616 resultados para Insuficiência cardíaca Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: Frequncia Cardíaca de Recuperao (RFC) reflete a capacidade do sistema cardiovascular de reverter a supresso vagal ocasionada pelo exerccio. A cintilografia com metaiodobenzilguanidina (I MIBG) avalia a inervao e ativao adrenrgica cardíaca. A associao entre esses dois mtodos no est bem esclarecida. OBJETIVO: Avaliar associao entre RFC e Taxa de "Washout" (WO) de I MIBG em pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC). MTODOS: Vinte e cinco pacientes com frao de ejeo < 45% realizaram teste ergomtrico, sendo analisada a variao da RFC do 1 ao 8 minuto ps-esforo. Submetidos a I MIBG foram separados em grupos pela WO: G1) < 27% e G2) > 27%. Para anlise estatstica, foi utilizado teste U de Mann Whitney e o coeficiente de correlao de Spearman. RESULTADOS: G2 demonstrou uma variao mais lenta da RFC: 1 minuto: G1: 21,5 (16,12 - 26,87) vs G2: 11,00 (8,5 - 13,5) bpm, p = 0,001; 2 minuto: G1: 34 (29 - 39) vs G2: 20 (14 - 26) bpm, p = 0,001; 3 minuto: G1: 46 (37,8 - 54,1) vs G2: 30 (22 - 38) bpm, p = 0,005; 5 minuto: G1: 51,5 (42 - 61) vs G2: 39 (31,5 - 46,5) bpm, p = 0,013; e no 8 minuto: G1: 54,5 (46,5 - 62,5) vs G2: 43 (34 - 52) bpm, p = 0,037. A RFC no 1 (r = -0,555; p = 0,004), e 2 minuto (r = -0,550; p = 0,004) apresentaram correlao negativa com WO. CONCLUSO: Pacientes com IC e WO elevado apresentaram uma RFC anormal em comparao com pacientes com WO normal. Tais achados sugerem que a ativao adrenrgica pode influenciar na RFC.
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FUNDAMENTO: A estimulao de ventrculo direito pode ser deletria em pacientes com disfuno ventricular, porm, em pacientes com funo normal, o impacto desta estimulao desencadeando disfuno ventricular clinicamente relevante no completamente estabelecido. OBJETIVOS: Avaliar a evoluo clnica, ecocardiogrfica e laboratorial de pacientes, com funo ventricular esquerdapreviamente normal, submetidos a implante de marca-passo. MTODO: Estudo observacional transversal em que foram acompanhados de forma prospectiva 20 pacientes submetidos a implante de marca-passo com os seguintes critrios de incluso: funo ventricular esquerda normal definida pelo ecocardiograma e estimulao ventricular superior a 90%. Foram avaliados: classe funcional (CF) (New York Heart Association), teste de caminhada de 6 minutos (TC6), dosagem do hormnio natriurtico tipo B (BNP), avaliao ecocardiogrfica (convencional e parmetros de dessincronismo) e questionrio de qualidade de vida (QV) (SF-36). A avaliao foi feita com dez dias (t1), quatro meses (t2), oito meses (t3), 12 meses (t4) e 24 meses (t5). RESULTADOS: Os parmetros ecocardiogrficos convencionais e de dessincronismo no apresentaram variao estatstica significante ao longo do tempo. O TC6, a CF e a dosagem de BNP apresentaram piora ao final dos dois anos. A QV teve melhora inicial e piora ao final dos dois anos. CONCLUSO: O implante de marca-passo convencional foi associado piora da classe funcional, piora do teste de caminhada, aumento da dosagem de BNP, aumento da durao do QRS e piora em alguns domnios da QV ao final de dois anos. No houve alteraes nas medidas ecocardiogrficas (convencionais e medidas de assincronia).
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INTRODUO: A insuficiência renal aguda (IRA) nefrotxica frequente e importante causa de morbimortalidade. OBJETIVO: Avaliar a prevalncia, o curso clnico e o desfecho da IRA nefrotxica. PACIENTES e MTODOS: Coorte histrica realizada em um hospital de ensino tercirio, no perodo de fevereiro a novembro de 1997. Foram includos pacientes acima de 12 anos, com diagnstico de IRA, acompanhados pela equipe de Interconsulta de Nefrologia. Foram excludos transplantados renais, portadores de insuficiência renal crnica, dialisados por intoxicao exgena e aqueles transferidos de hospital durante o tratamento. RESULTADOS: Dos 234 pacientes acompanhados, 12% apresentaram IRA nefrotxica e 24%, IRA multifatorial associada ao uso de drogas nefrotxica. Entre as comorbidades mais prevalentes, esto hipertenso arterial, hepatopatias, neoplasias, insuficiência cardíaca congestiva e diabetes mellitus. Quinze por cento necessitaram de dilise, e o tipo mais frequentemente usado foi hemodilise venovenosa contnua; 42% eram oligricos, 44,7% evoluram para bito e 33% recuperaram a funo renal. Antibiticos, AINH e contraste radiolgico foram as drogas nefrotxicas mais prevalentes.Os medicamentos nefrotxicos implicados foram, em ordem de frequncia, vancomicina, aminoglicosdeos, aciclovir, quimioterpicos e contraste radiolgico. Hepatopatia foi a nica varivel com significncia estatstica (p = 0,03, IC = 1,08 a 6,49) em anlise multivariada. Na comparao entre IRA nefrotxica e no nefrotxica, houve aumento da mortalidade proporcionalmente aos dias de internao. CONCLUSO: IRA nefrotxica frequente, grave e deve ser continuamente monitorada, tanto ambulatorialmente quanto no ambiente intra-hospitalar.
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A sndrome da apnia e hipopnia obstrutiva do sono (SAHOS) um distrbio que atinge cerca de 4% da populao adulta e que, alm dos problemas sociais associados ao ronco e sonolncia diurna excessiva, preocupante pelos quadros de hipertenso pulmonar e insuficiência cardíaca que pode desencadear. REVISO E DISCUSO: Atravs de uma reviso de literatura discutiu-se o uso de aparelhos intrabucais para o tratamento dessa patologia, destacando-se a eficcia e as limitaes dessa terapia, os principais sintomas clnicos, os principais efeitos colaterais oclusais, o grau de colaborao e o ndice de satisfao dos pacientes. CONCLUSES: Concluiu-se que a terapia com aparelhos intrabucais deve ser a de primeira escolha para o tratamento de SAHOS de mdia a moderada, sendo o desconforto dentrio, articular e muscular, a hipersalivao e a xerostomia os sintomas clnicos mais freqentes, com efeitos colaterais oclusais leves que normalmente no geram incmodos aos pacientes, com bom grau de colaborao e alto ndice de satisfao.
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O estudo sobre redundncia de hospitalizao, baseado no conceito de dependncia aos cuidados de enfermagem, evidenciou que, em 99 pacientes que permaneceram 25 ou mais dias internados, foram redundantes em algum momento da internao, representando um desperdcio de 1094 leitos-dia (30,17% do total de leitos-dia consumidos por este grupo de pacientes) . Estudou-se, tambm, um grupo de 102 pacientes com acompanhados durante uma semana, identificando-se 60 pacientes (59%) com hospitalizao desnecessria. No se verificou diferenas estatisticamente significativas entre os grupos de pacientes redundantes e no redundantes em relao s variveis scio-demogrficas estudadas. As condies que contriburam com maior nmero de dias de redundncia foram neoplasias, doenas do aparelho respiratrio (pneumopatia complicada e doena pulmonar obstrutiva crnica), fraturas, hipertenso arterial com ou sem insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e cirrose heptica. Face a magnitude do desperdcio de recursos decorrentes da hospitalizao desnecessria e riscos para o paciente da permanncia prolongada no hospital, recomendada a implantao de programas experimentais para tratamento domiciliar de pacientes crnicos.
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Foram verificados os nveis sricos de zinco, carotenides e vitaminas A, E, C, B2 em todos os idosos (n = 202) internados nas diversas enfermarias do hospital estudado, no perodo de fevereiro de 1986 a outubro de 1988. Foram estudados 130 homens e 72 mulheres que apresentaram mdia de idade de 67,8 anos, com variao entre 60 a 88. A percentagem de nveis sricos deficitrios foi de 59,5 para o zinco, 56,5% para a vitamina C, 34,5% para a vitamina B2, 26% para a vitamina E, 13,2% para a vitamina A e 6,8% para os carotenides. Os idosos portadores de leucoses, magaesfogo, doena pulmonar obstrutiva crnica e insuficiência cardíaca congestiva constituram-se no grupo de pacientes com grande prevalncia de estado deficitrio de zinco e das vitaminas estudadas, resultados que mostram a importncia de se investigar as deficincias desses micronutrientes e do subsdios para a abordagem teraputica mais racional do paciente idoso internado.
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OBJETIVO: Avaliar o uso de medidas de comorbidade para predizer o risco de bito em pacientes brasileiros. MTODOS: Foram utilizados dados de internaes obtidos do Sistema de Informaes Hospitalares do Sistema nico de Sade, que permite o registro de somente um diagnstico secundrio. Foram selecionadas 1.607.697 internaes ocorridas no Brasil em 2003 e 2004, cujos diagnsticos principais foram doena isqumica do corao, insuficiência cardíaca congestiva, doenas crebro-vasculares e pneumonia. O ndice de Charlson e as comorbidades de Elixhauser foram as medidas de comorbidade utilizadas; o simples registro de algum diagnstico secundrio foi tambm empregado. A regresso logstica foi aplicada para avaliar o impacto das medidas de comorbidade na estimava da chance de bito. O modelo de base incluiu as seguintes variveis: idade, sexo e diagnstico principal. Os modelos de predio de bitos foram avaliados com base na estatstica C e no teste de Hosmer-Lemeshow. RESULTADOS: A taxa de mortalidade hospitalar foi 10,4% e o tempo mdio de permanncia foi 5,7 dias. A maioria (52%) das internaes ocorreu em homens e a idade mdia foi 62,6 anos. Do total de internaes, 5,4% apresentava um diagnstico secundrio registrado, mas o odds ratio entre bito e presena de comorbidade foi de 1,93. O modelo de base apresentou uma capacidade de discriminao (estatstica C) de 0,685. A melhoria nos modelos atribuda introduo dos ndices de comorbidade foi fraca - equivaleu a zero quando se considerou a estatstica C com somente dois dgitos. CONCLUSES: Embora a introduo das trs medidas de comorbidade nos distintos modelos de predio de bito tenha melhorado a capacidade preditiva do modelo de base, os valores obtidos ainda so considerados insuficientes. A preciso desse tipo de medida influenciada pela completitude da fonte de informao. Nesse sentido, o alto sub-registro de diagnstico secundrio, aliado conhecida insuficiência de espao para anotao desse tipo de informao no Sistema de Informaes Hospitalares, so os principais elementos explicativos dos resultados encontrados.
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OBJETIVO: Descrever a tendncia de hospitalizaes por condies sensveis ateno primria entre 1998 e 2009 no Brasil. MTODOS: Estudo ecolgico de sries temporais com dados secundrios referentes s internaes hospitalares por condies sensveis ateno primria no Sistema nico de Sade. Os dados foram obtidos do Sistema de Informaes Hospitalares. As taxas de internaes por 10.000 habitantes foram padronizadas por faixa etria e sexo, considerando a populao brasileira masculina recenseada em 2000 como padro. A anlise de tendncia da srie histrica foi realizada por regresso linear generalizada pelo mtodo de Prais-Winsten. RESULTADOS: Houve reduo mdia anual de internaes por condies sensveis ateno primria de 3,7% entre homens (IC95% -2,3;-5,1) e mulheres (IC95% -2,5;-5,6) entre 1998 e 2009. A tendncia variou em cada unidade federativa, porm em nenhuma houve aumento das internaes. No sexo masculino e feminino as maiores redues foram observadas nas internaes por lceras gastrintestinais (-11,7% ao ano e -12,1%, respectivamente), condies evitveis (-8,8% e -8,9%) e doenas das vias areas inferiores (-8,0% e -8,1%). Angina (homens), infeco no rim e trato urinrio (homens e mulheres) e condies relacionadas ao pr-natal e parto (mulheres) apresentaram aumento nas internaes. Os trs grupos de doenas que mais ocasionaram internaes foram gastrenterites infecciosas e complicaes, internaes por insuficiência cardíaca e asma. CONCLUSES: Houve reduo substancial nas internaes por condies sensveis ateno primria no Brasil entre 1998 e 2009, porm algumas doenas apresentaram estabilidade ou acrscimo, exigindo ateno do setor sade.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar coeficientes de internaes por causas sensveis ateno primria. MTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Informaes Hospitalares do Sistema nico de Sade no Distrito Federal em 2008. O diagnstico principal da internao foi analisado com base na Classificao Internacional de Doenas e foram calculados frequncia absoluta, proporo e coeficiente segundo causas, faixas etrias e sexo. RESULTADOS: As causas sensveis ateno primria (CSAP) representaram cerca de 20% das internaes no Sistema nico de Sade. As causas mais frequentes foram: gastroenterites (2,4%), insuficiência cardíaca (2,3%) e infeco do rim e trato urinrio (2,1%). Constataram-se coeficientes de internaes por causas sensveis ateno primria relevantes no grupo infantil (< 1 ano), reduo importante nos grupos etrios seguintes (um a 29 anos) e aumento gradativo at as idades mais avanadas. Comparados aos dos homens, os coeficientes de internaes foram discretamente maiores em mulheres jovens (20 a 29 anos) e menores em mulheres com mais de 49 anos. CONCLUSES: As internaes por CSAP representaram 19,5% do total de internaes ocorridas no Distrito Federal (2008), e as principais causas de internaes foram gastroenterites, insuficiência cardíaca e infeco do rim e trato urinrio. A efetividade da ateno primria em sade no Distrito Federal para a preveno desses eventos discutida.
Resumo:
Os Autores apresentam dois casos de cardiopatia chagsica crnica na infncia, procedentes da regio limtrofe entre os Estados de So Paulo e Minas Gerais. O objetivo mostrar a possibilidade de contaminao natural da doena na rea rural da regio da qual as crianas so provenientes, assim como contribuir no entendimento fisiopatolgico da Doena de Chagas. Ambos os casos apresentaram insuficiência cardíaca refratria aos recursos teraputicos atuais, evoluindo para o bito. So feitos comentrios gerais sobre a fisiopatologia da doena, com base na literatura pertinente.
Resumo:
Relata-se o quadro clnico de 27 pacientes com doena de Chagas aguda, acompanhados no ambulatrio da Clnica de Doenas Infecciosas e Parasitrias do Hospital das Clnicas da FM-USP no perodo de 1974 a 1987. As vias de transmisso envolvidas foram: vetorial em 7 casos, transfusional em 9, transplante de rim e/ou transfusional em 4, acidental em 1, via oral em 3, provvel aleitamento materno em 1, congnita ou aleitamento materno em 1, congnita ou transfusional em 1. Pacientes com infeco por via vetorial eram procedentes da Bahia e Minas Gerais, tendo 6 apresentado a doena de 1974 a 1980 e um em 1987. J os pacientes infectados por via transfusional adquiriram a doena na Grande So Paulo, 7 deles aps 1983. O quadro clnico foi oligossintomtico ou assintomtico em 4 pacientes, sendo 3 deles imunodeprimidos por doena de base ou por medicamentos. Em outros 2 pacientes imunodeprimidos ocorreu miocardite grave com insuficiência cardíaca congestiva. O quadro clnico foi tambm mais grave em 5 de 6 crianas menores de dois anos de idade, qualquer que fosse a via de transmisso. A avaliao de 16 pacientes tratados na fase aguda com benzonidazol (4-10mg/kg/dia) por 30 a 60 dias mostrou falha teraputica em 4/16 (25,0%), possvel sucesso teraputico em 9/16 (56,2%), sendo inconclusivos os resultados em 3/16 (18,8%). A reao de LMC foi concordante com o xenodiagstico em 18 e 22 casos (agudos e na fase crnica inicial), e se negativou mais precocemente que as RSC. No seguimento ps-teraputico, observou-se aparecimento de doena linfoproliferativa em um paciente com anemia aplstica e que recebia corticosteride 6 anos aps o emprego de benzonidazol.
Resumo:
Relata-se um caso de paciente acometida de esquistossomose mansoni hepatoesplnica, com comprometimento pulmonar, a qual veio a falecer, aps administrao de pequena dose de antimonial, em intensa dispnia e cianose, sem sinais de "fragmentatio cordis". No havia sinais clnicos de insuficiência cardíaca congestiva, embora os dados de necropsia sugerissem ste diagnstico. Salienta-se o agravamento rpido da sobrecarga ventricular direita, aps a anti-monioterapia, e a desproporo entre os quadros anatmico e clnico de acometimento pulmonar da parasitose. Comentam-se o diagnstico diferencial da cianose em casos de pneumopatia esquistossomtica 2 a presena de prpura trombocitopnica, de ictercia e de glomerulonefrite crnica.
Resumo:
Os autores estudaram a existncia de hemosiderose pulmonar em 60 casou de autopsia, 20 dos quais chagsicos crnicos com cardiopatia, 20 pacientes com cardiopatia no chagsica e 20 casos sem nenhuma manifestao de doena cardíaca. A incidncia de hemossiderose pulmonar foi de 75% entre os chagsicos e de 80% entre os pacientes de cardiopatia no chagsica. Nos casos controle sem cardiopatia a incidncia foi relativamente baixa (45%) e, guando presente, o grau de intensidade era mnimo. Com esses achados, conclui-se que a hemossiderose pulmonar na Doena de Chagas uma conseqncia da congesto crnica passiva, resultante da insuficiência cardíaca congestiva, do mesmo modo que ocorre em outras condies mrbidas tais como Estenose mitral e Cor-pulmonar crnico, no havendo evidncias de uma pneumopatia peculiar em chagsicos.
Resumo:
Foram tratados 77 pacientes com doena de Chagas pelo nifurtimox, subdivididos em quatro grupos. Grupo I, com 30 pacientes na fase aguda. Somente oito doentes usaram a droga durante 120 dias, na dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal e posteriormente de 10 mg. Vinte e dois pacientes tomaram dose insuficiente. Em quatro doentes (50%) o xenodiagnstico tornou-se negativo ps-tratamento; destes, trs fizeram reao de Machado Guerreiro, a qual estava negativa. Houve um bito por insuficiência cardíaca no 59 dia de tratamento. Seis pacientes apresentaram polineuropatia perifrica. Grupo II, com 15 pacientes na fase crnica, tratados em ambulatrio. Oito abandonaram o tratamento, mas cinco em dez que tomaram placebo fizeram o mesmo. Dos seis que tomaram a droga durante 120 dias e fizeram pelo menos um xenodiagnstico ps-tratamento, havia quatro que estavam com os exames negativos. O tratamento no alterou o eletrocardiograma, a rea cardíaca ou a radiografia do esfago dos doentes e no evitou que um paciente viesse a desenvolver insuficiência cardíaca e um outro arritmia. Grupo III, com 15 pacientes na fase crnica, tratados com 10 mg/kg, durante 120 dias. Fizeram 12 xenodiagnsticos mensalmente, cada um com oito caixas contendo 10 T. infestans aps o tratamento e somente 28,5% dos pacientes apresentaram todos os exames negativos. Houve acentuada reduo da parasitemia, mesmo nos doentes no curados. O nmero de xenos positivos passou de 43% antes do tratamento para 24,4% aps o mesmo e o nmero de caixas positivas caiu de 29,6% para 7%. Grupo IV, com 17 pacientes na fase crnica, tratados com 8 mg/kg ao dia, sendo que em oito durante 120 dias, em cinco durante 100 dias e em quatro durante 60 dias. A percentagem de doentes com os 12 xenos negativos ps-tratamento foi de 56,25. Tambm neste grupo houve reduo de parasitemia, caindo a percentagem de xenos positivos de 76,5 antes do tratamento para 10,3 e a de caixas positivas de 28,6 para 3,1. No h vantagem em se prolongar o uso do nifurtimox por mais de dois meses. As percentagens de cura so bem inferiores as obtidas na Argentina, Chile e Rio Grande do Sul. A droga produz muitas reaes, sendo a mais importante a polineuropatia perifrica.
Resumo:
O estudo de 724 pacientes chagsicos crnicos mostrou que a insuficiência cardíaca congestiva mais freqente e de aparecimento mais precoce nos pacientes de raa negra do que nos brancos. A ocorrncia de "megas" foi ligeiramente inferior nos chagsicos negros no sendo estatisticamente significativa a diferena observada. A maior freqncia de insuficiência cardíaca nos pretos parece estar relacionada a caractersticas biolgicas do tecido conjuntivo que condicionam uma resposta fibrosante mais acentuada no miocrdio agredido pela Tripanossomose. Estas observaes estariam de acordo com outros estudos sobre a doena de Chagas que admitem ser a denervao o fator mais importante para o aparecimento dos "megas" e a inflamao com fibrose miocrdica acentuada um elemento bsico para explicar a insuficiência cardíaca.