Pesquisa de bact��rias, fungos, protozo��rios e cristais em bile vesicular

Os autores estudaram 40 ves��culas e bile de cad��veres e 23 de portadores de colecistopatia que se submeteram �� cirurgia; procuraram averiguar o percentual de positividade para bact��rias, fungos, cristais e c��lculos, para uma poss��vel avalia����o de etioloqia das colecistopaUas. Encontraram um elevado percentual de cristais - 60% em cad��veres e 63% em ves��culas cir��rgicas -, e um baixo ��ndice de fungos - 2,5% em cad��veres e 0% em bile vesicular cir��rgica. Dos 23 casos cir��rgicos, encontraram 13% de biles infectadas por bact��rias e 50% em cad��veres que nunca referiram, em vida, qualquer sintoma que fizesse suspeitar colecistopatia.

Pesquisa sobre a ocorr��ncia de histeria monocytogenes em fezes humanas

Foi pesquisada em 107 amostras de fezes procedentes de indiv��duos com dist��rbios intestinais a presen��a de Listeria monocytogenes. Como processo de enriquecimento, as fezes foram semeadas em caldo triptose fosfatado e mantidas a 4��C durante 1 m��s. Ao findar este prazo, foram os esp��cimes semeados em quatro meios seletivos: 1) Agar triptosado com 5 mcg/ml de Polimixina; 2) Agar triptosado com 50 cmg/ml de ��cido nalidixico; 3) Meio de Ralovich e cols (Agar com 5% de soro normal de cavalo, acrescido de 50 mcg/ml de ��cido nalidixico e 50 mcg/ml de tripaflavina (Bayer); 4) Uma modifica����o do meio de Ralovich (Agar triptosado, contendo 40 mcg/ml de ��cido nalidixico, 50 mcg/ml de acetato de t��lio, 25 mcg/ml de tripaflavina e 0,3% de extrato de levedura). Para reconhecimento das col��nias suspeitas nos diferentes meios, fez-se uso da t��cnica de Henry. A identifica����o prim��ria se baseou na observa����o da motilidade e nas caracter��sticas morfotintoriais, sen��o a seguir, confirmada atrav��s das provas bioqu��micas e sorol��gicas. Tr��s amostras de Listeria monocytogenes foram isoladas, caracterizando- se duas no sorotipo 4b e uma no tipo 1/2a.

Estudo baseado na pesquisa de anticorpos IgM antitripanossoma no soro, destinado a avaliar a transmiss��o cong��nita da doen��a de Chagas, em hospital previdenci��rio da cidade de S��o Paulo

Efetuaram os autores, em hospital previdenci��rio da cidade de S��o Pauto, estudo destinado a avaliar, quantitativamente, a ocorr��ncia de transmiss��o cong��nita da doen��a de Chagas. Quatrocentas e noventa e duas mulheres gr��vidas foram inquiridas sobre a possibilidade de terem, anteriormente, adquirido essa parasitose e, a prop��sito, ficou apurado que 22 poderiam, com base em dados de diversas ordens, estar infectadas pelo Trypanosoma cruzi Quanto a essas pessoas selecionadas, por ocasi��o do parto houve coleta de sangue do cord��o umbilical, permitindo execu����o de provas soro l��gicas para diagn��stico da protozoose em quest��o e, fundamentalmente, de pesquisa de anticorpos IgM antitripanossoma por imunofluoresc��ncia. Em cinco oportunidades esses testes resultaram positivos, mas nunca houve detec����o dos anticorpos do tipo mencionado, demarcando a inexist��ncia, no grupo considerado, de passagens transplancet��rias do microorganismo em tela. A investiga����o levada a efeito n��o evidenciou, portanto, contamina����o de rec��m-nascido, de origem materna. Entretanto, serve de est��mulo para averigua����es cong��neres em outros ambientes e regi��es, nas quais endemicidade da tripanossom��ase a n��vel s��cio-econ��mico afiguram-se diferentes dos em vigor na an��lise realizada.

Recentes avan��os e necessidades de pesquisa em t��tano

O autor faz uma an��lise sobre a bacteriologia do Clostridium tetani, citando trabalhos recentes que evidenciam a termo-sensibilidade e a n��o-fermenta����o da glicose como caracter��sticas das cepas toxig��ncias. Esclarece ainda diversos aspectos da patogenia do t��tano, deixando v��rias quest��es da mesma em aberto e tra��a um esquema de profiiaxfa para a doen��a.

Pesquisa de ovos ��pesados�� de helmintos nas fezes: estudo comparativo entre os m��todos da sedimenta����o espont��nea em ��gua e de Ritchie

Com a finalidade de melhor conhecer a sensibilidade do m��todo de Ritchie (centr��fugos edimenta����o em formol-��ter), quanto ao diagn��stico de parasitoses intestinais pelo exame das fezes, foi investigada a capacidade dele no sentido de detectar ovos ��pesados" de helmintos (Schistosoma mansoni e Ascaris lumbricoides inf��rteis). Houve compara����o com o desempenho do processo da sedimenta����o espont��nea em ��gua, usado com o mesmo intuito. Os resultados obtidos e a respectiva avalia����o estat��stica demonstraram que a t��cnica da sedimenta����o espont��nea em ��gua �� mais eficiente, tendo sido analisadas 300 amostras de fezes, metade das quais certamente contendo os dois tipos de ovos citados e a outra parte considerada em trabalho laboratorial rotineiro.

Emprego da azida s��dica, como conservador de fezes, para a pesquisa de ovos de Schistosoma mansoni pelo m��todo de Kato-Katz

O m��todo de Kato-Katz �� muito utilizado para pesquisa de ovos de helmintos nasfezes e, em determinadas ocasi��es, como por exemplo no trabalho de campo, afigura-se conveniente preservar o material a examinar, com o intuito de facilitar o transporte e operacionalidade. Na tentativa de poder usar conservador s��li��o, capaz de, em rela����o a ovos de Schistosoma mansoni, manter a morfologia, impedir a evolu����o e n��o interferir no processo de clarifica����o pela glicerina, os autores utilizaram a azida s��dica (NaN3), que foi misturada, na quantidade de 2-3mg em aproximadamente 2 g de fezes de pacientes eliminando n��mero conhecido de ovos, quantificados pelo processo de Kato-Katz. As fezes com preservador ficaram mantidas em temperatura ambiente e foram feitas contagens, pela mesma t��cnica, ap��s uma, duas, quatro, oito e doze semanas. As observa����es, feitas em 53 amostras, demonstraram que em 51 o n��mero de ovos permaneceu, aproximadamente, id��ntico e com estruturas conservadas, de molde a permitir o dign��stico. Em dois casos, nas oitava e d��cima-segunda semanas, as fezes estavam desidratadas, ressecadas e impr��prias para a contagem. A azida s��dica, portanto, mostrou-se adequada para a conserva����o de fezes a serem submetidas ao m��todo de Kato-Katz.

Pesquisa da infec����o natural por Yersinia pestis, em pulic��deos provenientes de focos pestosos do nordeste do Brasil

Foram avaliados tr��s processos de acondicionamento e transporte de pulgas, objetivando an��lise bacteriol��gica para isolamento da Yersinia pestis. As tr��s abordagens testadas foram: pulgas vivas em tubos de ensaio com tiras dobradas de papel de filtro; pulgas em solu����o salina; macerados de pulgas em meio de Cary-Blair. Os dois ��ltimos m��todos foram quase iguais e superiores ao primeiro. Foram analisadas pelas tr��s t��cnicas, um total de 29.512 "pools" de pulicideos provenientes de focos de peste do Nordeste do Brasil no per��odo de 1966 a 1982. Deste total, 236 (0,80%) dos "pools" foram positivos por cultura e/ou inocula����o em animais sens��veis.

Emprego da azida s��dica, como conservador de fezes, para a pesquisa de ovos de Schistosoma mansoni e de outros helmintos, pelo m��todo de Kato-Katz: estudo em ��rea end��mica

Em duas al��quotas de 208 amostras de fezes foram feitos exames pelo m��todo de Kato-Katz, sendo uma ap��s o emprego de 0,2mg de azida s��dica para 200mg e em outra sem o referido conservador. Os resultados percentuais com e sem conservador foram, respectivamente, para os Ancilostom��deos 12,5 e 25,9, para Ascaris lumbricoides 71,6 e 72,5, para Schistosoma mansoni 7,6 e 17,7 e para Trichuris trichiura 86 e 85. A contagem dos ovos com e sem o conservador foi, respectivamente, 264 e 539 para os Ancilostom��deos, 13816 e 33751 para A. lumbricoides, 55,5 e 63,5 para S. mansoni e 1345 e 2068 para T. trichiura. Os autores n��o confirmaram a vantagem do uso de azida s��dica para estudo em ��reas end��micas. Sugerem que o ressecamento das fezes e a baixa intensidade das infec����es possam explicar os resultados desfavor��veis do presente ensaio cl��nico.

Pesquisa de aglutininas antileptospira em diferentes grupos profissionais na cidade de Londrina, Paran��

Realizou-se um levantamento soroepidemiol��gico na cidade de Londrina - Paran��, para leptospirose, em 49 indiv��duos n��o expostos a risco, 75 trabalhadores da limpeza p��blica, 55 indiv��duos com atividade em ambiente hospitalar e 29 trabalhadores do Departamento de ��gua e Esgoto. Dos 208 soros analisados pela rea����o de soroaglutina����o microsc��pica, 28,4% apresentaram aglutininas antileptospira. A maior positividade foi encontrada nos soros dos trabalhadores da limpeza p��blica (46,7%).

Avalia����o da influ��ncia do formol e do hipoclorito de s��dio na pesquisa de oocistos de Cryptosporidium nas fezes, atrav��s do m��todo de heine

Foram examinadas, para pesquisa de Cryptosporidium pelo m��todo de Heine,fezes de nove bezerros com criptosporid��ase, ap��s utiliza����o pr��via de dois diferentes desinfetantes. Quanto ao formol a 10%, notou-se que n��o houve interfer��ncia na identifica����o dos oocistos, em per��odo compreendido entre cinco minutos e 72 horas; ao ser usado o hipoclorito de s��dio a 14,5%, verificou-se que depois de 30minutos os oo��istos apresentaram-se avermelhados e sem refra����o, dificultando o reconhecimento. Assim, recomenda-se a adi����o de formol a 10% �� mat��ria fecal, conforme a etapa referida, para coibir o risco de infec����o de laboratoristas pelo v��rus da imunodefici��ncia humana (HIV), quando usada para diagn��stico at��cnica mencionada.