos de incubao, larval e pupal. Constatou-se que ovos de um mesmo perodo de quiescncia apresentaram perodos de incubao estatisticamente diferentes entre si. As larvas eclodiam em grupos, definidos pela incubao, e este efeito de grupo foi significativo na durao do ciclo. Pode-se afirmar que, em 99,8% dos ciclos, a variao foi determinada pela incubao.
Resumo:
O objetivo do trabalho medir as coberturas das atividades municipais de controle de Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus, o casa-casa e o arrasto, realizadas entre 1989 e 1995 na regio de So Jos do Rio Preto, So Paulo e avaliar a correlao cruzada entre elas e os ndices de Breteau (IB). Para o municpios com at 50.000 imveis as coberturas conjuntas das atividade casa-casa e arrasto foram em sua maioria adequadas e as coberturas do casa-casa apresentaram correlao cruzada negativa com os IB. Para municpio sede (maior que 50.000 imveis) estas coberturas no apresentaram correlao com os IB. Em geral as coberturas foram inversamente proporcionais ao tamanho dos municpios. Para todas as faixas de tamanho de municpios, os arrastes no apresentaram correlao com os IB, mostrando-se ineficazes.
Resumo:
Aedes aegypti o vetor urbano da dengue, doena que pode resultar em epidemias. Estudos ecolgicos tornam-se importantes uma vez que populaes do vetor de diferentes reas podem diferir quanto a caractersticas bio-ecolgicas, relevantes para orientar aes de controle. Este trabalho objetiva identificar e analisar fatores associados ocorrncia de formas imaturas de A. aegypti na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, a partir dos dados da Fundao Nacional de Sade (FNS). Os resultados mostram que 58,04% do total de criadouros inspecionados foram constitudos por suportes para vasos com plantas, vasilhames de plstico ou vidro abandonados no peridomiclio. Maiores percentuais de criadouros positivos foram observados para pneus (1,41%), tanques, poos e cisternas (0,93%), e barris, tonis e tinas (0,64%). Maiores propores de criadouros positivos durante o vero foram as dos grandes reservatrios de gua e a dos criadouros provenientes do lixo domstico. No inverno, verificamos maior valor para os pequenos reservatrios de gua para uso domstico. As maiores propores de criadouros positivos foram observadas aps trs meses sem atividades da FNS. A anlise fatorial mostrou que o principal fator determinante da ocorrncia de fases imaturas de A. aegypti aquele que leva em considerao os fatores meteorolgicos. A eliminao e tratamento de criadouros pelos agentes da FNS apresentaram-se como menos importantes. Tais fatos apontam a necessidade de controle contnuo, indicando menor ateno da FNS, durante o inverno, em relao aos pequenos reservatrios, que podem manter formas imaturas de A. aegypti.
Resumo:
No Brasil, os inquritos sorolgicos tm assinalado taxa de infeco pelo vrus do dengue de 25% a 56%, porm esses estudos foram realizados em populaes de cidades de mdio ou grande porte. No presente estudo, so descritas duas epidemias de febre clssica de dengue (DEN) no Estado da Bahia. A primeira, ocorrida em 1987 e causada pelo sorotipo DEN-1 em Ipupiara e, a segunda, causada pelo DEN-2, em Prado e que ocorreu em 1995. O diagnstico laboratorial foi realizado utilizando o teste de inibio da hemaglutinao (IH). Em 1995, foram coletadas 461 amostras sorolgicas de uma populao de 3.868 habitantes em Ipupiara (regio da Chapada Diamantina) e 228 de um total de 9.126 habitantes em Prado (Litoral Extremo Sul). A soro-positividade das amostras foi de 11,9% (55/461) em Ipupiara e 17,5% (40/228) em Prado. No houve diferena, estatisticamente significante, quanto a idade e o gnero entre os indivduos soro-positivos e negativos das duas cidades estudadas. Entretanto, em Ipupiara os soro-positivos (15,9% vs. 9,3%) relataram, mais freqentemente (p < 0,03), residncia ou viagens para outros Estados do Brasil. Com base nos dados, estimou-se a ocorrncia de 460 e 1.597 casos da infeco em Ipupiara e Prado, respectivamente. Em concluso, nas cidades de menor porte a dinmica da infeco pelo vrus do dengue, provavelmente, tem caractersticas peculiares, porque nessas localidades a prevalncia menor em conseqncia das menores potencialidades de desenvolvimento do Aedes aegypti.
Resumo:
Trata-se de um inqurito amostral (502 entrevistas) realizado na regio de Campinas SP, em Santa Brbara D'Oeste (170.000 habitantes), por ser o primeiro municpio a registrar casos de dengue autctone na regio, desde 1995. Avaliou-se o conhecimento da populao sobre o dengue, seu vetor e preveno em 3 bairros da cidade. Estas informaes foram comparadas com a presena de criadouros no ambiente domiciliar, em reas com e sem transmisso. O bairro com melhores condies sociais e urbanas apresentaram conhecimento mais adequado sobre a doena, embora os bairros perifricos tenham sido priorizados em atividades educativas devido ocorrncia de casos. Observou-se criadouros em todas as reas examinadas, em quantidades semelhantes. Constatou-se a distncia entre conhecimento e mudanas de comportamento. Identificou-se as fontes de informaes mais referidas e os criadouros predominantes nos domiclios. Os resultados deste inqurito podem servir como subsdios para (re)orientar aes educativas das equipes de controle de vetores, bem como avaliar um instrumento simplificado para acompanhamento do impacto do programa local de controle do dengue.
Resumo:
Software for pattern recognition of the larvae of mosquitoes Aedes aegypti and Aedes albopictus, biological vectors of dengue and yellow fever, has been developed. Rapid field identification of larva using a digital camera linked to a laptop computer equipped with this software may greatly help prevention campaigns.
Resumo:
O Estado do Rio de Janeiro viveu uma grande epidemia de dengue com um nmero expressivo de casos de Febre de Dengue Hemorrgica durante o primeiro trimestre do ano de 2002. Na ocasio, o poder pblico conclamou a participao da populao nas aes de combate aos focos domsticos do vetor, na tentativa de controlar a situao. Para essa mobilizao, uma grande gama de informaes sobre a doena foi veiculada com intuito de esclarecer e orientar a sociedade. Neste trabalho, buscou-se analisar os contedos informativos dos materiais produzidos pelas campanhas de esclarecimento, focando a ateno nos trs folhetos maciamente distribudos poca no municpio do Rio de Janeiro, considerando que essas informaes contribuem para a construo da representao social da doena e sua preveno. Pde-se concluir que mesmo j to repetidamente divulgadas essas informaes precisam ser repensadas.
Resumo:
Canind apresenta uma populao de 71.235 habitantes. Em abril de 2001 iniciou a utilizao de peixes larvfagos em tanques de cimento, localizados ao nvel do solo, como forma de controle biolgico para larvas de Aedes aegypti. Durante a visita do agente, ao invs de se tratar os tanques com larvicida, colocou-se um espcime do peixe Betta splendens por depsito. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os resultados desta interveno. Com os levantamentos do nmero de imveis e depsitos existentes, estimou-se este nmero ms a ms determinando ento o nmero de depsitos existentes por imvel. Com esta estimativa e o nmero de imveis visitados mensalmente analisou-se a infestao deste tipo de depsito. Em janeiro de 2001, 70,4% dos tanques examinados apresentavam larvas; e apenas 7,4% em janeiro de 2002. Em dezembro de 2002 este ndice caiu para 0,2%. Demonstrou-se com clareza a capacidade do Betta splendens como agente de controle biolgico, em tanques de cimento, reduzindo 320 vezes a infestao deste tipo de recipiente de grande volume.
Criadouros de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) em bromlias nativas na Cidade de Vitria, ES
Resumo:
Alguns insetos transmissores de doenas procriam exclusivamente nas proximidades das residncias. O Aedes aegypti, responsvel por epidemias de dengue em cidades brasileiras, representa srio risco tambm para a febre amarela. Com o insucesso da campanha de erradicao do inseto, justifica-se a busca de criadouros fora do alcance das medidas de controle atualmente adotadas. Na Cidade de Vitria, ES, investigou-se a ocorrncia de criadouros de Aedes aegypti na gua coletada em bromlias nativas, sobre as rochas. Paralelamente, avaliou-se a infestao predial nas reas urbanas contguas. Em quatro das cinco reas investigadas foram encontradas larvas de culicdeos nas bromlias, sendo que em duas foi identificado Aedes aegypti. A presena dos criadouros em bromlias no guardou relao com a infestao predial nas reas prximas. Torna-se necessrio definir se os criadouros em bromlias constituem focos primrios do Aedes aegypti, ou se representam uma conseqncia da elevada infestao urbana.
Resumo:
Ainda pouco se conhece sobre as condies socioambientais que favorecem a permanncia do Aedes aegypti em reas urbanas e sua capacidade de transmisso de dengue. A proposta desse trabalho localizar os casos da doena e a presena do vetor, e identificar fatores scio-ambientais que caracterizam esses locais, atravs de tcnicas de geoprocessamento, procurando desenvolver um modelo de preveno de dengue. O vetor foi encontrado principalmente nas zonas sul e leste da cidade, apresentando uma grande disperso no municpio, enquanto a maior parte dos casos est localizada na parte central da cidade. Os setores que apresentaram casos possuem caractersticas de alta renda. Por outro lado, nos setores com a presena de vetor so verificadas a predominncia de casas e boa infraestrutura de saneamento. A diferena dos padres de distribuio de casos e vetor assegurou para o ano de 2002 a ausncia detransmisso do vrus no municpio.
Resumo:
Avaliou-se o efeito residual do temefos (apresentaes comerciais A, B, C) e Bacillus thuringiensis israelensis (D e E) sobre larvas de Aedes aegypti, em recipientes com renovao de gua. Utilizaram-se 44 bqueres de 1.000ml (8 para cada apresentao e 4 controles). Em cada bquer introduziram-se diariamente 25 larvas. Aps 24 horas, contavam-se as larvas mortas, esvaziavam-se os bqueres at 200ml, repunha-se o volume original e acrescentavam-se novas larvas. A durao do efeito residual mximo (100% de mortalidade) foi: A-19; B-39; C-40; D-8; E-19 dias. A razo de mortalidade permaneceu equivalente entre todos os larvicidas durante 25 dias; B e C mostraram RM 2,40 vezes maior do que E entre 46-95 dias; B, comparado com A, mostrou RM 1,90-7,51 vezes maior entre 26-95 dias. Conclui-se pela maior eficcia de duas apresentaes do temefos, mesmo em uma situao epidemiolgica de longa exposio ao produto e com renovao de gua dos recipientes.
Resumo:
A dengue uma das mais importantes arboviroses que atinge o homem e constitui um srio problema de sade nas reas tropicais, cujas condies climticas so favorveis ocorrncia de focos de Aedes aegypti. Armadilhas de oviposio acrescidas de infuso de feno foram instaladas em 19 pontos no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso com o objetivo de verificar mensalmente o nvel de infestao do vetor da dengue e a influncia dos fatores abiticos. Os resultados obtidos foram comparados com dados abiticos de temperatura e umidade relativa do ar, e de precipitao pluviomtrica, mensais e dos dias que as armadilhas permaneceram no campo. A chuva o nico fator abitico que apresenta influncia no nvel de infestao dos vetores da dengue no local. Existem diferenas significativas entre as quantidades de ovos de Aedes aegypti encontrados em diferentes locais de coleta na mesma rea de estudo. O nmero de ovos encontrados em cada ponto ao longo do ano no obedece a um padro de distribuio nico.
Resumo:
Objetivando-se avaliar a eficincia de armadilhas no monitoramento de vetores de dengue e febre amarela no Rio de Janeiro, foram utilizadas simultaneamente, 12 larvitrampas e 12 ovitrampas ao longo de 13 semanas. Resultados mostraram que as larvitrampas apresentam maior capacidade de positivar, destacando-se como importante ferramenta no monitoramento de vigilncia vetorial.
Resumo:
INTRODUO: O vrus da dengue transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti e, o atual programa de controle no atinge o objetivo de impedir sua transmisso. Este trabalho objetivou analisar a relao entre a distribuio espao-temporal de casos de dengue e os indicadores larvrios no municpio de Tup, de janeiro de 2004 a dezembro de 2007. MTODOS: Foram construdos indicadores larvrios por quarteiro e totalidade do municpio. Utilizou-se o mtodo cross-lagged correlation para avaliar a correlao entre casos de dengue e indicadores larvrios. Foi utilizado estimador kernel para anlise espacial. RESULTADOS: A correlao cruzada defasada entre casos de dengue e indicadores larvrios foi significativa. Os mapas do estimador Kernel da positividade de recipientes indicam uma distribuio heterognea, ao longo do perodo estudado. Nos dois anos de transmisso, a epidemia ocorreu em diferentes regies. CONCLUSES: No ficou evidenciada relao espacial entre infestao larvria e ocorrncia de dengue. A incorporao de tcnicas de geoprocessamento e anlise espacial no programa, desde que utilizados imediatamente aps a realizao das atividades, podem contribuir com as aes de controle, indicando os aglomerados espaciais de maior incidncia.